sexta-feira, 4 de maio de 2018

A democracia na Figueira

Um dia, João Ataíde, Presidente da Câmara da Figueira da Foz, a propósito do Cabedelo, disse para Carlos Tenreiro, vereador da oposição: "a população de  S. Pedro está connosco".

Que João Ataíde pense e funcione assim, não me incomoda.
Nem me incomoda,  especialmente, que a população de S. Pedro, vote em quem pensa e funciona assim.


A beleza da Democracia está em  garantir a todos o direito à asneira.
O drama que é o atoleiro em que a Figueira está, não resulta de termos pessoas incapazes em cargos públicos.
Isso, é da natureza das coisas e sempre será assim em qualquer parte do mundo.


O drama figueirense é esses cargos não serem suficientemente escrutinados e, em grande parte, essa é uma responsabilidade que cabe à imprensa.
Os jornalistas figueirenses, com uma honrosa excepção, além de não perguntarem nada que incomode o poder,  ainda têm tempo para se indignar com o não jornalismo de quem, bem ou mal, faz minimamente o trabalho de escrutínio que justifica o lugar central que a liberdade de expressão ocupa nas democracias maduras.

José Sócrates ex-primeiro-ministro, sai do PS

Cá pela Aldeia, tudo bem, obrigado! Até breve...

Imagem sacada daqui
"O presidente da Associação das Coletividades do Concelho da Figueira da Foz (ACCFF), Carlos Nunes, eleito no mês passado, por unanimidade, renunciou ao cargo, alegando motivos pessoais. 

Entretanto, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, a renúncia estará, também, relacionada com a gestão dos seus dois mandatos à frente da direção da Sociedade Filarmónica Figueirense, mas o dirigente afiançou que o está em causa são motivos de “saúde”
“Elaborei um documento para dar conhecimento [sobre a gestão de Carlos Nunes] à Confederação Portuguesa de Coletividades, para lhe pedir apoio jurídico. Entretanto, todas as nossas tentativas para obter esclarecimentos sobre as contas da coletividade junto de Carlos Nunes não foram bem-sucedidas, porque ele não quis comparecer na coletividade”, adiantou, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente da Filarmónica Figueirense, Luís Oliveira. 
“Não posso dar explicações porque o assunto ainda está a ser resolvido”, reagiu Carlos Nunes. 
Carlos Nunes liderou a direção daquela coletividade durante quatro anos, tendo perdido as eleições, em março último, quando se recandidatava ao terceiro mandato consecutivo. 
Entretanto, em abril, foi eleito presidente da ACCFF. Esta estrutura associativa foi apanhada de surpresa com a renúncia do presidente eleito, que deveria tomar posse amanhã, pelas 21H00, no 17.º aniversário da associação, que se celebra na Filarmónica Paionense, no Paião. Para colmatar o vazio diretivo, a ACCFF marcou uma assembleia geral extraordinária para ontem, à noite, na Sociedade Filarmónica Dez de Agosto, tendo como ponto único a eleição de novos corpos sociais. À hora do fecho desta edição, porém, ainda decorria a reunião magna da associação, não tendo sido possível, por isso, apurar os resultados, mas, poucas horas antes do início, ainda não havia candidatos." 
J.A. via AS BEIRAS.

Em tempo.
Carlos Nunes, é presidente da direcção do Desportivo Clube Marítimo da Gala, no biénio 2018/2019.

"O regresso do PS"...

"Pode ter parecido, aos mais distraídos, que o PS, com o apoio parlamentar contra-natura de que dispõe, se poderia ter afastado do seu ideário. E se, no início desta legislatura, algumas proclamações mais frenéticas podem ter indiciado nesse sentido, depressa se percebeu que, em substância, não era, nem podia ser, assim. O PS e o Governo mantiveram-se sólidos no quadro do consenso europeu, da disciplina financeira a ele associada e não cederam, nem o poderiam fazer, aos cantos de sereia daqueles que se reclamam de soluções bizantinas. Dos que imaginam Portugal fora da União Europeia, do Euro, da Nato. Dos que execram o mercado, a democracia parlamentar e, bem vistas as coisas, a liberdade."
José Fernando Correia

Em tempo.
E aqui é que mora, verdadeiramente, o "bloco central de interesses", a reforma do sistema que nem o PS nem o PSD estão interessados em fazer...

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Desta vez, nem tempo houve para convidar Ricardo Salgado!..

A tempo das legislativas?.. *

O comentário do dia no facebook

Ver postagem do facebook, aqui.

Na sequência desta épica e memorável reunião, uma lição que os "novatos" do PSD na Assembleia de Freguesia de Buarcos e S. Julião têm de tirar, é que para os "veteranos" do PS fazer demagogia e mentir às pessoas, para obter votos, é política...

Os membros eleitos pelo PSD na Assembleia de Freguesia de Buarcos e S. Julião, em comunicado, adiantam que travaram “uma «batalha» política com a geringonça local”, na sessão de 30 de abril e que, terminando às 3h00, “marcou-se por dois momentos que devem envergonhar o Partido Socialista, defensor da liberdade e dos valores do 25 de Abril”.
O documento refere que “o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda preferiram manter um regimento «controleiro», rejeitando a proposta do PSD que visava um modelo simples e promotor da participação do público nas reuniões, mais facilitador e menos burocrático na apresentação de moções que, por exemplo, poderiam ajudar a melhorar a gestão da freguesia e consequentemente a vida dos nossos fregueses”.
O texto salienta “um segundo momento de elevada gravidade e que deixaria a nu a incompetência do executivo da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, liderado pelo presidente da Junta José Esteves - no cargo há 10 anos - mas que dadas as circunstâncias e desenvolvimentos ocorridos na assembleia, o PSD optou por «poupar» a Junta de Freguesia a avultadas coimas e à consequente falta de verba para o ano 2018, que tornaria a gestão da freguesia dramática durante o presente ano, e com consequências directas para os fregueses”.
Adianta o comunicado que “ainda na sequência deste episódio, alguns membros da Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia eleitos pelo Partido Socialista viram-se forçados a pedir desculpas aos elementos eleitos pelo Partido Social Democrata, dado o tom crispado e alterado que marcou a última parte da reunião”
.
Os membros eleitos pelo PSD presentes nesta reunião (António Carvalho, Bruno Menezes, Bruno Reis, Álvaro Tomás e Paula Cavaco) “demonstraram um alto sentido de responsabilidade cívica, colocando os interesses da freguesia à frente dos interesses partidários e da política a qualquer preço. Não queremos ganhar na secretaria, queremos ganhar nas urnas e através da confiança do povo, mas entretanto exigimos ao Partido Socialista e ao executivo da Junta de Freguesia, mais sentido democrático e maior rigor administrativo”


Texto via Figueira na Hora

Ontem, a fotografia do figueirense Pedro Agostinho Cruz da onda do Rodrigo Koxa, a maior onda surfada no planeta, esteve entre as imagens do dia

Daqui
Hoje está na Revista Visão

Sintetizar não é omitir... (II)

Passadiço que liga o Cabedelo à Praia do Hospital. 
Foto António Agostinho - 3 de Maio de 2018

Sintetizar não é omitir...

quarta-feira, 2 de maio de 2018

"Vós que lá, do vosso império..."

Neste mundo,
pouco tenho.
E o pouco que tenho,
não é deste mundo.

Tenho a ideia,
que o pouco que tenho,
tampouco é do outro.
 

Tenho amor,
solidariedade, amizade,
calor
e Liberdade.

Órfão de dois mundos,
e isto (desde Aleixo) não é mistério,
resta-me tão só, 

com o pouco que tenho
inventar um mundo novo a sério.

Livros e recordações

A propósito do livro O Coro dos Defuntos, prémio Leya 2015,  "um romance que precisa de dicionário", e que na opinião de Carlos Maria Bobone, "usa uma linguagem pretensiosa e anda aos tropecções entre um romance de costumes e um mistério", obra literária acerca da qual, depois de ao longo da minha vida ter lido tanta coisa, não tenho nada a dizer,  deixo  uma recordação de um dos livros da minha vida: A Mãe - Máximo Gorki.
 

"Gorki é o escritor russo que melhor faz a transição entre a monumental literatura russa de finais do século XIX e a literatura ideológica desse país no século XX.
"A Mãe" é uma história revolucionária em todos os sentidos. Talvez nunca o espírito revolucionário tenha sido expresso de uma forma tão pungente, sincera e romântica. Diria mesmo, de uma forma tão ingénua, em todo o bom sentido que este adjectivo pode ter.
Escrito e publicado em 1907, este romance descreve em pormenor a desgraça, a tristeza e a miséria em que vivia o povo russo no tempo do czar Nicolau II. É entre essa miséria que emerge um grito lancinante de revolta, o grito profundo das almas feridas que arrancará a esperança das profundezas da injustiça.
Um grupo de jovens operários desperta para as ideias bolcheviques e encara-as como a solução para pôr fim à miséria e à injustiça de que eram vítimas os operários e camponeses russos. Mas essa revolta que se sonha é encarada como um movimento universal, capaz de libertar todos os injustiçados do mundo. É nesse sentido que se trata de uma mensagem ingénua. Essa mensagem não encerra em si qualquer ambição de poder. Pelo contrário, o que se pretende é acabar com o poder como forma de opressão.
Pavel é o mais brilhante desses jovens. Mas por trás dele, ou melhor, ao lado dele emerge a força imensa de uma mulher: a sua mãe, Pelágia. Sinceramente não faço a mínima ideia de Gorki conhecia a história da Península Ibérica mas o certo é que este nome é semelhante àquele que é considerado um dos maiores guerreiros da história ibérica: Pelágio, primeiro rei das Astúrias, herói da resistência e guerra aos Muçulmanos na Reconquista Cristã. Seja como for, Pelágia é a grande guerreira, que sofre em silêncio todas as vicissitudes de uma mulher pobre na Rússia czarista: vítima da miséria mas também de um marido bêbado e violento. Até que ele morre e Pelágia passa a seguir o caminho do filho na senda da revolução.
Pelágia sente-se a mãe de todos os revolucionários; a mãe da revolução. Neste aspecto, Gorki estabelece um curioso paralelismo entre o amor maternal e uma espécie de amor universal que comanda a mente e a acção destes revolucionários; uma espécie de “amor ao próximo”, ao fim e ao cabo. Aliás é bem clara a proximidade entre este comunismo nascente e o verdadeiro espírito do cristianismo.
Esta pureza do ideal revolucionário fica bem clara nesta ideia: não devemos derramar sangue dos inimigos porque ele envenenará a terra; o nosso sangue, pelo contrário, quando derramado, purificá-la-á. No entanto a luta irá, mais tarde ou mais cedo desencadear a violência, quando o ódio vencer.
E ele vencerá mais tarde… Dez anos após a publicação desta obra, em 1907, Lenine liderará, finalmente, a Revolução.
E mais tarde Estaline encarregar-se-á de a manchar com todos os crimes."

Pesca da sardinha proibida até 20 do corrente mês

Foto Pedro Agostinho Cruz
Um novo período de proibição da pesca da sardinha começou ontem e prolonga-se até 20 de maio, tal como foi publicado anteontem em Diário da República.
Contudo, os armadores não contestam a decisão governamental porque “mesmo que haja um pequeno prejuízo a curto prazo, depois disso a sardinha vai apresentar-se em maior quantidade  com o valor que merece”, explicou ontem António Miguel Lé, armador na Figueira da Foz e  presidente da Cooperativa de Produtores do centro Litoral. 
Em declarações ao jornal AS BEIRAS, Miguel Lé afirmou que “é tempo de semear bons ventos para colher boas safras”, acrescentando que “haverá maior qualidade”, o que não quer dizer que o preço aumente, porque “todo o sector está empenhado em que isso não represente especulação de preços, defendendo ainda a certificação de compra em lota e como produto nacional”

O despacho publicado pelo secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, determina a proibição de pesca de sardinha por mais 20 dias, para além do período em vigor, desde 11 de janeiro, recordando os compromissos de limites de captura de Portugal e Espanha. “Importa agora estabelecer as adequadas limitações de captura, que permitam assegurar a gestão da quota até julho, assim como a proteção dos juvenis”, lê-se no preâmbulo do despacho.
A determinação legislativa é comum a Portugal e Espanha, no espaço costeiro entre a Galiza  e o Golfo de Cádis, de acordo com Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM). Entretanto, de acordo com António Miguel Lé, numa primeira avaliação realizada pelas autoridades, foram encontradas, através de monitorização no mar, 132 toneladas de sardinha na costa entre Caminha e Melides, muito mais do que estava estimado para toda a área  dos limites referidos pelo CIEM. A legislação adianta desde já que, assim que abra o período de captura, entre 20 de maio e 31 de julho de 2018, “o limite de descargas de sardinha capturada com a arte de cerco é de 4.855 toneladas”. A proibição de pesca até à data definida e nos feriados, assim como as limitações de pesca nos meses seguintes podem vir ainda a ser alteradas pela Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). O presidente da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca (ANOP) do Cerco, Humberto Jorge, disse que “esta alternativa é a única forma de assegurarmos que, durante os meses de junho e julho, não vai faltar sardinha para o consumo em fresco, numa época bastante importante”. Trata-se de uma consequência que é imposta pela diminuição das possibilidades de pesca até 31 de julho. “Foi a alternativa encontrada e tem uma certa lógica, o que não quer dizer que concordamos com ela”.

Manuel Pinho, um trabalhador singular

"No dia em que se celebra o Trabalhador, poucos portugueses serão tão dignos de homenagem como Manuel Pinho. O homem, o académico, o político independente, que se entregou de corpo e alma às funções ministeriais para as quais foi chamado, que desempenhou com mérito e distinção.
Porém, o ex-ministro foi mais do que um político excepcional. Durante o seu mandato, conta-nos a revista Visão, Manuel Pinho não se rendeu ao ócio ou à preguiça, nem nos raros momentos que lhe restavam, depois de toda a azáfama governativa e das coisas do dia-a-dia de um homem normal. Não. Nos tempos mortos, tão mortos que quase não se encontrava registo deles, Manuel Pinho trabalhava para ajudar a desenvolver e a elevar a banca portuguesa. Ministro durante o dia, consultor do BES nas horas vagas. Pela módica pechincha de 14 mil e tal euros mensais. O Ronaldo faz isso em duas horas. E o Capelo Rego está ali no canto a rir-se.
Mas nem só de heranças público-privadas se faz o percurso deste exemplar servidor público. Contra a direita reaccionária e a esquerda radical, Manuel Pinho enfrentou inúmeras batalhas parlamentares, com a força de um poderoso touro enraivecido, não se rendendo ao politicamente correcto. Mesmo quando os tempos mudaram, após o brilhante percurso bancário-ministerial, Manuel Pinho colocou de lado a pieguice e não hesitou em seguir o conselho de Passos Coelho, esse outro grande exemplo de uma vida dedicada ao trabalho e à causa pública, e emigrou.
Lá fora, por mares nunca dantes navegados, levou o nome de Portugal e da EDP até à reputada universidade de Columbia, onde leccionou para plateias de jovens promissores, que tiveram desta forma a oportunidade de participar na partilha do profundo conhecimento académico do professor Pinho, que passou ainda por Yale, Queensland e Renmin, facto que realça o rigor dos critérios de selecção que norteiam as escolhas dos fellows e scholars destas importantes universidades.
Hoje, neste país de ingratos, forças obscuras tentam denegrir o percurso singular e o enorme contributo do professor Pinho para o nosso país, para governação, para a economia nacional, para o conhecimento académico e para as artes performativas. Tal como fizeram com Dias Loureiro, Ricardo Salgado ou José Sócrates. Por isso, neste dia em que homenageamos o Trabalhador, não esqueçamos quem tanto fez por este país. Quem arregaçou as mangas e concretizou coisas.
E não se deixem iludir por fake news: se tudo o que dizem e escrevem sobre o que homens como Manuel Pinho alegadamente fizeram fosse verdade, já estariam todos na cadeia, que Portugal é um Estado de Direito e não um desses estados falhados da América Latina. Portanto, deixem-se lá de lamúrias e invejas e aprendam a reconhecer o talento, a dedicação à causa pública e o esforço de quem trabalha todos os dias por um país e, porque não, por um mundo melhor. Feliz Dia do Trabalhador a todos, apesar de já passar da meia-noite, e um cumprimento muito especial para Dr. Pinho."

terça-feira, 1 de maio de 2018

Vivamos o momento...

Para ver melhor, clicar na imagem
"Como o texto não era o teu forte, escolheste contar histórias com imagens. E ainda bem. Perdeu-me um escritor vulgar, mas ganhou-se um excelente fotógrafo."

- João Canavilhas, Professor do Pedro Cruz na UBI

Cova e Gala, uma Aldeia de grandes fotojornalistas...

No momento do enorme sucesso do Pedro Cruz (na opinião de um grande fotojornalista deste país, fez uma das fotos do século), recordo outro enorme grande fotojornalista natural da Cova e Gala: Peter Pereira.
"Foi um dos momentos mais bonitos da minha vida. Digo com paixão que adoro a Figueira e a minha terra. Não esqueçam os artistas que vivem cá, muitas vezes na sombra", disse Peter Pereira no decorrer da cerimónia realizada na passada segunda-feira, dia 1 de agosto de 2016.

"Singularidades de uma poetisa", um livro da figueirense Isabel Tavares


Vídeo Figueira tv
 
O LANÇAMENTO ocoreu no CAE- Centro de Artes e Espectáculos.
Foi um dia maravilhoso, cheio de LUZ e de AMOR!
Esteve presente o Senhor Presidente da Câmara Dr. João Ataíde,  o  vereador Dr. Carlos Ângelo Ferreira Monteiro, o ex-vereador e grande escritor prémio Leya Dr. António Tavares.
Para ver uma SINOPSE do livro e o perfil da autora, clicar aqui.