terça-feira, 31 de maio de 2016

Pagar escolas para todos ou escolas para alguns?

José Vítor Malheiros,
 jornal Público
1. Na manifestação que teve lugar no domingo passado em Lisboa em defesa da renovação dos contratos de associação do Estado com escolas privadas (sejam eles necessários ou não), o deputado do PSD Duarte Pacheco afirmou que não tinha esperança de que o Ministério da Educação mudasse de posição porque “está comandado por forças estalinistas”.

Todos nós já ouvimos o deputado Duarte Pacheco enunciar originalidades diversas sempre com uma cara muito séria (é provável que o deputado pense que “seriedade” é algo que diz respeito à expressão facial) mas vale a pena determo-nos nesta expressão, porque ela representa o eixo central da propaganda do PSD, como se depreende dos cartazes da JSD que mostram o dirigente sindical Mário Nogueira fardado à Estaline e um ministro da Educação em jeito de marioneta.

Passemos por cima da infantilidade da análise política, do despropósito da analogia histórica, da impropriedade da comparação ideológica, da desproporção da comparação, do desesperado desejo de insultar que me faz lembrar uma anedota do Jaimito que não posso contar aqui. A questão é que existe neste discurso uma mensagem política que pretende não apenas incutir o medo mas identificar qualquer intervenção do Estado não só com o papão comunista mas com o totalitarismo sanguinário (mesmo quando se trata apenas de garantir uma boa gestão da coisa pública), o que faz dele um verdadeiro apelo às armas. Quando Duarte Pacheco denuncia o comando da 5 de Outubro por “forças estalinistas” está a tentar incitar os cidadãos portugueses a reagir contra o ministro Tiago Brandão Rodrigues como se este fosse um dos mais terríveis tiranos da história. Isso será ridículo, mas é algo mais do que um recurso retórico: é a mais veemente incitação ao combate político que se pode imaginar sem chegar ao apelo à revolta armada.

Mas não há razão para alarmes. Isto significa apenas que o PSD se sente em perigo como grande partido dos interesses ilegítimos e dos rentistas do Estado. É uma boa notícia.

2. É preocupante ver reaparecer no discurso histérico do PSD e do CDS em defesa da escola privada financiada pelo Estado e de ataque à escola pública os mesmos papões comunistas de que o Estado Novo usou e abusou. Seria bom lembrar que Mário Nogueira é livre de pertencer ao partido que queira e que, se não é ministro da Educação, nada o impediria de o ser, porque nem os comunistas possuem menos direitos políticos que os bem nascidos do PSD e do CDS nem estes possuem um direito divino a integrar os governos de Portugal - muito menos quando não possuem o necessário e democrático apoio parlamentar.

3. É curiosa, surreal, a ideia da direita de que o tratamento dado pelo Estado à escola pública seria ilegítimo porque as privilegiaria face às escolas privadas. Os neoliberais defendem que a escola pública seja tratada em pé de igualdade com as escolas privadas (ou seja: que os impostos de todos nós alimentem as empresas privadas proprietárias de escolas). O que acontece, por muito que isso aborreça os neoliberais de serviço - e eles têm estado diligentemente de serviço -  é que o Estado democrático possui um estatuto diferente das empresas privadas não só porque lhe cabe defender o interesse público de todos os cidadãos sem excepção mas porque emana de uma vontade colectiva democraticamente definida, que decide os valores que a sociedade quer ver promovidos.

4. Finalmente, não tem o menor sentido justificar a defesa da escola pública com o seu custo inferior, porque o valor da escola pública não é o seu preço. A comparação pode ter interesse mas não pode ser a base de qualquer opção política. Mesmo que a escola pública custasse o dobro da privada ela deveria continuar a ser suportada pela comunidade. Porque a escola pública possui um caderno de encargos que nada tem a ver com a escola privada. A escola pública possui, antes de mais, o nobre objectivo de servir todos os cidadãos: os bons alunos, os maus, os péssimos, os indisciplinados, os imigrantes, os ciganos, os pobres, os filhos dos analfabetos, os toxicodependentes, os deficientes, os violentos, os doentes, os contestários. A escola privada é um negócio e tem o direito de o ser. A escola pública tem o dever de não o ser. A escola privada pode seleccionar os mais endinheirados, por exemplo. A escola pública aceita todos. A escola pública esforça-se por dar a todos uma oportunidade e por promover os menos afortunados. A escola privada gosta de campeões e escolhe os que o podem ser. A escola privada reproduz um sistema de castas que a escola pública tem como missão destruir. É por isso que, se existem sectores e momentos onde a escola privada pode tapar uns buracos da rede pública, nunca a poderá nem deverá substituir.

Há falhas na escola pública? Há e é nosso dever repará-las e fazer da escola pública um exemplo de cidadania e de qualidade. Mas não temos qualquer dever de garantir os rendimentos da escola privada.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Na primeira qualquer um cai. Na segunda só cai quem quer. Uma coisa é certa: na terceira só caem os burros. Se os figueirenses têm a oportunidade de mudar e não mudam, então não têm de que se queixar...


Para ler melhor clicar na imagem.
"Sem oposição, o poder local tende a ser mais autoritário, escusa-se a dialogar e, quando responde, usa de sobranceria e altivez. Aqueles que reclamam do buraco na calçada e do ecoponto partido sentem já a ausência de resposta e a inacção camarária. Perdemos todos com o actual adormecimento da sociedade civil. O poder local precisa de ser revitalizado, necessitamos de mais debate público e confrontar visões antagónicas daquilo que deve ser o desenvolvimento da Figueira da Foz"

Crónica publicada a 28.05.2016 no jornal AS BEIRAS pelo engº João Vaz.

Será que andamos todos a dormir, nomeadamente, eu, que não conhecia assim tão bem este espaço?..

Hoje de manhã, as televisões e os jornais não se cansam de repetir o que foi divulgado pela organização: a manifestação dos colégios juntou 40 mil pessoas
Ena, tanta gente!.. 
Citemos o Aventar e vejamos quantos cabem à frente do Parlamento e arredores...
Para cálculos de participantes em manifestações é habitual usar a métrica de meio metro quadrado por pessoa. Se lhe parece muito, pegue numa fita e experimente. Verá que é aceitável.
Mas vamos ser mesmo optimistas e considerar que os manifestantes estiveram coladinhos uns aos outros. Afinal de contas, havia crianças e estas são mais arrumadinhas. Consideremos então que, em cada metro, quadrado estiveram 3 manifestantes.
Portanto, considerando mais área com manifestantes do que o que é possível vislumbrar e usando uma métrica optimista para o número de pessoas por metro quadrado, conclui-se que estiveram presentes, no máximo, 12 mil pessoas na manifestação dos amarelos.
Em declarações às TV, a organização disse que fretaram 295 autocarros  e um comboio. Considerando 60 pessoas por autocarro e 500 pessoas por comboio, haveria 18,200 participantes. Fazendo fé nestes números e nos 40 mil que a organização referiu, significa que 21,800 se deslocaram individualmente. Só é pena que não tenham ido ao Parlamento, pois, como vimos, não caberiam lá.
Cada qual que escolha os números que lhe pareçam mais realistas. 
O mais provável é que "não terão participado mais de 8 mil pessoas na manifestação (4 mil metros quadrados, com 2 pessoas por metro quadrado)."

domingo, 29 de maio de 2016

Recorde-se que durante o último governo do PSD e CDS mais de 28 mil professores perderam o seu lugar na escola pública...

"CDS propõe despedimentos no Ensino Público para manter contratos de associação".

Milhões, milhões, muitos milhões...


Desenvergonhados:


E sem métrica, poderíamos ir por aí  fora...

Olhem... tornou a rimar agora.


Antes que seja tarde.

Pois já tudo arde...



Não sejas impertinente...


Já agora, só para te lembrar

Se queres escolher, também deves poder pagar...

Entrevista a "um autarca histórico da Figueira da Foz e um bom malandro político"...

Que seria das nossas vidas sem momentos como este: despreocupados.
Todos temos necessidade de aliviar as tensões, por vezes insuportáveis, que a vida ou nós próprios criamos. 
Dificilmente podemos viver em meias tintas uma vida toda. Mais cedo ou mais tarde chega o momento em que as coisas se clarificam, em que fica o preto no branco. E, por paradoxal que seja, presumo que quem andou uma vida inteira a adiar esse momento, sente um enorme alívio quando ele chega.


José Elísio, antigo vereador do PS e do PSD na Figueira - e ainda ajudou a protagonizar uma candidatura do PSN... 
Actual presidente da autarquia de Lavos, em segundo mandato, limitou-se ao longo dos anos a aplicar um estilo e a ter um comportamento que é muito acarinhado pela direita. 
O PS, por onde passou, que é tudo menos socialista, está minado de gente desta. O PSD, por onde também passou, que é tudo menos social-democrata, está igualmente minado de gente desta, que protagonizam a continuidade de vulgares caciques salazarentos. 
E não têm vergonha de assumir atitudes que nada têm a ver com a democracia.
José Elísio, "um autarca histórico da Figueira da Foz e um bom malandro político", numa entrevista que pode ser ouvida na integra, clicando aqui...
Quem não se quiser dar a esse trabalho, pode ficar-se por este resumo.

O que é que o levou a mudar-se do PS para o PSD?
- Primeiro, porque me foi movida uma infame campanha de calúnias e difamação. Depois,  em 1985, a maçonaria impôs a desistência (do candidato dr. Mário Canelas, que ele então apoiava à câmara) e, a partir daí, percebi que não tinha mais hipóteses de ter protagonismo no PS, nem que fosse o melhor do mundo.

As divisões internas, na vereação e no partido, levaram a que o PSD perdesse as eleições autárquicas. Concorda com esta análise?
- Concordo.

Sente-se corresponsável?
- Sinto. Fizemos (ele e Paulo Pereira Coelho) objectivamente por isso.

Porquê?
- Porque achávamos que, talvez, se o PSD ganhasse as eleições, poderíamos ter, a breve prazo, o nosso "amigo" Lídio como presidente da câmara, e nós achávamos que era uma situação absolutamente inaceitável para a Figueira da Foz.

Deram-lhe a Ilha da Morraceira em troca do seu voto a favor da reforma administrativa?
- Com certeza.

Quem é que lhe deu essa garantia?
- O PSD, obviamente...

É admirador de Salazar?
Admiro-o, em alguns aspectos. Noutros, nem por isso.

Vai recandidatar-se a terceiro mandato à junta de freguesia de Lavos?
- Não estou farto disto tudo.

sábado, 28 de maio de 2016

Atrasados, sabujos, estúpidos, calinos, terroristas, biltres, taralhoucos, nódoas, pulhas, malandros, vigaristas, crápulas, hediondos, predadores, hipócritas, fariseus, ladrões, mercenários, patifes, podres!

"Trabalhadores terão de pagar à UGT por contratos colectivos de trabalho".

Nota de rodapé, sacada daqui.
"A UGT quer que a representatividade que não lhe é reconhecida no meio laboral, que os trabalhadores que não tem sindicalizados lhe paguem uma quota mensal como forma de legitimar a luta da UGT, since 1978, na retirada de direitos e garantias, aos trabalhadores, na desvalorização da contratação colectiva, na assinatura de sucessivos códigos do trabalho com condições cada vez mais gravosas, para os trabalhadores, sempre em benefício da rigidez patronal, com a promessa de um amanhã que canta, e que canta sempre para a mais-valia dos patrões e dos accionistas."

Como hoje é sábado e gosto de ser ingénuo...

Esta postagem pretende apenas ser um elogio da simplicidade.
Fruir a simplicidade, tem sido um dos objectivos da minha vida.
Contudo, será a nudez sempre atractiva? 
Quando falamos em nudez, são os corpos que nos vêm ao pensamento.
Porém, a nudez é um conceito bem mais extensivo, como neste caso. 
Se clicarem aqui, podem confirmar que a nudez se pode identificar, simplesmente, com a simplicidade.

Grau zero no jornalismo...

A crescente paranóia com o sensacionalismo mediático está a dar cabo do jornalismo...

Nota de rodapé.
"A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida."
Oscar Wilde

sexta-feira, 27 de maio de 2016

"...a polémica respeita a 3% de toda a rede de ensino privado, mas rápida e maliciosamente foi apresentada como um ataque a todo o ensino privado."

"Existem problemas bem mais graves que aquele que ocupa a actualidade política há quase um mês: porque o Governo decidiu (e bem) não continuar a financiar alunos de colégios privados que operem em zonas onde existam vagas em escolas públicas, criou-se um alarme social que já mereceu referências (particularmente significativas e nada inocentes) do Cardeal Patriarca e do Presidente da República." 
Começa assim o artigo "Os contratos de associação, o Presidente, o Cardeal e, já agora, o Papa", um texto de SANTANA CASTILHO, Professor do ensino superior, que desmonta e demonstra a hipocrisia, as mentiras conscientes, os interesses inconfessáveis que escondem os injustos e ilegais subsídios do Estado ao negócio dos donos dos colégios privados onde há vagas na escola pública e desmascara a política do anterior governo de Passos Coelho/Paulo Portas e de alguma alta hierarquia da Igreja Católica.

Depois do tempo dos jogos do poder, vamos ter outras tácticas no futuro próximo...

Desde há 40 anos que, na Figueira, o povo elege as pessoas que os partidos nomeiam para o efeito e ainda não conseguiu perceber o poder que realmente tem. 
O Poder Local Democrático é uma grande conquista de Abril, dizem. 
Já fui mais optimista quanto a isso. O pior da democracia também passa pelo Poder Local. E a Figueira, é disso exemplo. Também houve coisas boas, claro. Mas na relação qualidade-investimento, como quase todos sabemos, o resultado é fraquinho, muito fraquinho mesmo.


Ocupar um cargo político, a tempo inteiro, na Câmara Municipal da Figueira da Foz tem o seu preço. 
O dia-a-dia deve ser muito exigente e preenchido.
Para quem gosta de escrever, a política local, faz lembrar mais óperas bufas do que romances. 
"Muito da política passa pela comédia", disse um dia um político local, agora desiludido com a politica. "É um jogo que faz lembrar as peças de Gil Vicente", afirmou ainda o mesmo artista político e intelectual de mérito.

Na altura, porém, estávamos em princípio de setembro de 2014,  era com gosto que António Tavares, o vereador da Memória, com a qual espero que continue a conviver bem, jogava o jogo da política. 
Como o tempo passa e as coisas mudam...

Na vida política figueirense, já estamos a viver o tempo de campanha para as autárquicas de 2017. 
Para trás,  ficou a gloriosa época das cabalas. 
(Atenção:  cabalas e não chavalas!
Sejamos precisos, que isto é gente séria.)

Houve tempo, em que dizer a uma pessoa que tinha boa memória, era um elogio!
O tempo novo chega sempre.
Nós, é que nunca sabemos se chegamos até ele! 
Na Figueira sempre foi assim: quem não concorda com quem manda, é acusado de trair o interesse da cidade!..
Quem não alinha nos seus jogos de poder, passa a inimigo... 

A Democracia, por aqui, nunca foi chá para todas as mesas. 
Qualquer um que contribua com coerência e alguma tenacidade para que a liberdade seja real, passa a ser mal visto e, a seguir, malquisto. E, se estiver por dentro, será convidado a sair. 

Em África, quando os ditadores perdem o tino, até mandam incendiar o colmo que os protege...
O que vale, é que a escrita acaba por ser o pelouro escondido de muita gente.
Apesar de, no imediato, nada  agradar mais aos políticos do que a memória curta dos eleitores, os políticos acabam por viver o drama da falta de memória dos que os rodeiam: todos nós, um dia, seremos apenas e essencialmente memória,  que "é a consciência inserida no tempo", como escreveu um dia Frenando Pessoa. 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Após um ano de interregno, está de regersso a Festa da Sardinha da Malta do Viso

Vêm aí tempos de festa, apesar de ainda estarmos em tempo de sardinhas magras!.. 
Mas não será por isso que, após um ano de interrupção, nos próximos dias 2, 3 e 4 de junho, a Festa da Sardinha da Malta do Viso não deixará de se realizar, desta vez no pavilhão multiusos, no parque das Gaivotas.
A garantia foi dada por Carlos Baptista, presidente da Associação Recreativa Malta do Viso, entidade organizadora, na apresentação do evento. 
O pavilhão disponibiliza mais de 812 lugares sentados. Para Carlos Baptista, presidente da associação Malta do Viso, este espaço “tem muito melhores condições para o efeito”, com mais estacionamentos, mas reconhece que “a mística do Coliseu tinha influência nas pessoas”. Recorde-se que, anteriormente, esta iniciativa se realizava no Coliseu e não no pavilhão multiusos.
A organização espera mais gente do que nas edições anteriores e adianta ainda que “já estão encomendadas mais de duas toneladas de sardinha, 1000 broas, mil litros de Caldo Verde, 3.600 garrafas de vinho, 2000 garrafas de águas e duas toneladas de carvão”.
O menu, constituído por sete sardinhas, caldo verde, broa e uma bebida à escolha, tem o custo de 4,50 euros, mais um euro do que em anos anteriores, “devido ao aumento do preço da sardinha e dos restantes produtos”.
Este ano, o certame conta também com 14 stands essencialmente relacionados com coisas do mar que foram cedidos gratuitamente aos expositores. 
A animação do espaço, será da responsabilidade da Junta de Freguesia e estará a cargo do Duo San Pedro. Já a logística e apoio financeiro, no valor de 3200 euros, estará a cargo da Câmara Municipal.  
A grande festa da sardinha estará de portas abertas entre as 19h30 e as 23h00, ao longo dos três dias. 

Há pensamentos tão delicados, só de serem pensados...

"Foram estas declarações do Presidente da República que me convidaram a recordar tudo isto. Em vez de falar nas violações grosseiras à lei da greve a que assistimos por estes dias no porto de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu referir que o regular funcionamento dos portos portugueses é determinante para as nossas exportações. Nossas, é como quem diz, das exportações que enriquecem toda uma turba de “empreendedores” que não conseguem ser competitivos sem atropelar os salários e os direitos de quem trabalha."
- Filipe Tourais  

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ainda se lembram do caso BPN?..

Cinco anos e meio depois do início do julgamento, o Ministério Público iniciou hoje as alegações finais no julgamento do processo principal do caso BPN, destacando-se a ausência de José Oliveira Costa, antigo presidente do banco que colapsou em 2008.
Num total de 15 arguidos, apenas estiveram presentes Ricardo Oliveira, Leonel Mateus e Baião Nascimento
Veja aqui a grande reportagem da SIC, "A Fraude" - um mergulho no dossier BPN, dividido em quatro capítulos. Desde a anatomia dos golpes até aos maiores devedores do caso...
Os recursos são escassos. 
Entretanto, continua por ali um buraco de todo o tamanho a precisar  de massa...
Mas, haverá massa para encher tanto buracoAlém do PBN, BES, BPP,  BCP, BNIF - e o mais que virá a seguir...

Futuro, para os actuais responsáveis políticos figueirenses, são cenas que se hão-de vir a passar...

"O futuro da cidade", uma crónica do eng. Daniel Santos.

"Os atuais responsáveis e aqueles almejam um dia administrar as cidades deveriam ter a oportunidade de ler o ensaio do professor José Mendes, vice-reitor para a inovação na Universidade do Minho, editado em livro com o título “O futuro das cidades”.
Como ele próprio anuncia, não se trata de propor novas formas urbanas mas de saber interpretar os novos desafios e produzir visões, estratégias e lideranças com vista à criação de atracão e desenvolvimento para a cidade.
Identifica quatro caminhos: a passividade, a reatividade, a proatividade e a interatividade, condenando os dois primeiros ao insucesso. Define a cidade proativa como a que desenha objetivos claros e a interativa a que coopta desafios, cria e adota ela própria uma visão diferenciadora, uma marca e uma liderança.
No caso da Figueira foi desenhado um diagnóstico inscrito no Plano Estratégico de 2014. Com base naquele foram definidos eixos de intervenção a partir da já clássica análise dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças (SWOT) e foram propostas ações.
As propostas de José Mendes para a cidade proativa ou interativa podem até encontrar-se inscritos no citado plano.
Mas será que, sem participação pública, os figueirenses conhecem os objetivos a alcançar e a estratégia?
Será que o sentem no seu dia a dia?
Ou, continuam induzidos de que a sua cidade tem futuro…no passado?"

Nota de rodapé.
Apesar de viver na Figueira, uma cidade em que todos teremos bastante para pensar sobre o passado, no futuro, porque, há muito, que não temos futuro em que pensar, quero continuar a ter uma visão do futuro esperançosa, embora, no passado recente e no presente, tenha poucos motivos para isso. 

Jorge Camarneiro: "nunca me foi permitido gerir com plena autonomia funcional e com os mínimos recursos humanos e financeiros, que os mesmos exigiam..."

foto sacada daqui
EM MONTEMOR-O-VELHO "VEREADOR DA CDU ENTREGA PELOUROS!"

Jorge Camarneiro,  enviou um e-mail, na segunda-feira, ao presidente da autarquia colocando à disposição de Emílio Torrão todos os pelouros (Saúde, Higiene e Saúde Públicas, Emprego e Desenvolvimento Económico e Social, Inovação e Criatividade) que tinham lhe sido atribuídos em Outubro de 2013, num acordo pós-eleições autárquicas rubricado entre PS e CDU. 
No e-mail dirigido ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Camarneiro acu­sa Emílio Torrão de ter colocado entraves ao normal desempenho das suas funções.

Não há conhecimento mau ou bom: há apenas conhecimento...


"Diz que os armadores perdem dinheiro, que os operadores portuários perdem dinheiro, que as exportações são afectadas, que as importações idem, que as empresas estão a perder milhões, que a economia do país está em risco
Por uma greve às horas extraordinárias. 
Não é uma greve total, é uma greve às horas extraordinárias
Às horas extraordinárias
Todo um sistema laboral que afecta este mundo e ainda uma parte do outro todo ele assente no pressuposto de que os trabalhadores vão fazer horas extraordinárias. 
As pessoas deviam pensar nisto
E deviam pensar porque é que a direita radical lamenta não ter conseguido baixar os custos do trabalho para as empresas e porque é que uma das primeiras medidas adoptadas pelo Governo da direita radical foi precisamente baixar o preço da hora e o preço da hora extraordinária
As tais horas extraordinárias que são atiradas à cara dos estivadores todos os dias e a todas as horas pelos comentadores da direita radical – os salários milionários que os madraços da estiva recebem, e no eco que faz na ignorância invejosa de outros trabalhadores, trabalhadores como os estivadores. 
E as pessoas também deviam pensar nisto."

Os "boys" são sempre os outros...

"PSD acusa Governo de querer encher administração pública de "boys" do PS"!..
Se não fosse triste, até tinha a sua piada
Muitos de nós sabem - até existe um estudo que mostra que os "boys" ajudam a controlar administração pública - que existem dois tipos de motivações por trás das nomeações para cargos na cúpula da administração central: o “controlo de políticas públicas” e a “recompensa por serviços prestados anteriormente ou em antecipação aos mesmos”.
Muitos de nós também sabem, que a influência dos partidos nas nomeações na administração pública, para além de  "uma realidade conhecida", constitui ainda "um dos maiores problemas do país, com um impacto económico tremendo".
Só por milagre um "boy" de uma juventude partidária, cuja grande experiência é organizar jantares e comícios, consegue fazer um bom trabalho num organismo público. 
Para quem acredita em "milagres", poderá haver uma ou outra excepção, mas a regra é que os "boys" nomeados tomem decisões incompetentes e erradas. 
Há um ano, quando se tratava da malta do PSD, eram as grandes qualidades e qualificações morais e profissionais que os levavam a ocupar os proveitosos lugares...
Nada de novo: a tendência continua a ser para valorizar a fidelidade e não o mérito...
A dança dos jobs for the boys, continua muito bem ensaiada pelos partidos do arco da governação...