Quem não quiser igual, pois que vote diferente...
Uma coisa é fazer diferente, outra é dizer que se está a fazer diferente ou que, a seu tempo, "quando for possível", se irá fazer diferente. Uma coisa é mudar, outra é prometer mudanças enquanto se vai fazendo igual em cima da paciência infinitamente elástica de quem aceita que tudo fique na mesma, como vai ficando. Na boa tradição do centrão, o Governo PS acaba de imitar o seu antecessor na substituição de um comissário político por outro comissário político na presidência do CCB. Os socialistas podem agora argumentar com o que quiserem, o único critério foi a cor do cartão partidário. Os anteriores fizeram o mesmo, pois fizeram. Por isso é que agora, para não fazerem igual, teriam que fazer diferente. Seria necessário vontade e coragem política. Seria preciso abdicar dos tachos no aparelho do Estado que vão servindo para premiar as lealdades dentro dos aparelhos partidários. E eles não são doidos. São os tachos que os catapultam para o topo do aparelho dos partidos respectivos. E nenhuma atribuição de nenhum tacho tem um custo eleitoral com expressão suficiente para obrigá-los a quebrar com a cultura dos dois partidos. Se para a grande maioria dos eleitores a captura dos organismos públicos pelos aparelhos partidários é uma questão lateral na formulação das suas decisões sobre o partido ao qual confiam o voto, se a maioria dos portugueses incorporou como natural que o seu voto sirva também para dar o poder de substituir boys laranja por boys rosa e vice-versa, seguramente que não serão aqueles cujas carreiras se fazem à sombra desta indiferença que irão tomar a iniciativa de matar a sua galinha dos ovos de ouro. Amanhã já quase ninguém se lembrará que o Presidente do CCB foi escolhido pela sua militância partidária, sem concurso público nem projecto conhecido. E as próximas eleições serão muito depois de amanhã.
terça-feira, 1 de março de 2016
"Social-democracia, sempre!": um slogan para a reeleição
foto daqui |
Reduzir os custos do trabalho, cortar 600 milhões de euros nas pensões a pagamento, transformar a sobretaxa de IRS e os cortes nos rendimentos de temporários em permanentes.
Notável...
Na Figueira, um notável é, como se sabe, alguém que, em certa altura da vida, exerceu o direito aos seus quinze minutos de glória.
Como, que eu saiba, por aqui ninguém descobriu o caminho marítimo para a Índia, o caminho mais fácil e mais directo é alguém participar num qualquer concurso televisivo. Em devido tempo terá o merecido prémio: por exemplo, ser rei do carnaval e abafar, ao que me disseram, 4 mil merecidos euros.
Todavia, podemos ainda, com um pouco de boa vontade, considerar que aparecer em festas de "sociedade", ocupar um cargo político, por irrelevante que seja, ser acusado de um crime infame, ser advogado de alguém acusado de um crime infame, são também vias apropriadas para aceder à notabilidade. De tal modo é fácil aceder à ribalta na Figueira que, a meu ver, ser não-notável na Figueira, isso sim, é que começa a se tornar uma raridade, acessível apenas a gente sofisticada, marginal ou especial.
Segundo li no Figueira na Hora, o PS figueirense quer incluir o Cabo Mondego no Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal.
Vai daí, o deputado municipal socialista, Luís Ribeiro, apresentou na reunião da Assembleia Municipal realizada ontem à tarde, uma proposta nesse sentido.
O estranho aconteceu a seguir: viria a ser retirada, sendo substituída por uma recomendação com os mesmos pressupostos, para inclusão do geo-monumento e do couto mineiro do Cabo Mondego no Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal e ainda na respectiva rede a ser criada.
Isto, no mínimo, foi notável. Mais notável, ainda, porém, é que a proposta inicial de Luís Ribeiro passou de proposta a recomendação, não pelo seu conteúdo, mas sim por questões formais que se prenderam com o facto dos deputados não terem recebido em tempo a proposta para análise!..
Agora, terá de ser novamente apresentada, no formato de proposta formal, numa próxima reunião da Assembleia Municipal.
Isto, só não é politicamente notável, porque toda a gente que se interessa minimamente na Figueira pela política, tem conhecimento que nesta fornada do grupo do PS na Assembleia Municipal existem alguns totós e bétinhos que são facilmente comidos pela oposição, como se viu na Assembleia Municipal realizada no dia 14 de dezembro de 2015.
Que falta fez na tarde de ontem à bancada do PS figueirense o "velho" João Carronda...
Põe-te bom depressa caro Amigo...
Não é com tomadas de posição de força partidária, por parte da maioria socialista, fundamentalistas e excessivas, que se põe um importante órgão do poder local, como é a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, a funcionar e ao serviço dos interesses do nosso concelho.
Como, que eu saiba, por aqui ninguém descobriu o caminho marítimo para a Índia, o caminho mais fácil e mais directo é alguém participar num qualquer concurso televisivo. Em devido tempo terá o merecido prémio: por exemplo, ser rei do carnaval e abafar, ao que me disseram, 4 mil merecidos euros.
Todavia, podemos ainda, com um pouco de boa vontade, considerar que aparecer em festas de "sociedade", ocupar um cargo político, por irrelevante que seja, ser acusado de um crime infame, ser advogado de alguém acusado de um crime infame, são também vias apropriadas para aceder à notabilidade. De tal modo é fácil aceder à ribalta na Figueira que, a meu ver, ser não-notável na Figueira, isso sim, é que começa a se tornar uma raridade, acessível apenas a gente sofisticada, marginal ou especial.
Segundo li no Figueira na Hora, o PS figueirense quer incluir o Cabo Mondego no Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal.
Vai daí, o deputado municipal socialista, Luís Ribeiro, apresentou na reunião da Assembleia Municipal realizada ontem à tarde, uma proposta nesse sentido.
O estranho aconteceu a seguir: viria a ser retirada, sendo substituída por uma recomendação com os mesmos pressupostos, para inclusão do geo-monumento e do couto mineiro do Cabo Mondego no Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal e ainda na respectiva rede a ser criada.
Isto, no mínimo, foi notável. Mais notável, ainda, porém, é que a proposta inicial de Luís Ribeiro passou de proposta a recomendação, não pelo seu conteúdo, mas sim por questões formais que se prenderam com o facto dos deputados não terem recebido em tempo a proposta para análise!..
Agora, terá de ser novamente apresentada, no formato de proposta formal, numa próxima reunião da Assembleia Municipal.
Isto, só não é politicamente notável, porque toda a gente que se interessa minimamente na Figueira pela política, tem conhecimento que nesta fornada do grupo do PS na Assembleia Municipal existem alguns totós e bétinhos que são facilmente comidos pela oposição, como se viu na Assembleia Municipal realizada no dia 14 de dezembro de 2015.
Que falta fez na tarde de ontem à bancada do PS figueirense o "velho" João Carronda...
Põe-te bom depressa caro Amigo...
Não é com tomadas de posição de força partidária, por parte da maioria socialista, fundamentalistas e excessivas, que se põe um importante órgão do poder local, como é a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, a funcionar e ao serviço dos interesses do nosso concelho.
Dobre
Fernando Pessoa |
E pu-lo na minha mão
Olhei-o como quem olha
Grãos de areia ou uma folha.
Olhei-o pávido e absorto
Como quem sabe estar morto;
Com a alma só comovida
Do sonho e pouco da vida.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
A cobertura amovível do Coliseu Figueirense
Via A Figueira na Hora |
A intervenção maior (cobertura e ventilação) encontra-se orçada em cerca de dois milhões de euros. Contudo, o projecto prevê ainda “a modernização ou construção de uma base de uma série de espaços de apoio, como sanitários, camarins, locais de venda e promoção dos espectáculos, zonas de convívio e de lazer destinadas ao público”...
Para que esta conversão possa sair do papel e passar à realidade, “não pode a Companhia do Coliseu Figueirense comportar com todo o referido esforço financeiro, não possuindo a necessária capacidade para dar resposta a um projecto desta natureza”.
Segundo Miguel Amaral a Companhia do Coliseu Figueirense “não poderá deixar de ter como parceiro privilegiado a autarquia de forma a permitir a formalização de uma candidatura a fundos comunitários que permitam a angariação de verbas suficientes para colocar em prática a obra em causa”.
Numa fase posterior, o presidente do Coliseu Figueirense espera ainda o apoio da autarquia na “promoção e dinamização no preenchimento da agenda de actividades a serem levadas ao referido espaço”.
O que pensa alguém que não tem vocação para este futebol...
Foto Pedro Agostinho Cruz |
Perdemos.
O que não me surpreendeu...
Dadas as condições de trabalho que o Clube tem, só podemos competir para alcançar um qualquer lugar no pódio da pobreza...
Ontem, o Cova-Gala foi derrotado em casa pelo Eirense por 1-2 e continua nos últimos lugares da tabela classificativa da Divisão de Honra da AFC.
O Cova-Gala ocupa o 14º. lugar, soma 19 pontos (5 vitórias, 4 empates e 11 derrotas).
A competir connosco, está uma outra realidade em termos de condições de trabalho...
Na próxima jornada, a equipa de Rui Camarão desloca-se a Soure para defrontar o Sourense, actual 2º classificado, com 41 pontos.
Há muitos anos, que o Cova-Gala anda a viver acima das suas parcas possibilidades.
Tal, deve-se ao voluntarismo, ao pundonor, à dedicação de muita pouca gente que gosta do Clube, pois no que concerne a apoios, de quem de direito, haveria muito ainda a conversar...
Parece que, agora, existe a possibilidade de as coisas mudarem a breve prazo...
Espera-se que isso seja uma realidade, pois o Cova-Gala, está numa corrida de resistência, mas a correr numa situação de enorme desigualdade.
Pelo que vi ontem, saí do jogo convicto que nos vamos, mais uma vez, aguentar.
Há anos que nos andamos a aguentar na divisão de honra, a muito custo.
Não será ainda este ano, apesar da falta de condições de trabalho serem cada vez menos, que iremos atirar a toalha ao chão.
Não considerem este desabafo, como o discurso do treinador que quer motivar os seus atletas.
Quando andamos na rua, por vezes, deparamo-nos com alguns sem-abrigo e devemos pensar que nós, qualquer um de nós, pode vir a ser como eles.
E se os sem-abrigo aguentam, porque é que nós, por enquanto, os sem abrigo da divisão de honra, não havemos de continuar a aguentar?
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Chove
José Gomes Ferreira |
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
Chove...
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.
O folclore do Partido da Catarina
Preconceito é uma palavra com conotação negativa.
O que é natural. O preconceito prevalece sobre a mente e
a razão. Quando uma pessoa pensa e decide com base no preconceito, a
probabilidade de pensar e actuar mal aumenta.
O preconceito alimenta a polémica e
prevalece sobre a ciência e sobre as evidências da vida.
Escrito isto, fica aquilo que, a meu ver, é uma postagem lúcida e oportuna e que foca AS conquistas do BE.
Passo a citar o Jumento.
“Até aqui tudo o que de bom a
esquerda considerava ter sido o resultado dos seus contributos
políticos eram conquistas de Abril, a partir de agora deixam de ser
conquistas de Abril para passarem a ser as conquistas do Bloco. O BE
considera que o OE não é o dele mas que as boas medidas estão lá
porque o BE o exigiu, na prática o PS continua a ser o partido da
direita pois tudo o que cheire a esquerda deve-se ao BE.
Ainda não sabemos que medidas poderão
ser incluídas no OE durante o debate na especialidade mas uma coisa
é certa, tudo o que de mau lá continue ou seja acrescentado é da
responsabilidade do PS, tudo o que de bom se mantenha ou seja
incluído é obra dos deputados do BE.
Pelo menos até que alguma coisa corra
mal o BE vai continuar em campanha eleitoral permanente e até o
regresso do bom tempo vamos ter que ficar a dever à Catarina
Martins. O país está a levar com doses de cavalo de propaganda
bloquista, o parlamento aprova de manhã e o BE, desrespeitando os
seus parceiros de maioria parlamentar faz a sua propaganda à tarde,
chamando a si a autoria de tudo o que possa trazer votos.
A excitação é tanta que até já
lhes deu para usar decisões parlamentares para lançar as suas
guerrinhas contra a Igreja, usando os seus símbolos e fazendo um
grande favor ao PSD e à direita transformando-os em objecto de
chacota. Durante meses vamos ter de aturar a Cristas e o Passos a
usar um cartaz desenhado por um qualquer idiota do BE.
Para o BE não é o futuro do país nem
os direitos dos portugueses que estão em causa, se ajudar a direita
a derrubar este governo e conseguir mais 2% de votos farão uma
festa, pouco se preocupando se nos quatro anos seguintes os
trabalhadores perderem direitos ou sofrerem perdas brutais de
rendimentos. No fim da legislatura a Catarina cá estará para
anunciar a queda do Pedro.”
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Bioesfera abordou a "requalificação" de praias e a "renaturalização" de sistemas dunares
O programa passou no sábado, dia 27/02/2016, pelas 13H, na RTP2.
Não desafies a alegria
João José Cochofel |
a alegria.
Quando ela chegue
um instante só
não lhe perguntes
porquê?
Estende as mãos ávidas
para o calor
da cinza fria.
Esta malta...
Nada disto já me surpreende, nada disto já me afecta.
Há muito que não confio nos carreiristas dos partidos do "arco do poder".
Problema e defeito meu, certamente.
Muita boa gente me tem dito ao longo da vida que, em democracia, é assim: criam-se nas creches privadas dos partidos os futuros líderes.
Passos Coelho, veio de um desses aviários. Andou a fingir que era jovem até não poder mais (parece que tirou um licenciatura privada aos 39 anos!...). Depois, foi para umas empresas que fingiam ser fantásticas, graças aos favores de esforçados, diligentes e competentes relações públicas - como exemplo, quase todos sabemos da existência desse extraordinário Relvas...
A única coisa que me amofina um pouco - já muito pouco mesmo - é ver gente que politicamente pensava doutra dimensão pactuar, poupar e aceitar os franganotes criados e alimentados nos aviários partidários.
Santana chegou lá. Sócrates chegou lá. Passos chegou lá... Seguro foi atropelado pelo Costa e, só por isso, não chegou lá...
Sobre Passos, ainda me lembro de também Mário Soares, do alto da sua imensa sapiência, garantir que com Passos se podia falar devido à sua simpatia.... apesar de ser demasiado neoliberal.
Há muito que eu conheço e ando desconfiado com esta maltinha alimentada pelos senadores partidários.
E, confesso, que também neste caso detesto ter razão.
Não valem merda nenhuma e a comprovar está o facto de lhe terem confiado a governação do País e de certas autarquias, como foi o caso da Figueira e o resultado ter sido o que sentimos na pele...
Isso, foi excesso de confiança, como penso que a maioria de nós já percebeu...
Ou será que estou optimista de mais e, isso, ainda não é verdade?..
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Na Figueira investe-se na organização dos dias parolos
foto sacada daqui |
Há parolos em todo o lado.
Há parolos candidatos a parolos.
Há parolos eleitos pelo povo.
Há parolos nas elites.
Há imensos parolos, o que é um bocadinho chato.
Também há os parolos que não permitem que algo "não parolo" se afirme.
Isso acontece porque há imensos parolos com algum poder.
Pode ser que as coisas mudem um dia, mas vai ser difícil.
Os parolos tem uma camada muito fina de parolice que lhes cobre todo o corpo, cobre-lhes os olhos e atrofia-lhes o cérebro.
Os parolos não serão propriamente estúpidos, são apenas parolos, pronto, é outra coisa, muito difícil de definir mas que se topa à légua.
Enfim, há dias em que os parolos estão mais salientes.
Até parece que se organizam entre si para a grande parolada.
São os dias parolos.
Se é que ainda não tinham percebido.
LOGRO
O Governo de Passos & Portas andou a gabar-se de ter poupado 2.500 milhões de euros na renegociação de nove PPP rodoviárias. Todos ouvimos os corifeus do economês louvar a proeza. Mas Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, foi ontem ao Parlamento apresentar as contas reais: a poupança foi de 700 milhões de euros, ou seja, 28% do alardeado por Passos & Portas. Ouvido em audição conjunta nas comissões de Orçamento e Finanças e de Economia e Obras Públicas, o ministro também chamou a atenção para um detalhe lesivo dos contribuintes: nos termos dos novos contratos, as grandes reparações nas vias passam a ser da responsabilidade do Estado. Dito de outro modo, os accionistas privados fizeram um negócio da China.
daqui
daqui
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