"A Câmara Municipal da Figueira da Foz continua sem agir sobre uma área fundamental para o desenvolvimento do concelho e do país, a gestão da energia".
Começa assim uma crónica hoje publicada por João Vaz, no jornal As Beiras, que eu li na versão papel, mas que, dado o seu manifesto interesse, espero que venha a estar disponível via internet.
Entretanto, fica mais uma citação: "o resultado da ausência da política concorre para a estagnação - sem incentivos não há inovação nem criação de emprego."
O real, é o entendido pela generalidade das pessoas ou aquilo que nós pensamos que vemos?
E o que é que a generalidade dos figueirenses vê?
E o que é que a generalidade dos figueirenses entende?
Acho que é fácil perceber isto, se atentarmos no desempenho dos políticos figueirenses, ao longo dos anos, e naquilo que a generalidade dos figueirenses faz, eu incluido...
Fiz-me perceber?
Mesmo assim é difícil...
Eu sei!
Nota de rodapé.
"O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo."
Bernard Shaw
sábado, 16 de julho de 2016
Gosto de espaços alindados, bem tratadas e cuidados. É só cirandar um pouco por aí que os encontramos por este concelho afora e adentro, onde menos se espera...
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| FOTO DB/JOT’ALVES |
No exterior, a erva toma conta do parque infantil. Não obstante o estado de abandono e os buracos na estrada de terra batida, várias famílias convivem à volta de piqueniques, tendo a lagoa como cenário idílico e o que resta do bar como palco de destruição.
Entre os residentes do Bom Sucesso reina a indignação em relação ao abandono daquela zona de lazer de elevado potencial turístico, construída no mandato autárquico de Santana Lopes (1997 – 2001) numa área protegida e tutelada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)."
Via AS BEIRAS
Aventais Bordados das Mulheres da Beira-Mar
Um Povo que não preserve o seu passado e as suas raízes não tem futuro.
E a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
Os aventais Bordados das Mulheres da Beira-Mar em edição de postais de correio.
Uma produção do Clube Mocidade Covense.
Cova-Gala, Freguesia de S. Pedro
Figueira da Foz
Portugal
E a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
Uma produção do Clube Mocidade Covense.
Cova-Gala, Freguesia de S. Pedro
Figueira da Foz
Portugal
O presidente francês, François Hollande, arrasa Durão Barroso a propósito da ida do português para a presidência do Goldman Sachs Internacional
“É uma questão moral e ética, ligada a uma pessoa. Não fui eu que escolhi Barroso para presidente da Comissão da União Europeia. Ele esteve dez anos à cabeça da Comissão. A Goldman Sachs esteve no centro da crise dos subprimes e ajudou o Governo grego a ‘maquilhar’ as contas do Grécia. Moralmente é inaceitável (que ele vá para esse banco)”, disse esta quinta-feira o presidente francês, François Hollande, numa entrevista de fundo neste 14 de julho, dia nacional francês.
“É uma questão que não tem que ver com a Europa, tem que ver com a moral. O senhor Barroso foi presidente da Comissão Europeia no momento em que teve lugar a crise provoca pelos subprimes, na qual a Goldman Sachs foi um dos principais implicados - banco que reencontrámos mais tarde no caso grego, dado que era o banco que aconselhava os gregos e e que maquilhava as contas que a Grécia transmitia à União Europeia. Agora ficamos a saber, alguns anos mais tarde, que o senhor Barroso vai entrar no Goldman Sachs. Juridicamente é possível, mas moralmente é inaceitável”, explicou François Hollande na entrevista publicada pelo Expresso.
“É uma questão que não tem que ver com a Europa, tem que ver com a moral. O senhor Barroso foi presidente da Comissão Europeia no momento em que teve lugar a crise provoca pelos subprimes, na qual a Goldman Sachs foi um dos principais implicados - banco que reencontrámos mais tarde no caso grego, dado que era o banco que aconselhava os gregos e e que maquilhava as contas que a Grécia transmitia à União Europeia. Agora ficamos a saber, alguns anos mais tarde, que o senhor Barroso vai entrar no Goldman Sachs. Juridicamente é possível, mas moralmente é inaceitável”, explicou François Hollande na entrevista publicada pelo Expresso.
Já nem vergonha têm para ter vergonha...
"Assunção Cristas considera que o chumbo ao projecto lei que previa a criminalização do abandono de idosos é incompreensível e revela insensibilidade por parte da Esquerda."!..
Nota de rodapé.
Isto, depois de esta senhora ter sido quatro anos e meio ministra num Governo da direita radical, que cortou pensões, reformas e pensões de viuvez a pagamento, a pôr fim ao complemento solidário para idosos, eliminou comparticipações e isenções diversas e consequente aumento de taxas!..
Quando os que mandam (ou mandaram e esperam vir ainda a mandar...) perdem a vergonha, temos o direito de lhes perder o respeito.
Nota de rodapé.
Isto, depois de esta senhora ter sido quatro anos e meio ministra num Governo da direita radical, que cortou pensões, reformas e pensões de viuvez a pagamento, a pôr fim ao complemento solidário para idosos, eliminou comparticipações e isenções diversas e consequente aumento de taxas!..
Quando os que mandam (ou mandaram e esperam vir ainda a mandar...) perdem a vergonha, temos o direito de lhes perder o respeito.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Tempo de emoções...
Uma foto da minha mãe, a tirar o sal da marinha. Apesar da má qualidade da foto, pode ver-se a dureza do trabalho. "O sal era branco, mas fazia o coração preto", dizia-me a minha mãe.Gosto da concordância das emoções.
Porém, a verdade e a autenticidade nem sempre são a mesma coisa.
A verdade, por vezes, é o que convém.
A autenticidade é a possibilidade de alguém ser capaz de revelar a realidade.
Uma guerreira é uma guerreira.
E a palavra que melhor define a minha Mãe, que era uma mulher da paz e dos consensos, é essa mesmo - guerreira.
Leia-se: na luta pela sobrevivência, dela e dos seus.
Foram quase oitenta e sete anos, uma longa vida, ainda por cima, vivida com muitas dificuldades, inúmeros desgostos e algumas amarguras.
Não conheceu o Pai, soldado na I Grande Guerra. Ficou viúva, aos 46 anos de idade, no tempo em que não havia reformas, com 3 filhos e uma Mãe de idade já avançada para cuidar.
A vida é tão difícil para alguns… Contudo, a minha Mãe deu a volta por cima e foi sempre uma mulher lutadora e uma filha, mãe, avó e bisavó dedicada.
João: o teu comentário emocionou-me.
Mais: humedeceu-me os olhos, o que não é demonstração de fraqueza.
Num tempo em que pessoas têm medo de exprimir emoções vividas ao longo do seu percurso, fica o meu agradecimento.
Hoje, pelas 18 horas e 30 minutos...
O Clube Mocidade Covense, ciente do seu papel de agente divulgador dos aspectos socioculturais da sociedade que lhe dá identidade e onde está inserido, entendeu promover uma edição limitada de postais de correio tendo como tema os aventais bordados das suas mulheres, das mulheres da beira-mar.
É uma acção que visa a obtenção de receitas sempre tão escassas quanto necessárias.
A apresentação desta iniciativa terá lugar hoje na colectividade pelas 18H30.
É uma acção que visa a obtenção de receitas sempre tão escassas quanto necessárias.
A apresentação desta iniciativa terá lugar hoje na colectividade pelas 18H30.
Uns, pensam que mandam no Mundo. Outros, pensam que são o Mundo...
"Das cúpulas da Europa às juntas de freguesia, o interesse público deve ser salvaguardado inequivocamente pelo poder executivo.
O combate pela transparência na política deve ser realizado em todas as frentes. De pouco serve criticar a Europa ou o poder de Lisboa, quando na nossa freguesia não há transparência na execução de políticas locais. Os acontecimentos da passada semana ilustram na perfeição o trabalho que há a fazer em múltiplas frentes pela transparência na política.
A ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, uma empresa financeira que contribuiu ativamente para arruinar países, empresas e pessoas da EU, durante o seu mandato na Comissão, é absolutamente escandalosa. Quem governou a Comissão Europeia?
Foi Durão Barroso ou foi a Goldman Sachs? Aquando da intervenção na Grécia, os representantes da Comissão Europeia na Troika estavam a trabalhar para o bem da UE e da Grécia ou estavam a trabalhar para a Goldman Sachs, a mesma empresa que ajudou a maquilhar as contas dos governos do PASOK e da direita grega?
Saltando para o nosso nível das freguesias, li e reli as declarações do executivo da Junta do Paião e sinceramente não fiquei nada convencido que a transparência tivesse sido uma prioridade das transferências realizadas com os dinheiros dos baldios. Quanto à bondade das operações, ela só poderá ser esclarecida depois de uma auditoria muito rigorosa."
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Dia 14 de julho
Saudade, seja lá o que isso for, não tem outra palavra, sentimento ou forma que a expresse ou defina.
Quando pensamos que descansa, reaparece, em dias como o de hoje.
É um sentimento esquisito e diverso que cresce no peito, sem nome.
Normalmente, este blogue serve para tudo, menos para falar de mim ou da minha família.
Há momentos, porém, que foram a excepção...
As datas têm o valor que lhe quisermos dar.
Encerra-se hoje um ano, que foi uma outra e nova medida do meu tempo...
Feche-se então este bem fechado, que não me deixou saudades!
Como sou um homem da esperança, acredito que a única coisa boa de um ano mau, é que as probabilidades de o próximo ser melhor são altas.
Por hoje, peço desculpa pela interrupção. Amanhã, será outro dia.
A vida e a luta vai ter de continuar.
Portanto...
Quando pensamos que descansa, reaparece, em dias como o de hoje.
É um sentimento esquisito e diverso que cresce no peito, sem nome.Normalmente, este blogue serve para tudo, menos para falar de mim ou da minha família.
Há momentos, porém, que foram a excepção...
As datas têm o valor que lhe quisermos dar.
Encerra-se hoje um ano, que foi uma outra e nova medida do meu tempo...
Feche-se então este bem fechado, que não me deixou saudades!
Como sou um homem da esperança, acredito que a única coisa boa de um ano mau, é que as probabilidades de o próximo ser melhor são altas.
Por hoje, peço desculpa pela interrupção. Amanhã, será outro dia.
A vida e a luta vai ter de continuar.
Portanto...
quarta-feira, 13 de julho de 2016
"A CMFF, ao licenciar o evento no Coliseu entre a 01h00 e as 02h00 da manhã, procurou de forma deliberada inviabilizar a sua realização tendo, contudo, adoptado critérios distintos em relação a outras situações idênticas a quem foram permitidos horários mais alargados, como foi o caso da Piscina Praia, espaço esse da CMFF..."
O Cavaco de sempre...
"Conselho de Estado: Cavaco terá legitimado aplicação de sanções".
Nota de rodapé.
Será que Cavaco ainda pensa que pode vir a dissolver o Parlamento, declarar guerra a Espanha e desanilhar todas as cagarras?..
O Sr. Silva deve continuara a viver em Marte...
Ser coerente, significa continuar a ser tão ignorante hoje como há uns anos atrás?
Há pessoas que mostram coerência por sempre terem pensado do mesmo modo.
Pois cá o je, já mudou de opinião várias vezes e não se arrepende nada de o ter feito, nem se envergonha de o confessar publicamente.
É tudo uma questão de se procurar ser coerente.
Nota de rodapé.
Será que Cavaco ainda pensa que pode vir a dissolver o Parlamento, declarar guerra a Espanha e desanilhar todas as cagarras?..
O Sr. Silva deve continuara a viver em Marte...
Ser coerente, significa continuar a ser tão ignorante hoje como há uns anos atrás?
Há pessoas que mostram coerência por sempre terem pensado do mesmo modo.
Pois cá o je, já mudou de opinião várias vezes e não se arrepende nada de o ter feito, nem se envergonha de o confessar publicamente.
É tudo uma questão de se procurar ser coerente.
Lá diz o provérbio muito português: "as cadelas apressadas parem os cães cegos..."
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| imagem sacada daqui |
Adenda: Fernando Pimenta, campeão em canoagem, outro Grande Oficial da Ordem do Infante pelo Presidente Cavaco Silva, em 2015, soube pela TSF que amanhã vai ser "promovido para baixo" a Comendador da Ordem do Mérito. Alguém devia preparar umas papeletas básicas ao PR.
Marcelo anunciou frugalidade nas condecorações para se distinguir dos antecessores. Como o que primeiro se paga nesta vida é a língua, o desporto nacional não lhe dá, famosamente, descanso."
João Gonçalves
Sempre a aprender: tradição taurina!..
"La tradición obliga a matar a toda la familia del toro que mató a Víctor Barrio en Teruel"...
E pronto.
Assim, ficámos a saber que para cumprir a "tradição", quando um touro, em legítima defesa, mata o toureiro que o está a torturar em público, para deleite e gozo do público, a mãe do touro deve ser assassinada, sentença que é alargada a toda a "família" do animal.
Considerando a quantidade de touradas de morte que se realizam todos os anos em Espanha - ao longo de tantos anos - já imaginaram este hipotético cenário?
Os touros tomarem o poder por um dia e decretarem a chacina das famílias inteiras de cada toureiro que já assassinou touros na arena, com efeitos retroactivos!..
A Espanha corria o risco de ficar despovoada...
E pronto.
Assim, ficámos a saber que para cumprir a "tradição", quando um touro, em legítima defesa, mata o toureiro que o está a torturar em público, para deleite e gozo do público, a mãe do touro deve ser assassinada, sentença que é alargada a toda a "família" do animal.
Considerando a quantidade de touradas de morte que se realizam todos os anos em Espanha - ao longo de tantos anos - já imaginaram este hipotético cenário?
Os touros tomarem o poder por um dia e decretarem a chacina das famílias inteiras de cada toureiro que já assassinou touros na arena, com efeitos retroactivos!..
A Espanha corria o risco de ficar despovoada...
"A União Europeia não é união e nem sequer se pode dizer que seja europeia, porque a ideia de Europa deveria ser outra, especialmente depois de tanta História"
O verdadeiro Euro 2016 é este, o campeonato em que há jogadores que são árbitros e que, por isso, podem distribuir porrada à vontade, porque são os donos do apito. Todos sabem que as metas do défice não são alcançáveis, mas usam-nas como instrumento de pressão, para ajudar multinacionais e bancos, à espera do prémio.
De acordo com o Institute for Economic Research, já houve 114 violações das metas estabelecidas e, neste momento, apenas Portugal e Espanha estão sujeitos a possíveis sanções. Essas 114 (por extenso: cento e catorze) violações não foram levadas a cabo apenas por Portugal e Espanha: o país que mais vezes falhou neste campeonato foi a França, mas Juncker já explicou por que razão a França não pode ser castigada.
Note-se, ainda, que as possíveis sanções são consequência do défice deixado por Passos Coelho e por Maria Luís Albuquerque. Relembre-se, também, que os vários falhanços das metas estabelecidas foram sempre considerados sucessos pelas mesmas instituições que hoje ameaçam um governo que ainda não falhou as previsões. Percebe-se: com Passos, o país continuaria a retirar direitos e dinheiro aos trabalhadores, que os PIIGS querem-se pobrezinhos e prontos a pegar nas bandejas com bebidas exóticas.
De acordo com o Institute for Economic Research, já houve 114 violações das metas estabelecidas e, neste momento, apenas Portugal e Espanha estão sujeitos a possíveis sanções. Essas 114 (por extenso: cento e catorze) violações não foram levadas a cabo apenas por Portugal e Espanha: o país que mais vezes falhou neste campeonato foi a França, mas Juncker já explicou por que razão a França não pode ser castigada.
Note-se, ainda, que as possíveis sanções são consequência do défice deixado por Passos Coelho e por Maria Luís Albuquerque. Relembre-se, também, que os vários falhanços das metas estabelecidas foram sempre considerados sucessos pelas mesmas instituições que hoje ameaçam um governo que ainda não falhou as previsões. Percebe-se: com Passos, o país continuaria a retirar direitos e dinheiro aos trabalhadores, que os PIIGS querem-se pobrezinhos e prontos a pegar nas bandejas com bebidas exóticas.
A Europa das punições contra os fracos...
“Além disso, estima-se que o esforço orçamental acumulado empreendido por Portugal no período entre 2013 e 2015 tenha ficado significativamente aquém do recomendado pelo Conselho, o que leva a concluir que a resposta de Portugal à recomendação do Conselho não foi suficiente.”
(EU Press release)
Nota de rodapé.
"O Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) considerou hoje que Portugal e Espanha não tomaram medidas eficazes, no ano passado, para corrigir os défices excessivos...
… e decide iniciar um processo de sanções por violação do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Comandada hoje por um homem – Juncker – que fez todos os favores fiscais às multinacionais com sede no Luxemburgo e teve outro à sua frente – Barroso – que agora vai para o pior que existe na finança mundial, revelando assim ao serviço de quem se encontra, esta Europa que isenta sempre os mais fortes, não hesita em punir os mais fracos.
A França, quando descumpre, não é punida. A Alemanha, idem. Mas Grécia, Portugal, Espanha… podem ser castigados.
Ainda por cima por um órgão – o Ecofin – que nem sequer tem existência legal consagrada nos Tratados e cujas figuras não eleitas se tornaram odiosas desde a chantagem exercida sobre Atenas.
Com a agravante suplementar de haver implícito no processo de sanções aberto hoje e no nosso caso, uma clara nota de intolerância política.
Enquanto o governo português anterior, que aplicava à risca as receitas da troika (e queria mesmo ir além dela!), não foi sancionado, apesar de ter falhado todos os objectivos, Bruxelas pressiona agora Portugal pelo facto do novo executivo tentar aplicar um mix de medidas que sai um pouco fora da ortodoxia, não lhe conferindo qualquer benefício da dúvida.
Sanções-Punições
Ou seja – tolerância máxima para os amigos do Partido Popular Europeu – onde se abrigam os fundamentalistas da direita dominante – e máximo rigor para que ousam afastar-se, o mínimo que seja, do caminho austeritário traçado. Para a direita, tudo. Para a esquerda, nada. Ou melhor, para a esquerda – sanções!
“Sanções é tudo o que não precisamos; pensamos que ninguém deve ser punido” – dizia há dias o secretário-geral da OCDE, Angél Gurria, advertindo para os riscos de agravamento da situação económica.
Mas isso que importa para os burocratas de Bruxelas ao serviço de Berlim? O que importa, para eles, é dar um sinal de domínio, mesmo sabendo que dessa forma estão a atiçar os lobos da especulação financeira, sempre prontos a saltar sobre as suas vítimas ao mínimo sinal de sangue.
Mesmo que através de manobras de bastidores as sanções acabem por ser reduzidas a zero, a simples abertura do processo já é uma vergonha inadmissível que ofende o nosso mais elementar sentido de dignidade nacional!
A Europa devia ser solidária, promover a igualdade e a convergência, mas está afinal ao serviço dos poderosos contra os mais fracos.
Ao agir assim, trai-se a si própria – trai os ideais que inspiraram os seus fundadores e alimentaram durante décadas a esperança de um futuro de paz, desenvolvimento e unidade em todo o continente.
Esta Europa que a si mesma se trai não tem moral nem dignidade e por isso não tem futuro."
Carlos Fino
P.S.
Quando chegamos aqui - isto é, ao ponto de dois emblemáticos comentadores de direita criticarem os seus próprios partidos, com argumentos inatacáveis, por serem a favor das sanções a Portugal - percebe-se melhor o baixo nível de gente como Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque ou Assunção Cristas.
Vale a pena ver o vídeo...
(EU Press release)
Nota de rodapé.
"O Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) considerou hoje que Portugal e Espanha não tomaram medidas eficazes, no ano passado, para corrigir os défices excessivos...
… e decide iniciar um processo de sanções por violação do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Comandada hoje por um homem – Juncker – que fez todos os favores fiscais às multinacionais com sede no Luxemburgo e teve outro à sua frente – Barroso – que agora vai para o pior que existe na finança mundial, revelando assim ao serviço de quem se encontra, esta Europa que isenta sempre os mais fortes, não hesita em punir os mais fracos.
A França, quando descumpre, não é punida. A Alemanha, idem. Mas Grécia, Portugal, Espanha… podem ser castigados.
Ainda por cima por um órgão – o Ecofin – que nem sequer tem existência legal consagrada nos Tratados e cujas figuras não eleitas se tornaram odiosas desde a chantagem exercida sobre Atenas.
Com a agravante suplementar de haver implícito no processo de sanções aberto hoje e no nosso caso, uma clara nota de intolerância política.
Enquanto o governo português anterior, que aplicava à risca as receitas da troika (e queria mesmo ir além dela!), não foi sancionado, apesar de ter falhado todos os objectivos, Bruxelas pressiona agora Portugal pelo facto do novo executivo tentar aplicar um mix de medidas que sai um pouco fora da ortodoxia, não lhe conferindo qualquer benefício da dúvida.
Sanções-Punições
Ou seja – tolerância máxima para os amigos do Partido Popular Europeu – onde se abrigam os fundamentalistas da direita dominante – e máximo rigor para que ousam afastar-se, o mínimo que seja, do caminho austeritário traçado. Para a direita, tudo. Para a esquerda, nada. Ou melhor, para a esquerda – sanções!
“Sanções é tudo o que não precisamos; pensamos que ninguém deve ser punido” – dizia há dias o secretário-geral da OCDE, Angél Gurria, advertindo para os riscos de agravamento da situação económica.
Mas isso que importa para os burocratas de Bruxelas ao serviço de Berlim? O que importa, para eles, é dar um sinal de domínio, mesmo sabendo que dessa forma estão a atiçar os lobos da especulação financeira, sempre prontos a saltar sobre as suas vítimas ao mínimo sinal de sangue.
Mesmo que através de manobras de bastidores as sanções acabem por ser reduzidas a zero, a simples abertura do processo já é uma vergonha inadmissível que ofende o nosso mais elementar sentido de dignidade nacional!
A Europa devia ser solidária, promover a igualdade e a convergência, mas está afinal ao serviço dos poderosos contra os mais fracos.
Ao agir assim, trai-se a si própria – trai os ideais que inspiraram os seus fundadores e alimentaram durante décadas a esperança de um futuro de paz, desenvolvimento e unidade em todo o continente.
Esta Europa que a si mesma se trai não tem moral nem dignidade e por isso não tem futuro."
Carlos Fino
P.S.
Quando chegamos aqui - isto é, ao ponto de dois emblemáticos comentadores de direita criticarem os seus próprios partidos, com argumentos inatacáveis, por serem a favor das sanções a Portugal - percebe-se melhor o baixo nível de gente como Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque ou Assunção Cristas.
Vale a pena ver o vídeo...
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