sexta-feira, 18 de julho de 2014
A Casa dos Pescadores de Buarcos foi vendida à Misericórdia - Obra da Figueira
O
presidente da Junta de Buarcos afirma hoje em declarações ao jornal
AS BEIRAS que ficou “indignado” quando soube que a Casa dos
Pescadores de Buarcos foi vendida à Misericórdia – Obra da
Figueira.
O
facto tinha sido tornado publico na edição de ontem do mesmo
jornal: “a Misericórdia – Obra da
Figueira comprou a Casa dos Pescadores de Buarcos, por 425 mil euros,
ao Instituto de Gestão Financeira
da Segurança Social. As negociações começaram em novembro de
2013.”
Ouvido
pelo jornal, o provedor da instituição particular de solidariedade
social, Joaquim de Sousa, confirmou que os dois imóveis foram
formalmente adquiridos no dia 11 deste mês.
Havia
outros interessados, entre os quais a Junta de Buarcos, presidida por
José Esteves, antigo marítimo.
“Tanto quanto sei, houve alguns interessados, durante anos, mas foi
mais conversa do que
outra coisa. A nossa foi a primeira proposta concreta”, declarou
ontem nas BEIRAS Joaquim de Sousa.
O
valor dos imóveis resulta de uma avaliação feita pelas Finanças.
O
terreno onde os dois edifícios foram construídos, com dois pisos e
700 metros quadrados, tem
uma área de mil metros quadrados.
José
Esteves, em declarações que o mesmo jornal insere na sua edição
de hoje, afirma que “a Câmara da Figueira da Foz e a Junta de
Buarcos fizeram uma proposta conjunta e fomos a Lisboa falar com o
secretário de Estado, que nos garantiu que não tomaria uma decisão
sem antes falar connosco”. E a terminar as declarações
ao jornal AS BEIRAS, remata: “estou indignado por ter sabido da decisão
através do jornal, quando as coisas estavam a ser tratadas a nível
oficial. Este é um Governo prepotente que não quer saber do povo”.
Recorde-se,
que desde o mandato anterior que José Esteves vinha manifestando
interesse nos dois imóveis, vendidos agora por 425 mil euros, para
onde pretendia transferir os serviços da junta e criar valências
relacionadas com a comunidade piscatória local.
A carta de demissão em bloco do grupo do Partido Socialista eleito para a Junta de freguesia de S. Pedro
Ex. mo Senhor
Presidente da Câmara
Municipal da Figueira da Foz
Tendo em conta o
conhecimento de algumas situações anómalas na forma de gestão do
Senhor Presidente da Junta de Freguesia. Do clima existente no
Executivo que culminou com as demissões do secretário e da
tesoureira. A constatação da falta de informação atempada por
parte do Senhor Presidente da Junta e o desconforto que todos estes
acontecimentos suscitam, entende o grupo do Partido Socialista eleito
para a Assembleia de Freguesia de S. Pedro apresentar a sua demissão
em bloco baseada nos seguintes factos:
- Sentimos que gorámos a confiança depositada em nós pelo Povo da Freguesia de S. Pedro no acto eleitoral de 29 de Setembro de 2013.
- Sabemos que esse crédito de confiança nos foi atribuído na convicção de uma gestão rigorosa e transparente da Junta de Freguesia.
- Estes pressupostos de rigor e transparência faziam parte do nosso manifesto eleitoral e continuamos a acreditar como sendo os únicos prevalecentes.
- Acreditamos que a instituição está acima de qualquer interesse politico ou pessoal.
- Valeu a pena todo o trabalho deste grupo, junto do Executivo, no sentido da manutenção do erário e património da Freguesia.
Outros escolheriam outra
solução que possibilitasse a manutenção do poder.
Nós entendemos que as
promessas de credibilidade, de rigor e transparência nas acções e
nos métodos feitas em actos eleitorais são para cumprir. Não o
tendo conseguido, ou não o sabendo fazer humildemente nos cabe
reconhecer o erro e dar a palavra ao povo.
Assim, reunidos em
07/07/2014 entende o grupo do Partido Socialista eleito para a
Assembleia de Freguesia de S. Pedro que melhor do que qualquer
solução de remedeio politico no seio desta maioria é dar voz ao
povo.
Cova-Gala, 07 de Julho de
2014.
Nota:
Esta carta foi tornada pública no decorrer da Assembleia de freguesia de S. Pedro extraordinária, realizada na passada terça-feira, dia 15 do corrente, pelas 21 horas.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Conviver com as memórias...
Há
menos de um mês – precisamente a 24 de junho p.p. - estive no CAE
da Figueira da Foz, propositadamente, para assistir à entrega da
distinção que, em
agosto de 2012, por unanimidade, a Câmara da Figueira da Foz tinha
atribuído a título póstumo ao Comandante João Pereira Mano: a
Medalha de Mérito Cultural em Prata Dourada.
Contudo, ainda não perdi a esperança de que, um
dia, a Homenagem que ainda falta prestar ao Capitão João Pereira Mano
acabe por acontecer na Figueira.
Em
2005, a Junta de Freguesia de São Pedro decidiu homenagear
algumas personalidades locais, com a atribuição do
seu nome a ruas da nossa Terra. Uma dessas figuras, foi o Capitão
João Pereira Mano.
Hoje
de manhã, como acontece praticamente todos os dias, na minha
habitual caminhada matinal, cruzei-me com a placa que identifica a
Rua Comandante João Mano (nasceu
na Gala, então freguesia de Lavos, concelho da Figueira da
Foz, em 2 de Setembro de 1914 e
faleceu
em Lisboa em Agosto de 2012. Os
restos mortais repousam desde a tarde do dia 10 de agosto de 2012,
uma sexta feira, no cemitério de Lavos),
na minha opinião, até ao presente, o maior investigador
figueirense e o maior conhecedor da história marítima do concelho
da Figueira da Foz, autor
de livros fundamentais para o conhecimento das nossas raízes,
como “Lavos,
Nove Séculos de História” e “Terras
do Mar Salgado”,
tudo resultado de décadas de investigação aturada em fontes
directas.
A
minha eterna gratidão ao Capitão João Pereira Mano, por me
ter dado a conhecer e a entender muito melhor, a minha Terra e a minha Raiz.
Uma
das consequências da passagem dos
anos é passarmos a coexistir com pessoas que
apenas perduram na nossa memória.
Essa
realidade, para mim já longa, não tem sido fácil de gerir: já dura desde 6 junho de 1974, data em que morreu o meu Pai.
Foi
isso que senti, hoje de manhã, ao cruzar-me com a placa toponímica do
Comandante João Mano. Por vezes, ainda me custa acreditar que o Comandante João Mano morreu quase há dois anos...
O
tempo a passar por nós é, também, isto: a soma, sempre crescente, das
ausências.
Nos últimos anos de vida, o Comandante João
Mano já não tinha condições para se deslocar à sua Gala natal. Então, passou a ser-me uma voz familiar ao telefone, vinda lá de Lisboa, apesar do
sofrimento que, para mim, na fase final, era falar com ele, pois apercebia-me dos
problemas respiratórios que o atormentaram na fase final e quase o impediam de ter uma conversa prolongada.
Foi
uma voz que se calou há quase dois anos, mas que, enquanto respirar,
jamais se apagará da minha memória.
Que futuro para Portugal?
"Os portugueses vão ter de acordar e aceitar que o seu futuro está em Portugal e não em Bruxelas."
DOMINGOS LOPES, hoje no jornal público - via entre as brumas da memória
Só merda...
Em
Maio de 2013, o doutor Ricardo Salgado queixava-se da dificuldade em
encontrar mão de obra disponível no Alentejo. Apesar da crise e do
desemprego. Explicação,
na altura, do presidente do BES: "Os portugueses preferem ficar com o subsídio de desemprego".
Na
altura, era visível que o cagão já estava de caganeira. Agora,
já deu para ver que a merda sobrou para nós...
Um
banqueiro que tem uma quota-parte da culpa da situação do
endividamento das famílias, não deveria jamais abrir a boca para
disparatar deste modo. Seria o mesmo que afirmar que os banqueiros
querem fugir ao fisco e só coatados é que regularizam a sua
situação fiscal, pagando os respetivos milhões em falta.
Obviamente, que estaria perigosa e injustamente a generalizar. Do que
é público, só um é que o fez.
Um
dia destes, este João César das Neves, que é – digamos assim - um espanto, vomitou: “É criminoso subir o salário mínimo”!..
A
merecida resposta, por quem sabe, está aqui para ser lida.
Por
mim, despeço-me deste homem, que é – digamos assim – um
espanto, que se limitou a "TRANSMITIR O RECADO daqueles que LHE PAGAM: «há que reduzir os
salários!».
O João, afinal, está bom da cabeça. Disse TUDO aquilo perfeitamente pensado. Cumpriu aquilo para que lhe pagam
os seus amigos da Opus Dei (a que pertence), dos Bancos (que
assessora), das Grandes Corporações (que lhe pagam Consultorias).
Foi lá para transmitir o recado: “há que reduzir salários!”.
Assim
já se percebe a figura de mentecapto a que se prestou.
E,
assim, já merece uma resposta:
- Vai à MERDA, João!”
Vai cair o muro de silêncio?..
A
propósito da investigação que,
segundo foi noticiado recentemente, o Ministério Público
vai fazer à Junta de São Pedro, tem-se
falado muito,
outra vez, aqui pela Aldeia,
de justiça, da presunção de inocência e de julgamentos justos.
Há por aí, até, quem seja da opinião que, no fundo, no fundo, em Portugal, na
Figueira e na Aldeia, não se passou nada.
É
claro que, em Portugal, na Figueira e na Aldeia não se passa nada...
“Nas
últimas duas décadas assistimos a uma série práticas gravíssimas
que tiveram o seu pináculo durante os mandatos de Duarte Silva. O
à-vontade de certas personagens em casos gravíssimos como o do
Galante mostra que havia muita confiança na impunidade.
Se
algo de positivo se passou nos últimos cinco anos, sobretudo depois
da derrota de Duarte Silva, foi a rejeição clara
de uma certa forma de fazer política. Apesar de tudo ainda estamos
longe do aceitável, ainda temos grandes berbicachos no concelho. Lá
iremos...”
A
parte do texto acima, que está entre aspas e a negro, não é da minha lavra. Foi
sacada de uma crónica do investigador Rui Curado da Silva, publicada
hoje no jornal AS BEIRAS.
A
mim resta-me esperar, sem grandes ilusões,
que as equipas de investigação, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, consigam ultrapassar o muro de silêncio
e de interesses...
Eu, não esqueço que estamos num País de senadores. E temos o "arco do poder". E temos o bloco central de interesses...
Querem um exemplo: António Vitorino foi o mandatário do PS às últimas europeias. O seu principal adversário, Paulo Rangel, é seu sócio da sociedade de advogados...
Querem um exemplo: António Vitorino foi o mandatário do PS às últimas europeias. O seu principal adversário, Paulo Rangel, é seu sócio da sociedade de advogados...
quarta-feira, 16 de julho de 2014
O sistema vai rebentar na Aldeia?...
foto sacada daqui |
Se
quisermos entender como o sistema funcionou, do ponto de vista
político, temos de dar uma vista de olhos aos últimos 15 anos da
vida na Aldeia.
O
chefe do partido determinou, nesses anos, quem ocupava os cargos,
os lugares cimeiros das listas eleitorais, os postos das chefias, os
tachos e os lugares de destaque na Aldeia: esses, eram os eleitos
locais....
Dos
seus cargos dependiam, por seu lado, as redes de cargos e de tachos,
cujos detentores, os condes, margraves, condes imperiais, landgraves,
tinham, por seu lado, cargos a atribuir.
Quem
teve a maior probabilidade de alcançar um posto alto, teve o maior
séquito.
Este,
por seu lado, apoia-o porque espera obter, em troca, um rico saque
em termos de cargos, isto é, feudos, isto é, tachos.
Isto
fucionou assim: só aqueles que, devido à sua capacidade, à sua
audácia, ao seu bom nome junto do senhor supremo, tiiveram as
maiores perspectivas de poder ter cargos na Aldeia...
Na
condição, claro, de guardarem total lealdade ao chefe.
Esta teia de relações funciona sempre em circuito fechado.
Esta teia de relações funciona sempre em circuito fechado.
Quem
tem feudos a conceder, tem vassalos, e quem tem vassalos é o
primeiro a ter acesso aos cargos.
No
entanto, o mesmo circuito fechado também actua ao contrário, quando
o imprevisível trai o homem do topo.
É
precisamente por isso que, na Idade Média, que é onde vegetou a
Aldeia nos últimos 15 anos, se apelava tanto à fidelidade.
A
concorrência entre os legítimos e os hábeis foi constante.
Isso,
aliás, fez da Idade Média a época das querelas partidárias.
O
programa do partido reduzia-se, invariavelmente, ao homem do topo,
ao cabecilha de uma teia de influências...
Em tempo.
Esta, é uma «estória» de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
A Voz da Figueira
Escrevi-o recentemente e mantenho, pois é o que continuo a pensar.
"A escolha de notícias, o critério de fazer as primeiras páginas e o modo como se discutem na redacção, as imagens que se colocam, os temas que se abordam e os convidados para emitir opinião, tudo isso é matéria reservada a quem pontifica e manda nos jornais.
Como leitor, não devo ter direito a explicações."
Todavia, é com agrado que registo a existência de um jornal semanário na Figueira que vai conseguindo resistir à crise.
Mas, a Figueira tinha direito a mais.
Repito, também, aquilo que escrevi recentemente - pois é o que penso desde o final dos anos setenta do século passado e que era, no fundo, o grande desafio do barca nova e do Zé Martins... - e que causou burburinho em certos meandros figueirenses ligados ao meio...
"Que falta faz à nossa cidade e aos nosso concelho um jornal diário feito na figueira - e por figueirenses..."
"A escolha de notícias, o critério de fazer as primeiras páginas e o modo como se discutem na redacção, as imagens que se colocam, os temas que se abordam e os convidados para emitir opinião, tudo isso é matéria reservada a quem pontifica e manda nos jornais.
Como leitor, não devo ter direito a explicações."
Todavia, é com agrado que registo a existência de um jornal semanário na Figueira que vai conseguindo resistir à crise.
Mas, a Figueira tinha direito a mais.
Repito, também, aquilo que escrevi recentemente - pois é o que penso desde o final dos anos setenta do século passado e que era, no fundo, o grande desafio do barca nova e do Zé Martins... - e que causou burburinho em certos meandros figueirenses ligados ao meio...
"Que falta faz à nossa cidade e aos nosso concelho um jornal diário feito na figueira - e por figueirenses..."
Primárias no PS
Por
estes dias, e desde há uns tempos a esta parte, não há alminha que se preze que
não tenha opinião sobre as primárias do PS.
As
notícias e as análises sucedem-se.
Até
eu, que não percebo nada desta política, já percebi que “o PS tem um problema cabeludo”...
Vejamos
o que diz o Artigo 4.º do Regulamento Eleitoral do Partido Socialista:
(Recenseamento
dos simpatizantes)
A
inscrição como simpatizante obedece à assinatura de um compromisso
individual de concordância com a Declaração de Princípios do
Partido Socialista e de não filiação noutro partido político,
bem como de
autorização de divulgação do respectivo nome, número de
identificação civil, data de nascimento, endereço postal e
endereço eletrónico nos cadernos eleitorais, e ainda de autorização
de acesso aos mesmos por parte das candidaturas às
eleições.
Basta
entender o óbvio. Para escolher o próximo secretário-geral
do PS já não é preciso ser militante. Basta ser simpatizante.
Ora,
por exemplo, na área política de direita, quem não simpatiza com o
PS?
Como
me considero um democrata de longa data, fica o meu contributo para que a
tarefa, que é este desafio, se concretize de forma normal, como é desejável em todos os processos eleitorais em Democracia. Com seriedade, com
respeito democrático e com uma forte mobilização.
Espero
que, no futuro, seja considerada a meu crédito esta minha colaboração que, modéstia à parte, reputo, desde já, como muito importante:
Primárias
do PS dia 28 de Setembro. Inscrições
aqui.
Trevas
«De
dia não se via nada, mas p'la tardinha já se apercebia gente que
vinha de punhaes na mão, devagar, silenciosamente, nascendo dos
pinheiros e morrendo nelles. E os punhaes não brilhavam: eram luzes
distantes, eram guias de lençoes de linho escorridos de hombros
franzinos. E a briza que vinha dava gestos de azas vencidas aos
lençoes de linho, azas brancas de garças caídas por faunos
caçadores. E o vento segredava por entre os pinheiros os mêdos que
nasciam.
E vinha vindo a Noite por entre os pinheiros, e vinha descalça com pés de surdina por môr do barulho, de braços estendidos p'ra não topar com os troncos; e vinha vindo a noite céguinha como a lanterna que lhe pendia da cinta. E vinha a sonhar. As sombras ao vê-la esconderam os punhaes nos peitos vazios.
A
lua é uma laranja d'oiro num prato azul do Egypto com perolas
desirmanadas. E as silhuetas negras dos pinheiros embaloiçados na
briza eram um bailado de estatuas de sonho em vitraes azues. Mãos
ladras de sombra leváram a laranja, e o prato enlutou-se.
Por
entre os pinheiros esgalgados, por entre os pinheiros entristecidos,
havia gemidos da briza dos tumulos, havia surdinas de gritos
distantes - e distantes os ouviam os pinheiros esgalgados, os
pinheiros gigantes.
A
briza fez-se gritos de pavões perseguidos. E as sombras em danças
macabras fugiam fumo dos pinheiraes p'lo meu respirar.
Escondidas
todas por detraz de todos os pinheiros, chocam-se nos ares os punhaes
acêsos. Faz-se a fogueira e as bruxas em roda rezam a gritar
ladainhas da Morte. Veem mais bruxas, trazem alfanges e um caixão.
Doem-me os cabellos, fecham-se-me os olhos e quatro anjos levam-me a
alma... Mas a cigarra em algazarra de alêm do monte vem dizer-me que
tudo dorme em silencio na escuridão.
Veiu
a manha e foi como de dia: não se via nada.»
Almada
Negreiros, Frisos
- Revista Orpheu nº1
terça-feira, 15 de julho de 2014
Peixe graúdo também foi no embrulho?..
Recordar é viver...
fotos sacadas daqui
...em Janeiro de 1977 (O Jornal de 28.1.1977) entrou a Coca-Cola em Portugal e pela primeira vez alguns puderam provar a "água suja do imperialismo". |
Mário Soares era Primeiro-Ministro e Henrique Medina Carreira ocupava o cargo de Ministro das Finanças.
Dizia
o primeiro ministro de então, ao Diário de
Notícias.
"Sou
partidário de uma sociedade totalmente aberta e livre, em que se
assegurem largamente os direitos humanos, mas não pode haver
tolerância com a criminalidade, mesmo que esta se oculte sob o
pretexto falacioso da razão política".
O
povo andava entretido e, numa "alocução ao País em 28/02/77,
o "nosso" primeiro de então expressava a ideia do seu País.
"Nós
não queremos, em Portugal, constituir ou criar uma sociedade de
burocratas, uma sociedade de homens que vivem à mesa do Orçamento e
à sombra do Estado. Queremos, em Portugal, criar uma sociedade de
homens livres que tenham a capacidade de iniciativa própria, capazes
de contribuir para a riqueza nacional".
Já nessa altura o problema era o "pilim". Portanto, nada melhor que uma
crise - mas isso foi em 1977.
"Não
nego que exista uma crise em Portugal, crise que, no seu aspecto
fundamental - o aspecto económico - poderá sintetizar-se em três
tópicos: défice da balança de pagamentos, inflação, isto é
aumento do custo de vida e do desemprego"(Comunicação
ao País em 07/06/1977).
1977,
tempo de dificuldades que, felizmente, agora foi ultrapassado.
E, "felizmente", foi ultrapassado através de uma reforma
profunda das mentalidades, uma das principais causas para o nosso
atraso e para a falta de produtividade...em 1977...
Os
alicerces fundamentais do Portugal moderno foram, erguidos nesse
tempo por Mário Soares.
Hoje,
como todos sabemos, respira-se um ar saudável.
“Um quarto da riqueza de Portugal está nas mãos de 1% da população”!..
Conclusão e moral desta «estória»: afinal, o peso da fortuna dos mais ricos ainda é maior do que se julgava, conclui um estudo publicado esta semana no site do Banco Central Europeu.
Na Aldeia...
Aqui, pela Aldeia, vamos ter um verão quente.
Estamos num óptimo momento para o exercício da democracia e num lugar adequado para exercitar o direito ao esclarecimento, à opinião e ao voto.
Uma Aldeia saudável necessita de projectos alternativos.
Porque a política da Aldeia costuma ser condicionada «pelo homem e a as suas circunstâncias», interessa, pois, olhar para as soluções reais e não para D. Sebastiões que podem voltar do nevoeiro.
A questão da Identidade Cultural das terras e dos povos, foi - e continua a ser... - um dos temas centrais destes primeiros 14 anos do século XXI.
Todos os povos conheceram uma fase de expansão cultural, de difusão dos seus modos de vida e valores, e todos os povos devem pretender, em todo o momento, manter as suas particularidades, as suas formas, o seu conteúdo vital e cultural como garantia de sobrevivência na História.
A identidade é, por definição, a qualidade do idêntico, mas num mundo em constante evolução, onde a realidade tende para uma constante diversificação, o “idêntico” pode resultar num conceito equívoco e ter-se-ia que falar de afinidades e não de igualdades.
S. Pedro é uma mera entidade administrativa. Não tem alma.
Cova e Gala é a nossa Identidade, a nossa História, a nossa Alma.
Estamos num óptimo momento para o exercício da democracia e num lugar adequado para exercitar o direito ao esclarecimento, à opinião e ao voto.
Uma Aldeia saudável necessita de projectos alternativos.
Porque a política da Aldeia costuma ser condicionada «pelo homem e a as suas circunstâncias», interessa, pois, olhar para as soluções reais e não para D. Sebastiões que podem voltar do nevoeiro.
A questão da Identidade Cultural das terras e dos povos, foi - e continua a ser... - um dos temas centrais destes primeiros 14 anos do século XXI.
Todos os povos conheceram uma fase de expansão cultural, de difusão dos seus modos de vida e valores, e todos os povos devem pretender, em todo o momento, manter as suas particularidades, as suas formas, o seu conteúdo vital e cultural como garantia de sobrevivência na História.
A identidade é, por definição, a qualidade do idêntico, mas num mundo em constante evolução, onde a realidade tende para uma constante diversificação, o “idêntico” pode resultar num conceito equívoco e ter-se-ia que falar de afinidades e não de igualdades.
S. Pedro é uma mera entidade administrativa. Não tem alma.
Cova e Gala é a nossa Identidade, a nossa História, a nossa Alma.
"BES. Dinheiro da venda dos activos penhorado a favor dos clientes"
Sobre o BPN, penso que nenhum de nós já tem ilusões...
Mas, será que o caso BES vai ficar resolvido antes do Sporting conseguir ser campeão de futebol?..
Mas, será que o caso BES vai ficar resolvido antes do Sporting conseguir ser campeão de futebol?..
Joaquim Namorado, O herói no "Neo-realismo mágico"
Quando entrou na sala e foi mandada sentar, mostrou estranheza pelo contraste entre os quadros, gravuras, pratos pintados e várias cerâmicas (Júlio Pomar, Resende, Mário Dionísio, Querubim Lapa, Cipriano Dourado, Rogério Ribeiro, Lima de Freitas, Vespeira...) e os sofás em napa, mas logo recebeu a explicação:
- "Cá em é assim, provas de afectos de muitos e bons amigos, mas coiros só de visita".
Do livro de Jaime Alberto do Couto Ferreira, publicado no centenário de Joaquim Namorado, O herói no "Neo-realismo mágico".
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