Ontem estive lá.
Sobre o evento, só me apetece escrever: tomem
lá este primoroso naco de texto.
“Este
bichinho da escrita e da poesia não é recente. Desde menino que me
sinto preso a este mundo e não tenho vontade de lhe
escapar.
Lembro-me
de ter um poema exposto na escola. Poema esse que se encontra
emoldurado e que ainda hoje me intriga. Tinha dez anos e vivia entre
dois mundos, os mesmo em que vivo ainda hoje - embora hoje já
as maçãs estejam maduras e eu já as tenha provado e o céu por
vezes se vista de cinzento. Lembro-me da minha primeira carta de amor
( ou de ódio ). No meu sétimo ano, fui rejeitado pela rapariga de
quem gostava. Eis o impulso de escrever para ela. O bicho a
puxar-me a mão para a caneta. Escrevi palavras de amor e de ódio.
Palavras das quais hoje não me lembro. Mas, escrevi... Já
nessa altura falava em amor. Não sabia o que era o amor. Imaginava.
Ainda hoje não sei o que é o amor. Continuo a imaginar.”
Pedro Rodrigues, um
jovem natural da Cova Gala, nascido a um de março de 1987, um
puto que vi crescer e cuja escrita admiro desde 2010, lançou ontem o seu primeiro livro “Eu hei-de
amar uma puta” no Casino Figueira”, com a presença de dezenas
de pessoas.
Parabéns Pedro.
E olha que também tens muito jeito para o marketing... O título do primeiro livro ai está para o provar.
Como viste, funciona perfeitamente e, a meu ver, é primoroso...