terça-feira, 16 de setembro de 2014

Estou a perder o controle... (2)

para ver melhor clicar na imagem
Já um dia destes tinha dado pelo facto!..
Este blogue está a tomar proporções alarmantes! Estou a referir-me à enorme plateia que Outra Margem já consegue alcançar... Se, a princípio, já lá vão quase oito anos, comecei por o divulgar junto dos meus amigos, actualmente é motivo de conversa em muito palco... Será que ando a dizer assim tantos disparates?..
Ainda há pouco, precisamente às 8 horas e 1 minuto, tinha 29 leitores em linha!..

PDM: tem de ser revisto obrigatoriamente no prazo de 2 anos

O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Figueira da Foz foi aprovado ontem, em reunião de câmara, sob o genérico “Figueira 2030, território sustentável do Atlântico”
Este instrumento de trabalho define as estratégias para sectores como o ordenamento do território, ambiente, desenvolvimento, sociedade e cultura.
foto sacada daqui
Agora, "o PDM deverá ser revisto em 2 anos", conforme foi dito ontem na reunião extraordinária da câmara da Figueira da Foz...
Quem o disse, porém, sabia do que estava a falar, só que não o expressou, ou pelo menos, isso não passou na comunicação social que estava a cobrir a reunião camarária. Eu próprio, confesso, que assisti em directo via internet não dei conta que tal tivesse sido realçado. É que em vez de "deverá", o termo correcto é "terá".
Recorde-se que o Ministro do Ambiente, quase há um ano, afirmou que “os municípios têm três anos após a publicação da nova lei dos solos para integrar nos Planos Directores Municipais (PDM) programas que actualmente estão dispersos, sob pena de serem penalizados no acesso a financiamento”.
Ora, quem de 3 tira 1, restam 2, precisamente o "timing" apontado para esta revisão do PDM!..
Em outubro de 2013, na apresentação das linhas gerais da “Propostade Lei de Bases da Política de Solos, de Ordenamento do territórioe de Urbanismo”, em Lisboa, Jorge Moreira da Silva destacou que, após a publicação da lei, “é dado um prazo de três anos para que os PDM absorvam todas as regras que estão previstas noutros programas."
Portanto, um PDM que, em rigor, já anda para ser revisto desde 1989, ainda era presidente da Câmara figueirense Aguiar de Carvalho, passou pelos mandatos de Santana Lopes e Duarte Silva e nada aconteceu, passou pelo primeiro mandato de João Ataíde e nada aconteceu, agora, vai ter obrigatoriamente de ser revisto em dois anos – se a a nova lei, entretanto, não for alterada!.. 
Recorde-se, o que disse, há mais ou menos um ano, o Ministro: "os municípios que no prazo de três anos não façam esta integração não só terão uma suspensão das actividades de classificação do solo como haverá uma penalização que limita o acesso a subsídios e a financiamento comunitário”.
Em abono da verdade, devo dizer que não sei se o próximo PDM vai ser bonito e se a a revisão vai ser boa e bem feita. 
Sei, porém, que houve tempo para um amplo e longo debate público. O que, nestes anos todos – desde 1989 – não aconteceu. E isso não foi só responsabilidade deste executivo. 
Imagino, contudo, que muitas sugestões poderiam ter sido dadas e consideradas... 
Todos sabemos que não é uma tarefa fácil, mas, na Figueira, em 26 anos, vários executivos presididos por 4 autarcas - dois do PS e dois do PSD - não conseguiram realizar a revisão do PDM. 
Agora, vai ter de ser feita, obrigatoriamente, em dois. 
Contudo, para isso, alguém teve de decidir. 
E esse alguém não foi a Câmara Municipal da Figueira da Foz: foi o Governo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Revisão do PDM, um filme em exibição na Figueira desde 1998!..

...  «há material suficiente para pedir a reabertura do processo» - disse João Ataíde, na sessão extraordinária da Câmara Municipal da Figueira da Foz,  que terminou neste momento...
Depois de quase 26 anos de desilusão,  angústia e frustração, eis que, finalmente, o grande vencedor vai ser mesmo... a Figueira?
Sujeito a votação, foi aprovado por unanimidade, à excepção do ponto que define os objectivos estratégicos. 
O PDM deverá ser revisto em 2 anos, disse alguém na ocasião...
Vamos ser optimistas!..

Para se perceber realmente o verdadeiro estado de indigência e disfuncionalidade a que desceu a Figueira, basta passar pela Rua da República num dia em que caiam meia dúzia de pingos de chuva, como aconteceu há momentos...

foto Foz do Mondego Rádio

Victor Sacramento: "fiz a 3ª. classe e com 9 anos já ia com os velhos pescar para o rio. Aos 15 fui para as traineiras..."

Como deixei escrito em 30 de junho de 2012 aqui, conheço-o desde que tenho memória.
É primo direito do meu Pai, meu segundo primo, portanto.
Desde miúdo que me cumprimenta  da mesma maneira – “então primaço Tó…”  
E, ultimamente, logo a seguir: “como vai a tua Mãe?..”
Ainda hoje,  o "Querido avô" do Pedro Rodrigues continua uma figura, como, aliás,  a foto do Pedro Agostinho  Cruz,  fielmente retrata:  “alto; cabelo branco, literalmente, como a neve; forte como um touro - um homem do mar à moda antiga. Daqueles que já não se fazem”!.. 
Hoje,  as rugas do rosto e o preto que  veste (desde que lhe morreu a companheira de sempre,  não admite mais nenhuma cor no seu corpo),  são as chagas de uma  vida…
Hoje, 15-09-2014 o diário AS BEIRAS, na página 11, considera-o o protagonista”.
Vítor Pimentel 
"O antigo pescador de bacalhau andou 41 no mar. Hoje, com 83 anos, “é uma lenda viva… uma vida além mar!”. Assim é descrito na 4.ª revista “Con Textos” do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz, elaborada pela Escola Básica da Gala."
Como disse a determinada altura da entrevista que de deu à CON TEXTOS: "foi sempre uma vida difícil, com perigos. Era preciso uma boa condição física para conseguir puxar os bacalhaus mais graúdos, ás vezes ficava-se mal das costas e dos pulmões. O que valia muitas vezes era que os peixes comunistas que andavam por baixo por baixo e ajudavam o anzol a subir."

"Contradições intercalares" (pobre PS que devia ser um espelho na Aldeia e é apenas o espelho da "vila das maravilhas"...)

A freguesia de São Pedro, como é sabido, terá eleições intercalares no próximo dia 19 de Outubro.
Todo o processo que culminou com a demissão do executivo de António Samuel e a
necessidade de promover novas eleições foi inenarrável.
Tão inenarrável, pelo menos, quanto a constituição da lista que o Partido socialista vai candidatar nas eleições de Outubro, recentemente anunciada. Muitos daqueles que nas últimas autárquicas integraram a Lista Independente de São Pedro (LISP), fazem agora parte da lista do PS e foram extraordinariamente elogiados pela concelhia socialista, certamente num acesso de amnésia e incoerência. O Partido Socialista vem agora elogiar gente e parte de um passado que nunca apoiou e que criticou de forma aguerrida e contundente, tanto quando a LISP foi poder, como na campanha para as autárquicas de 2013, há menos de um ano. Frise-se “há menos de um ano”. 
É incrível como esses candidatos, que escolheram agora uma nova bandeira, passaram de bestas a bestiais e defenderão agora as cores de um PS que já os considerou incapazes e irreflectidos. Dá que pensar...
Saúdo a direcção concelhia do PSD por apresentar lista própria o que não acontecia desde 1997 e em especial João Bertier que teve a coragem de assumir uma candidatura pela positiva, sem necessidade de nenhum género de ajustes de contas. Desejo acima de tudo que a terra, cuja ascensão a Vila promovi, e a manutenção como freguesia defendi, saiba aproveitar para dar um passo em frente.”


Miguel Almeida, vereador da Somos Figueira, em crónica publicada nas BEIRAS.

Citando o El País...

«Un ex directivo del Santander liquidará los restos del Banco Espírito Santo»
Da Cunha es un experto en banca corporativa, especializado en operaciones financieras y con un perfil muy internacional. Durante 20 años años trabajó con el Santander, y, concretamente, junto a António Horta Osorio, en la génesis del Santander Totta en Portugal; posteriormente el Santander le destinó a Estados Unidos hasta que en octubre de 2013 se desligó de la entidad para fichar por Lloyd´s en Londres, junto a Horta Osorio.

domingo, 14 de setembro de 2014

Da Aldeia para a cidade...

Forte de Santa Catarina nos anos 70 - aguarela de Cunha Rocha
Do que que tenho assistido ao longo dos últimos 36 anos, constato que a informação local já conheceu melhores dias.
Nos dias que passam parece-me acomodada, amorfa, parda e desinteressante – oxalá que não, mas, talvez mesmo em vias de extinção.
Dirão os mais cínicos, que não se perderá grande coisa.
Não partilho, totalmente, dessa opinião: fará falta ao concelho, à política, à sociedade, à defesa de interesses (alguns deles...) legítimos, à divulgação do que a Figueira possa ter de bom, ou mau.

Ao longo dos 36 que posso recordar, por conhecimento directo, os políticos figueirenses, que à medida que foram arrastando o concelho para o abismo, também se encarregaram de ir amordaçando as opiniões e debate de ideias que se iam produzindo localmente.
Factualmente, posso afirmar sem temer ser desmentido que, desde o presidente Joaquim de Sousa, passando por Aguiar de Carvalho, Santana Lopes, Duarte Silva  e João Ataíde, o poder local sempre lidou mal com a opinião pública e, pior ainda, não gosta de ser contestado.

A informação local sempre foi frágil e com profundas debilidades na sua sustentação económica. Na Figueira, poucas pessoas lêem jornais e o mercado publicitário é restrito.
Lembro-me, aí pelos finais da década de setenta do século passado, que uma das formas dos jornais conseguirem equilibrar as contas era a chamada «publicidade institucional».
Na altura, publicavam-se na Figueira o Mar Alto – série II, A Voz da Figueira, o Diário de Coimbra – já produzia uma página diariamente sobre a Figueira -, O Figueirense, O DEVER e o BARCA NOVA.
Havia um acordo, digamos assim, táctico entre a Câmara e os jornais e, essa tal publicidade institucional era repartida tanto quanto possível igualitariamente pelo universo das seis publicações.
As coisas andaram assim até um dia em que numa das edições foi publicada qualquer coisa que desagradou ao “mayor” local e pimba – essa publicação foi riscada da partilha da publicação dos editais camarários.
A seguir, foi o que já se sabia: ficou economicamente na corda bamba e poucos anos depois fechou “a tasca”.
Podem rir a bandeiras despregadas, mas, entretanto, o panorama da informação figueirense pouco mudou. Ou, se mudou, porventura até terá sido para pior.

O episódio real que contei um pouco acima, pode ter graça mas, mas também contribuiu para empobrecer a Figueira e o resto do concelho – pouco a pouco, fomos remetidos para o silêncio opressivo, para o despotismo, para o sufoco social e, isso, não ajudou às soluções necessárias aos problemas locais.
A Figueira parou e a decadência foi inevitável. 
De sobra, temos cada vez mais areia. Na praia e na cabeça dos figueirenses...

Não tendo, como nunca tive, interesses políticos ou simpatias partidárias, compreendo os silêncios que se fizeram sentir ao longo dos anos na Figueira.
Isto, é a tal vidinha, também política, mas não só, à figueirinhas.

Stock da Cunha sucede a Vítor Bento no Novo Banco...

Há sempre uma solução: neste caso, melhor era impossível...
O país, no fundo, resume-se nisto: um stock da cunha!..

X&Q1217


Novos bancos estão a envelhecer a uma velocidade estonteante!..

Público: “Divergências com Carlos Costa e Governo sobre estratégia do Novo Banco levam à demissão de Vítor Bento”. 
Diário de Notícias: “Banco de Portugal trabalha para nomear nova equipa”...

Bom domingo

sábado, 13 de setembro de 2014

A minha colaboração no quarto número da revista CON TEXTOS do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz

Fica o meu obrigado a quem de direito: a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
É bom ter memória. A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar. 
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.

Em tempo.
Lançamento da Revista Con Textos n.º4. Para ver a reportagem fotográfica, clicar aqui.

Na Aldeia... (XVIII)

Os barões bem instalados,
sucessivamente eleitos pela plebe "aldeana", 
andavam ultimamente frustrados,
por não poderem fazer o que lhes dava na real gana.

Tinham perdido o poleiro ambicionado,
por isso, ao arrepio do que permite a decência humana,
olvidaram-se do quanto apregoaram,
em campanhas em que enganaram! 

São as tais jogadas engenhosas,
daqueles que foram governando,
com manhas habilidosas.

O ano passado ficaram com as calças na mão,
tal foi a desilusão...

Porém, a recuperação foi breve e vai ser forte,
tal foi a falta de engenho e arte,
de quem conquistou o poder na ocasião...

Os mesmos de sempre – o sistema, para abreviar,
não conseguiram mais esperar,
tal era já a sede e a fome de mandar!..

Pela conquista do poder vale tudo na Aldeia!.. 
Para eles, todos deviam ter a mesma ideia...
A mim, se para tal tiver engenho e arte,
resta-me levar esta falta de vergonha a toda a parte! 

E.b.de Gala

A  EB de Gala, faz hoje o lançamento da revista Con Textos do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz.  A cerimónia tem lugar no Centro de Formação Náutico, na Gala, pelas 10h, depois de uma travessia de barco, no rio Mondego.

Abriu o mercado de transferências de outono?..

O Governador do Banco de Portugal já está a fazer contactos para substituir Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato na administração do Novo Banco. 
A notícia, surpreendente, é a manchete do Expresso deste sábado. 
Os três administradores manifestaram-se várias vezes indisponíveis para liderar um projecto diferente daquele para o qual tinham sido convidados. Carlos Costa quer vender o mais depressa possível, a equipa de Vítor Bento não concorda.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A morte é privada, o cadáver é público...

Problemas de sarjeta*, continuam a massacrar os comerciantes da baixa figueirense...

«Chuva sempre houve, não é novidade», indignava-se, ontem, de harmonia com o Diário de Coimbra, Isabel Sousa, uma das comerciantes da Rua da República mais afectada pela segunda inundação naquela artéria da baixa da cidade no espaço de cinco dias. 
«Fizeram a pedonalização contra a vontade dos comerciantes, “roubaram” 20 cm à altura da rua e nós é que sofremos os prejuízos, estamos fartos», lamentava, enquanto enxugava, desolada e sem grande sucesso, os móveis e as mercadorias danificados pela água que invadiu a sua retrosaria. 

Em tempo. 
Do dicionário. Significado de sarjeta*: "Escoadouro nas ruas para as águas, geralmente da chuva."  
"Estado de grande decadência."