O Campo de Aviação Humberto da Cruz, foi inaugurado a 18 de setembro de 1932, num local mesmo em frente, para sul, da actual creche e jardim de infância do Centro Social da Cova e Gala, na ilha da Morraceira, Figueira da Foz.
Na imagem, sacada daqui, vê-se um avião militar a aterrar no antigo aeródromo Humberto da Cruz.
A foto é de 1935 e foi publicada no jornal "Diário da Praia", suplemento de "O Figueirense", na sua edição n.º 15, de 23 de Agosto daquele ano.
Recordamos, o que escreveram Maurício Pinto e Raimundo Esteves, em 1943.
"Pode visitar-se a Figueira da Foz (…) pelo ar, o Campo de Aviação Humberto da Cruz que, logo que ampliado, constituirá a gare aérea do futuro".
Os grandes figueirenses também se enganam, como provou o futuro...
O que prova também, na Figueira, que o futuro não existe.
O passado conhecêmo-lo, o presente vivêmo-lo e o futuro costituirá sempre, e ainda mais na Figueira do presente, uma abstracção.
domingo, 25 de setembro de 2016
Valha-nos a ironia...
"Aeroporto para a Figueira, já!", é o título de uma crónica de João Vaz, ontem publicada no jornal AS BEIRAS, que pode ser lida clicando aqui.
A crónica, a começar pelo título, está repleta de ironia...
A ironia atinge apenas a inteligência.
Inútil, portanto, desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance.
Contra estes, ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma.
A prova, é que a burrice, na Figueira, tem sido invencível.
"Lembram-se do projecto de aeródromo para a Figueira? Uma ideia cujo «terraplano custou 300 mil euros”», tendo a câmara contratado o batalhão de engenharia de Espinho para o efeito. Anedótico. E hoje há ainda quem pense que o futuro da Figueira passa por aviões..."
A crónica, a começar pelo título, está repleta de ironia...
A ironia atinge apenas a inteligência.
Inútil, portanto, desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance.
Contra estes, ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma.
A prova, é que a burrice, na Figueira, tem sido invencível.
"Lembram-se do projecto de aeródromo para a Figueira? Uma ideia cujo «terraplano custou 300 mil euros”», tendo a câmara contratado o batalhão de engenharia de Espinho para o efeito. Anedótico. E hoje há ainda quem pense que o futuro da Figueira passa por aviões..."
Da série actualmente em exibição na Figueira, uma "cunha" para Miguel Almeida (continuação)...
Digno de uma cidade do terceiro mundo... Este cabo eléctrico estava assim há uns 2 anos!
Depois de termos alertado em 24 do passado mês de Agosto, o cabo foi retirado, mas por pouco tempo.
Realizadas que foram as habituais cerimónias de homenagem a Manuel Fernandes Thomaz, como a foto acima demonstra, voltámos ao cabo!..
Depois de termos alertado em 24 do passado mês de Agosto, o cabo foi retirado, mas por pouco tempo.
Realizadas que foram as habituais cerimónias de homenagem a Manuel Fernandes Thomaz, como a foto acima demonstra, voltámos ao cabo!..
sábado, 24 de setembro de 2016
A inércia política figueirense...
"O que vemos na Figueira da Foz, é que os partidos políticos não estão devidamente representados na condução dos destinos da Figueira da Foz".
Teotónio Cavaco, Deputado Municipal PSD. Vídeo sacado daqui.
Fugiu-lhe a boca para a verdade?...
Durão Barroso: "Não fui para nenhum cartel da droga"?..
Nota de rodapé.
Duas pequenas notas.
1. O ponto de interrogação é da minha autoria e responsabilidade. O que, a meu ver, tornou a frase de Durão Barroso, numa interessante pergunta...
2. O cartel nem sempre compensa... Se a droga fosse coisa boa, o traficante não a vendia: ficava com ela toda para uso próprio...
Nota de rodapé.
Duas pequenas notas.
1. O ponto de interrogação é da minha autoria e responsabilidade. O que, a meu ver, tornou a frase de Durão Barroso, numa interessante pergunta...
2. O cartel nem sempre compensa... Se a droga fosse coisa boa, o traficante não a vendia: ficava com ela toda para uso próprio...
Não há político menor, em Portugal e na Figueira, que não tenha o seu tabu...
Tirem o cavalinho da chuva: não se pode ter um governo que ouse pensar taxar a riqueza acumulada por alguns, poucos, graças à pobreza a que condenaram outros, a maioria, durante a crise...
As pessoas, poucas, que acumularam riqueza durante a crise, à custa da exploração de quem trabalha, muitos, não estão vocacionadas para pagar impostos, mas sim para receber medalhas e comendas do poder político.
Não há político menor que não tenha o seu tabu!
As pessoas, poucas, que acumularam riqueza durante a crise, à custa da exploração de quem trabalha, muitos, não estão vocacionadas para pagar impostos, mas sim para receber medalhas e comendas do poder político.
Não há político menor que não tenha o seu tabu!
Da série os nossos comentadores merecem ser citados
"Não tive oportunidade de comentar um excelente texto, do autor deste espaço, intitulado: A um ano das autárquicas de 2017.
O texto é bem estruturado e objectivo.
Na verdade, o Dr Ataíde não precisa do PS para nada. É o auto proclamado candidato.
O PS estrebucha; faz-se de zangado e amuado, mas tem que engolir o candidato e a sobremesa. Sobremesa? Claro. Ou os srs do PS pensam que vão dar opinião na lista. No mínimo até ao quarto elemento, serão escolhas pessoais e de confiança do Dr Ataíde.
Há muito em jogo, e perder uma Câmara significa arriscar a liderança da Associação Nacional dos Municípios. E, até parece que não tem nada a ver, mas o PS até pode correr o risco de perder Coimbra… E caso não perca, um dia, um dia, o Dr Ataíde até poderá ser um bom candidato à sucessão de Miguel Machado. Conjunturas? Ideias tolas? Ainda não pago imposto para congeminar…
Mas volto ao texto e ao elencar das ideias óbvias, como diz o autor. Na verdade, a pergunta objectiva é feita “depois de praticamente 7 anos no poder, continua a não se lhe conhecer uma ideia estruturante sobre e para a Figueira e o concelho”. Apenas e só mais um a quem a Figueira ajudou a promover.
O PSD, já entendeu, percebeu, compreendeu que vai “marinar”. Miguel Almeida dá de frosques e vai a termas. O candidato de serviço tentará ser o recandidato, passados 4 anos? Não faço ideia e estou-me nas tintas.
O que sei é continuamos todos a ver o poder imobiliário transformar a cidade em “De parque verde a retail park...”."
O texto é bem estruturado e objectivo.
Na verdade, o Dr Ataíde não precisa do PS para nada. É o auto proclamado candidato.
O PS estrebucha; faz-se de zangado e amuado, mas tem que engolir o candidato e a sobremesa. Sobremesa? Claro. Ou os srs do PS pensam que vão dar opinião na lista. No mínimo até ao quarto elemento, serão escolhas pessoais e de confiança do Dr Ataíde.
Há muito em jogo, e perder uma Câmara significa arriscar a liderança da Associação Nacional dos Municípios. E, até parece que não tem nada a ver, mas o PS até pode correr o risco de perder Coimbra… E caso não perca, um dia, um dia, o Dr Ataíde até poderá ser um bom candidato à sucessão de Miguel Machado. Conjunturas? Ideias tolas? Ainda não pago imposto para congeminar…
Mas volto ao texto e ao elencar das ideias óbvias, como diz o autor. Na verdade, a pergunta objectiva é feita “depois de praticamente 7 anos no poder, continua a não se lhe conhecer uma ideia estruturante sobre e para a Figueira e o concelho”. Apenas e só mais um a quem a Figueira ajudou a promover.
O PSD, já entendeu, percebeu, compreendeu que vai “marinar”. Miguel Almeida dá de frosques e vai a termas. O candidato de serviço tentará ser o recandidato, passados 4 anos? Não faço ideia e estou-me nas tintas.
O que sei é continuamos todos a ver o poder imobiliário transformar a cidade em “De parque verde a retail park...”."
A Arte de Furtar disse...
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Atenção: aki há peões...
Mas, vejam se não têm um polícia (de trânsito) por perto...
O bem estar dos cofres camarários não justifica estes atropelos!..
Mais fotos aqui.
De parque verde a retail park...
Na foto da direita, vê-se uma placa que está naquele local há mais de 15 anos.
Foi colocada, ainda, quando o presidente da Câmara da Figueira da Foz, era Pedro Miguel de Santana Lopes.
O vereador do trânsito, na altura, recorde-se, era o actual vereador da oposição e candidato do Movimento Somos Figueira, Miguel Almeida .
Em 2009, passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
Neste outono do ano da graça de 2016, começa a desenhar-se o futuro retail park figueirense.
Aos poucos, as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: o último espaço que resta à Figueira para um verdadeiro parque verde.
Já na entrevista dada à Figueira TV, em 30 de junho passado, o Dr Joaquim de Sousa alertava para a valorização dos terrenos da Santa Casa e para o seu fim...
Afinal como é?...
Onde estão as forças vivas da cidade!.. Nomeadamente, os movimentos da defesa do "verde".
Este executivo camarário já só engana quem quer ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização, continua a ser o que sempre foi: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente, hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.
E onde ficam as pessoas senhor presidente e restantes vereadores do executivo figueirense?..
Foi colocada, ainda, quando o presidente da Câmara da Figueira da Foz, era Pedro Miguel de Santana Lopes.
O vereador do trânsito, na altura, recorde-se, era o actual vereador da oposição e candidato do Movimento Somos Figueira, Miguel Almeida .
Em 2009, passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
Neste outono do ano da graça de 2016, começa a desenhar-se o futuro retail park figueirense.
Aos poucos, as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: o último espaço que resta à Figueira para um verdadeiro parque verde.
Já na entrevista dada à Figueira TV, em 30 de junho passado, o Dr Joaquim de Sousa alertava para a valorização dos terrenos da Santa Casa e para o seu fim...
Afinal como é?...
Onde estão as forças vivas da cidade!.. Nomeadamente, os movimentos da defesa do "verde".
Este executivo camarário já só engana quem quer ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização, continua a ser o que sempre foi: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente, hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.
E onde ficam as pessoas senhor presidente e restantes vereadores do executivo figueirense?..
Desfrutem, enquanto é tempo...
O espaço é largo e profundo...
Nesta paisagem não há lugar para a tacanhez!
Dá para encher a vista até onde ela alcança e ficamos com uma sensação imensa de plenitude.
É um sentimento indescritível.
Sugiro que venham até cá e desfrutem.
Com uma vista assim, até o despertar deixa de ser penoso! Só apetece mesmo é espraiar o olhar e gozar o que nos é oferecido pela natureza inspirar este ar, que já está algo fresco e desfrutar, já que é algo que se vai tornando cada vez mais raro, mas ainda, não sabemos por quanto tempo mais, é possível.
Nesta paisagem não há lugar para a tacanhez!
Dá para encher a vista até onde ela alcança e ficamos com uma sensação imensa de plenitude.
É um sentimento indescritível.
Sugiro que venham até cá e desfrutem.
Com uma vista assim, até o despertar deixa de ser penoso! Só apetece mesmo é espraiar o olhar e gozar o que nos é oferecido pela natureza inspirar este ar, que já está algo fresco e desfrutar, já que é algo que se vai tornando cada vez mais raro, mas ainda, não sabemos por quanto tempo mais, é possível.
Na muche...
Num texto certeiro, como poucos, o líder parlamentar do PCP sugeriu ontem num artigo de opinião do jornal "Avante!" que uns partidos que fazem parte da actual solução governativa andam a "juntar com o bico" e o BE a "espalhar com as patas".
"Para o PCP, é essencial uma política que combata a injustiça fiscal, é necessária a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal, critérios que obviamente devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado e a avaliação terá que ser feita globalmente e não imposto a imposto.
Uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo, está a ser apresentada como uma ameaça e, pior de tudo, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e criarem dificuldades à sua reversão. Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão – incluindo entre o PCP e o Governo –, o BE procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção.
A confirmação pelo PS, ainda que admitindo a indefinição de alguns dos elementos do imposto, contribuiu para o que veio a acontecer ao longo dos últimos dias.
Uma medida que pode contribuir para maior justiça fiscal fazendo cobrar mais impostos a uma minoria de contribuintes que tem património de valor mais elevado foi transformada, com o inestimável contributo do BE, numa ameaça à generalidade dos contribuintes a partir da especulação sobre o número e valor dos imóveis a abranger, do destino que é dado ao imóvel e de outros elementos por definir. O coro de comentadores, em geral comprometidos com a política de saque fiscal do anterior governo PSD/CDS e cumpridores das orientações determinadas pelo grande capital, encontrou neste tema o mote para a especulação e a desinformação, não apenas para criar dificuldades à aprovação de medidas que ponham a pagar mais impostos quem tem mais rendimentos ou património mas também repetindo os argumentos com que têm procurado evitar as medidas de alívio de impostos sobre aqueles que menos têm", defende o deputado comunista e membro da Comissão Política do PCP João Oliveira.
"Para o PCP, é essencial uma política que combata a injustiça fiscal, é necessária a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal, critérios que obviamente devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado e a avaliação terá que ser feita globalmente e não imposto a imposto.
Uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo, está a ser apresentada como uma ameaça e, pior de tudo, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e criarem dificuldades à sua reversão. Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão – incluindo entre o PCP e o Governo –, o BE procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção.
A confirmação pelo PS, ainda que admitindo a indefinição de alguns dos elementos do imposto, contribuiu para o que veio a acontecer ao longo dos últimos dias.
Uma medida que pode contribuir para maior justiça fiscal fazendo cobrar mais impostos a uma minoria de contribuintes que tem património de valor mais elevado foi transformada, com o inestimável contributo do BE, numa ameaça à generalidade dos contribuintes a partir da especulação sobre o número e valor dos imóveis a abranger, do destino que é dado ao imóvel e de outros elementos por definir. O coro de comentadores, em geral comprometidos com a política de saque fiscal do anterior governo PSD/CDS e cumpridores das orientações determinadas pelo grande capital, encontrou neste tema o mote para a especulação e a desinformação, não apenas para criar dificuldades à aprovação de medidas que ponham a pagar mais impostos quem tem mais rendimentos ou património mas também repetindo os argumentos com que têm procurado evitar as medidas de alívio de impostos sobre aqueles que menos têm", defende o deputado comunista e membro da Comissão Política do PCP João Oliveira.
"É incontornável dar espaço ao automóvel", disse o presidente Ataíde...
Nota de rodapé.
Se uma frase pode, com alguma aproximação, sintetizar o que já se sabia sobre o político que a profere, esta consegue-o de uma forma bem explícita.
Poderão pensar que é redutor, mas sinceramente acho que não. Não podemos saber tudo e se conseguirmos atingir algo, como foi o caso, já é um passo enorme.
Como contaponto ao pensamento político de João Ataíde, recordo uma entrevista do Engenheiro civil Mário Alves, publicada pelo jornal Público em 20/06/2010 .
Leiam aquilo que pensa João Ataíde e leiam o que pensa o Engenheiro civil Mário Alves e retirem as vossas conclusões.
Como é que se dificulta a "vida" do transporte individual nas cidades para tornar mais apetecíveis os transportes públicos e os modos suaves de mobilidade?
Existem muitas formas de o fazer. O estacionamento deve ser gerido com rigor e de forma a aceitar que todas as cidades têm limites de capacidade. O espaço público é um bem muito escasso e o automóvel é uma das máquinas mais ineficientes e mortíferas jamais inventadas. Um espaço público confortável, livre de obstáculos, com árvores e bancos para descansarmos e seguro, é condição essencial para que o sistema de mobilidade da cidade funcione com eficácia - os peões são a argamassa de um sistema de transportes públicos eficaz e economicamente saudável. Preparar a cidade para pessoas com mobilidade reduzida faz com que a cidade fique melhor e mais confortável para todos. Infelizmente não se conseguirá equilibrar um sistema com graves problemas agradando a todos.
As cidades portuguesas têm estado desatentas em relação à mobilidade pedonal?
Muitos equipamentos do Estado seguem modelos modernistas: grandes superfícies fora das áreas urbanas - temos campi universitários ou hospitais aos quais é praticamente impossível chegar a pé, e estão sempre rodeados de grandes áreas de estacionamento. Temos também grandes superfícies comerciais com milhares de lugares de estacionamento e rodeados de anéis de auto-estrada e vias rápidas. Para agravar a situação continua a persistir a ideia entre muitos técnicos e políticos que é possível resolver os problemas de congestionamento com mais capacidade da rede viária ou mais estacionamento. Isto são formas de apagar um fogo usando gasolina. Mas começam a existir bons exemplos.
Onde?
Almada, com um plano de mobilidade pioneiro em Portugal, tem agora um centro bem servido por um metro de superfície, com passeios largos e áreas de fruição pedonal. O Porto, com as intervenções no espaço público para a capital europeia da cultura, conseguiu alguns espaços de grande qualidade, assim como foi assimilando que a forma mais eficaz de reconquista do espaço público é a construção do metro à superfície. Portimão também tem tido uma intervenção muito consistente no que diz respeito a medidas de acalmia de tráfego e segurança para os peões.
Não tem sido devidamente acautelado o impacto dessas opções urbanísticas no domínio da mobilidade?
De forma alguma. É uma responsabilidade política que passou a ser considerada uma responsabilidade individual. Quem compra mais metros quadrados sem acesso a transportes públicos considera-se simplesmente que está a exercer a sua liberdade individual de consumidor. Os impactos e consequências deixaram de ser preocupação do Estado a não ser quando as consequências chegam aos anuários estatísticos. Da mesma forma, as autarquias e o Estado negoceiam a localização de grandes superfícies comerciais com milhares de lugares de estacionamento e cujo único acesso realista é o automóvel. Este tipo de opções não só exacerba a dependência das famílias ao consumo do automóvel como esvazia os centros urbanos de actividades económicas e emprego.
Se uma frase pode, com alguma aproximação, sintetizar o que já se sabia sobre o político que a profere, esta consegue-o de uma forma bem explícita.
Poderão pensar que é redutor, mas sinceramente acho que não. Não podemos saber tudo e se conseguirmos atingir algo, como foi o caso, já é um passo enorme.
Como contaponto ao pensamento político de João Ataíde, recordo uma entrevista do Engenheiro civil Mário Alves, publicada pelo jornal Público em 20/06/2010 .
Leiam aquilo que pensa João Ataíde e leiam o que pensa o Engenheiro civil Mário Alves e retirem as vossas conclusões.
Como é que se dificulta a "vida" do transporte individual nas cidades para tornar mais apetecíveis os transportes públicos e os modos suaves de mobilidade?
Existem muitas formas de o fazer. O estacionamento deve ser gerido com rigor e de forma a aceitar que todas as cidades têm limites de capacidade. O espaço público é um bem muito escasso e o automóvel é uma das máquinas mais ineficientes e mortíferas jamais inventadas. Um espaço público confortável, livre de obstáculos, com árvores e bancos para descansarmos e seguro, é condição essencial para que o sistema de mobilidade da cidade funcione com eficácia - os peões são a argamassa de um sistema de transportes públicos eficaz e economicamente saudável. Preparar a cidade para pessoas com mobilidade reduzida faz com que a cidade fique melhor e mais confortável para todos. Infelizmente não se conseguirá equilibrar um sistema com graves problemas agradando a todos.
As cidades portuguesas têm estado desatentas em relação à mobilidade pedonal?
Muitos equipamentos do Estado seguem modelos modernistas: grandes superfícies fora das áreas urbanas - temos campi universitários ou hospitais aos quais é praticamente impossível chegar a pé, e estão sempre rodeados de grandes áreas de estacionamento. Temos também grandes superfícies comerciais com milhares de lugares de estacionamento e rodeados de anéis de auto-estrada e vias rápidas. Para agravar a situação continua a persistir a ideia entre muitos técnicos e políticos que é possível resolver os problemas de congestionamento com mais capacidade da rede viária ou mais estacionamento. Isto são formas de apagar um fogo usando gasolina. Mas começam a existir bons exemplos.
Onde?
Almada, com um plano de mobilidade pioneiro em Portugal, tem agora um centro bem servido por um metro de superfície, com passeios largos e áreas de fruição pedonal. O Porto, com as intervenções no espaço público para a capital europeia da cultura, conseguiu alguns espaços de grande qualidade, assim como foi assimilando que a forma mais eficaz de reconquista do espaço público é a construção do metro à superfície. Portimão também tem tido uma intervenção muito consistente no que diz respeito a medidas de acalmia de tráfego e segurança para os peões.
Não tem sido devidamente acautelado o impacto dessas opções urbanísticas no domínio da mobilidade?
De forma alguma. É uma responsabilidade política que passou a ser considerada uma responsabilidade individual. Quem compra mais metros quadrados sem acesso a transportes públicos considera-se simplesmente que está a exercer a sua liberdade individual de consumidor. Os impactos e consequências deixaram de ser preocupação do Estado a não ser quando as consequências chegam aos anuários estatísticos. Da mesma forma, as autarquias e o Estado negoceiam a localização de grandes superfícies comerciais com milhares de lugares de estacionamento e cujo único acesso realista é o automóvel. Este tipo de opções não só exacerba a dependência das famílias ao consumo do automóvel como esvazia os centros urbanos de actividades económicas e emprego.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
O plural de partido do centrão, é quadrilha...
Que "a democracia tem um custo"
vai ser o argumento a atirar à cara de quem está contra o fim
das restrições ao financiamento público dos partidos, no país
onde desde 2009 o sector privado tem os salários congelados ou sofre
aumentos simbólicos entre os zero virgula alguns e o um por cento.
Logo seguido do inevitável "populista!"...
E que tal (ao menos...) um pouco de pudor e alguma prudência?..
Só consigo ser respeitoso quando não entendo nada... (II)
Portanto, “deixa cá ver se percebi outra vez.”
Escândalo?
Vergonha?
Nada disso: foi no Governo de Pedro Passos Coelho.
Alguma
razão terá tido.
"Evolução" na continuidade...
Nota de rodapé.
Mais do mesmo.
O enorme potencial da Figueira, ano após ano, executivo camarário, após executivo camarário, continua a não ser devidamente aproveitado por quem tinha a obrigação de o fazer!
É uma pena, mas é assim há dezenas de anos...
Enquanto quem vai passando pelo poder na Figueira não olhar globalmente para o concelho e exercer a governação da cidade e do concelho em função dos interesses - lojas, capelinhas, mercearias, seitas, amigos e outras minorias privilegiadas... - instalados, não passamos do tal ramerrame de que fala hoje no jornal AS BEIRAS o Rui Curado da Silva.
A Figueira continua a "evoluir" na continuidade...
Seria tão bom que os figueirenses tivessem memória.
Seria a partir dela que tudo poderia ser reconstruído.
Ela - a memória - é a nossa base de sustentação.
Mais do mesmo.
O enorme potencial da Figueira, ano após ano, executivo camarário, após executivo camarário, continua a não ser devidamente aproveitado por quem tinha a obrigação de o fazer!
É uma pena, mas é assim há dezenas de anos...
Enquanto quem vai passando pelo poder na Figueira não olhar globalmente para o concelho e exercer a governação da cidade e do concelho em função dos interesses - lojas, capelinhas, mercearias, seitas, amigos e outras minorias privilegiadas... - instalados, não passamos do tal ramerrame de que fala hoje no jornal AS BEIRAS o Rui Curado da Silva.
A Figueira continua a "evoluir" na continuidade...
Seria tão bom que os figueirenses tivessem memória.
Seria a partir dela que tudo poderia ser reconstruído.
Ela - a memória - é a nossa base de sustentação.
Recordá-la no presente não é
sinónimo de saudosismo, mas uma atitude de sobrevivência.
Até as más memórias nos são
úteis...
Neste caso, ou se seriam!...
A um ano das autárquicas de 2017
Até este momento, o único candidato conhecido e assumido às autárquicas de 2017 à Câmara Municipal da Figueira da Foz, é o dr. João Ataíde.
Não foi proposto por ninguém, foi ele próprio que se apresentou.
Porém, depois de praticamente 7 anos no poder, continua a não se lhe conhecer uma ideia estruturante sobre e para a Figueira e o concelho.
Que a cidade e o concelho têm potencial, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm praias com vento, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm o rio Mondego, já sabíamos, obrigadinho
Que o concelho tem lagoas, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm um porto comercial, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm um porto de pesca, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm um hospital, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm a serra da Boa Viagem, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm o CAE, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade tem um casino, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade tem um jardim municipal (sem coreto...), já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm no Cabedelo um potencial enorme nos desportos de ondas, já sabíamos, obrigadinho.
Que o concelho tem a mais alta taxa de desemprego do distrito, já sabíamos, obrigadinho.
Mas sabemos mais: nada disto, a não ser a falta do coreto no jardim municipal, pode ser imputado aos 7 anos de mandato já cumpridos pelo dr. João Ataíde.
O que vai valer em 2017 - e é nisso que pode confiar o dr. João Ataíde - é a memória curta dos eleitores do concelho da Figueira da Foz!
Não foi proposto por ninguém, foi ele próprio que se apresentou.
Porém, depois de praticamente 7 anos no poder, continua a não se lhe conhecer uma ideia estruturante sobre e para a Figueira e o concelho.
Que a cidade e o concelho têm potencial, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm praias com vento, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm o rio Mondego, já sabíamos, obrigadinho
Que o concelho tem lagoas, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm um porto comercial, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm um porto de pesca, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm um hospital, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm a serra da Boa Viagem, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm o CAE, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade tem um casino, já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade tem um jardim municipal (sem coreto...), já sabíamos, obrigadinho.
Que a cidade e o concelho têm no Cabedelo um potencial enorme nos desportos de ondas, já sabíamos, obrigadinho.
Que o concelho tem a mais alta taxa de desemprego do distrito, já sabíamos, obrigadinho.
Mas sabemos mais: nada disto, a não ser a falta do coreto no jardim municipal, pode ser imputado aos 7 anos de mandato já cumpridos pelo dr. João Ataíde.
O que vai valer em 2017 - e é nisso que pode confiar o dr. João Ataíde - é a memória curta dos eleitores do concelho da Figueira da Foz!
Na Figueira, o poder sempre lidou mal com a opinião livre...
Na Figueira quase toda a gente tem medo de assumir a sua opinião.
Contudo, numa cidade democrática, ter e dar opinião deveria ser a coisa mais banal.
Quem não assume dar opinião, desconhece que uma opinião é isso mesmo: uma opinião.
Numa cidade democrática, a convivência saudável permitiria, exactamente, que se exprimissem livremente diferentes gostos, opiniões e pontos de vista.
Numa cidade democrática, isso seria naturalmente aceite como fazendo parte das liberdades e direitos de cada um de nós.
Contudo, na Figueira, desde que me lembro, o poder sempre lidou mal com a opinião livre...
Na Figueira, sempre me preocupou a falta de opinião informada.
As pessoas desconhecem e, mais que isso, não querem saber de factos que acontecem na política local e são fundamentais para as suas vidas.
Este desconhecimento irrita-me...
Numa cidade que ser quer moderna, a divergência de opinião entre pessoas nunca deveria ser motivo de preocupação.
A diversidade é fecunda e criadora.
Preocupante, é o menor respeito que o poder sempre demonstrou pela opinião discordante.
O pensamento único, sempre limitou e estreitou as soluções para os problemas que a Figueira precisa de resolver...
Mas, isso, interessa a alguns...
Contudo, numa cidade democrática, ter e dar opinião deveria ser a coisa mais banal.
Quem não assume dar opinião, desconhece que uma opinião é isso mesmo: uma opinião.
Numa cidade democrática, a convivência saudável permitiria, exactamente, que se exprimissem livremente diferentes gostos, opiniões e pontos de vista.
Numa cidade democrática, isso seria naturalmente aceite como fazendo parte das liberdades e direitos de cada um de nós.
Contudo, na Figueira, desde que me lembro, o poder sempre lidou mal com a opinião livre...
Na Figueira, sempre me preocupou a falta de opinião informada.
As pessoas desconhecem e, mais que isso, não querem saber de factos que acontecem na política local e são fundamentais para as suas vidas.
Este desconhecimento irrita-me...
Numa cidade que ser quer moderna, a divergência de opinião entre pessoas nunca deveria ser motivo de preocupação.
A diversidade é fecunda e criadora.
Preocupante, é o menor respeito que o poder sempre demonstrou pela opinião discordante.
O pensamento único, sempre limitou e estreitou as soluções para os problemas que a Figueira precisa de resolver...
Mas, isso, interessa a alguns...
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