A
felicidade e a dignidade não passam por um estatuto conferido por um
cargo político, um emprego ou o dinheiro do euromilhões...
Muito
menos, a felicidade e a dignidade passam por um carrão ou por
cartões de crédito.
O
ano prestes a finar-se, 2014, foi duro para a generalidade de todos nós. Ficámos mais pequenos, mais pobres, mais desesperados e mais à deriva.
O ano que hoje acaba, mostrou-me, mais uma vez, que a felicidade
e a dignidade passam por outras coisas mais ao nosso alcance, mas não
menos difíceis e importantes de alcançar.
Nomeadamente, por andar de cabeça
erguida e a coluna vertebral direita.
Passam também por, em qualquer
circunstância, tentarmos dar o nosso melhor.
O que sabemos que é difícil, pois vivemos numa sociedade - e numa cidade - em que o medo se transformou num instrumento ideológico ao dispor da classe dominante.
Resta resistir.
Quem tem experiência de vida e memória sabe que já passámos por pior.
Entretanto, fica o desejo do possível 2015 para todos.