Ao ver esta imagem, tive oportunidade de comprovar, mais uma vez, a subtileza, também, visual do Fernando Campos.
Há imagens que ficam para sempre.
Estou-me a lembrar do célebre cruzar e descruzar de pernas da Sharon Stone.
Ficou-me na memória porque é de uma subtileza enorme.
Tudo sugeria, sem nada exibir.
E foi precisamente aí que residiu o enorme poder de fixação que provocou em todos os que viram o filme.
Detesto quando me querem explicar o óbvio ou quando me questionam sobre ele.
Tal como o Fernando, também não tenho pachorra para explicar aquilo que entra pelos olhos dentro...
É o caso desta imagem de marca...
sexta-feira, 3 de junho de 2016
No país do carnaval, praia, cerveja, Fátima, facebook, fado e futebol...
"Presidente da EDP recorre ao mundo de futebol para tentar demonstrar que até nem ganha muito.
António Mexia, presidente da EDP, é um dos gestores mais bem pagos de Portugal mas em entrevista à Sábado recorreu ao mundo do futebol para tentar demonstrar que o ganha até nem é muito.
"No futebol, o meu salário equivale ao de um defesa direito de um clube do meio da tabela [risos]. Não me considerando eu, um jogador desses", disse Mexia na entrevista à revista.
O presidente da EDP fez questão ainda de comparar com o seu vencimento com os salários de gestores de empresas do sector com a mesma dimensão no estrangeiro.
"Se olhar para o sector, na Europa e nos Estados Unidos, o meu salário é incomparavelmente mais baixo do que o de outras empresas da mesma dimensão", afirmou o presidente da EDP
O gestor defendeu ainda que a questão do seu ordenado só diz respeito a si próprio e aos accionistas da empresa. "Sejamos pragmáticos, só lhes diz respeito a eles e a mim - e a mais ninguém. Sendo que é transparente, porque em Portugal as únicas pessoas que são obrigadas a revelar a remuneração são os gestores das cotadas e os titulares de cargos públicos", disse.
O presidente da EDP recebeu 1,9 milhões de euros em 2015 e este ano pode vir a ganhar 2,6 milhões." (Via jornal i)
Nota de rodapé.
Não vivo do futebol, para o futebol, nem do futebol, mas gosto do espectáculo.
Sabendo, porém, que tal como um mercenário não é um soldado, também um defesa direito deste futebol que deixou de ser desporto, não pode ser considerado um desportista.
Portanto, nada mais natural que o soldado defenda um ideal...
E também nada mais natural que neste futebol que deixou de ser desporto, o defesa direito defenda o negócio.
Apesar da expressão de algum pessimismo que esta postagem demonstra, certamente motivado por não ser adepto deste futebol que deixou de ser desporto, reconheço o que faz correr Mexia.
O homem tem ganho tudo em que se mete.
E a sua carreira parece que está para durar.
Parece-me que isso tem a ver com a grande capacidade que sempre teve de gerir e anular contrários.
Percebe o que o rodeia e dá-lhe a volta.
Disse-me, quem o conhece bem, que nunca foi grande jogador, mas sabe como funciona este futebol que deixou de ser desporto.
Acima de tudo percebeu-lhe as manhas...
António Mexia, presidente da EDP, é um dos gestores mais bem pagos de Portugal mas em entrevista à Sábado recorreu ao mundo do futebol para tentar demonstrar que o ganha até nem é muito.
"No futebol, o meu salário equivale ao de um defesa direito de um clube do meio da tabela [risos]. Não me considerando eu, um jogador desses", disse Mexia na entrevista à revista.
O presidente da EDP fez questão ainda de comparar com o seu vencimento com os salários de gestores de empresas do sector com a mesma dimensão no estrangeiro.
"Se olhar para o sector, na Europa e nos Estados Unidos, o meu salário é incomparavelmente mais baixo do que o de outras empresas da mesma dimensão", afirmou o presidente da EDP
O gestor defendeu ainda que a questão do seu ordenado só diz respeito a si próprio e aos accionistas da empresa. "Sejamos pragmáticos, só lhes diz respeito a eles e a mim - e a mais ninguém. Sendo que é transparente, porque em Portugal as únicas pessoas que são obrigadas a revelar a remuneração são os gestores das cotadas e os titulares de cargos públicos", disse.
O presidente da EDP recebeu 1,9 milhões de euros em 2015 e este ano pode vir a ganhar 2,6 milhões." (Via jornal i)
Nota de rodapé.
Não vivo do futebol, para o futebol, nem do futebol, mas gosto do espectáculo.
Sabendo, porém, que tal como um mercenário não é um soldado, também um defesa direito deste futebol que deixou de ser desporto, não pode ser considerado um desportista.
Portanto, nada mais natural que o soldado defenda um ideal...
E também nada mais natural que neste futebol que deixou de ser desporto, o defesa direito defenda o negócio.
Apesar da expressão de algum pessimismo que esta postagem demonstra, certamente motivado por não ser adepto deste futebol que deixou de ser desporto, reconheço o que faz correr Mexia.
O homem tem ganho tudo em que se mete.
E a sua carreira parece que está para durar.
Parece-me que isso tem a ver com a grande capacidade que sempre teve de gerir e anular contrários.
Percebe o que o rodeia e dá-lhe a volta.
Disse-me, quem o conhece bem, que nunca foi grande jogador, mas sabe como funciona este futebol que deixou de ser desporto.
Acima de tudo percebeu-lhe as manhas...
Festival RFM Somnii. Bares e restaurantes da Figueira abertos quatro dias seguidos! Será mesmo necessária essa festa toda?..
Os bares e restaurantes da Figueira da Foz vão poder estar abertos quatro dias seguidos, em julho, durante o festival de música electrónica RFM Somnii, que - espera a organização - deverá trazer à Figueira 100 mil visitantes.
Numa reunião que se realizou no passado dia 1 do corrente, que juntou representares de bares, restaurantes e hotéis da cidade, Protecção Civil, PSP e Autoridade Marítima, a Câmara Municipal anunciou a permissão de abertura de bares e restaurantes entre as 09:00 de quinta-feira, 07 de julho e as 06:00 de segunda-feira, dia 11.
No entanto, o alargamento de horário não incide, como em anos anteriores, sobre supermercados e estabelecimentos análogos, por questões de segurança.
"Uma das novidades é que os supermercados não irão poder estar abertos à noite. Queremos restringir ao máximo os `botellóns` [quando grupos de jovens se juntam para beber na rua] especialmente à noite e as garrafas de vidro, que são um perigo", disse à agência Lusa a vereadora Ana Carvalho.
Numa reunião que se realizou no passado dia 1 do corrente, que juntou representares de bares, restaurantes e hotéis da cidade, Protecção Civil, PSP e Autoridade Marítima, a Câmara Municipal anunciou a permissão de abertura de bares e restaurantes entre as 09:00 de quinta-feira, 07 de julho e as 06:00 de segunda-feira, dia 11.
No entanto, o alargamento de horário não incide, como em anos anteriores, sobre supermercados e estabelecimentos análogos, por questões de segurança.
"Uma das novidades é que os supermercados não irão poder estar abertos à noite. Queremos restringir ao máximo os `botellóns` [quando grupos de jovens se juntam para beber na rua] especialmente à noite e as garrafas de vidro, que são um perigo", disse à agência Lusa a vereadora Ana Carvalho.
Via RTP
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Terrível
Este blogue não cultiva o sensacionalismo, tipo Correio da Manhã. até porque não tem no seu corpo redactorial os seus bons e competentes profissionais.
Esse problema não costuma ser meu.
A meu ver, o problema é das pessoas que continuam a comprar esse belíssimo jornal, tornando-o no mais lido em Portugal.
Se o povo gosta é de cenas de faca e alguidar, de intrigas, de sangue, de ver enxovalhar outros, de tricas, de sensacionalismo, então bem que merecemos um jornal destes a sair diariamente.
Talvez um dias as pessoas percebam que tudo está nas mãos delas.
Afirmar que o desemprego se situa nos 12, 12,1, 12,2, 12,3 por cento é uma graçola que, mesmo a governantes sem princípios, não fica bem.
Há factos com que não se pode brincar, pois há demasiada dor por detrás deles!
Frases como os sacrifícios afinal serviram para alguma coisa e o pior já passou, não passam de sarcasmos cuspidos na cara do desespero de um povo.
Fico por aqui.
Esta notícia que li na edição de hoje do Diário de Coimbra é, simplesmente, uma realidade terrível.
Uma postagem melancólica...
O Agente da Policia Marítima Carlos Santos foi eleito o “Herói com farda”.
O Agente da Polícia Marítima Carlos Santos foi eleito pelos leitores do Correio da Manhã, o “Herói com farda” do ano, numa votação promovida pelo jornal Correio da Manhã.
O feito deveu-se ao salvamento de dois pescadores na Figueira da Foz, no naufrágio do Olívia Ribau, no passado dia 6 de Outubro.
Via Pedro Agostinho Cruz
O Agente da Polícia Marítima Carlos Santos foi eleito pelos leitores do Correio da Manhã, o “Herói com farda” do ano, numa votação promovida pelo jornal Correio da Manhã.
O feito deveu-se ao salvamento de dois pescadores na Figueira da Foz, no naufrágio do Olívia Ribau, no passado dia 6 de Outubro.
Via Pedro Agostinho Cruz
Percorrer esta rota, é constatar o óbvio. Isto anda tudo ligado...
A Fundação Social Democrata da Madeira, que escapou a sanha persecutória do governo da direita radical a fritar toucinho, que é como quem diz a derreter as gorduras do Estado, que é como quem diz a exterminar as fundações, o alfa e o ómega da despesismo socialista do Estado, uma fundação boa, portanto, deve, portanto, 6 milhões e meio de euros ao Banif, que Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque esconderam atrás de Carlos Costa, o apêndice que o governo da direita radical tem no Banco de Portugal, para não inviabilizar a saída limpa que só não o foi por culpa do Costa - o Banif escondido, mais os prejuízos da fundação Mário Soares, que recebeu contribuições do Sócras, por interposta pessoa o patrão, de quem o Costa foi ministro e até foi visitar à prisão quando esteve preso.
Razão tem Miguel Albuquerque, liberal e reformista do Estado e social-democrata [sempre!] da Madeira, escudeiro de Pedro Passos Coelho, que não são amigos de Alberto João Jardim que se foi sentar ao lado de Paulo Rangel naquele congresso dos "3 cães a um osso", quando diz que "em Portugal só quem vai preso é a arraia miúda". (daqui)
O legado do Zé
Já o conheço há muitos anos, embora sem muita convivência.
Lembro-me dele, em novo, a subir os velhos degraus da antiga sede Socialista da Rua da República, mesmo em frente ao café Nau, do outro lado da rua.
Anos depois, a seguir a uma passagem, breve, pelo PSN, lembro-me dele a subir os velhos degraus da sede do PPD/PSD, na Rua da Liberdade.
Embora para o Zé "os partidos do poder sejam todos iguais", tanto no PS, como no PPD/PSD, deixou marca registada e discípulos.
Neste momento, o Zé está a terminar uma carreira pública, não como um político de trazer por casa, mas em casa: como presidente da sua Freguesia.
Não sei se o quase generalizado silêncio da elite figueirense, relativamente ao assunto político desta semana na Figueira, é daqueles em que o que não se diz tem tanta importância como o que se poderia dizer.
Não sei, também, se esse silêncio tanto pode significar uma viagem reflexiva em busca da linha de sombra onde as dúvidas habitam, ou se, pelas mesmas razões, é um périplo à procura do esquecimento, como se tratasse de um sonho, que há-de ser limpo pela passagem do tempo.
Sinceramente, sei sim, que a Figueira continua a ter, como sempre teve desde que tenho memória, uma elite de merda!
O Zé, não é, nem nunca foi, um político como os demais que existiram nos últimos 40 anos na Figueira.
Existem livros, alguns dos nomes mais relevantes da nossa literatura, que têm subjacente uma perspectiva depreciativa e pessimista sobre o sistema representativo, em geral, e sobre o município.
Em termos genéricos, pode citar-se Almeida Garrett, partidário do centralismo administrativo, quando nas Viagens na Minha Terra(1846) faz uma crítica aos "barões" criados à sombra do sistema representativo liberal.
A partir de 1870, as câmaras municipais, os governos civis e a classe política em geral começam a ser referidos directamente por alguns dos nossos mais notáveis escritores, enquanto locus visíveis e corruptos desse sistema.
Eles surgem nos romances de Camilo Castelo Branco (Novelas do Minho, 1875, Eusébio Macário, 1879, A Brasileira de Prazins, 1882), de Teixeira de Vasconcelos (Ermida de Castromino, 1870), de Arnaldo Gama (Paulo, o Salteador, 1870), nas peças de Teixeira de Vasconcelos (Para as Eleições, 1868, Liberdade Eleitoral, 1870), nos Serões da Província de Júlio Dinis (1870), em Uma Campanha Alegre de Eça de Queirós (1890), para citar apenas alguns dos escritores oitocentistas.
Nesta literatura, traça-se uma imagem do município como um espaço povoado por uma população, governada por uns caciques medíocres e incultos que manipulavam as eleições ao serviço da sua carreira política ou das clientelas dos partidos no poder.
Isso, na Figueira, nos dias que passam, continua mais visível do que nunca.
A vida, pelo menos no meu entendimento, é feita de opções.
Foi isso a minha vida: bem cedo, fiz as minhas opções.
Desde os meus 20 anos que coloquei acima de muitas coisas o prazer de ser livre e viver com dignidade.
Foi com essa idade que tive a felicidade de presenciar a libertação do meu país. Foi com essa idade que decidi que, a mim, ninguém mais fecharia “as portas que Abril abriu”.
Ser, em 2016, menos jovem é o que de mais importante me poderia ter acontecido, pois isso permitiu-me viver o 25 de Abril de 1974, que trouxe algo de verdadeiramente novo para a vida dos portugueses.
Portugal, nessa altura, era uma sociedade a preto e branco, como um livro de colorir - a preto e branco, como todos os livros de colorir.
Portugal, nessa altura, apresentava-se apenas com contornos desenhados à espera de ser colorido, como todos os livros de colorir.
Foi isso que eu entendi logo em 25 de Abril de 1974. E foi por isso, que decidi, que era importante, tentar colorir a minha parte.
Como nunca tive muito dinheiro, só consegui comprar um simples lápis de cor – verde, que é a cor da esperança.
Lembro-me dele, em novo, a subir os velhos degraus da antiga sede Socialista da Rua da República, mesmo em frente ao café Nau, do outro lado da rua.
Anos depois, a seguir a uma passagem, breve, pelo PSN, lembro-me dele a subir os velhos degraus da sede do PPD/PSD, na Rua da Liberdade.
Embora para o Zé "os partidos do poder sejam todos iguais", tanto no PS, como no PPD/PSD, deixou marca registada e discípulos.
Neste momento, o Zé está a terminar uma carreira pública, não como um político de trazer por casa, mas em casa: como presidente da sua Freguesia.
Não sei se o quase generalizado silêncio da elite figueirense, relativamente ao assunto político desta semana na Figueira, é daqueles em que o que não se diz tem tanta importância como o que se poderia dizer.
Não sei, também, se esse silêncio tanto pode significar uma viagem reflexiva em busca da linha de sombra onde as dúvidas habitam, ou se, pelas mesmas razões, é um périplo à procura do esquecimento, como se tratasse de um sonho, que há-de ser limpo pela passagem do tempo.
Sinceramente, sei sim, que a Figueira continua a ter, como sempre teve desde que tenho memória, uma elite de merda!
O Zé, não é, nem nunca foi, um político como os demais que existiram nos últimos 40 anos na Figueira.
Existem livros, alguns dos nomes mais relevantes da nossa literatura, que têm subjacente uma perspectiva depreciativa e pessimista sobre o sistema representativo, em geral, e sobre o município.
Em termos genéricos, pode citar-se Almeida Garrett, partidário do centralismo administrativo, quando nas Viagens na Minha Terra(1846) faz uma crítica aos "barões" criados à sombra do sistema representativo liberal.
A partir de 1870, as câmaras municipais, os governos civis e a classe política em geral começam a ser referidos directamente por alguns dos nossos mais notáveis escritores, enquanto locus visíveis e corruptos desse sistema.
Eles surgem nos romances de Camilo Castelo Branco (Novelas do Minho, 1875, Eusébio Macário, 1879, A Brasileira de Prazins, 1882), de Teixeira de Vasconcelos (Ermida de Castromino, 1870), de Arnaldo Gama (Paulo, o Salteador, 1870), nas peças de Teixeira de Vasconcelos (Para as Eleições, 1868, Liberdade Eleitoral, 1870), nos Serões da Província de Júlio Dinis (1870), em Uma Campanha Alegre de Eça de Queirós (1890), para citar apenas alguns dos escritores oitocentistas.
Nesta literatura, traça-se uma imagem do município como um espaço povoado por uma população, governada por uns caciques medíocres e incultos que manipulavam as eleições ao serviço da sua carreira política ou das clientelas dos partidos no poder.
Isso, na Figueira, nos dias que passam, continua mais visível do que nunca.
A vida, pelo menos no meu entendimento, é feita de opções.
Foi isso a minha vida: bem cedo, fiz as minhas opções.
Desde os meus 20 anos que coloquei acima de muitas coisas o prazer de ser livre e viver com dignidade.
Foi com essa idade que tive a felicidade de presenciar a libertação do meu país. Foi com essa idade que decidi que, a mim, ninguém mais fecharia “as portas que Abril abriu”.
Ser, em 2016, menos jovem é o que de mais importante me poderia ter acontecido, pois isso permitiu-me viver o 25 de Abril de 1974, que trouxe algo de verdadeiramente novo para a vida dos portugueses.
Portugal, nessa altura, era uma sociedade a preto e branco, como um livro de colorir - a preto e branco, como todos os livros de colorir.
Portugal, nessa altura, apresentava-se apenas com contornos desenhados à espera de ser colorido, como todos os livros de colorir.
Foi isso que eu entendi logo em 25 de Abril de 1974. E foi por isso, que decidi, que era importante, tentar colorir a minha parte.
Como nunca tive muito dinheiro, só consegui comprar um simples lápis de cor – verde, que é a cor da esperança.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Praia do Cabedelinho hoje de manhã...
foto António Agostinho |
Começando pela esquerda: o leito do Mondego, sereno e manso.
Em primeiro plano, o lixo.
A seguir, as máquinas e os homens e mulheres que andam limpar o que está a mais e estão a preparar e a pôr em ordem o areal para a época balnear que se aproxima .
Ao fundo, as torres que, por culpa e proveito de alguns, estão desfear o património que deveria ser de todos os figueirenses, que é a avenida de eleição que liga a Figueira a Buarcos.
Para ver melhor os pormenores, clicar na imagem.
Família é um grupo de pessoas que têm interesses e as chaves da mesma casa em comum?..
Fátima Roque, doutora, in "Pecados Capitais: a história da queda do Banif", Grande Reportagem, SIC, minuto 32:19.
"Uma pessoa que chega a um determinado estatuto académico como eu cheguei sentir-se enganada dessa forma como se tivesse sido uma criança de 10 anos..."!..
"Uma pessoa que chega a um determinado estatuto académico como eu cheguei sentir-se enganada dessa forma como se tivesse sido uma criança de 10 anos..."!..
terça-feira, 31 de maio de 2016
As coisas que as pessoas realmente deveriam saber, nunca são da conta delas...
Felizmente que ainda há quem não tenha a "isenção" que os canais de televisão, rádios e jornais têm demonstrado em toda esta questão!..
A equipa de reportagem do Manifesto74 esteve na manifestação em defesa das escolas privadas e mostra ao mundo como foi...
«Aqui não há misturas, é tudo boa gente» - a indignação amarela...
A equipa de reportagem do Manifesto74 esteve na manifestação em defesa das escolas privadas e mostra ao mundo como foi...
«Aqui não há misturas, é tudo boa gente» - a indignação amarela...
Os nossos políticos pensam acima de tudo nas suas vidas e nas suas carreiras...
Friederich Nietzsche, escreveu isto:
“A verdade e a mentira são construções que decorrem da vida no rebanho e da linguagem que lhe corresponde. O homem do rebanho chama de verdade aquilo que o conserva no rebanho e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do rebanho. [...] Portanto, em primeiro lugar, a verdade é a verdade do rebanho.”
O António Tavares que eu conheci, era mestre numa prática que se tornou habitual na política: a gestão dos silêncios.
Não dizer nada e manter uma certa pose, que se diz ser de Estado, foi meio caminho andado para chegar a vereador da Cultura.
Diga-se, contudo, sem reservas mentais nem ironia: neste momento, na Figueira, seria difícil haver um vereador da Cultura tão perfeitamente identificado com o mundo cultural como António Tavares.
O seu currículo é o do perfeito agente cultural: o indivíduo que tudo converte à linguagem da cultura e a amplifica nas suas estudadas e competentes astúcias.
Escritor, o seu mundo é o da cultura literária. Ex-director de um jornal, a cultura foi, porém, desde que o conheço o seu verdadeiro sacerdócio.
Na Figueira, não existe ninguém que encarne tão perfeitamente a síntese total com que sempre sonharam os espíritos iluminados pela chama da cultura.
A sua vocação de agente cultural foi sempre um percurso de santidade, que é uma capacidade pacificadora que consiste não apenas em conviver com tudo, mas em fazer com que tudo conviva com tudo, sem exclusões nem conflitos.
Com a passagem do tempo, está a tornar-se num político azedo. Talvez, porque o tempo foi passando e o político ficou mais desabrigado e exposto. Um dia destes disse: «já dei aquilo que é exigido a um cidadão médio». E acrescentou: «trata-se da retirada de um cidadão que está na casa dos 60 e que o que quer é paz e descanso e fazer outras coisas. Já não tenho pachorra para jogos de poder e guerras de alecrim e manjerona».
António Tavares apela aos que gostam dos jogos de poder que o esqueçam. «Deixem-me em paz. Não quero saber de nada».
Como escreveu Fernando Assis Pacheco:
"Um dia
o homem é posto à prova, interrogado
pelas areias moventes;
desaba sobre ele a tempestade
que o quer afogar.
Cautela com os animais de fogo!"
Apesar de não esquecer António Augusto Menano, a meu ver, António Tavares, foi o vereador da Cultura, na Figueira, com maior “vida e obra literária e cultural”, para além da política.
Mas, a maioria dos figueirenses sabe quem é Tavares?
Penso que não. Tem dele uma imagem.
Neste momento, mais ou menos brilhante, mais ou menos esbatida.
Porventura, amanhã uma sombra.
Porém, nada mais do que uma imagem.
Por isso, compreendo a preocupação tão grande (quase obsessiva, nos últimos tempos...) com a gestão da sua imagem.
Porque, para a esmagadora dos figueirenses Tavares é só isso: imagem. E ele sabe.
O seu “percurso” político (só, por ironia, motivo de orgulho...) foi, para António Tavares, apenas um apêndice, algo meramente instrumental para o que realmente lhe importava: uma carreira literária.
E não o contrário...
Seja, portanto, feita justiça à competência de António Tavares.
Sem reservas mentais nem ironia: quem conseguiu aceder a vereador da Cultura na Figueira, tem obrigação de saber, das argucias culturais e políticas, tudo o que há a saber.
O António Tavares que eu conheci, era mestre numa prática que se tornou habitual na política: a gestão dos silêncios.
Não dizer nada e manter uma certa pose, que se diz ser de Estado, foi meio caminho andado para chegar a vereador da Cultura.
Diga-se, contudo, sem reservas mentais nem ironia: neste momento, na Figueira, seria difícil haver um vereador da Cultura tão perfeitamente identificado com o mundo cultural como António Tavares.
O seu currículo é o do perfeito agente cultural: o indivíduo que tudo converte à linguagem da cultura e a amplifica nas suas estudadas e competentes astúcias.
Escritor, o seu mundo é o da cultura literária. Ex-director de um jornal, a cultura foi, porém, desde que o conheço o seu verdadeiro sacerdócio.
Na Figueira, não existe ninguém que encarne tão perfeitamente a síntese total com que sempre sonharam os espíritos iluminados pela chama da cultura.
A sua vocação de agente cultural foi sempre um percurso de santidade, que é uma capacidade pacificadora que consiste não apenas em conviver com tudo, mas em fazer com que tudo conviva com tudo, sem exclusões nem conflitos.
Com a passagem do tempo, está a tornar-se num político azedo. Talvez, porque o tempo foi passando e o político ficou mais desabrigado e exposto. Um dia destes disse: «já dei aquilo que é exigido a um cidadão médio». E acrescentou: «trata-se da retirada de um cidadão que está na casa dos 60 e que o que quer é paz e descanso e fazer outras coisas. Já não tenho pachorra para jogos de poder e guerras de alecrim e manjerona».
António Tavares apela aos que gostam dos jogos de poder que o esqueçam. «Deixem-me em paz. Não quero saber de nada».
Como escreveu Fernando Assis Pacheco:
"Um dia
o homem é posto à prova, interrogado
pelas areias moventes;
desaba sobre ele a tempestade
que o quer afogar.
Cautela com os animais de fogo!"
Apesar de não esquecer António Augusto Menano, a meu ver, António Tavares, foi o vereador da Cultura, na Figueira, com maior “vida e obra literária e cultural”, para além da política.
Mas, a maioria dos figueirenses sabe quem é Tavares?
Penso que não. Tem dele uma imagem.
Neste momento, mais ou menos brilhante, mais ou menos esbatida.
Porventura, amanhã uma sombra.
Porém, nada mais do que uma imagem.
Por isso, compreendo a preocupação tão grande (quase obsessiva, nos últimos tempos...) com a gestão da sua imagem.
Porque, para a esmagadora dos figueirenses Tavares é só isso: imagem. E ele sabe.
O seu “percurso” político (só, por ironia, motivo de orgulho...) foi, para António Tavares, apenas um apêndice, algo meramente instrumental para o que realmente lhe importava: uma carreira literária.
E não o contrário...
Seja, portanto, feita justiça à competência de António Tavares.
Sem reservas mentais nem ironia: quem conseguiu aceder a vereador da Cultura na Figueira, tem obrigação de saber, das argucias culturais e políticas, tudo o que há a saber.
Pagar escolas para todos ou escolas para alguns?
José Vítor Malheiros, jornal Público |
Todos nós já ouvimos o deputado Duarte Pacheco enunciar originalidades diversas sempre com uma cara muito séria (é provável que o deputado pense que “seriedade” é algo que diz respeito à expressão facial) mas vale a pena determo-nos nesta expressão, porque ela representa o eixo central da propaganda do PSD, como se depreende dos cartazes da JSD que mostram o dirigente sindical Mário Nogueira fardado à Estaline e um ministro da Educação em jeito de marioneta.
Passemos por cima da infantilidade da análise política, do despropósito da analogia histórica, da impropriedade da comparação ideológica, da desproporção da comparação, do desesperado desejo de insultar que me faz lembrar uma anedota do Jaimito que não posso contar aqui. A questão é que existe neste discurso uma mensagem política que pretende não apenas incutir o medo mas identificar qualquer intervenção do Estado não só com o papão comunista mas com o totalitarismo sanguinário (mesmo quando se trata apenas de garantir uma boa gestão da coisa pública), o que faz dele um verdadeiro apelo às armas. Quando Duarte Pacheco denuncia o comando da 5 de Outubro por “forças estalinistas” está a tentar incitar os cidadãos portugueses a reagir contra o ministro Tiago Brandão Rodrigues como se este fosse um dos mais terríveis tiranos da história. Isso será ridículo, mas é algo mais do que um recurso retórico: é a mais veemente incitação ao combate político que se pode imaginar sem chegar ao apelo à revolta armada.
Mas não há razão para alarmes. Isto significa apenas que o PSD se sente em perigo como grande partido dos interesses ilegítimos e dos rentistas do Estado. É uma boa notícia.
2. É preocupante ver reaparecer no discurso histérico do PSD e do CDS em defesa da escola privada financiada pelo Estado e de ataque à escola pública os mesmos papões comunistas de que o Estado Novo usou e abusou. Seria bom lembrar que Mário Nogueira é livre de pertencer ao partido que queira e que, se não é ministro da Educação, nada o impediria de o ser, porque nem os comunistas possuem menos direitos políticos que os bem nascidos do PSD e do CDS nem estes possuem um direito divino a integrar os governos de Portugal - muito menos quando não possuem o necessário e democrático apoio parlamentar.
3. É curiosa, surreal, a ideia da direita de que o tratamento dado pelo Estado à escola pública seria ilegítimo porque as privilegiaria face às escolas privadas. Os neoliberais defendem que a escola pública seja tratada em pé de igualdade com as escolas privadas (ou seja: que os impostos de todos nós alimentem as empresas privadas proprietárias de escolas). O que acontece, por muito que isso aborreça os neoliberais de serviço - e eles têm estado diligentemente de serviço - é que o Estado democrático possui um estatuto diferente das empresas privadas não só porque lhe cabe defender o interesse público de todos os cidadãos sem excepção mas porque emana de uma vontade colectiva democraticamente definida, que decide os valores que a sociedade quer ver promovidos.
4. Finalmente, não tem o menor sentido justificar a defesa da escola pública com o seu custo inferior, porque o valor da escola pública não é o seu preço. A comparação pode ter interesse mas não pode ser a base de qualquer opção política. Mesmo que a escola pública custasse o dobro da privada ela deveria continuar a ser suportada pela comunidade. Porque a escola pública possui um caderno de encargos que nada tem a ver com a escola privada. A escola pública possui, antes de mais, o nobre objectivo de servir todos os cidadãos: os bons alunos, os maus, os péssimos, os indisciplinados, os imigrantes, os ciganos, os pobres, os filhos dos analfabetos, os toxicodependentes, os deficientes, os violentos, os doentes, os contestários. A escola privada é um negócio e tem o direito de o ser. A escola pública tem o dever de não o ser. A escola privada pode seleccionar os mais endinheirados, por exemplo. A escola pública aceita todos. A escola pública esforça-se por dar a todos uma oportunidade e por promover os menos afortunados. A escola privada gosta de campeões e escolhe os que o podem ser. A escola privada reproduz um sistema de castas que a escola pública tem como missão destruir. É por isso que, se existem sectores e momentos onde a escola privada pode tapar uns buracos da rede pública, nunca a poderá nem deverá substituir.
Há falhas na escola pública? Há e é nosso dever repará-las e fazer da escola pública um exemplo de cidadania e de qualidade. Mas não temos qualquer dever de garantir os rendimentos da escola privada.
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Na primeira qualquer um cai. Na segunda só cai quem quer. Uma coisa é certa: na terceira só caem os burros. Se os figueirenses têm a oportunidade de mudar e não mudam, então não têm de que se queixar...
Para ler melhor clicar na imagem. |
Crónica publicada a 28.05.2016 no jornal AS BEIRAS pelo engº João Vaz.
Será que andamos todos a dormir, nomeadamente, eu, que não conhecia assim tão bem este espaço?..
Hoje de manhã, as televisões e os jornais não se cansam de repetir o que foi divulgado pela organização: a manifestação dos colégios juntou 40 mil pessoas.
Ena, tanta gente!..
Citemos o Aventar e vejamos quantos cabem à frente do Parlamento e arredores...
Para cálculos de participantes em manifestações é habitual usar a métrica de meio metro quadrado por pessoa. Se lhe parece muito, pegue numa fita e experimente. Verá que é aceitável.
Mas vamos ser mesmo optimistas e considerar que os manifestantes estiveram coladinhos uns aos outros. Afinal de contas, havia crianças e estas são mais arrumadinhas. Consideremos então que, em cada metro, quadrado estiveram 3 manifestantes.
Portanto, considerando mais área com manifestantes do que o que é possível vislumbrar e usando uma métrica optimista para o número de pessoas por metro quadrado, conclui-se que estiveram presentes, no máximo, 12 mil pessoas na manifestação dos amarelos.
Em declarações às TV, a organização disse que fretaram 295 autocarros e um comboio. Considerando 60 pessoas por autocarro e 500 pessoas por comboio, haveria 18,200 participantes. Fazendo fé nestes números e nos 40 mil que a organização referiu, significa que 21,800 se deslocaram individualmente. Só é pena que não tenham ido ao Parlamento, pois, como vimos, não caberiam lá.
Cada qual que escolha os números que lhe pareçam mais realistas.
O mais provável é que "não terão participado mais de 8 mil pessoas na manifestação (4 mil metros quadrados, com 2 pessoas por metro quadrado)."
Ena, tanta gente!..
Citemos o Aventar e vejamos quantos cabem à frente do Parlamento e arredores...
Para cálculos de participantes em manifestações é habitual usar a métrica de meio metro quadrado por pessoa. Se lhe parece muito, pegue numa fita e experimente. Verá que é aceitável.
Mas vamos ser mesmo optimistas e considerar que os manifestantes estiveram coladinhos uns aos outros. Afinal de contas, havia crianças e estas são mais arrumadinhas. Consideremos então que, em cada metro, quadrado estiveram 3 manifestantes.
Portanto, considerando mais área com manifestantes do que o que é possível vislumbrar e usando uma métrica optimista para o número de pessoas por metro quadrado, conclui-se que estiveram presentes, no máximo, 12 mil pessoas na manifestação dos amarelos.
Em declarações às TV, a organização disse que fretaram 295 autocarros e um comboio. Considerando 60 pessoas por autocarro e 500 pessoas por comboio, haveria 18,200 participantes. Fazendo fé nestes números e nos 40 mil que a organização referiu, significa que 21,800 se deslocaram individualmente. Só é pena que não tenham ido ao Parlamento, pois, como vimos, não caberiam lá.
Cada qual que escolha os números que lhe pareçam mais realistas.
O mais provável é que "não terão participado mais de 8 mil pessoas na manifestação (4 mil metros quadrados, com 2 pessoas por metro quadrado)."
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