quinta-feira, 15 de maio de 2014

Hoje

* Biografia de João de Melo

"Chegou o momento do investimento. Repito, depois do ajustamento chegou o momento do investimento"...*

«Barclays reformula negócio e equaciona vender em Portugal»

«BBVA deverá sair de Portugal e colocar à venda os 83 balcões»

Em tempo.
Vítor Gaspar em 23 de Maio de 2013

We are unity and we are unstoppable

foto Pedro Agostinho Cruz
Foi desta forma que Conchita Wurst rematou o seu discurso de vitória do Festival da Eurovisão. Numa Europa de memória curta, contaminada por sentimentos nacionalistas, apelar à unidade e relembrar que as liberdades individuais são imparáveis constitui um discurso quase revolucionário tendo em conta o perfil popular dos espetadores da Eurovisão.
Do outro lado do Atlântico, o equivalente popular da Eurovisão é o Super Bowl, a final do Campeonato de Futebol Americano. A noite do Super Bowl serve de pretexto para famílias e amigos confraternizarem em frente à televisão uma vez por ano. Em 2004, a simples exposição de um seio de Janet Jackson durante o intervalo do Super Bowl desencadeou uma gigantesca onda de escândalo nos EUA.
Na Europa, antes de Conchita Wurst, avozinhas e netas reunidas à frente do televisor já tinham dado a vitória, em 1998, ao travesti israelita Dana International e, em 2006, ao grupo de heavy metal finlandês Lordi. É nestes momentos que a Europa mostra o seu potencial de tolerância, que me faz sentir bem neste continente.
À escala da nossa cidade, excetuando alguns episódios menores, devo confessar que me sinto agradavelmente surpreendido por não terem ocorrido manifestações públicas de ódio ou de intolerância quando alguns dos nossos conterrâneos revelaram uma sexualidade menos convencional. Mais me agrada quando estes podem trabalhar num ambiente de pleno respeito. Ainda muito está por fazer, mas isto é de facto imparável.”
Rui Curado da Silva, investigador, hoje no jornal AS BEIRAS.

Confirma-se o que já se sabia que iria acontecer: Miguel Almeida vai deixar a presidência do PSD/Figueira...

Miguel Almeida não irá candidatar-se a novo mandato a presidente da Comissão Política Concelhia do PPD/PSD da Figueira da Foz. 
Todavia, está nos seus planos manter-se como vereador até final do mandato... 
O PSD local, nas últimas autárquicas, caiu de podre, ou seja, encolheu até à sua base de apoio fiel, tendo perdido o voto do chamado eleitorado flutuante. Portanto, chegou o momento de fazer o óbvio: mudar alguma coisa, para tudo ficar na mesma. 
Nada há a comentar. Apenas aceitar o PSD/Figueira como ele é. 
Já cansa "malhar" nos políticos locais - o que, aliás, é normal porque são eles quem, de facto, têm o poder de mudar alguma coisa na cidade e no concelho. 
E Miguel Almeida teve poder durante muitos anos. 
Por isso mesmo, encontra-se entre os principais responsáveis pelo estado de degradação a que chegou a nossa cidade.   
Nos últimos anos, como todos nos apercebemos, até pelo que ouvimos na rua, baixaram muito as expectativas da população figueirense quanto a ser servida (até parece piada...) por bons políticos.

Homem a sério!

"O beijo de Carriço a Rakitic".


O médio português deixou-se conduzir pela euforia do momento - o triunfo frente ao Benfica e festejou a conquista do troféu...

"PSD/CDS e PS votam muito em sintonia na Europa"


Uma verdade tantas vezes escamoteada, esta,  a que está hoje em destaque na primeira página do jornal Público.
Mas, neste momento, a poucos dias de votarmos para as Europeias, mais importante do que o embaraço momentâneo que isto possa ocasionar, o importante é recordar as ideias de Francisco Assis e o seu posicionamento no PS. 
Assis, considera o PS um partido de poder, do "bloco central",  de que farão parte também o PSD e CDS, o que não é nada de novo - o PS assinou o memorando da troika com a direita, e, acima de tudo, aprovou o tratado orçamental já sob a liderança de Seguro. O tratado orçamental limita, de forma evidente, o tipo de políticas que serão tomadas pelos Governos que se seguirão. Ao impor um limite muito estreito ao défice - 0,5% de défice estrutural - na prática o tratado evita que se possam implementar políticas keynesianas de aumento do investimento público em tempo de crise, perpetuando em letra de lei o austeritarismo germânico. 
O PS de Seguro e Assis sabe o que faz. E o que fez foi recolocar-se mais à direita no espectro político, aproximando-se do PSD e do CDS.
Francisco Assis, o "cabeça de lista" ao Parlamento Europeu escolhido por Seguro, sempre afirmou pertencer ao "bloco central", o tal que tem governado este país há 38 anos e que nos trouxe até aqui, onde estamos.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

E vão duas seguidas...

Grupo etnográfico da Gala, que se fez representar num desfile na Figueira da Foz. A foto deve ser dos anos 50 ou 60 do século passado.

daqui

Grupo etnográfico da Cova, que se apresentou num desfile realizado na Figueira da Foz. A foto é dos anos 50 ou 60 do século passado

daqui

Terceiro mundo...

«Entre a falta de ideias e fechar o país para as eleições, há o discurso típico de um hospício e não de um país civilizado. Não há debate político nem alternativas e tudo não passa de uma exibição de luta livre para conquistar espectadores. O que interessa é o ruído e não a substância. E esta é, por um lado, uma Europa do sul arruinada e destruída socialmente pela austeridade cega. E, por outro, a possível entrada em Bruxelas de um forte pelotão de eleitos que querem destruir esta Europa. Ou seja, a capacidade de atracção da UE, que prometia riqueza e futuro para todos os povos, e que agora distribui pobreza e incerteza em nome da contabilidade, desintegrou-se. E agora só resta saber quem apanha os cacos.
Mas em Portugal a campanha é anedótica, como se a troika não continuasse a pairar por cá e se a vitória ou derrota do Governo não fosse algo sem valor porque todo o arco do poder tem de beber vinagre e cumprir o Tratado Orçamental.»

Fernando Sobral, no Negócios

Esplanadas

“...dispor de uma esplanada na Figueira da Foz é hoje um desejo que parece não estar ao alcance de todos, atendendo ao valor das taxas que, acrescidas ao valor do arrendamento ou do IMI, acabam por constituir um encargo pesado para os comerciantes.
A Câmara Municipal, amarrada embora ao cumprimento do Plano de Saneamento Financeiro, decidiu desenvolver alguns projectos para valorização da cidade, o que significa que dispõe de algumas disponibilidades.
Talvez se possa permitir libertar algumas obrigações aos agentes económicos.
Pode ser a ocasião para adoptar uma solução semelhante àquela que a Câmara de Oliveira do Hospital tem vindo anualmente a aprovar: a isenção do pagamento de taxas de ocupação do espaço público para efeito de esplanadas.
Os comerciantes, os figueirenses e os turistas agradeceriam. E a cidade poderia ganhar um pouco da vivência que tem vindo a perder.”
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje, no jornal AS BEIRAS

Uma rua para Joaquim Namorado

"Joaquim Namorado pode vir a ter uma rua com o seu nome em Coimbra. A proposta ainda não foi formalizada à Comissão de Toponímia mas a maioria do executivo municipal (PS e CDU) já se manifestou favorável à ideia.
O matemático e poeta vai ser alvo de um programa de homenagem, por ocasião do centenário de nascimento.
Nascido a 30 de junho de 1914, em Alter do Chão, Joaquim Namorado passou a maior parte da vida em Coimbra, onde foi docente universitário e, acima de tudo, figura incontornável do neo-realismo literário e da intervenção intelectual oposicionista, o que lhe valeu, de resto, dissabores com o regime do Estado Novo.
A iniciativa da homenagem a Joaquim Namorado é da responsabilidade do PCP de Coimbra. Anteontem, na reunião do executivo, o vereador da CDU informou que o programa comemorativo deverá, em breve, ser tornado público. Para Francisco Queirós, faz todo o sentido que a Câmara de Coimbra se associe à homenagem, designadamente, atribuindo o seu nome a uma rua da cidade, no que foi seguido pelo presidente e pela vice-presidente do município."
P. M.  AS BEIRAS

terça-feira, 13 de maio de 2014

Os manipuladores são terrivelmente desgastantes...

Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social

Brincadeira...

Teresa Leal Coelho, que acompanhou Vale Azevedo na Direcção do Benfica, como vice-presidente, não tem manchas no curriculum.
Ainda por cima, é uma pessoa bem disposta e danada para a brincadeira.
Ontem, a Universidade Política de Verão da JSD ficou marcada por um desabafo da vice-presidente do partido. Quando introduzia o convidado Paulo Mota Pinto, Teresa Leal Coelho disse que o deputado tinha no currículo a "mancha" de ter sido juiz do Tribunal Constitucional.
Mais tarde explicou à SIC que a afirmação não passou de uma brincadeira. No mesmo encontro, o ministro adjunto Poiares Maduro garantiu que o Governo não antecipa dificuldades em relação à análise do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento do Estado.  

E assim se desperdiçou uma bela oportunidade de "dar uma chapada com luva branca"...

O Benfica convidou todos os presidentes da I e II Ligas para a final da Liga Europa, excepto Pinto da Costa.

À atenção dos mais distraídos, dos distraídos...

Terra queimada...

Lido na imprensa...
Finanças travam a classificação de imóveis como monumentos para vendê-los; o ministro da Economia foi à China vender os transportes de Lisboa e Porto e a EGF. 

Martin Schulz

“... o candidato socialista a presidente da Comissão Europeia,  Schulz foi livreiro e editor. Quando esteve em Lisboa fez questão de visitar as livrarias da baixa e durante 12 anos teve e dirigiu uma livraria em Wurselen.
Não fez vida académica nem passou por conselhos de administração de grandes empresas, tampouco por cargos governamentais. Começou na política como autarca e foi presidente da câmara da sua cidade, antes de ser parlamentar europeu.
Insiste em duas ideias fundamentais: combater a má repartição da riqueza e pôr as multinacionais a pagar impostos nos locais onde geram os lucros. Depois de Durão Barroso dificilmente virá pior, mas é uma esperança, para já, perceber que existe uma diferença muito grande no discurso político, e não só, de um e outro.”
António Tavares, vereador socialista, hoje, no jornal AS BEIRAS.

Em tempo.
Os dois candidatos mais fortes à sucessão de Durão Barroso que vão sair das eleições de 25 de Maio próximo, deverão ser o conservador Jean Claude Juncker e o socialista alemão Martin Schulz.
Os dois já participaram em vários debates e, ao contrário do que opina o vereador e militante socialista António Tavares, há poucas diferenças entre ambos.
Recentemente, Juncker e Schulz estiveram frente-a-frente num debate organizado por uma televisão francesa e ficou patente que ambos consideram que a mutualização da dívida ao nível europeu é um assunto que não estará no horizonte da Zona Euro nos próximos anos. O que não surpreende, tendo em conta que Juncker participou em todas as discussões e decisões europeias dos últimos 20 anos na qualidade de Primeiro-ministro do seu país; e que Schulz é de um partido que agora integra a coligação que governa a Alemanha, de braço dado com Angela Merkel.
Mas os dois coincidem na identificação do que deve ser a prioridade política europeia: o crescimento económico e o combate ao desemprego. A distinção, porém, é sobretudo retórica, com Juncker a defender que se não fosse a acção da União Europeia os efeitos da crise teriam sido muito mais violentos, enquanto Schulz culpa os Governos da União pelos actuais 26 milhões de desempregados.
Para o diminuir, o socialista alemão e ainda presidente do Parlamento Europeu defende o desenvolvimento e reforço da chamada Garantia Jovem, um instrumento copiado do modelo germânico que prevê a concessão de um estágio, formação ou emprego a um jovem num prazo de apenas quatro meses.
Schulz culpa a direita europeia por ter sido “generosa a salvar os bancos com o dinheiro dos contribuintes” e reclama para o Parlamento os louros pela criação da união bancária, que deverá reforçar a vigilância e evitar a repetição de uma nova crise.
Martin Schulz quer igualmente acabar com os paraísos fiscais na União e combater a evasão fiscal e garante que, se for presidente da Comissão, obrigará as grandes empresas a pagar impostos no país em que efectuam os lucros e não onde a carga fiscal é mais favorável.
Identifica as PMEs como o motor do crescimento europeu e defende genericamente a melhoria das condições de acesso ao crédito. Quer igualmente que seja criado um salário mínimo em cada país, apesar de esta não ser uma competência da União.
O discurso de Martin Schulz, o amigo alemão do PS, é normalmente adaptado ao público a que se destina. Quando esteve em Portugal o candidato alemão não se esqueceu de criticar a “troika” e de defender um maior controlo democrático na sua actuação.
Numa coisa, porém, concordo com António Tavares: "depois de Durão Barroso dificilmente virá pior".