quarta-feira, 22 de abril de 2015
Andamos a lembrar pouco Abril cá pela Figueira...
Na obra teatral "Um Violinista no Telhado", Tevye é o leiteiro e judeu que vive na aldeia de Anatevka na Rússia em 1905. Trabalha arduamente, quase de sol a sol, para que nada falte à mulher e às suas cinco filhas. No entanto, no país, começam a soprar ventos pré-revolucionários que, mais tarde ou mais cedo, irão chegar à aldeia e alterar radicalmente as vidas e também os costumes e tradições dos seus habitantes.
“O Violinista no Telhado”, porém, acaba por ser uma situação que nos afecta a todos, apesar de se passar numa comunidade judaica. Fala de famílias e de crenças. Portanto, “O Violinista no Telhado” não é só uma obra que pode ser entendida pela comunidade judaica. É uma peça que tem emocionado muita gente pelo mundo inteiro.
Tevye é um pobre judeu. Pai de cinco filhas, mora numa pequena Aldeia, onde a maioria das pessoas são simples e, tal como ele, vivem acima de tudo condicionados pela tradição.
Todavia, à medida que suas filhas se vão apaixonando, Tevye começa a sentir na pele as mudanças ideológicas que começam a “minar” a nova geração. Como homem de bom coração, deseja em primeiro lugar o bem de suas filhas. Porém, mesmo para ele, tudo tem limites.
No fundo, o que Tevye teria desejado que tivesse mudado, é que as mudanças lhe tivessem proporcionado um pouco de mais bem estar económico.
O PS continua na mesma...
Em 2015, 41 anos depois do 25 de Abril
de 1974, somos 10 milhões. Largos milhares de nós sem emprego. Milhões de
nós a viverem abaixo do limiar da pobreza. Centenas de milhares de
jovens a terem de emigrar e os que ficaram estão sem perspectiva de
vida. As ruas estão cheias de sem-abrigo. Os velhos estão a morrer
sem assistência ou a serem mal assistidos na morte.
Creio que nada é mais humilhante para
a “esquerda” (leia-se PS) que esteve largos anos no poder e o “seu”
25 de Abril, do que esta simples constatação.
António Costa disse há tempos que se
se pensasse como este governo, se acabaria a agir como este
governo.
Ontem, na apresentação do relatório
onde se vai basear o programa eleitoral do PS, ao insistir no tema
TSU e numa versão “mais moderada” da austeridade, ficou patente
aquilo que já se sabia: que não consegue pensar fora do centrão ideológico e, pelo que disse o próprio António Costa, este PS acabará
como acabou o PS Sócrates - a agir como este governo.
Do ponto de vista político, este PS já
começou a dar tiros nos pés. Legitimou a pretensa pertinência de
Passos Coelho em ter voltado ao tema TS: ao ter apresentado uma versão
moderada da estratégia do PSD, acabou a caucionar a acção
governativa destes 4 anos.
Tudo como dantes: cá para mim, o
prometido ligeiro alívio da austeridade só existe, por enquanto,
porque o PS ainda está na oposição.
O povo é povo porque não percebe uma data de coisas. E como o povo não percebe uma data de coisas, o
povo vai continuar a ser povo e a ser utilizado.
Francisco Assis disse, em outubro de 2012, que
“qualquer dia querem que o presidente do grupo parlamentar do PS ande de Clio quando se desloca em funções oficiais”.
Ora, era o que mais faltava. Quem manda,
manda. E é muito mais fácil mandar quando se circula num bom carro. Com um bom carro, nota-se logo a
diferença. O político fica cheio de confiança, chega mais rápido e começa a
mandar com muito mais qualidade.
O povo, pode não perceber logo isso, porque o povo demora a perceber uma data de coisas, mas percebe logo que para mandar com mais qualidade é preciso
que o político chegue montado num bom carro.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Crónicas da treta...
A Figueira, em 2015, como pode ser lido
aqui, tem umas contas fantásticas, quando vistas e analisadas pela
pena competente, mas delirante, deste bem abençoado autarca que está no poder há
quase 6 anos...
Pena é que os figueirense, perante as
crónicas que dão conta disso, não acreditem.
Onde é que já se viu: termos a
maravilha, que é a Figueira - a cidade e o concelho -, e os
incrédulos figueirenses presos na realidade!..
Como é que se vai conseguir sair desta
merda em que transformaram a Figueira de 2015 – nada mais, nada
menos, que um fantástico bocejo!..
Uma coisa, porém, está em alta a animar a Figueira: os profissionais de crónicas da treta...
E, modéstia à parte, este blogue foi
pioneiro em perceber isso - daí, como lhe compete, sublinhar e destacar esta importante realidade, desgraçadamente esquecida pela noite em que a Figueira acordou...
E se o Mediterrâneo secasse?
"Os EUA construíram um muro para impedirem a invasão de emigrantes vindo do México e de todas a América Latina, Israel fez o mesmo para se proteger dos Palestinianos, na Europa já começaram a surgir novos muros para proteger aqueles que dantes estavam do lado de lá de outros muros de emigrantes, só a Europa ainda não precisou de um muro porque tem o Mediterrâneo."
Para continuar a ler, clicar aqui.
Para continuar a ler, clicar aqui.
Deixem falar o homem, pois está a ser coerente: ele bem se esforçou quando foi primeiro ministro para acabar com os verdadeiros sindicatos...
Doutor Mário Soares, hoje no DN: "os portugueses que ainda vivem em Portugal, ou os milhares que saíram do país e gostariam de voltar, podem estar certos de que tudo vai mudar com a vitória de António Costa nas próximas eleições, no final de setembro. Não haverá necessidade de mais greves de comboios ou de quaisquer outros transportes, incluindo a TAP, que, com o Partido Socialista, não será privatizada."
Em tempo.
Em Portugal, nunca há inocentes: apenas quem não foi declarado culpado...
Em tempo.
Em Portugal, nunca há inocentes: apenas quem não foi declarado culpado...
Há coisas que nunca mudam...
Há muito tempo que eu sei, por experiência própria, que a estabilidade no sector privado não passa de estórias para serem contadas aos putos...
"No primeiro trimestre, voltou a aumentar o número de empresas que fecharam as portas."
Para quê preocupar-mo-nos com o futuro, quando tudo está tão bem no momento presente…
"No primeiro trimestre, voltou a aumentar o número de empresas que fecharam as portas."
Para quê preocupar-mo-nos com o futuro, quando tudo está tão bem no momento presente…
A importância das contas...
Depois de ler o pouco a que tenho conseguido ter acesso, sobre as contas de 2014 da autarquia figueirense, a constatação continua a ser simples e
óbvia.
Antes dos mandatos do presidente João Ataíde, a Figueira não estava na moda, estava na merda.
Antes dos mandatos do presidente João Ataíde, a Figueira não estava na moda, estava na merda.
Eu nasci em 1954, no tempo das
dificuldades provocadas pela escassez de recursos económicos.
Durante a minha vida, até porque
sempre vivi com parcos recursos, dei sempre valor à boa prestação
de contas.
O meu pai era pescador e morreu muito
cedo, apenas com 47 anos. A minha mãe ficou viúva e sem
recursos.
Foi, assim, à força, que desde novo tomei contacto com a existência do dinheiro: nunca tive mesada.
Os anos 60 e 70 do século passado foram a época da minha vida em que aprendi que o dinheiro era um bem escasso e raro, destinado mais à poupança que ao consumo.
Aprendi, por necessidade, a não gastar de mais. Desde cedo, por opção própria, interiorizei que a educação financeira passava pela poupança natural e pela moderação dos consumos: a chamada autossustentabilidade.
Depois de Abril de 74 as coisas melhoraram para a maioria dos portugueses.
Mas, as coisas retrocederam muito em Portugal nos últimos 6 anos. No contexto de mudança em que nos encontramos actualmente, ainda de contornos mal definidos, mas onde já é visível, tal como acontecia nos primeiro anos da minha vida, a fome e a desvalorização do factor trabalho, o que coloca, de novo, a questão do dinheiro como um bem escasso e raro para a maioria dos portugueses e a revalorização da poupança associada à necessidade de olhar cada vez com mais cuidado e atenção a autossustentabilidade.
Foi, assim, à força, que desde novo tomei contacto com a existência do dinheiro: nunca tive mesada.
Os anos 60 e 70 do século passado foram a época da minha vida em que aprendi que o dinheiro era um bem escasso e raro, destinado mais à poupança que ao consumo.
Aprendi, por necessidade, a não gastar de mais. Desde cedo, por opção própria, interiorizei que a educação financeira passava pela poupança natural e pela moderação dos consumos: a chamada autossustentabilidade.
Depois de Abril de 74 as coisas melhoraram para a maioria dos portugueses.
Mas, as coisas retrocederam muito em Portugal nos últimos 6 anos. No contexto de mudança em que nos encontramos actualmente, ainda de contornos mal definidos, mas onde já é visível, tal como acontecia nos primeiro anos da minha vida, a fome e a desvalorização do factor trabalho, o que coloca, de novo, a questão do dinheiro como um bem escasso e raro para a maioria dos portugueses e a revalorização da poupança associada à necessidade de olhar cada vez com mais cuidado e atenção a autossustentabilidade.
E o que vale para os cidadão, devia
valer para a gestão das autarquias locais e do governo
central.
Longe de mim, porém, ter o arrojo de pretender dar conselhos de poupança a alguém - sobretudo, aos políticos.
Longe de mim, porém, ter o arrojo de pretender dar conselhos de poupança a alguém - sobretudo, aos políticos.
Todavia, ouso sugerir um investimento
forte, duradouro e estruturado na educação para um consumo
criterioso e moderado, não só por imposição de critérios
políticos de austeridade macro, com profundas implicações micro,
mas, por imperativos de uma filosofia de vida em sociedade orientada
no combate ao desperdício e à plena utilização dos recursos
disponíveis.
Estão a ver porque é que que eu
sempre considerei que a passagem de Santana Lopes pela Figueira não
serviu para nos meter na moda mas na merda?..
Os seus admiradores proclamam que Santana
Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os
mais entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara
que passou pela Figueira.
Claro que seria estultícia negar que,
em 4 anos, nada foi feito!... Principalmente, foi gasto
muito dinheiro!..
Mas, daí a que tenha desenvolvido a Figueira para lá do inimaginável constitui, a meu ver, um completo e despropositado exagero, que até deve ser incómodo para o próprio Pedro Santana Lopes…
Mas, daí a que tenha desenvolvido a Figueira para lá do inimaginável constitui, a meu ver, um completo e despropositado exagero, que até deve ser incómodo para o próprio Pedro Santana Lopes…
O problema, ainda dos dias que passam
aqui pela Figueira, é que sobrou a dívida astronómica da
autarquia figueirense, para a qual Santana Lopes contribuiu de
forma bastante significativa, cuja factura terá de continuar a ser paga ao longo
de décadas.
Todos sabemos, porque todos os dias
disso somos lembrados, que o endividamento é um dos principais
problemas do País, em geral. E da Figueira, em particular. E, aqui
pela Figueira, Santana é um dos principais culpados.
O GDCG na SportTV
Jogam com um pé na praia, no único campo pelado da Divisão de Honra de Coimbra, não recebem qualquer ajuda de custo ou prémio de jogo e apresentam-se como os últimos resistentes das praias da Figueira da Foz. Depois do desaparecimento do futebol distrital na Leirosa, Costa de Lavos, Buarcos e Quiaios, o Grupo Desportivo Cova-Gala transformou-se na bandeira futebolística das comunidades piscatórias do concelho. “Índios, Leiretas e Buarqueiros” é uma história sobre a união, o bairrismo, o futebol de rua e o jogo salgado dos pescadores da Figueira da Foz.
Para ver o vídeo promocional basta carregar na imagem.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Marcelo, há só um...
... este, e mais nenhum!
"No monopólio da opinião não há lugar para mais nenhum. As pessoas gostam. E no Domingo há mais."
"No monopólio da opinião não há lugar para mais nenhum. As pessoas gostam. E no Domingo há mais."
Sobre o que eu penso da utilidade de ser propietário de um blogue e de uma bicicleta...
A da esquerda, foi a minha primeira bicicleta |
Escrever, ao contrário do que muita
gente pensa, é a coisa mais fácil deste mundo.
Para mim, é escrever e andar de bicicleta...
Um gajo como eu, apanha-se com um teclado à
frente e, depois, é só fazer combinações de letras e tentar que a coisa faça sentido para poder ser um livro. Como não conseguia isso, criei este blogue em 2006...
Tal desiderato permitiu-me, a partir daí, navegar por aqui, onde vou enganando meia Figueira (a outra metade não me lê, porque não são
figueirenses...) e finjo que sei escrever sobre muitas coisas e tenho
sempre assunto...
Os figueirenses já escreveram mais em
blogues, mas ainda há alguns a escrever com alguma regularidade.
Há alguns, até, que conseguem fazer mais de 6
posts por dia!..
Eu vejo-me grego para fazer um...
Claro que espero que não interpretem o
que acabei de escrever no sentido rigoroso... Se é verdade que, ao acordar, não me
sinto o Giourkas Seitaridis, é verdade que, normalmente, ando com
uma barba de 3 dias.
A minha esperança é que, um dia, alguém repare
nisso. É que um gajo, qualquer gajo, gosta
de dar nas vistas...
Nada, portanto, como ter um blogue.
Quando se sabe muita coisa, é muito mais fácil escrever coisas...
Uma tragédia que já dura demasiado...
A "EUROPA" E A MORTE.
Não são audíveis palavras de solidariedade - pelo menos não as oiço - nem gestos, formais ou informais, pois a nossa gente, a todos os níveis, anda muito mais preocupada com a sua vidinha.
"As tragédias consecutivas que têm lugar no Mediterrâneo, às portas da mirífica Europa, dizem muito sobre a impotência em que esta "União" caiu. No meio desta catástrofe - e a antecedê-la - está um pouco de tudo: negócios, medo, esperança, cobardia. O recalcado triunfa sobre a retórica judaico-cristã que, por exemplo, o Papa fez questão de "terrenizar" indo a Lampedusa. Também lá foi a burocracia europeia de Bruxelas, encabeçada ainda por Barroso, o cretino, para nada. A verdade é que a "Europa" não sabe o que fazer com estes milhares de pessoas que sonham com ela."
Não são audíveis palavras de solidariedade - pelo menos não as oiço - nem gestos, formais ou informais, pois a nossa gente, a todos os níveis, anda muito mais preocupada com a sua vidinha.
"As tragédias consecutivas que têm lugar no Mediterrâneo, às portas da mirífica Europa, dizem muito sobre a impotência em que esta "União" caiu. No meio desta catástrofe - e a antecedê-la - está um pouco de tudo: negócios, medo, esperança, cobardia. O recalcado triunfa sobre a retórica judaico-cristã que, por exemplo, o Papa fez questão de "terrenizar" indo a Lampedusa. Também lá foi a burocracia europeia de Bruxelas, encabeçada ainda por Barroso, o cretino, para nada. A verdade é que a "Europa" não sabe o que fazer com estes milhares de pessoas que sonham com ela."
Está encontrado o ícone da próxima campanha autárquica: A FIGUEIRA!..
Quem duvidava que na Figueira houvesse
oposição política pode desenganar-se.
Quem conhece um pouco da história da
nossa cidade, sabe que nunca, mesmo antes do 25 de Abril de 1974,
deixou de existir oposição política na Figueira.
Hoje, porém, dada a velocidade
surpreendente das flutuações da opinião pública figueirense,
estando na situação, ou estando na oposição, alguns políticos
podem ser obrigados a engolir o que pensam, mesmo não estando preparados
para o digerir.
Em cada partido, especialmente nos dois
que os figueirenses têm considerado os eleitos com vocação de
poder, geraram-se ao longo dos anos, interiormente, oposições às suas próprias
políticas.
O PS, na Figueira, já foi o partido
do punho, agora é o partido da rosa.
O PSD, já foi o PPD, agora é o
partido dos laranjinhas...
A inveja deve estar a crescer: isto, é que se chama tirar o estado do estado da economia!..
Lido no DN de hoje.
"O governo vai pagar, durante seis meses, até 80% do valor do estágio às pequenas e médias empresas que contratem desempregados com mais de 31 anos e que estejam inscritos nos centros de emprego há mais de um ano. As outras empresas poderão receber 65%. O programa Reativar arranca hoje, com um custo nas contas do ministro Pedro Mota Soares de 43 milhões de euros."
"O governo vai pagar, durante seis meses, até 80% do valor do estágio às pequenas e médias empresas que contratem desempregados com mais de 31 anos e que estejam inscritos nos centros de emprego há mais de um ano. As outras empresas poderão receber 65%. O programa Reativar arranca hoje, com um custo nas contas do ministro Pedro Mota Soares de 43 milhões de euros."
João Ataíde na China, País onde um “negócio da China”, não é só “um negócio”...
“Não vamos vender nada aos chineses,
porque todos sabemos que naquele país imenso tudo é feito, tudo é
inventado. Vamos mostrar que neste pedaço do mundo à beira mar
plantado existem todas as condições para que os investimentos
singrem”, pode ler-se na página do facebook de João Ataíde.
Embora desconhecendo como surgiu o
convite, que porém considera "extremamente honroso", João Ataíde
parte hoje para a China, sobretudo "para cativar investimento tecnológico", a convite da Asian-Pacific CEO Association
Worldwide, para participar na 3.ª Conferência Mundial de Indústrias
Emergentes, que decorre neste país asiático durante dois dias, para
apresentar as potencialidades do concelho aos 250 participantes e
para representar a Câmara Municipal na 3.ª cimeira mundial das
indústrias emergentes naquele País. No entanto, admite que ele
possa estar relacionado com o programa de diplomacia económica que o
município da Figueira da Foz iniciou há dois anos, com contactos
"permanentes" país a país, ao nível das embaixadas.
Promovida pela associação
Ásia-Pacífico, entidade presidida pelo antigo primeiro-ministro
francês Dominique de Villepin, a 3.ª cimeira mundial das indústrias
emergentes, consideradas "o novo poder do crescimento económico
mundial", irá reunir, de segunda a quarta-feira, na cidade de
Zhengzhou, província de Henan, cerca de 600 participantes, entre
governantes, autarcas e empresários líderes das maiores empresas
mundiais.
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