quinta-feira, 15 de maio de 2014
We are unity and we are unstoppable
foto Pedro Agostinho Cruz |
“Foi
desta forma que Conchita
Wurst rematou o seu discurso de vitória do Festival da Eurovisão.
Numa Europa de memória curta, contaminada por sentimentos
nacionalistas, apelar à unidade e relembrar que as liberdades
individuais são imparáveis constitui um discurso quase
revolucionário tendo em conta o perfil popular dos espetadores da
Eurovisão.
Do
outro lado do Atlântico, o equivalente popular da Eurovisão é o
Super Bowl, a final do Campeonato de Futebol
Americano. A noite do Super Bowl serve de pretexto para famílias e
amigos confraternizarem em frente à
televisão uma vez por ano. Em 2004, a simples exposição de um seio
de Janet Jackson durante o intervalo do
Super Bowl desencadeou uma gigantesca onda de escândalo nos EUA.
Na
Europa, antes de Conchita Wurst, avozinhas e netas reunidas à frente
do televisor já tinham dado a vitória,
em 1998, ao travesti israelita Dana International e, em 2006, ao
grupo de heavy metal finlandês Lordi. É nestes momentos que a
Europa mostra o seu potencial de tolerância, que me faz sentir bem
neste continente.
À
escala da nossa cidade, excetuando alguns episódios menores, devo
confessar que me sinto agradavelmente surpreendido
por não terem ocorrido manifestações públicas de ódio ou de
intolerância quando alguns dos nossos conterrâneos revelaram uma
sexualidade menos convencional. Mais me agrada quando estes podem trabalhar
num ambiente de pleno respeito. Ainda muito está por fazer, mas isto
é de facto imparável.”
Rui Curado da Silva, investigador,
hoje no jornal AS BEIRAS.
Confirma-se o que já se sabia que iria acontecer: Miguel Almeida vai deixar a presidência do PSD/Figueira...
Miguel Almeida não irá candidatar-se a novo mandato a presidente da Comissão Política Concelhia do PPD/PSD da Figueira da Foz.
Todavia, está nos seus planos manter-se como vereador até final do mandato...
O PSD local, nas últimas autárquicas, caiu de podre, ou seja, encolheu até à sua base de apoio fiel, tendo perdido o voto do chamado eleitorado flutuante. Portanto, chegou o momento de fazer o óbvio: mudar alguma coisa, para tudo ficar na mesma.
Nada há a comentar. Apenas aceitar o PSD/Figueira como ele é.
Já cansa "malhar" nos políticos locais - o que, aliás, é normal porque são eles quem, de facto, têm o poder de mudar alguma coisa na cidade e no concelho.
E Miguel Almeida teve poder durante muitos anos.
Por isso mesmo, encontra-se entre os principais responsáveis pelo estado de degradação a que chegou a nossa cidade.
Nos últimos anos, como todos nos apercebemos, até pelo que ouvimos na rua, baixaram muito as expectativas da população figueirense quanto a ser servida (até parece piada...) por bons políticos.
Todavia, está nos seus planos manter-se como vereador até final do mandato...
O PSD local, nas últimas autárquicas, caiu de podre, ou seja, encolheu até à sua base de apoio fiel, tendo perdido o voto do chamado eleitorado flutuante. Portanto, chegou o momento de fazer o óbvio: mudar alguma coisa, para tudo ficar na mesma.
Nada há a comentar. Apenas aceitar o PSD/Figueira como ele é.
Já cansa "malhar" nos políticos locais - o que, aliás, é normal porque são eles quem, de facto, têm o poder de mudar alguma coisa na cidade e no concelho.
E Miguel Almeida teve poder durante muitos anos.
Por isso mesmo, encontra-se entre os principais responsáveis pelo estado de degradação a que chegou a nossa cidade.
Nos últimos anos, como todos nos apercebemos, até pelo que ouvimos na rua, baixaram muito as expectativas da população figueirense quanto a ser servida (até parece piada...) por bons políticos.
Homem a sério!
"O beijo de Carriço a Rakitic".
O médio português deixou-se conduzir pela euforia do momento - o triunfo frente ao Benfica e festejou a conquista do troféu...
"PSD/CDS e PS votam muito em sintonia na Europa"
Uma verdade tantas vezes escamoteada, esta, a que está hoje em destaque na primeira página do jornal Público.
Mas, neste momento, a poucos dias de votarmos para as Europeias, mais importante do que o embaraço momentâneo que isto possa ocasionar, o importante é recordar as ideias de Francisco Assis e o seu posicionamento no PS.
Assis, considera o PS um partido de poder, do "bloco central", de que farão parte também o PSD e CDS, o que não é nada de novo - o PS assinou o memorando da troika com a direita, e, acima de tudo, aprovou o tratado orçamental já sob a liderança de Seguro. O tratado orçamental limita, de forma evidente, o tipo de políticas que serão tomadas pelos Governos que se seguirão. Ao impor um limite muito estreito ao défice - 0,5% de défice estrutural - na prática o tratado evita que se possam implementar políticas keynesianas de aumento do investimento público em tempo de crise, perpetuando em letra de lei o austeritarismo germânico.
O PS de Seguro e Assis sabe o que faz. E o que fez foi recolocar-se mais à direita no espectro político, aproximando-se do PSD e do CDS.
Francisco Assis, o "cabeça de lista" ao Parlamento Europeu escolhido por Seguro, sempre afirmou pertencer ao "bloco central", o tal que tem governado este país há 38 anos e que nos trouxe até aqui, onde estamos.
Assis, considera o PS um partido de poder, do "bloco central", de que farão parte também o PSD e CDS, o que não é nada de novo - o PS assinou o memorando da troika com a direita, e, acima de tudo, aprovou o tratado orçamental já sob a liderança de Seguro. O tratado orçamental limita, de forma evidente, o tipo de políticas que serão tomadas pelos Governos que se seguirão. Ao impor um limite muito estreito ao défice - 0,5% de défice estrutural - na prática o tratado evita que se possam implementar políticas keynesianas de aumento do investimento público em tempo de crise, perpetuando em letra de lei o austeritarismo germânico.
O PS de Seguro e Assis sabe o que faz. E o que fez foi recolocar-se mais à direita no espectro político, aproximando-se do PSD e do CDS.
Francisco Assis, o "cabeça de lista" ao Parlamento Europeu escolhido por Seguro, sempre afirmou pertencer ao "bloco central", o tal que tem governado este país há 38 anos e que nos trouxe até aqui, onde estamos.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Terceiro mundo...
«Entre a falta de ideias e fechar o país para as eleições, há o discurso típico de um hospício e não de um país civilizado. Não há debate político nem alternativas e tudo não passa de uma exibição de luta livre para conquistar espectadores. O que interessa é o ruído e não a substância. E esta é, por um lado, uma Europa do sul arruinada e destruída socialmente pela austeridade cega. E, por outro, a possível entrada em Bruxelas de um forte pelotão de eleitos que querem destruir esta Europa. Ou seja, a capacidade de atracção da UE, que prometia riqueza e futuro para todos os povos, e que agora distribui pobreza e incerteza em nome da contabilidade, desintegrou-se. E agora só resta saber quem apanha os cacos.
Mas em Portugal a campanha é anedótica, como se a troika não continuasse a pairar por cá e se a vitória ou derrota do Governo não fosse algo sem valor porque todo o arco do poder tem de beber vinagre e cumprir o Tratado Orçamental.»
Fernando Sobral, no Negócios
Esplanadas
“...dispor
de uma esplanada na Figueira da Foz é hoje um desejo que parece não
estar ao alcance de todos, atendendo ao valor das taxas que,
acrescidas ao valor do arrendamento ou do IMI, acabam por constituir um
encargo pesado para os comerciantes.
A
Câmara Municipal, amarrada embora ao cumprimento do Plano de
Saneamento Financeiro, decidiu desenvolver alguns
projectos para valorização da cidade, o que significa que dispõe
de algumas disponibilidades.
Talvez
se possa permitir libertar algumas obrigações aos agentes
económicos.
Pode
ser a ocasião para adoptar uma solução semelhante àquela que a
Câmara de Oliveira do Hospital tem vindo
anualmente a aprovar: a isenção do pagamento de taxas de ocupação
do espaço público para efeito de
esplanadas.
Os
comerciantes, os figueirenses e os turistas agradeceriam. E a cidade poderia ganhar um pouco da vivência que tem vindo a perder.”
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje, no jornal AS BEIRAS
Uma rua para Joaquim Namorado
"Joaquim
Namorado pode vir a ter uma rua com o seu nome em Coimbra. A proposta
ainda não foi formalizada à Comissão de Toponímia mas a maioria
do executivo municipal (PS e CDU) já se manifestou favorável à
ideia.
O
matemático e poeta vai ser alvo de um programa de homenagem, por
ocasião do centenário de nascimento.
Nascido
a 30 de junho de 1914, em Alter do Chão, Joaquim Namorado passou a
maior parte da vida em Coimbra, onde foi docente universitário e,
acima de tudo, figura incontornável do neo-realismo literário e da
intervenção intelectual oposicionista, o que lhe valeu, de resto,
dissabores com o regime do Estado Novo.
A
iniciativa da homenagem a Joaquim Namorado é da responsabilidade do
PCP de Coimbra. Anteontem, na reunião do executivo, o vereador da
CDU informou que o programa comemorativo deverá, em breve, ser
tornado público. Para Francisco Queirós,
faz todo o sentido que a Câmara de Coimbra se associe à homenagem,
designadamente, atribuindo o seu nome a uma rua da cidade, no que foi
seguido pelo presidente e pela vice-presidente do município."
P.
M. AS BEIRAS
terça-feira, 13 de maio de 2014
Os manipuladores são terrivelmente desgastantes...
Brincadeira...
Teresa Leal Coelho, que acompanhou
Vale Azevedo na Direcção do Benfica, como vice-presidente, não tem
manchas no curriculum.
Ainda por cima, é uma pessoa bem disposta e danada para a brincadeira.
Ontem, a Universidade Política de Verão da JSD ficou marcada por um desabafo da vice-presidente do partido. Quando introduzia o convidado Paulo Mota Pinto, Teresa Leal Coelho disse que o deputado tinha no currículo a "mancha" de ter sido juiz do Tribunal Constitucional.
Mais tarde explicou à SIC que a afirmação não passou de uma brincadeira. No mesmo encontro, o ministro adjunto Poiares Maduro garantiu que o Governo não antecipa dificuldades em relação à análise do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado.
Ainda por cima, é uma pessoa bem disposta e danada para a brincadeira.
Ontem, a Universidade Política de Verão da JSD ficou marcada por um desabafo da vice-presidente do partido. Quando introduzia o convidado Paulo Mota Pinto, Teresa Leal Coelho disse que o deputado tinha no currículo a "mancha" de ter sido juiz do Tribunal Constitucional.
Mais tarde explicou à SIC que a afirmação não passou de uma brincadeira. No mesmo encontro, o ministro adjunto Poiares Maduro garantiu que o Governo não antecipa dificuldades em relação à análise do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado.
Terra queimada...
Lido na imprensa...
Finanças travam a classificação de imóveis como monumentos para vendê-los; o ministro da Economia foi à China vender os transportes de Lisboa e Porto e a EGF.
Finanças travam a classificação de imóveis como monumentos para vendê-los; o ministro da Economia foi à China vender os transportes de Lisboa e Porto e a EGF.
Martin Schulz
“...
o candidato socialista a presidente da Comissão Europeia, Schulz foi livreiro e editor. Quando esteve em Lisboa fez questão de
visitar as livrarias da baixa e durante 12 anos teve e dirigiu uma
livraria em Wurselen.
Não
fez vida académica nem passou por conselhos de administração de
grandes empresas, tampouco por cargos governamentais. Começou na
política como autarca e foi presidente da câmara da sua cidade,
antes de ser parlamentar europeu.
Insiste
em duas ideias fundamentais: combater a má repartição da riqueza e
pôr as multinacionais a pagar impostos nos locais onde geram os
lucros. Depois de Durão Barroso dificilmente virá pior, mas é uma
esperança, para
já, perceber que existe uma diferença muito grande no discurso
político, e não só, de um e outro.”
António
Tavares, vereador socialista, hoje, no jornal AS BEIRAS.
Em
tempo.
Os
dois candidatos mais fortes à sucessão de Durão Barroso que vão sair das eleições de 25 de Maio próximo, deverão ser o conservador
Jean Claude Juncker e o socialista alemão Martin Schulz.Os dois já participaram em vários debates e, ao contrário do que opina o vereador e militante socialista António Tavares, há poucas diferenças entre ambos.
Recentemente,
Juncker e Schulz estiveram frente-a-frente num debate organizado por
uma televisão francesa e ficou patente que ambos consideram que a
mutualização da dívida ao nível europeu é um assunto que não
estará no horizonte da Zona Euro nos próximos anos. O que não
surpreende, tendo em conta que Juncker participou em todas as
discussões e decisões europeias dos últimos 20 anos na qualidade
de Primeiro-ministro do seu país; e que Schulz é de um partido que
agora integra a coligação que governa a Alemanha, de braço dado
com Angela Merkel.
Mas
os dois coincidem na identificação do que deve ser a
prioridade política europeia: o crescimento económico e o combate
ao desemprego. A distinção, porém, é sobretudo retórica, com Juncker a
defender que se não fosse a acção da União Europeia os efeitos da
crise teriam sido muito mais violentos, enquanto Schulz culpa os
Governos da União pelos actuais 26 milhões de desempregados.
Para
o diminuir, o socialista alemão e ainda presidente do Parlamento
Europeu defende o desenvolvimento e reforço da chamada Garantia
Jovem, um instrumento copiado do modelo germânico que prevê a
concessão de um estágio, formação ou emprego a um jovem num prazo
de apenas quatro meses.
Schulz
culpa a direita europeia por ter sido “generosa a salvar os bancos
com o dinheiro dos contribuintes” e reclama para o Parlamento os
louros pela criação da união bancária, que deverá reforçar a
vigilância e evitar a repetição de uma nova crise.
Martin
Schulz quer igualmente acabar com os paraísos fiscais na União e
combater a evasão fiscal e garante que, se for presidente da
Comissão, obrigará as grandes empresas a pagar impostos no país em
que efectuam os lucros e não onde a carga fiscal é mais favorável.
Identifica
as PMEs como o motor do crescimento europeu e defende genericamente a
melhoria das condições de acesso ao crédito. Quer igualmente que
seja criado um salário mínimo em cada país, apesar de esta não
ser uma competência da União.
O
discurso de Martin Schulz, o amigo alemão do PS, é normalmente adaptado ao público a que se destina. Quando
esteve em Portugal o candidato alemão não se esqueceu de criticar a
“troika” e de defender um maior controlo democrático na sua
actuação.
Numa coisa, porém, concordo com António Tavares: "depois de Durão Barroso dificilmente virá pior".
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