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Estes, cheios de prosápia, olham para a estória que construiram do falhado, com a sobranceria própria dos que se auto-intitulam de vencedores.
Enquanto acariciam, com ar de posse, a coxa da companheira, diagnosticam as derrotas do filósofo, como resultado de má atitude, falta de coragem e inteligência.
O "falhado" é, com frequência, mais corajoso e digno do que qualquer um destes orgulhosos nietzschianos. Há mais valentia no vencido que continua a ir às lutas, sabendo que a derrota é, com certeza quase absoluta, aquilo que o aguarda...
Após 43 e três anos de descontos, continuo a trabalhar, embora gratuitamente, porque o trabalho que faço, é uma forma de diversão.
Mas tenho muito cuidado. Não posso permitir que a diversão se torne demasiado penosa.
Resta-me continuar a fazer o que sempre fiz: rir...
Mas, cuidado: rir de tudo, é coisa dos tontos.
Sem esquecer, porém, que não rir de de nada é coisa dos estúpidos: quem, durante a vida, não aprendeu a rir das dificuldades, não terá nada para rir quando estiver velho!