quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Há quem afirme que trocadilhos não são humor. Foi o que eu sempre pensei... Mas, porque só me apetece rir?..
A um mês das eleições, o director de informação da agência de notícias LUSA foi substituído, o que preocupa os jornalistas.
Teresa Marques, presidente do Conselho de Administração, disse que "é um momento difícil mas não político", porque momento político seria se a mudança fosse a seguir às eleições!..
A primeira página do jornal PÚBLICO de hoje
Quando, na segunda metade dos anos 70 do século passado, estava a dar os primeiros passos no jornalismo, calhou-me a reportagem de um incêndio de uma barraca onde duas crianças de tenra idade morreram carbonizadas.
Logo para início de carreira no jornalismo, foi um trabalho duríssimo que me marcou para sempre.
Esta capa de hoje do jornal Público penso que não deixa ninguém insensível e deve ter sido uma opção muito difícil de tomar por quem teve essa responsabilidade e a explica hoje em Editorial.
"Não é fácil olhar para esta fotografia e não foi fácil tomar a decisão de a publicar. É uma imagem que impressiona. O primeiro instinto que temos é desviar o olhar. A seguir olhamos de novo, mas a querer fechar os olhos. No esforço entre olhar e não olhar, acabamos por levar uma estalada duas vezes.
Tínhamos algumas opções: não publicar, publicar uma imagem mais ambígua, ou publicar no espaço mais nobre do jornal.
Há bons argumentos para não a mostrar. É uma imagem violenta, logo evitável; há formas mais subis de mostrar a realidade sem cair no sensacionalismo, “sem mostrar o horror”, como diz um colega fotógrafo; temos de respeitar a dignidade daquela criança.
Mas há melhores argumentos para a mostrar. Às vezes, é nosso dever publicar imagens impressionantes. Sem pixéis, sem sombras, sem filtros. Vamos de forma paternalista proteger o leitor de quê? De ver uma criança morta à borda da água, numa praia europeia, com a cara na areia? Não é igualmente doloroso ler sobre estas tragédias? Na escrita, não escondemos a realidade. Queremos, pelo contrário, recolher o máximo de factos. Por que é que na imagem usamos critérios diferentes? Porquê ter pudor na imagem, mas não na palavra?
Teríamos tido uma quarta-feira mais simpática se não tivéssemos olhado para esta imagem. Como teríamos tido, há dois anos, um melhor Agosto se não tivéssemos visto os bebés sírios mortos em Damasco com armas químicas.
Teria sentido só vermos essas imagens daqui a 50 anos? Esta imagem é uma notícia. É a primeira vez que vemos uma imagem assim. Desde 2013 que lemos sobre mortes diárias no mar Mediterrâneo, de famílias, pais e filhos, que tentam chegar à Europa fugidos da guerra e da pobreza. Em Lampedusa, o Papa Francisco fez um apelo ao “despertar das consciências” para combater a “globalização da indiferença”. O mundo comoveu-se e seguiu em frente. À sua volta, estavam jovens negros de cabelo crespo. Não nos impressionou. Olhámos para eles como aventureiros de países perdidos. Agora os náufragos no nosso mar são brancos de classe média. Tudo neste bebé é familiar. O corpo, a pele, a roupa, os sapatos. Não sabemos se esta fotografia vai mudar mentalidades e ajudar a encontrar soluções. Mas hoje, no momento de decidir, acreditamos que sim."
É um valente murro no estômago. Estou desde esta manhã sem conseguir pensar noutra coisa. Há pessoas que têm mesmo muito pouca sorte na vida. Que grande merda. Que angústia.
Logo para início de carreira no jornalismo, foi um trabalho duríssimo que me marcou para sempre.
Esta capa de hoje do jornal Público penso que não deixa ninguém insensível e deve ter sido uma opção muito difícil de tomar por quem teve essa responsabilidade e a explica hoje em Editorial.
"Não é fácil olhar para esta fotografia e não foi fácil tomar a decisão de a publicar. É uma imagem que impressiona. O primeiro instinto que temos é desviar o olhar. A seguir olhamos de novo, mas a querer fechar os olhos. No esforço entre olhar e não olhar, acabamos por levar uma estalada duas vezes.
Tínhamos algumas opções: não publicar, publicar uma imagem mais ambígua, ou publicar no espaço mais nobre do jornal.
Há bons argumentos para não a mostrar. É uma imagem violenta, logo evitável; há formas mais subis de mostrar a realidade sem cair no sensacionalismo, “sem mostrar o horror”, como diz um colega fotógrafo; temos de respeitar a dignidade daquela criança.
Mas há melhores argumentos para a mostrar. Às vezes, é nosso dever publicar imagens impressionantes. Sem pixéis, sem sombras, sem filtros. Vamos de forma paternalista proteger o leitor de quê? De ver uma criança morta à borda da água, numa praia europeia, com a cara na areia? Não é igualmente doloroso ler sobre estas tragédias? Na escrita, não escondemos a realidade. Queremos, pelo contrário, recolher o máximo de factos. Por que é que na imagem usamos critérios diferentes? Porquê ter pudor na imagem, mas não na palavra?
Teríamos tido uma quarta-feira mais simpática se não tivéssemos olhado para esta imagem. Como teríamos tido, há dois anos, um melhor Agosto se não tivéssemos visto os bebés sírios mortos em Damasco com armas químicas.
Teria sentido só vermos essas imagens daqui a 50 anos? Esta imagem é uma notícia. É a primeira vez que vemos uma imagem assim. Desde 2013 que lemos sobre mortes diárias no mar Mediterrâneo, de famílias, pais e filhos, que tentam chegar à Europa fugidos da guerra e da pobreza. Em Lampedusa, o Papa Francisco fez um apelo ao “despertar das consciências” para combater a “globalização da indiferença”. O mundo comoveu-se e seguiu em frente. À sua volta, estavam jovens negros de cabelo crespo. Não nos impressionou. Olhámos para eles como aventureiros de países perdidos. Agora os náufragos no nosso mar são brancos de classe média. Tudo neste bebé é familiar. O corpo, a pele, a roupa, os sapatos. Não sabemos se esta fotografia vai mudar mentalidades e ajudar a encontrar soluções. Mas hoje, no momento de decidir, acreditamos que sim."
É um valente murro no estômago. Estou desde esta manhã sem conseguir pensar noutra coisa. Há pessoas que têm mesmo muito pouca sorte na vida. Que grande merda. Que angústia.
Perigoso...
O governo, por iniciativa do Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, está a promover um mecanismo de censura de sites (onde se incluem os blogues), completamente fora do poder judicial.
"É um processo extremamente perigoso. Não há um juiz, não há uma acusação, nem um processo em tribunal. O que significa que se o leitor tem um site ou um blogue onde escreve regularmente e as SGC e a IGAC não gostarem da sua opinião, nada os impede de enviar o link do blogue do leitor para os ISPs bloquearem no prazo máximo de 15 dias."
Paula Simões, no seu blogue explica tudo.
Entretanto, no próximo "dia 4 de Outubro lembrem-se que este memorando [de bloqueio de sites] foi promovido pelo Governo de PSD/CDS."
Até agora, apenas o Bloco de Esquerda questionou o Secretário de Estado da Cultura sobre este memorando. As questões podem ser consultadas aqui.
"É um processo extremamente perigoso. Não há um juiz, não há uma acusação, nem um processo em tribunal. O que significa que se o leitor tem um site ou um blogue onde escreve regularmente e as SGC e a IGAC não gostarem da sua opinião, nada os impede de enviar o link do blogue do leitor para os ISPs bloquearem no prazo máximo de 15 dias."
Paula Simões, no seu blogue explica tudo.
Entretanto, no próximo "dia 4 de Outubro lembrem-se que este memorando [de bloqueio de sites] foi promovido pelo Governo de PSD/CDS."
Até agora, apenas o Bloco de Esquerda questionou o Secretário de Estado da Cultura sobre este memorando. As questões podem ser consultadas aqui.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Costa, deixa-te de lamúrias e faz-te à vida...
"Afirmou ontem António Costa que nunca viu um Governo de direita ser derrubado pelos votos dos partidos à esquerda do PS, mas que já viu os partidos da esquerda aliar-se à direita para derrubar governos do PS. Pois bem: esta afirmação é factualmente errada e politicamente falsa. Senão, vamos aos factos.
Em Abril de 1987, o 1.º Governo de Cavaco Silva foi derrubado com os votos PS/PCP/PRD/PEV.
E se verificarmos os últimos 25 anos, ou seja, a partir dos Governos de Guterres, vemos que:
Em 4/11/99 as moções de rejeição apresentadas pelo PSD e pelo CDS foram inviabilizadas pelos partidos da esquerda (abstenções PCP/PEV e votos contra do BE).
As moções de censura do CDS (em 5/7/2000) e do PSD (em 20/9/2000) foram inviabilizadas pelas abstenções do PCP, do BE e do PEV.
Em 30/5/2001 foram o PSD e o CDS que inviabilizaram uma moção de censura do BE.
Guterres demitiu-se sem qualquer votação parlamentar que o tenha derrubado.
O Governo de Durão Barroso (de maioria absoluta) enfrentou 4 moções de censura que tiveram os votos convergentes PS/PCP/BE/PEV.
O 1.º Governo de Sócrates (de maioria absoluta) enfrentou moções de censura do BE (em 16/1/2008) e do PCP (em 8/5/2008) em que o PSD e o CDS se abstiveram. Mais tarde, enfrentou moções de censura do CDS (em 5/6/2008 e em 17/6/2009) em que o PCP, o BE e o PEV se abstiveram.
O 2.º Governo de Sócrates (minoritário) teve moções de censura do PCP (em 21/5/2010) e do BE (em 3/10/2011) que foram inviabilizadas pelas abstenções do PSD e do CDS.
A demissão de Sócrates não se deveu a qualquer votação parlamentar que o determinasse, mas à rejeição do PEC4, depois dos 3 anteriores terem sido viabilizados pelo PSD e pelo CDS e não sem que, para despedida, tivesse sido assinado o pacto com a troika, negociado e aceite precisamente pelo PSD e pelo CDS.
Na presente legislatura, o Governo PSD/CDS enfrentou 6 moções de censura (3 do PCP, uma do BE, uma do PEV e uma do PS). O PCP, o BE e o PEV votaram a favor de todas. Já o PS absteve-se em 3: na moção do PCP em 25/6/2012 e nas moções do PCP e do BE em 4/5/2012 (ou seja, no tempo em que o PS pautava a sua oposição ao Governo pelas abstenções violentas).
O moral desta história é que o PS só tem razões de se queixar de si próprio e que já era tempo de acabar com o fadinho da vítima que de tão repetido de campanha em campanha já se torna enjoativo."
António Filipe, deputado do PCP, no facebook.
Em Abril de 1987, o 1.º Governo de Cavaco Silva foi derrubado com os votos PS/PCP/PRD/PEV.
E se verificarmos os últimos 25 anos, ou seja, a partir dos Governos de Guterres, vemos que:
Em 4/11/99 as moções de rejeição apresentadas pelo PSD e pelo CDS foram inviabilizadas pelos partidos da esquerda (abstenções PCP/PEV e votos contra do BE).
As moções de censura do CDS (em 5/7/2000) e do PSD (em 20/9/2000) foram inviabilizadas pelas abstenções do PCP, do BE e do PEV.
Em 30/5/2001 foram o PSD e o CDS que inviabilizaram uma moção de censura do BE.
Guterres demitiu-se sem qualquer votação parlamentar que o tenha derrubado.
O Governo de Durão Barroso (de maioria absoluta) enfrentou 4 moções de censura que tiveram os votos convergentes PS/PCP/BE/PEV.
O 1.º Governo de Sócrates (de maioria absoluta) enfrentou moções de censura do BE (em 16/1/2008) e do PCP (em 8/5/2008) em que o PSD e o CDS se abstiveram. Mais tarde, enfrentou moções de censura do CDS (em 5/6/2008 e em 17/6/2009) em que o PCP, o BE e o PEV se abstiveram.
O 2.º Governo de Sócrates (minoritário) teve moções de censura do PCP (em 21/5/2010) e do BE (em 3/10/2011) que foram inviabilizadas pelas abstenções do PSD e do CDS.
A demissão de Sócrates não se deveu a qualquer votação parlamentar que o determinasse, mas à rejeição do PEC4, depois dos 3 anteriores terem sido viabilizados pelo PSD e pelo CDS e não sem que, para despedida, tivesse sido assinado o pacto com a troika, negociado e aceite precisamente pelo PSD e pelo CDS.
Na presente legislatura, o Governo PSD/CDS enfrentou 6 moções de censura (3 do PCP, uma do BE, uma do PEV e uma do PS). O PCP, o BE e o PEV votaram a favor de todas. Já o PS absteve-se em 3: na moção do PCP em 25/6/2012 e nas moções do PCP e do BE em 4/5/2012 (ou seja, no tempo em que o PS pautava a sua oposição ao Governo pelas abstenções violentas).
O moral desta história é que o PS só tem razões de se queixar de si próprio e que já era tempo de acabar com o fadinho da vítima que de tão repetido de campanha em campanha já se torna enjoativo."
António Filipe, deputado do PCP, no facebook.
PEDU foi aprovado por maioria, na primeira reunião camarária do corrente mês, aberta, a título excepcional, à comunicação social...
Desde 4 de novembro de 2013, que a primeira reunião de cada mês da Câmara da Figueira da Foz se realiza à porta fechada - que o mesmo é dizer, vedada ao público e à comunicação social.
Tal, recorde-se, ficou a dever-se à maioria absoluta de João Ataíde, obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro desse mesmo ano de 2013.
Ontem, aconteceu a primeira excepção: a primeira reunião de setembro teve a presença da comunicação social.
Fica o registo e a esperança de que a infeliz medida de interdição, denunciada, condenada e combatida neste espaço e por largos sectores figueirenses, desde o primeiro minuto, seja repensada e rectificada.
Fica à consideração de quem de direito.
Escrito isto, fica o essencial do que tive oportunidade de ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.
"A proposta do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) foi aprovada ontem, na reunião da Câmara da Figueira da Foz, com cinco votos da maioria socialista e quatro abstenções da coligação de oposição Somos Figueira.
O presidente da autarquia começou por dizer que o PEDU será desenvolvido no âmbito do quadro de comunitário de apoio para as políticas urbanas.
“O prazo para apresentação é até ao dia 10 de setembro e o que se pretende é valorizar toda a zona da Baixa, área das praças, ruas (Combatentes da Grande Guerra, Santos Rocha e dos Bombeiros Voluntários), as áreas delimitadas pelas áreas de reabilitação urbana da Figueira e de Buarcos e requalificar integralmente todo o Cabedelo”, disse João Ataíde.
O PEDU foi elaborado pelos serviços da autarquia, em coordenação com o engenheiro Jorge Carvalho, que fez a sua apresentação. Em concreto, pressupõe quatro objectivos: alterar o padrão de mobilidade, qualificação de espaços públicos, reabilitação e uso efectivo dos edifícios e reabilitação integrada do Cabedelo.
“É um plano que articula os desígnios da própria lei e implica a integração de um plano de mobilidade sustentada, aposta na bicicleta e na valorização da função pedonal”, disse Jorge Carvalho, não escondendo que foi feito com “alguma pressa” devido ao timing. A questão do tempo foi, aliás, levantada pelos vereadores da oposição João Armando Gonçalves e Miguel Almeida. “Lamento que documentos desta natureza nos tenham chegado quando chegaram - sábado passado”, disse João Armando Gonçalves.
“Acho que há projectos que precisam de envolver as pessoas. Podiam-nos ter envolvido”, disse, por sua vez, Miguel Almeida, elogiando a forma clara como Jorge Carvalho fez a apresentação. “É um projecto que, obviamente, requer um tempo de maturação”, afirmou o autarca.
João Ataíde respondeu: “Trabalhamos com o tempo disponível”.
“O que me parece é que a Figueira da Foz merece ser planeada um pouco mais além do que fazer o que é possível”, retorquiu o vereador da oposição João Armando Gonçalves.
A esta hora, possivelmente, muitos leitores estarão a interrogar-se: mas, o que é afinal o PEDU?
“O PEDU é o instrumento de programação que suportará a contratualização com as Autoridades Urbanas”, pode ler-se no Aviso do Portugal 2020, de contextualização das candidaturas.
Antes de investir, planear. Esta é a lógica subjacente às novas regras de financiamento comunitário nas áreas de mobilidade sustentável, inclusão social e regeneração urbana. Os municípios dos centros urbanos de nível superior, integrados nas regiões Norte, Centro, Alentejo e Lisboa, que queiram mobilizar investimentos prioritários nestas áreas via Portugal 2020 têm até 10 de Setembro para apresentar propostas de Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU).
O Plano é um novo e importante instrumento previsto no quadro orçamental 2014-2020 da União Europeia, constando no Acordo de Parceria entre Portugal e Bruxelas, e estando previsto nos respectivos Planos Operacionais das regiões.
Dentro de cada uma destas estratégias municipais deverá constar um plano de mobilidade sustentável, um plano de acção de regeneração urbana e um plano de acção integrado para as comunidades desfavorecidas. A inclusão das três vertentes, porém, não é obrigatória. Contudo, a ausência de uma das áreas resulta em consequências ao nível do financiamento. Por exemplo, um centro urbano pode optar por não apresentar no seu PEDU um plano de mobilidade, por exemplo, mas isso ditará que será impedido de mobilizar a mobilidade sustentável como prioridade de investimento na captação de fundos comunitários.
Cada município apenas pode apresentar uma única proposta de PEDU.
O que poderá estar incluído em cada PEDU?
O Aviso do Portugal 2020 dá algumas indicações para cada área.
No que concerne à mobilidade urbana sustentável, privilegiam-se intervenções ancoradas em estratégias de baixo carbono, aumentando a quota dos transportes públicos e dos modos suaves (bicicleta e pedonal).
Na regeneração urbana, as acções incidem nos centros históricos, zonas ribeirinhas ou zonas industriais abandonadas, dentro de uma área de reabilitação urbana (ARU). As regras do Portugal 2020 ditam que o PEDU possa ser apresentado sem a ARU ter sido aprovada – a área poderá estar, simplesmente, em fase de delimitação.
Finalmente, o plano de integração de comunidades desfavorecidas visa promover a regeneração e inclusão social, combatendo a pobreza e a discriminação. Estão, por isso, previstas acções de combate ao abandono escolar, formação profissional de jovens, ocupação de tempos livres ou integração de imigrantes e comunidades ciganas, entre outras iniciativas.
A Figueira, é um dos municípios que conseguiram apresentar propostas de PEDU, no quadro do Portugal 2020.
Tal, recorde-se, ficou a dever-se à maioria absoluta de João Ataíde, obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro desse mesmo ano de 2013.
Ontem, aconteceu a primeira excepção: a primeira reunião de setembro teve a presença da comunicação social.
Fica o registo e a esperança de que a infeliz medida de interdição, denunciada, condenada e combatida neste espaço e por largos sectores figueirenses, desde o primeiro minuto, seja repensada e rectificada.
Fica à consideração de quem de direito.
Escrito isto, fica o essencial do que tive oportunidade de ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.
"A proposta do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) foi aprovada ontem, na reunião da Câmara da Figueira da Foz, com cinco votos da maioria socialista e quatro abstenções da coligação de oposição Somos Figueira.
O presidente da autarquia começou por dizer que o PEDU será desenvolvido no âmbito do quadro de comunitário de apoio para as políticas urbanas.
“O prazo para apresentação é até ao dia 10 de setembro e o que se pretende é valorizar toda a zona da Baixa, área das praças, ruas (Combatentes da Grande Guerra, Santos Rocha e dos Bombeiros Voluntários), as áreas delimitadas pelas áreas de reabilitação urbana da Figueira e de Buarcos e requalificar integralmente todo o Cabedelo”, disse João Ataíde.
O PEDU foi elaborado pelos serviços da autarquia, em coordenação com o engenheiro Jorge Carvalho, que fez a sua apresentação. Em concreto, pressupõe quatro objectivos: alterar o padrão de mobilidade, qualificação de espaços públicos, reabilitação e uso efectivo dos edifícios e reabilitação integrada do Cabedelo.
“É um plano que articula os desígnios da própria lei e implica a integração de um plano de mobilidade sustentada, aposta na bicicleta e na valorização da função pedonal”, disse Jorge Carvalho, não escondendo que foi feito com “alguma pressa” devido ao timing. A questão do tempo foi, aliás, levantada pelos vereadores da oposição João Armando Gonçalves e Miguel Almeida. “Lamento que documentos desta natureza nos tenham chegado quando chegaram - sábado passado”, disse João Armando Gonçalves.
“Acho que há projectos que precisam de envolver as pessoas. Podiam-nos ter envolvido”, disse, por sua vez, Miguel Almeida, elogiando a forma clara como Jorge Carvalho fez a apresentação. “É um projecto que, obviamente, requer um tempo de maturação”, afirmou o autarca.
João Ataíde respondeu: “Trabalhamos com o tempo disponível”.
“O que me parece é que a Figueira da Foz merece ser planeada um pouco mais além do que fazer o que é possível”, retorquiu o vereador da oposição João Armando Gonçalves.
A esta hora, possivelmente, muitos leitores estarão a interrogar-se: mas, o que é afinal o PEDU?
“O PEDU é o instrumento de programação que suportará a contratualização com as Autoridades Urbanas”, pode ler-se no Aviso do Portugal 2020, de contextualização das candidaturas.
Antes de investir, planear. Esta é a lógica subjacente às novas regras de financiamento comunitário nas áreas de mobilidade sustentável, inclusão social e regeneração urbana. Os municípios dos centros urbanos de nível superior, integrados nas regiões Norte, Centro, Alentejo e Lisboa, que queiram mobilizar investimentos prioritários nestas áreas via Portugal 2020 têm até 10 de Setembro para apresentar propostas de Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU).
O Plano é um novo e importante instrumento previsto no quadro orçamental 2014-2020 da União Europeia, constando no Acordo de Parceria entre Portugal e Bruxelas, e estando previsto nos respectivos Planos Operacionais das regiões.
Dentro de cada uma destas estratégias municipais deverá constar um plano de mobilidade sustentável, um plano de acção de regeneração urbana e um plano de acção integrado para as comunidades desfavorecidas. A inclusão das três vertentes, porém, não é obrigatória. Contudo, a ausência de uma das áreas resulta em consequências ao nível do financiamento. Por exemplo, um centro urbano pode optar por não apresentar no seu PEDU um plano de mobilidade, por exemplo, mas isso ditará que será impedido de mobilizar a mobilidade sustentável como prioridade de investimento na captação de fundos comunitários.
Cada município apenas pode apresentar uma única proposta de PEDU.
O que poderá estar incluído em cada PEDU?
O Aviso do Portugal 2020 dá algumas indicações para cada área.
No que concerne à mobilidade urbana sustentável, privilegiam-se intervenções ancoradas em estratégias de baixo carbono, aumentando a quota dos transportes públicos e dos modos suaves (bicicleta e pedonal).
Na regeneração urbana, as acções incidem nos centros históricos, zonas ribeirinhas ou zonas industriais abandonadas, dentro de uma área de reabilitação urbana (ARU). As regras do Portugal 2020 ditam que o PEDU possa ser apresentado sem a ARU ter sido aprovada – a área poderá estar, simplesmente, em fase de delimitação.
Finalmente, o plano de integração de comunidades desfavorecidas visa promover a regeneração e inclusão social, combatendo a pobreza e a discriminação. Estão, por isso, previstas acções de combate ao abandono escolar, formação profissional de jovens, ocupação de tempos livres ou integração de imigrantes e comunidades ciganas, entre outras iniciativas.
A Figueira, é um dos municípios que conseguiram apresentar propostas de PEDU, no quadro do Portugal 2020.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Despesismo...
Em tempo.
"E que edifícios: duas vivendas, com court de ténis e acesso directo à praia, amplos jardins e uma localização geográfica de excelência. Não faltarão interessados. O preço até então pago pela elite social-democrata da Madeira é que poderá sofrer uma ligeira alteração.
No entender de Alberto João Jardim, o usufruto de tais residências constituía uma poupança para os cofres do Governo Regional, na medida em que os 20 euros que Jardim e companhia pagavam por dia para delas usufruírem representava um custo inferior àquele que pagariam para se hospedar num hotel. Confuso? Não fique caro leitor: para o rei-sol da Madeira, a estadias em Porto Santo, normalmente durante todo o mês de Agosto, correspondiam a períodos de trabalho, apenas com ligeiras diferenças: o escritório destes indivíduos era temporariamente transferido para as belas praias de Porto Santo, o fato e a gravata substituídos por chinelos e calções e as reuniões maçudas transformadas em partidas de ténis, passeios à beira-mar e convívios animados regados a cerveja fresquinha. Foram anos de férias de luxo pagas directamente pelo bolso do contribuinte. Um despesismo desenvergonhado que nunca pareceu incomodar as elites sociais-democratas, que sempre manifestaram sérias dificuldades em criticar o regabofe jardinista. Não fosse o homem saber saber demais…
Agora fechemos os olhos e imaginemos que Alberto João Jardim era socialista."
Via Aventar
"E que edifícios: duas vivendas, com court de ténis e acesso directo à praia, amplos jardins e uma localização geográfica de excelência. Não faltarão interessados. O preço até então pago pela elite social-democrata da Madeira é que poderá sofrer uma ligeira alteração.
No entender de Alberto João Jardim, o usufruto de tais residências constituía uma poupança para os cofres do Governo Regional, na medida em que os 20 euros que Jardim e companhia pagavam por dia para delas usufruírem representava um custo inferior àquele que pagariam para se hospedar num hotel. Confuso? Não fique caro leitor: para o rei-sol da Madeira, a estadias em Porto Santo, normalmente durante todo o mês de Agosto, correspondiam a períodos de trabalho, apenas com ligeiras diferenças: o escritório destes indivíduos era temporariamente transferido para as belas praias de Porto Santo, o fato e a gravata substituídos por chinelos e calções e as reuniões maçudas transformadas em partidas de ténis, passeios à beira-mar e convívios animados regados a cerveja fresquinha. Foram anos de férias de luxo pagas directamente pelo bolso do contribuinte. Um despesismo desenvergonhado que nunca pareceu incomodar as elites sociais-democratas, que sempre manifestaram sérias dificuldades em criticar o regabofe jardinista. Não fosse o homem saber saber demais…
Agora fechemos os olhos e imaginemos que Alberto João Jardim era socialista."
Via Aventar
O "banco bom"!..
Prejuízo de 251,9 milhões de euros.
Mas o Novo Banco não era o “banco bom”?
Em tempo.
Certamente que existirá uma boa explicação...
Entretanto, vou esperar sentado.
A venda estará por um fio (dias, horas?..) e é expectável que seja feita por um valor muito inferior aos 4,9 mil milhões de euros injectados pelo Estado...
Dizem as más línguas, que poderá fazer o défice de 2014 disparar para os 6%...
Mas o Novo Banco não era o “banco bom”?
Em tempo.
Certamente que existirá uma boa explicação...
Entretanto, vou esperar sentado.
A venda estará por um fio (dias, horas?..) e é expectável que seja feita por um valor muito inferior aos 4,9 mil milhões de euros injectados pelo Estado...
Dizem as más línguas, que poderá fazer o défice de 2014 disparar para os 6%...
imagem sacada daqui |
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Este País é uma MERDA para os Velhos!
Por Carlos Paz.
Aviso.
Carlos Paz está de férias; está-se cagando para a linguagem; quem não gostar não leia...
Aviso.
Carlos Paz está de férias; está-se cagando para a linguagem; quem não gostar não leia...
Pedro Passos Coelho, o falso...
foto sacada daqui |
Pedro Passos Coelho é um falso.
Ao contrário do que quer fazer crer, é ávido pelo poder.
Poder esse, aliás, que lhe foi entregue em 2011 pelos ingénuos.
Por via disso, ficaram ainda mais chupadinhos, para garantirem barriga cheia a Coelho e àqueles a quem ele serve - e que dele se servem - e que garantem penúria a quem os sustenta.
Passos Coelho, que em tempos disse que se estava a lixar para as eleições, agora que se estão a aproximara eleições, quer mais poder - o tal poder que lhe foi oferecido pelos magros e descamisados, em 2011.
Passos Coelho é falso, mentiroso e infernal, como são todos os vampiros.
Espaço Cultural e de Convívio em homenagem aos pescadores da Cova Gala foi inaugurado ontem
foto António Agostinho |
António Santos, da AD ELO, em representação do GAC – Mondego Mar, começou por manifestar a satisfação em estar perante “um projeto dirigido aos pescadores”. Este orador apelou para que seja uma “casa viva, que sirva os interesses da comunidade”. António Santos anunciou que “a breve prazo” irá existir um “novo período de programas (apoio)” e exortou os pescadores a participarem, apresentando “os seus projectos”.
Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, considerou que "ontem foi um dia importante para todos os covagalenses”. António Salgueiro deixou claro que o centro cultural “é um local onde serão perpetuados todos os homens e mulheres do mar”. Naquele local, “serão recordados saudosos dias de trabalho” e partilhados momentos de lazer. O autarca local referiu que estão projectadas várias acções, em resultado da parceria com a Associação Mar e Rio de São Pedro.
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz encerrou a sessão. Com este "espaço modernizado", “o que se pretende é deixar o testemunho da identidade de um povo e de uma comunidade em especial”, afirmou o dr. João Ataíde.
O autarca informou que o centro cultural rondou 100 mil euros (mais concretamente, informo eu, o Valor Contratual foi 101.803,84 € + IVA) comparticipado em 85% por fundos comunitários. “A câmara assumiu a sua construção, que agora transfere à Junta de Freguesia de São Pedro, que, em conjunto com a comunidade, irá fazer dele o melhor uso”, disse João Ataíde, salientando que a autarquia figueirense se mantém atenta às “preocupações da freguesia”.
João Ataíde informou na oportunidade que irá apresentar na próxima reunião de câmara o projecto de requalificação da zona do Cabedelo, espaço ao qual “pretende dar uma configuração de excelência”.
Por falar em excelência: atentem bem na beleza do barco da foto, que estava em exposição no exterior do edifício ontem inaugurado.
Totalmente construído por Adelino António Pereira Agostinho, irmão mais novo do meu Pai, portanto, meu Tio. Homem de afectos, deu ao barco construído com carinho, o nome da sua neta - July. Nesta obra, foram gastos anos de trabalho, minucioso, paciente e competente para concretizar a maravilha que os nossos olhos podem ver agora.
O meu Tio Adelino Agostinho, tem agora 79 anos de idade, mas continua em forma. Afinal, "o mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza".
A terminar, registe-se que o Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro ofereceu o livro "A Cova-Gala, como notável exemplo de Solidariedade", recentemente publicado pelo Dr. Jorge Mendes, ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Pensem. Mas, pensem bem...
No encerramento da Universidade de Verão, o líder social-democrata dirigiu-se aos "que não são do PSD e do CDS" e colocou desigualdades sociais no topo das prioridades.
A pouco mais de um mês das eleições legislativas, Passos Coelho fez um apelo aos eleitores do centro-esquerda – que não são do “PSD e do CDS” – para pensarem mais no futuro dos próximos quatro anos do que nas dificuldades por que passaram nos últimos anos.
O líder do PSD empenhou-se em tentar retirar a carga ideológica e partidária das legislativas, ao dizer que o que está em causa no futuro “não são convicções ideológicas, nem dogmatismos partidários”, mas sim “coisas muito concretas”.
Passos Coelho optou por não fazer um balanço dos quatro anos de governo – dizendo apenas que “não fez tudo bem” – mas no final deixou um desabafo: “Foi difícil, mas valeu a pena.”
A visita do líder do PSD a Castelo de Vide foi curta. À chegada ao cine-teatro, ao final da manhã, eram muito poucos os populares que o esperavam. Só à saída Passos Coelho cumprimentou algumas pessoas que se aproximaram antes de entrar no carro e seguir viagem para as festas de Campo Maior.
Em tempo.
Coligação a combater desigualdades "é como pôr Salgado no Banco de Portugal", diz BE...
A pouco mais de um mês das eleições legislativas, Passos Coelho fez um apelo aos eleitores do centro-esquerda – que não são do “PSD e do CDS” – para pensarem mais no futuro dos próximos quatro anos do que nas dificuldades por que passaram nos últimos anos.
O líder do PSD empenhou-se em tentar retirar a carga ideológica e partidária das legislativas, ao dizer que o que está em causa no futuro “não são convicções ideológicas, nem dogmatismos partidários”, mas sim “coisas muito concretas”.
Passos Coelho optou por não fazer um balanço dos quatro anos de governo – dizendo apenas que “não fez tudo bem” – mas no final deixou um desabafo: “Foi difícil, mas valeu a pena.”
A visita do líder do PSD a Castelo de Vide foi curta. À chegada ao cine-teatro, ao final da manhã, eram muito poucos os populares que o esperavam. Só à saída Passos Coelho cumprimentou algumas pessoas que se aproximaram antes de entrar no carro e seguir viagem para as festas de Campo Maior.
Em tempo.
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domingo, 30 de agosto de 2015
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