domingo, 24 de junho de 2018
As prioridades, os sentidos únicos e os becos sem saída da Figueira da Foz...
"No início de outubro de 2015, à entrada da barra do porto da Figueira da Foz, na sequência do naufrágio do pesqueiro “Olívia Ribau”, cinco pescadores perderam a vida. Uma das recomendações do relatório do grupo de trabalho para a segurança na barra foi o reforço do número de efetivos do posto do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN). O vereador do PSD Miguel Babo vem alertando, nas reuniões de câmara, para a necessidade de haver maior segurança na barra. Na sessão desta semana, o edil da oposição voltou à carga. O referido relatório, frisou, defendia que são necessários, no mínimo, seis elementos no posto de ISN, mas “só” há quatro. “Fico espantado que não denunciem [o executivo camarário] isto”, atirou. Perante aquela afirmação, o presidente da câmara, João Ataíde, reagiu assim: “Já fiz [pressão] e houve um reforço substantivo da prevenção e dos meios técnicos, que resultou do nosso apelo e das sugestões do grupo de trabalho”. Miguel Babo, no entanto, retomou o assunto: “Assinou um relatório a dizer que são seis, e está satisfeito com quatro?!”, indagou. “É demagógico estar a imputar-me responsabilidades, porque sabe bem que isso não é da minha competência. Poderei chamar a atenção para ver a razoabilidade dos recursos humanos, mas com a diplomacia necessária”, ripostou João Ataíde. O presidente, por outro lado, sublinhou, que fez “um apelo público e a Autoridade Marítima reconheceu que teria de reforçar os meios”. Dialética política à parte, neste momento, asseguram o funcionamento do posto do ISN cinco operacionais, mas um deles está de baixa prolongada. Por iniciativa de João Ataíde, a seguir ao acidente do pesqueiro, recorde-se, a autarquia foi anfitriã de uma reunião alargada, na qual participaram representantes de todas as partes envolvidas nas questões relacionadas com a segurança na barra, seguindo-se a criação do mencionado grupo de trabalho, que elaborou um relatório."
Via AS BEIRAS
Via AS BEIRAS
Nem sempre é conveniente suspender o juízo...
São João sem dívida, uma crónica de João Vaz, consultor de sustentabilidade, publicada no jornal AS BEIRAS.
"A notícia desta semana é a suspensão da aplicação do Plano de Saneamento Financeiro. A Câmara Municipal tem agora mais facilidade em gastar dinheiro e realizar investimento, segundo o presidente. Além disso, os funcionários municipais com a incumbência de “prestar contas” ficam aliviados para outras tarefas. Não sabemos quais são, mas esperemos que sejam produtivas. Por um lado, a Câmara mostra que conseguiu quebrar o ciclo da dívida, iniciado no tempo de Santana Lopes e aumentado por Duarte Silva, até aos 87 milhões de euros ( 2009 ). Louva a “São João Ataíde” que reduziu a dívida para 17 milhões. Ainda assim um fardo de 5 milhões em juros e amortizações a pagar à Banca. Ou seja, na “conta de cada figueirense aparecem” 83 euros de “impostos” pela dívida gerada por más decisões e esbanjamento de recursos. Por outro lado, sair do Plano de Saneamento, implicará menos controlo “interno e externo”. O que é perigoso, pois advinham-se tempos de incerteza económica. Pessoalmente preocupa-me a falta de investimento em políticas de sustentabilidade, desde a eficiência energética até à gestão de resíduos. Tudo continua como estava em 2009, a evolução é pontual e sem estratégia. Permanecem os mesmos tipos de contratos com os prestadores de serviços …e a relva é regada em dias de chuva! A Câmara continua a olhar para o ambiente de uma forma muito burocrática e propagandística. Os resultados da governância na sustentabilidade são fracos, os problemas ambientais do concelho agravam-se."
"A notícia desta semana é a suspensão da aplicação do Plano de Saneamento Financeiro. A Câmara Municipal tem agora mais facilidade em gastar dinheiro e realizar investimento, segundo o presidente. Além disso, os funcionários municipais com a incumbência de “prestar contas” ficam aliviados para outras tarefas. Não sabemos quais são, mas esperemos que sejam produtivas. Por um lado, a Câmara mostra que conseguiu quebrar o ciclo da dívida, iniciado no tempo de Santana Lopes e aumentado por Duarte Silva, até aos 87 milhões de euros ( 2009 ). Louva a “São João Ataíde” que reduziu a dívida para 17 milhões. Ainda assim um fardo de 5 milhões em juros e amortizações a pagar à Banca. Ou seja, na “conta de cada figueirense aparecem” 83 euros de “impostos” pela dívida gerada por más decisões e esbanjamento de recursos. Por outro lado, sair do Plano de Saneamento, implicará menos controlo “interno e externo”. O que é perigoso, pois advinham-se tempos de incerteza económica. Pessoalmente preocupa-me a falta de investimento em políticas de sustentabilidade, desde a eficiência energética até à gestão de resíduos. Tudo continua como estava em 2009, a evolução é pontual e sem estratégia. Permanecem os mesmos tipos de contratos com os prestadores de serviços …e a relva é regada em dias de chuva! A Câmara continua a olhar para o ambiente de uma forma muito burocrática e propagandística. Os resultados da governância na sustentabilidade são fracos, os problemas ambientais do concelho agravam-se."
sábado, 23 de junho de 2018
Viva o Sporting
"...o Sporting não tem à sua volta apenas pessoas que representam interesses. Nada mais enganoso, o Sporting é dos sócios e estes, na sua esmagadora maioria, apenas querem o bem do clube, a sua prosperidade.
... ao ver Rui Calafate, José Pina ou António Moita num debate na TVI24, pude atestar que há razões para não perder o optimismo pois todos eles souberam representar muito bem aquilo que deve ser o sportinguismo, mostrando à saciedade ainda haver uma reminiscência dos nossos valores e pessoas a quem as televisões podem recorrer se quiserem informar correctamente os seus espectadores. Também Samuel Fernandes soube estar à altura, nomeadamente quando se bateu pela defesa intransigente dos superiores interesses do Sporting na matéria das rescisões dos jogadores e mostrou conhecimento profundo dos temas jurídicos abordados.
Hoje, é dia de decisões no Sporting Clube de Portugal. Seja qual for o resultado, é importante aceitá-lo democraticamente."
Muito bem senhor presidente da Câmara: vamos acreditar, com convicção, que, neste caso, o céu será mesmo o limite!
O inatingível, até este momento, neste caso, fazendo fé nas palavras do Senhor Presidente da Câmara, é precisamente o atingível. Não se sabe é quando!..
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, como é público e notório, sempre foi a favor da abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil e, por isso, nunca aplaudiu o anúncio do aeroporto de Coimbra, feito pelo seu homólogo Manuel Machado.
Em declarações ao jornal AS BEIRAS, edição de hoje, João Ataíde afirma que a solução que advoga “não é uma questão de fé, é uma questão de razoabilidade e de dados objectivos”.
“O estudo que agora foi apresentado conclui e demonstra, de forma sustentável, que este projeto é exequível com um investimento de 20 milhões de euros”, disse ainda.
João Ataíde está convicto que, se tudo correr bem, “com os números de hoje, que até pecam por defeito, a médio prazo”, ou seja, daqui a 10 anos, a Base Aérea de Monte Real estará pronta para ser utilizada pela aviação civil. A solução passará por um concurso de concessão ou pela exploração pública, adiantou.
A última palavra, no entanto, será do Governo, já que os militares, segundo João Ataíde, não se opõem.
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Originalidades figueirenses!..
«Poderá implicar um investimento avultado para fazer um by pass dos afluentes de S. Pedro para a Etar de Vila Verde. Mas isso só poderemos aferir depois do tratamento primário de todas as unidades industriais».
João Ataíde, presidente da Figueira da Foz na reunião de câmara realizada na passada segunda-feira, via Voz da Figueira.
E, assim, na Aldeia lá vamos indo de by pass em by pass: do by pass do Cabedelo ao by pass da merda da ETAR DE S. PEDRO...
A ideia de utopia está sempre presente em nós e funciona como uma válvula de escape, não é assim Senhor Dr. João Ataíde?..
João Ataíde, presidente da Figueira da Foz na reunião de câmara realizada na passada segunda-feira, via Voz da Figueira.
E, assim, na Aldeia lá vamos indo de by pass em by pass: do by pass do Cabedelo ao by pass da merda da ETAR DE S. PEDRO...
A ideia de utopia está sempre presente em nós e funciona como uma válvula de escape, não é assim Senhor Dr. João Ataíde?..
O Figbus, "mais uma medida eleitoral do PS cumprida", vai resolver alguma coisa no que à mobilidade no concelho diz respeito?..
"O Figbus - Serviço de Transporte a Pedido começa a circular no dia 2 de julho, mantendo-se nas estradas das freguesias do sul do concelho até 31 de dezembro. Este projeto-piloto poderá, no entanto, ser renovado por outros seis meses, caso o histórico da procura o justifique.
Para já, fica a nota de que o miniautocarro da Rodoviária do Lis (operadora de transportes públicos regulares daquele zona do concelho), com 20 lugares, só circulará se tiver reservas, que devem ser feitas com um mínimo de duas horas de antecedência, através do número 233 433 433, cujo atendimento se faz das 09H00 às 13H00. Aquele serviço destina-se a pessoas com mobilidade reduzida e, além do referido número de lugares, está equipado para receber duas cadeiras de rodas.
As três linhas que atravessam as freguesias de Alqueidão, Lavos, Marinha das Ondas e Paião foram criadas para transportar os residentes entre a sua localidade e os serviços de saúde - incluindo o Hospital da Figueira da Foz, em São Pedro - e estabelecimentos comerciais. Quem pretender utilizar a rede regular de transportes públicos terá ligação em Lavos e São Pedro.
Cada viagem custa 2,5 e 3,5 euros – o preço varia de acordo com a linha utilizada. Para viagens de ida e volta, aqueles valores duplicam. Na compra de 10 viagens, os passageiros pagam 20 e 30 euros, respetivamente. No entanto, os residentes com comprovada incapacidade financeira têm direito a descontos de 50 e 75 por cento, aplicado mediante os rendimentos. Portanto, o serviço não será grátis, como inicialmente, por lapso, foi avançado.
As carreiras têm dias e horários definidos: a Linha Verde funciona à segundafeira e quinta-feira, a Azul à terça-feira e sexta-feira e a Amarela à quarta-feira.
Jot’Alves, via jornal AS BEIRAS
Nota de rodapé.
Cada viagem custa 2,5 e 3,5 euros – o preço varia de acordo com a linha utilizada. Para viagens de ida e volta, aqueles valores duplicam. Na compra de 10 viagens, os passageiros pagam 20 e 30 euros, respetivamente.
Portanto, o serviço não será grátis, como inicialmente, por lapso (de quem?), foi avançado...
Isto do princípio do utilizador pagador é invocado, neste caso, como é invocado pelo Estado sempre que lhe convém.
Vejamos: os transportes públicos de Lisboa e Porto dão um prejuízo anual de centenas de milhões de euros, que são pagos por todos nós...
E bem, diga-se, via Orçamento de Estado...
Por outro lado, alguma vez viram o Senhor Presidente da Câmara, ou os Senhores Vereadores argumentarem que o figueirense, que não usufrui deles, os não devia pagar?
Claro que não, pois isso seria politicamente incorrecto...
A opinião, independente e desalinhada, para políticos como os que temos no poder na Figueira, é sempre estranha e até desconcertante, de tanto habituados que estão ao politicamente correcto, às verdades dentro da caixa...
Porém, não é com toda a certeza isso que faz avançar a Figueira, como está provado por dezenas de anos de governação local "certinha e direitinha"!..
S. Pedro e Marinha das Ondas não têm Postos de Saúde?.. |
Para já, fica a nota de que o miniautocarro da Rodoviária do Lis (operadora de transportes públicos regulares daquele zona do concelho), com 20 lugares, só circulará se tiver reservas, que devem ser feitas com um mínimo de duas horas de antecedência, através do número 233 433 433, cujo atendimento se faz das 09H00 às 13H00. Aquele serviço destina-se a pessoas com mobilidade reduzida e, além do referido número de lugares, está equipado para receber duas cadeiras de rodas.
As três linhas que atravessam as freguesias de Alqueidão, Lavos, Marinha das Ondas e Paião foram criadas para transportar os residentes entre a sua localidade e os serviços de saúde - incluindo o Hospital da Figueira da Foz, em São Pedro - e estabelecimentos comerciais. Quem pretender utilizar a rede regular de transportes públicos terá ligação em Lavos e São Pedro.
Cada viagem custa 2,5 e 3,5 euros – o preço varia de acordo com a linha utilizada. Para viagens de ida e volta, aqueles valores duplicam. Na compra de 10 viagens, os passageiros pagam 20 e 30 euros, respetivamente. No entanto, os residentes com comprovada incapacidade financeira têm direito a descontos de 50 e 75 por cento, aplicado mediante os rendimentos. Portanto, o serviço não será grátis, como inicialmente, por lapso, foi avançado.
As carreiras têm dias e horários definidos: a Linha Verde funciona à segundafeira e quinta-feira, a Azul à terça-feira e sexta-feira e a Amarela à quarta-feira.
Norte será a seguir
O “Figbus” é assegurado pela autarquia da Figueira da Foz, tendo como impulsionador o vice-presidente, Carlos Monteiro, em parceria com a operadora de transportes públicos coletivos e as juntas de freguesias. O município comparticipa com 14 mil euros, verba que garante os descontos sociais do serviço. “Vamos ao encontro das tendências de mobilidade”, frisou o presidente da câmara, João Ataíde, ontem, na apresentação daquele “serviço social de transportes” de “baixo custo”. Que, destacou ainda, foi criado para “garantir maior mobilidade no concelho”. João Ataíde adiantou que as freguesias do norte também terão direito àquele serviço, estando em análise se será antes ou depois de terminarem as atuais concessões das redes de transportes públicos regulares naquela zona. No sul, esclareceu, foi mais fácil porque só existe um operador." Jot’Alves, via jornal AS BEIRAS
Nota de rodapé.
Cada viagem custa 2,5 e 3,5 euros – o preço varia de acordo com a linha utilizada. Para viagens de ida e volta, aqueles valores duplicam. Na compra de 10 viagens, os passageiros pagam 20 e 30 euros, respetivamente.
Portanto, o serviço não será grátis, como inicialmente, por lapso (de quem?), foi avançado...
Isto do princípio do utilizador pagador é invocado, neste caso, como é invocado pelo Estado sempre que lhe convém.
Vejamos: os transportes públicos de Lisboa e Porto dão um prejuízo anual de centenas de milhões de euros, que são pagos por todos nós...
E bem, diga-se, via Orçamento de Estado...
Por outro lado, alguma vez viram o Senhor Presidente da Câmara, ou os Senhores Vereadores argumentarem que o figueirense, que não usufrui deles, os não devia pagar?
Claro que não, pois isso seria politicamente incorrecto...
A opinião, independente e desalinhada, para políticos como os que temos no poder na Figueira, é sempre estranha e até desconcertante, de tanto habituados que estão ao politicamente correcto, às verdades dentro da caixa...
Porém, não é com toda a certeza isso que faz avançar a Figueira, como está provado por dezenas de anos de governação local "certinha e direitinha"!..
Contestar é cada vez mais necessário...
"As Câmaras de Vila Real e Pombal vão retirar o dinheiro da Caixa Geral de Depósitos.
É uma tomada de posição para contestar o encerramento de balcões do banco público."
Nota de rodapé.
As soluções parecem estar esgotadas...
Temos de procurar alternativas a isto que nos oferecem...
É uma tomada de posição para contestar o encerramento de balcões do banco público."
Nota de rodapé.
As soluções parecem estar esgotadas...
Temos de procurar alternativas a isto que nos oferecem...
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Civilização e barbárie
"Parece que Trump vai recuar. Parece que vai acabar a separação forçada de pais e filhos. Talvez tenha sido por causa da divulgação do áudio do menino que chorava pelo pai. Talvez tenha sido por causa das críticas de Melania, que também é mãe. Talvez tenha sido por pressão de alguns dos barões republicanos ameaçados pela derrota eleitoral. Ainda assim, e mesmo que se confirme o fim de uma medida desumana, não é caso para cantar vitória. A civilização não está a ganhar à barbárie. Nem nos EUA, nem na Europa. Há um discurso que deixou as ruas para se instalar nos gabinetes do poder. Há uma mensagem de ódio antes gritada por uns quantos extremistas que passou a ser assumida, com o indispensável polimento das chancelarias, por diferentes formações políticas alegadamente democráticas. Há um mal que se vai instalando, que começa por admitir algumas exceções aos direitos humanos, para mais tarde transformar a exceção em regra. Veja-se o caso italiano. Enquanto o navio Aquarius e mais de 600 africanos eram empurrados em direção a Espanha, não deixaram de chegar migrantes aos portos italianos. Essa maré não terá fim. Mas o exemplo é que conta e foi o suficiente para o ministro do Interior, Salvini, cantar vitória e lançar as raízes de uma nova política de desumanidade: já não há a obrigação de garantir o socorro a náufragos no mar. Nos últimos seis anos, desde Lampedusa - lembram-se das fotografias com dezenas de caixões alinhados? ¬-, já terão morrido cerca de 16 mil pessoas no Mediterrâneo. Fomos derramando ocasionalmente umas lágrimas. Mas a presidente da Câmara da pequena ilha italiana, Giusi Nicolini, que recebeu o Papa, que visitou Obama, já não é autarca. Os eleitores preferiram um político defensor da lei e da ordem a uma campeã dos direitos humanos. Trump pode recuar. Mas a civilização não está a ganhar à barbárie. Ainda não."
Rafael Barbosa, via Jornal de Notícias
Rafael Barbosa, via Jornal de Notícias
A suspensão
"Foi aprovada na passada segunda-feira, pelo executivo municipal, e será proposta à próxima assembleia municipal, a suspensão da aplicação do Plano de Saneamento Financeiro (PSF) do Município da Figueira da Foz. A proposta de suspensão aproveita uma norma da Lei do Orçamento do Estado para 2018 que prevê que os municípios que estejam sob a aplicação de planos deste tipo possam proceder à suspensão da sua aplicação se, e só se, cumprirem os limites de endividamento que estão previstos na Lei das Finanças Locais.
A notícia merece ser saudada, mas é preciso ter a exacta noção do seu alcance, sob pena do tema se prestar a toda a sorte de mal-entendidos. Quer os que retiram qualquer espécie de valor a esta notícia, quer aqueles que confundam a suspensão do plano com o pagamento integral das dívidas que lhe estão associadas.
O PSF, outorgado em meados de 2011, integrava um programa de acção a que poderíamos chamar de “austeridade municipal”, um conjunto de três empréstimos bancários ( 31 milhões de euros) que permitiram reescalonar o passivo municipal e, acessoriamente, um elenco de obrigações de reporte periódico do nível de cumprimento do plano junto de entidades de tutela (DGAL ou Tribunal de Contas, por exemplo). Destes elementos, só o último – o das obrigações de reporte – é que fica eliminado com a decisão ora tomada. As dívidas à banca e as restrições orçamentais que elas impõem, ficam cá todas. Fica atestada a capacidade do município solver os seus compromissos mas eles não desparecem. Ainda há um caminho das pedras até Maio de 2023."
Via AS BEIRAS
A notícia merece ser saudada, mas é preciso ter a exacta noção do seu alcance, sob pena do tema se prestar a toda a sorte de mal-entendidos. Quer os que retiram qualquer espécie de valor a esta notícia, quer aqueles que confundam a suspensão do plano com o pagamento integral das dívidas que lhe estão associadas.
O PSF, outorgado em meados de 2011, integrava um programa de acção a que poderíamos chamar de “austeridade municipal”, um conjunto de três empréstimos bancários ( 31 milhões de euros) que permitiram reescalonar o passivo municipal e, acessoriamente, um elenco de obrigações de reporte periódico do nível de cumprimento do plano junto de entidades de tutela (DGAL ou Tribunal de Contas, por exemplo). Destes elementos, só o último – o das obrigações de reporte – é que fica eliminado com a decisão ora tomada. As dívidas à banca e as restrições orçamentais que elas impõem, ficam cá todas. Fica atestada a capacidade do município solver os seus compromissos mas eles não desparecem. Ainda há um caminho das pedras até Maio de 2023."
Via AS BEIRAS
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