Em tempo: "O lacinho", de Rui Beja.
"Um nó e duas pontas encarnadas; cada um dos Plátanos, Choupos, Olaias, Palmeiras e Eucaliptos do Jardim Municipal da Figueira da Foz tem direito a um laço natalício; durante a época festiva, temos o Jardim Natal...
Casinhas de docinhos, travessuras, abraços, insufláveis, selfies, carrocel, Pai Natal, artes, ténis, origami, farturas, castanhas, pipocas, face paiting, simulador de kart, Presépio, animais reais como o burro Batatinha e a cabra Riscada, etc, etc; o jardim transformou-se num paraíso para a criançada e para as suas plantas, flores, arbustos e árvores, em júbilo com os lacinhos e os cogumelos artificiais que decoram os seus troncos e ramos.
Os figueirenses têm acorrido em massa a este Eldorado de felicidade, mas, curiosamente, a mim só me ocorre uma quadra do poema de Miguel Torga, Só eu Sinto Bater-lhe o Coração: Dorme a vida a meu lado, mas eu velo. (Alguém há-de guardar este tesoiro!) E, como dorme, afago-lhe o cabelo, Que mesmo adormecido é fino e loiro.
Há pelo menos duzentos anos que esta tristeza endémica dos portugueses é atribuida à irrealidade do seu carácter, ao choque entre a miséria nativa e o convencimento de que somos um povo superior, ao saudosismo da glória passada, à esperança vã de que regressará o encoberto e o quinto império...
Mais: Unamuno, no seu Portugal Povo de Suicidas, sentencia: Portugal é um povo triste, até mesmo quando sorri. A sua literatura, inclusive a sua literatura cómica e jocosa, é uma literatura triste. Portugal é um povo de suicidas, talvez um povo suicida. A vida para ele não tem um sentido transcendente. Querem viver, sim, talvez; mas para quê? Mais vale não viver.
Os figueirenses parecem querer alterar o rumo da história procurando a felicidade na casinha das travessuras, no burro Batatinha ou nos workshops de origami; tudo isto é uma irrealidade... Bem melhor que o poema de Torga: Dorme a vida a meu lado, mas eu velo. (Alguém há-de guardar este tesoiro!)."
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
domingo, 27 de dezembro de 2015
Temos janeiro de 2016 à porta...
POLÍTICA (previsão...)
Um dos símbolos da Presidência, o
Bolo-Rei, será substituído pela Tosta Mista em Pão de Forma Aparado...
“Na roça com os tachos”, uma série em exibição na Figueira há 40 anos...
Ontem, publiquei este post.
Para quem não entendeu, basicamente,
resume-se nisto.
Na Figueira, a seguir a Abril de 1974,
primeiro foram os jotinhas da direita (leia-se, do PSD...) que
tiveram de fazer-se à vida por outras paragens. Depois, em 1997,
veio o Santana e, durante 12 anos, foi a vez de os jotinhas da
esquerda (leia-se, PS...) se fazerem à vida por outras paragens
(Condeixa, Poiares, Lisboa....)
De 2009 para cá, com a vitória de
Ataíde, os jotinhas de direita viram a vida a andar para trás –
isto é, recuaram ao depois do 25 de Abril de 1974...
Ironia do destino: ao que parece, cá pela Figueira, são os jotinhas da direita
(leia-se do PSD...) que têm de fazer-se à vida e sair da zona de conforto...
A Figueira não para de nos
surpreender.
Tendo em conta a política dos últimos
40 anos em Portugal, pensava eu, na minha santa e feliz ignorância,
que os jotinhas ideologicamente mais próximos eram os PS e os do
PSD, mas é óbvio, verificando o caso figueirense, que é muita
burrice minha pensar nisso assim.
Por aqui, a ideologia não deixa de ser
muito linda, seja à esquerda (leia-se PS...), seja à direita
(leia-se PSD...). Porém, quando começa mais uma sessão do
programa, velho de 40 anos, “na roça com os tachos”, aí é que
o caldo entorna mesmo.
Fico à espera dos próximos
capítulos...
sábado, 26 de dezembro de 2015
Aquilo que fazemos conta. E aquilo que deixamos por fazer também...
Em outubro passado, devido à desgraça
que abalou a sociedade figueirense com o naufrágio à entrada da
barra do Olivia Ribau, ficámos a saber que a estação salva-vidas
da Figueira da Foz "fecha às 18 horas", dado que os seus
funcionários "têm o regime normal da função pública
como qualquer funcionário de secretaria".
Alguém sabe se esta situação,
entretanto, sofreu alteração?..
Nos últimos dias ficámos a saber
que, desde 2013, não havia equipa de neurorradiologia e
que, a partir de 2014 também de cirurgia neurovascular a
operar aos fins-de-semana nos Hospitais de São José e de Santa
Maria. Ficámos ainda a saber que o Ministério da Saúde foi
indagado sobre este facto também desde 2013, pelo BE, e que o DN
falou no assunto no início deste ano.
Tanto no caso ocorrido na Figueira,
como no caso de Lisboa, morreram pessoas.
Tudo
isto é demasiado mau, demasiado grave, demasiado triste, demasiado
assustador. E tudo isto tem a ver
com os portugueses e a sua responsabilidade colectiva.
E o tempo a voltar para trás...
Uma notícia lida na edição de hoje do diário AS BEIRAS.
Título:Contratada autarca socialista através de convite único
Texto: "A Câmara da Figueira da Foz contratou os serviços de uma psicóloga para apoiar a estrutura solidária Empresários Pela Inclusão Social, de que a autarquia é parceira, através de convite único. O vereador do PSD Miguel Almeida questionou, na reunião de câmara, o executivo camarário (PS) sobre esta contratação que excluiu outros potenciais candidatos, tendo obtido como resposta que a escolha recaiu na autarca socialista devido ao seu currículo. Trata-se de um elemento da Assembleia de Freguesia de Tavarede".
Em tempo.
Retornámos a um ponto já vivido na Figueira.
Pouco depois do 25 de Abril de 1974, até 1997, na Figueira, quem teve dúvidas acerca do PS passou mal...
Depois, nos 12 anos que se seguiram a 1997, quem teve dúvidas acerca do PSD de Santana Lopes, passou mal...
A seguir a 2009 e até aos dias de hoje, quem teve dúvidas acerca do PS, voltou a passar mal...
É fácil de presumir, portanto, que do ponto de vista moral, certamente que a autarca socialista, pelo seu currículo, não vai ter dúvidas em aceitar o convite para trabalhar na Câmara da Figueira, como psicóloga.
A função do verdadeiro jornalista é, precisamente, divulgar o que corre mal, já que aquilo que corre bem é, em termos noticiosos, um não-acontecimento.
Os políticos locais, tal como eu, sabem que os figueirenses são, por educação e temperamento, servilmente apáticos e muito respeitadores.
Um dia, talvez a Figueira venha a servir como case-study para quem quiser investigar como se destruiu uma cidade e uma paisagem única.
Se ainda fossem vivos, Aguiar de Carvalho e Duarte Silva poderiam proporcionar dos mais esclarecedores e probantes depoimentos sobre a matéria. Mas, desse tempo, ainda existe muita gente que foi protagonista activo no processo em condições de explicar muita coisa.
Mas, nem isso já deve interessar. É tarde. Para a Figueira e para os figueirenses.
Quem alguma vez se tenha debruçado sobre a etologia do intelectual béu-béu figueirense, vulgo guarda-portão, sabe que lema inspira a intervenção pública deste tipo de animal: forte com os fracos e fraco com os fortes.
Esta fauna, sempre necessária à oligarquia do momento, é tão velha como o mundo e define-se pela aplicação sofistica e mercenária que dá à sua mioleira. As suas cabecinhas pensadoras, registam e estão sempre prontas a apontar os crimes dos pequenos e a silenciar ou desculpar os dos grandes.
Embora formado num niilismo moral muito prático e rentável, o béu-béu não gosta que lhe lembrem o seu cinismo. É fácil vender a “alma”; difícil é admitir que se a vendeu.
Daí que o intelectual béu-béu deteste quem lhe lembre a humanidade e o direito dos fracos.
Daí, que as mais encarniçadas acusações a Robin Hood tivessem vindo de antigos “companheiros de luta”, de trânsfugas ao ideal de justiça que na juventude os levara à floresta de Nottingham.
Só esse mecanismo de auto-defesa (que de intelectual, em rigor, pouco tem) explica a inaudita sanha que os béu-béus costumam reservar para quem aponte o dedo ao seu dono.
Entendem eles - e bem - que a crítica ao dono é extensível ao jeco.
Título:Contratada autarca socialista através de convite único
Texto: "A Câmara da Figueira da Foz contratou os serviços de uma psicóloga para apoiar a estrutura solidária Empresários Pela Inclusão Social, de que a autarquia é parceira, através de convite único. O vereador do PSD Miguel Almeida questionou, na reunião de câmara, o executivo camarário (PS) sobre esta contratação que excluiu outros potenciais candidatos, tendo obtido como resposta que a escolha recaiu na autarca socialista devido ao seu currículo. Trata-se de um elemento da Assembleia de Freguesia de Tavarede".
Em tempo.
Retornámos a um ponto já vivido na Figueira.
Pouco depois do 25 de Abril de 1974, até 1997, na Figueira, quem teve dúvidas acerca do PS passou mal...
Depois, nos 12 anos que se seguiram a 1997, quem teve dúvidas acerca do PSD de Santana Lopes, passou mal...
A seguir a 2009 e até aos dias de hoje, quem teve dúvidas acerca do PS, voltou a passar mal...
É fácil de presumir, portanto, que do ponto de vista moral, certamente que a autarca socialista, pelo seu currículo, não vai ter dúvidas em aceitar o convite para trabalhar na Câmara da Figueira, como psicóloga.
A função do verdadeiro jornalista é, precisamente, divulgar o que corre mal, já que aquilo que corre bem é, em termos noticiosos, um não-acontecimento.
Os políticos locais, tal como eu, sabem que os figueirenses são, por educação e temperamento, servilmente apáticos e muito respeitadores.
Um dia, talvez a Figueira venha a servir como case-study para quem quiser investigar como se destruiu uma cidade e uma paisagem única.
Se ainda fossem vivos, Aguiar de Carvalho e Duarte Silva poderiam proporcionar dos mais esclarecedores e probantes depoimentos sobre a matéria. Mas, desse tempo, ainda existe muita gente que foi protagonista activo no processo em condições de explicar muita coisa.
Mas, nem isso já deve interessar. É tarde. Para a Figueira e para os figueirenses.
Quem alguma vez se tenha debruçado sobre a etologia do intelectual béu-béu figueirense, vulgo guarda-portão, sabe que lema inspira a intervenção pública deste tipo de animal: forte com os fracos e fraco com os fortes.
Esta fauna, sempre necessária à oligarquia do momento, é tão velha como o mundo e define-se pela aplicação sofistica e mercenária que dá à sua mioleira. As suas cabecinhas pensadoras, registam e estão sempre prontas a apontar os crimes dos pequenos e a silenciar ou desculpar os dos grandes.
Embora formado num niilismo moral muito prático e rentável, o béu-béu não gosta que lhe lembrem o seu cinismo. É fácil vender a “alma”; difícil é admitir que se a vendeu.
Daí que o intelectual béu-béu deteste quem lhe lembre a humanidade e o direito dos fracos.
Daí, que as mais encarniçadas acusações a Robin Hood tivessem vindo de antigos “companheiros de luta”, de trânsfugas ao ideal de justiça que na juventude os levara à floresta de Nottingham.
Só esse mecanismo de auto-defesa (que de intelectual, em rigor, pouco tem) explica a inaudita sanha que os béu-béus costumam reservar para quem aponte o dedo ao seu dono.
Entendem eles - e bem - que a crítica ao dono é extensível ao jeco.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
É isto o Natal (II)
Ter isenção e desportivismo para saber reconhecer que, para além do meu Sporting, existem outros clubes grandes que nos proporcionam grandes momentos.
Isto, também pode ser Natal.
Convém que fique devidamente registado e seja celebrado, pois os resistentes ao desporto encarado como um negócio, estão cada vez mais em minoria e encurralados pela ditadura do futebol espectáculo, que tudo devora e consome...
Isto, vai para além da clubite.
Vejam o vídeo até ao fim e não se vão arrepender.
É assim a realidade desportiva, neste caso o futebol, neste final de 2015 - em pleno século XXI - em Cabo Verde, África.
Isto, também pode ser Natal.
Convém que fique devidamente registado e seja celebrado, pois os resistentes ao desporto encarado como um negócio, estão cada vez mais em minoria e encurralados pela ditadura do futebol espectáculo, que tudo devora e consome...
Isto, vai para além da clubite.
Vejam o vídeo até ao fim e não se vão arrepender.
É assim a realidade desportiva, neste caso o futebol, neste final de 2015 - em pleno século XXI - em Cabo Verde, África.
É isto o Natal
Foi fixe ter sido criança no final dos anos 50 do século passado.
Não havia dinheiro para comprar os brinquedos, pelos que tínhamos de os inventar nós próprios, os putos desse tempo.
Lembro-me do arquinho, do carrinho com rodas de cortiça, do peão, dos campeonatos na areia com a "crica" da cerveja e das laranjadas, dos carrinhos de rolamentos e das trotinetes e da trapeira.
Recordar a vivência num mundo infantil, num período histórico de Portugal, em pleno Estado Novo e, ainda, a mais de 20 anos da Revolução de 25 de abril de 1974, significa reviver memórias e vivências da época dos avós, memórias e vivências relacionadas com a escola, os brinquedos, os jogos, as leituras, mas sobretudo a brincadeira.
Tanto quanto consigo retornar ao meu olhar de criança, no seu contexto e espaço temporal, é recordar a história de uma Cova e Gala dessa época - uma Aldeia com muita areia, sem esgotos, sem água canalizada e sem luz em casa.
Tentar entender o meu universo infantil é retratar uma criança rodeada de amor: pelos meus pais e pelas avós.
Infelizmente, os meus avôs morreram cedo, um - o materno, o meu avô Domingos Marçalo - não cheguei a conhecê-lo; o outro, - o meu avô Manuel Agostinho da Barbeira - casado com a minha avó Carmina, lembro-me sobretudo da noite da sua morte, teria eu na altura 5 ou 6 anos.
Através do tempo, o crescimento de uma criança como eu, ficou marcado pelo que bebi no seio da minha família, onde eram naturais valores como a seriedade, a honra e o compromisso, testemunho aliás natural da cultura de uma Aldeia e de uma época.
Esta crónica do Rui Curado Silva, acabadinha de ler no jornal AS BEIRAS, permitiu-me, por breves momentos, revisitar o meu mundo infantil e recuperar memórias antigas, nesta véspera de Natal de 2015, um Natal diferente dos 61 que já vivi...
Não havia dinheiro para comprar os brinquedos, pelos que tínhamos de os inventar nós próprios, os putos desse tempo.
Lembro-me do arquinho, do carrinho com rodas de cortiça, do peão, dos campeonatos na areia com a "crica" da cerveja e das laranjadas, dos carrinhos de rolamentos e das trotinetes e da trapeira.
Recordar a vivência num mundo infantil, num período histórico de Portugal, em pleno Estado Novo e, ainda, a mais de 20 anos da Revolução de 25 de abril de 1974, significa reviver memórias e vivências da época dos avós, memórias e vivências relacionadas com a escola, os brinquedos, os jogos, as leituras, mas sobretudo a brincadeira.
Tanto quanto consigo retornar ao meu olhar de criança, no seu contexto e espaço temporal, é recordar a história de uma Cova e Gala dessa época - uma Aldeia com muita areia, sem esgotos, sem água canalizada e sem luz em casa.
Tentar entender o meu universo infantil é retratar uma criança rodeada de amor: pelos meus pais e pelas avós.
Infelizmente, os meus avôs morreram cedo, um - o materno, o meu avô Domingos Marçalo - não cheguei a conhecê-lo; o outro, - o meu avô Manuel Agostinho da Barbeira - casado com a minha avó Carmina, lembro-me sobretudo da noite da sua morte, teria eu na altura 5 ou 6 anos.
Através do tempo, o crescimento de uma criança como eu, ficou marcado pelo que bebi no seio da minha família, onde eram naturais valores como a seriedade, a honra e o compromisso, testemunho aliás natural da cultura de uma Aldeia e de uma época.
Esta crónica do Rui Curado Silva, acabadinha de ler no jornal AS BEIRAS, permitiu-me, por breves momentos, revisitar o meu mundo infantil e recuperar memórias antigas, nesta véspera de Natal de 2015, um Natal diferente dos 61 que já vivi...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
A coerência da muleta laranja...
Há, apenas, um mês "Passos avisou Costa que devia demitir-se quando fosse preciso o apoio do PSD e CDS".
Como se viu hoje, as notícias sobre a morte do arco da governação eram manifestamente exageradas.
Foram, igualmente, manifestamente exageradas as notícias que davam como extintos os partidos de protesto...
Aliás, esse "arco do contra" viu-se substancialmente reforçado, com a aderência do CDS, o partido de Paulo Portas, o maior e o mais bem sucedido contorcionista do circo político em Portugal, nos últimos 20 anos.
Pelo que consigo perceber, neste momento, não é propriamente Costa o mais aflito...
Vou citar um que se fosse deputado PSD tinha vontade contra...
Escreveu ele: "ainda bem tenho o PCP para defender os meus interesses."
Como se viu hoje, as notícias sobre a morte do arco da governação eram manifestamente exageradas.
Foram, igualmente, manifestamente exageradas as notícias que davam como extintos os partidos de protesto...
Aliás, esse "arco do contra" viu-se substancialmente reforçado, com a aderência do CDS, o partido de Paulo Portas, o maior e o mais bem sucedido contorcionista do circo político em Portugal, nos últimos 20 anos.
Pelo que consigo perceber, neste momento, não é propriamente Costa o mais aflito...
Vou citar um que se fosse deputado PSD tinha vontade contra...
Escreveu ele: "ainda bem tenho o PCP para defender os meus interesses."
Não sei se estão a ver o risco do ridículo que os portugueses estavam a correr?..
Ainda bem que o tempo parece estar a mudar para o frio, quando falta um dia para a véspera de Natal.
Com o calor que, por esta hora, ontem, ainda levava pessoas à praia do Cabedelo, para que iriam servir as mantas polares, os cachecóis, as luvas e as pantufas que, meio mundo, costuma oferecer na noite de Natal?..
Boas Festas.
Boas Festas.
Iluminação de Natal na Figueira é aquilo que acontece uma vez por ano para lembrar aos figueirenses que a vida podia ser bem pior: ficámos com a diferença entre ter isto e não ter nada...
“Contratualizámos uma coisa e apareceu outra. Foi a diferença entre ter isto e não ter nada” |
Consequente, espera uma redução do preço acordado com a empresa responsável.
“Não estamos satisfeitos com o trabalho que foi prestado, começou um pouco tarde. Não foi um trabalho meritório, longe disso e muito longe do que tinha sido acordado, penitenciamo-nos que não tenha corrido conforme pretendíamos”, disse o autarca.
João Ataíde apontou que houve “violação do contrato” no prazo e na qualidade dos artefactos. E frisou que, caso a autarquia optasse pela denúncia do acordo, a cidade ficaria sem iluminações de Natal. “Contratualizámos uma coisa e apareceu outra. Foi a diferença entre ter isto e não ter nada”.
"Quem acorda para as iluminações de Natal em fim de outubro não pode estar a espera que as empresas tenham material disponível” |
“É a mesma coisa que comprar um bilhete para a Liga dos Campeões na antevéspera do jogo. Ou não vai ou então custa um balúrdio”, afirmou ainda o vereador da oposição, apontando outras falhas, entre elas “iluminações desligadas à noite”.
É isto um país civilizado?..
Em tempo.
1. A namorada de David Duarte, Elodie Almeida, de 25 anos, estava com ele quando surgiram os primeiros sinais. Colocou em palavras escritas aquilo que não conseguiu contar ao Expresso de viva voz. É um testemunho raro. Ler aqui.
2. "O Hospital de São José poupou para o BANIF, para o BES, para o défice, para agradar a Bruxelas e aos mercados. E falhou naquilo que é a razão da sua existência. Morreu um rapaz. Há gente a morrer porque o dinheiro dos nossos impostos é desviado daquilo que seria suposto que esses impostos pagassem. Não me venham com a lengalenga que tem que ser, que se não for assim será ainda pior. Não há pior do que isto. As nossas prioridades enquanto comunidade que vamos deixando de ser estão completamente invertidas. Esta palhaçada tem que acabar e já." - Filipe Tourais
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Um frase que, na boca de Passos, basicamente serve para tudo...
"Não foi possível porque a realidade é o que é" -
Pedro Passos Coelho sobre BANIF em 22 de Dezembro de 2015...
Pedro Passos Coelho sobre BANIF em 22 de Dezembro de 2015...
Estou farto de gente sem VERGONHA na cara!
Confesso que já não me interessa conhecer o número em euros. É-me indiferente. Perdemos MUITO mais do que isso. Acima de tudo, perdemos a DIGNIDADE de um Povo que deixa IMPUNES os responsáveis!
Tudo o que, esta manhã se sabe, sobre o tema:
1) O problema ocorreu por, mais uma, INCOMPETÊNCIA do Banco de Portugal;
2) O problema estava perfeitamente IDENTIFICADO em Março de 2014 e a solução desenhada há UM ano atrás;
3) A anterior Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, em conivência com o anterior Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, decidiu ESCONDER o problema para DEPOIS das Eleições;
4) O Governador do Banco de Portugal foi RECONDUZIDO no cargo, não para continuar o processo de venda do BES (como foi anunciado), que não aconteceu, mas sim para ser CONIVENTE no ENCOBRIMENTO de mais este CRIME;
5) A Administração do Banco (TODOS os seus elementos) foi mantida em funções, NOVE meses de Ordenados e Benefícios ABSURDOS, em troca da ajuda ao ENCOBRIMENTO do CRIME.
Agora, foi preciso, em DOIS dias, inventar uma solução apressada, quando se houvesse um mínimo de coragem, honra e dignidade em algum, qualquer um, dos membros do anterior Governo, da Administração do Banco de Portugal ou da Administração do BANIF, teria havido 12 (DOZE) meses para resolver o problema.
O tema de debate de toda a semana vai ser: “quanto custa o BANIF aos contribuintes?" (nós TODOS). Repito: É-me indiferente! Perdemos MUITO mais do que isso.
Acima de tudo, perdemos a DIGNIDADE de um Povo que deixa IMPUNES os responsáveis!
E, pelo menos a dois deles (Carlos Costa e Maria Luis Albuquerque) vamos continuar a PAGAR os Ordenados e Benefícios para o resto da vida.
Quando ACABARÁ este pesadelo?
Carlos Paz, professor de economia
Já que estamos numa de vídeos, vejam este sobre os que andam a mamar da gamela...
Em tempo.
Recordar 2013.
Carlos Costa garantiu que Banif daria 10% de lucro ao Estado.
Recordar setembro de 2015, é recordar Passos a ver lado bom no cancelamento da venda do Novo Banco.
"Era dinheiro que estava a render"...
Uma pepineira do calendário político, que seria imperdoável deixar sem divulgação
Via Figueira tv, ficam os votos de um santo e feliz natal, aos caros figueirenses, de Sua Excelência o Presidente da Câmara.
Da minha parte, fica a retribuição e o agradecimento Senhor Presidente.
Da minha parte, fica a retribuição e o agradecimento Senhor Presidente.
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