sábado, 3 de maio de 2014

Alfredo Cunha e Adelino Gomes hoje na Figueira

Alfredo Cunha tinha 20 anos e era fotógrafo no Século há três. Adelino Gomes tinha 29 e estava proibido pelo regime de trabalhar para a Rádio Renascença. Passaram o dia 25 de Abril de 1974 ao lado um do outro, na rua, sem se conhecerem.
A história dos vencedores do 25 de Abril é contada desde 1974, mas a dos derrotados – que chegaram ao Terreiro do Paço para defender o regime – só agora começa a ser revelada, 40 anos depois e pela primeira vez com ambição.
No livro Os Rapazes dos Tanques, de Alfredo Cunha (fotografia) e Adelino Gomes (texto), os dois jorrnalistas revelam algumas das histórias destes oficiais, furriéis, cabos e soldados, os homens do “outro lado”. "É um acto de justiça”, diz o jornalista. 
Os dois trabalham há anos sobre a revolução, mas só se conheceram em 1990, na redacção do PÚBLICO, onde ficaram amigos. Este é terceiro livro que fazem juntos.
Alfredo Cunha e Adelino Gomes vêm ao Museu Municipal da nossa cidade, hoje, dia 3 de maio, pelas 21h30, para apresentar o livro. 

Futebol, outras “coisas do Diabo” e os "ingénuos" que deviam ter ido para escuteiros ...

“O árbitro português dirigiu com mestria um dos jogos do ano, Bayern-Real Madrid, na passada 3.ª feira...
Em Portugal, Pedro Proença foi violentamente agredido num centro comercial por um adepto do Benfica. Poucos o admiram publicamente. Porquê?..
Durão Barroso, Presidente da Comissão - União Europeia; António Guterres, desde 2005 é Alto Comissário para os Refugiados; Jorge Sampaio nomeado Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações. Podemos concordar ou discordar das políticas e das pessoas, mas devemos que aceitar o seu mérito. ..
São poucas as figuras que a generalidade dos portugueses admira. O Portugal contemporâneo prefere teorias da conspiração, ingratidão e azia, sempre latente em quem é incapaz de gerar uma ideia própria, uma solução e uma alternativa coerente.”
João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade hoje no jornal AS Beiras.

“No passado domingo o mundo da bola foi surpreendido, outra vez, por mais uma provocação racista ignóbil ocorrida num campo de futebol.
Foi em Espanha durante o jogo Villarreal/Barcelona que um descerebrado adepto local atirou uma banana a Dani Alves quando este se preparava para marcar um canto.
Dani Alves respondeu de forma exemplar apanhando a banana, descascando-a e comendo-a e declarou no final do jogo que seu pai sempre o aconselhara a comer bananas com vista ao fortalecimento muscular...
Apetece-me dizer que, como o macaco, também gosto de bananas!!”
Joaquim Gil, advogado hoje no jornal AS BEIRAS.

Em tempo. 
De uma entrevista de Durão Barroso, em 18.11.2007 no Diário de Notícias:
«Houve informações que me foram dadas, a mim e a outros, que não corresponderam à verdade. Tive documentos na minha frente dizendo que o Iraque tinha armas de destruição maciça. Isso não correspondeu à verdade». 
E mais à frente: «Portugal, ao dizer que sim ao seu aliado norte-americano, não perdeu espaço com isso, nem tem que estar arrependidoEu fui, depois dessas decisões, convidado a ser Presidente da Comissão Europeia, e tive o consenso de todos os países europeus.» 
Só para avivar a memória: segundo números oficiais fornecidos pelos ministérios iraquianos do Interior, Defesa e Saúde, só no mês de Outubro morreram 840 iraquianos. Mais de metade eram civis. 
Mas, o que é isso comparado com o facto de Durão Barroso ter podido concretizar o seu sonho de Presidente?
Só um portuga contemporâneo que prefere teorias da conspiração, ingratidão e azia, se lembraria de recordar o óbvio: "Durão Barroso devia ter-se demitido da Comissão Europeia."
"O representante português em Bruxelas ficará na história como alguém que, não exercendo os seus poderes, não denunciou a gravíssima situação a que se chegou, tirando as respectivas consequências políticas."
Isso é merecedor da admiração dos portugueses?

sexta-feira, 2 de maio de 2014

E depois vieram os cravos...

“... os meus ouvidos foram macerados pelas palavras de um jovem de 22anos, de Cascais, afirmando nunca ter existido fascismo em Portugal, dando como provas o quase nulo número de mortos pelo regime e a perseguição feita pelo professor de Santa Comba Dão a Rolão Preto, esse sim, fascista. A lavagem, a lambidela, o quadro cor-de-rosa completam-se com a manha de referir toneladas de ouro que o salazarismo deixou nos cofres. Só faltou referir ele ser um criador de galinhas e de coelhos (é verdade, não se trata de gozo), ao que consta pagando do seu bolso as despesas com os bichos.
Desconheço se Salazar era, também, protector de viúvas e órfãos. Seu causador era-o, aos milhares, com a guerra colonial, os assassinados pela PIDE, os ceifados pela falta de assistência e má alimentação.
Essa pequena falange de saudosos da mordaça e da canga não serão abundantes.
Mas foi desta massa que cresceram os partidos de extrema – direita na Europa.”
António Augusto Menano, escritor, hoje no jornal AS BEIRAS.

Merecidamente...

Voto de louvor (para ler melhor, clicar em cima da imagem):

O Grupo Desportivo Cova-Gala há muito que merece outras condições de trabalho para poder continuar a cumprir a importante missão que tem levado a cabo nos últimos 36 anos em prol da juventude local.

Paulo Portas: «12ª avaliação da troika concluída e superada»...

Só com este governo é que cabe ao avaliado o papel da avaliação, situação que não ocorre desde a vinda da troika, mas apenas quando esta achou que as coisas não estariam a correr bem e achou que o melhor seria entregar ao seu representante em Portugal, o então ministro das Finanças Vítor Gaspar, a tarefa suja de mentir sobre o que foi combinado nos bastidores. Desde então que o ritual é sempre o mesmo, a troika parte em segredo e de forma tranquila e quando os três funcionários estrangeiros já estão longe o governo convoca uma conferência de imprensa onde quase tudo o que é dito são meias mentiras e o mais importante fica por dizer...
Para continuar a ler, clicar aqui.

DIA 28 VÃO SER REVELADOS ALGUNS DOS SILÊNCIOS DESTE MURAL, em "Estórias Esquecidas".

A inauguração da Exposição de Fotografia: Mural de Mário Belém - CAE será no dia 28 de Maio, pelas 18.30, na Sala Afonso Cruz, no CAE - Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.

Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou... (II)

Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro do ano passado e colocou, na prática, o hospital dentro de um  parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas...
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
Na Assembleia Municipal realizada no último dia de Abril de 2014, Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”!..

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Quando o hábito pode ser a chave do jogo...





"Benfica na final da Liga Europa com o Sevilha"...

Venham cá!..

Quem disse que o dinheiro não chega?..
As compras no Pingo Doce continuam!..

Afinal, eram tempos divertidos... Depois de uma pequena interrupção por motivos alheios à vontade dos beneficiados (ai 25 de Abril de 1974, ai, ai!..) o programa seguiu logo que possível...

"No melhor período económico do Estado Novo, entre 1946 e 1973, emigraram dois milhões de pessoas, fugindo à miséria gerada por uma economia baseada em salários artificialmente baixos que concentrava a riqueza nas chamadas “quarenta famílias”. A corrupção era omnipresente, com Salazar participando e/ou impedindo a sua investigação, perante inúmeras cartas de protesto de Marcelo Caetano e do Cardeal Cerejeira." 
Rui Curado da Silva, investigador hoje no jornal AS BEIRAS.

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Estacionamento vai continuar a ser pago no Parque do HDFF. A maioria PS assim o votou...

foto Foz do Mondego Rádio
A política figueirense, ontem, passou por um conjunto de habilidades, a que alguns chamam sabedoria.
Contudo, a fuga para a frente (a chamada moção de «conforto» à autarquia apresentada pelo PS sobre a Gestão e Exploração do Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz pela Figueira Parques aprovada pela maioria PS...) foi apenas uma alínea da sabedoria.
Atenção: neste caso, foi a maioria figueirense PS, que votou a favor de mais um encargo que agravou os custos com a saúde dos  utentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz. 
Fica a fotografia para mais tarde recordar.  

Não se esqueçam de ir comemorar o 1º. de Maio para as bichas do Pingo Doce...

foto sacada daqui

121 anos

Fundada a 1 de Maio de 1893, a Associação Naval 1.º de Maio está de parabéns.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

A Figueira, de vez em quando, tem necessidade de ouvir homens que não saibam mentir como os outros...

foto Pedro Agostinho Cruz
"A celebração dos 40 anos do 25 de Abril, da responsabilidade da Assembleia Municipal teve como novidade a palavra do “orador oficial”, António Augusto Menano, que recordou os acontecimentos ocorridos na Figueira naquela data e os seus protagonistas. Uma excelente oportunidade para o dar a conhecer aos mais jovens. Boa intervenção de quem viveu de perto os antecedentes. História que deve ser recordada." 
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje no jornal AS BEIRAS.

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A valsinha das medalhas, ou o esplendor da promiscuidade...

Via Delito de Opinião:
"Quando um Presidente da República, tendo feito o discurso que fez no dia 25 de Abril pp., em seis condecorações que resolve atribuir se permite entregar cinco aos correligionários do seu partido político e antigos colaboradores, incluindo ao seu ex-director de campanha, é legítimo que os portugueses possam dele esperar que antes do final do mandato seja suficientemente justo para também condecorar a mulher que o atura, a filha, o genro, o resto da família, e todos os militantes da sua agremiação que tenham as quotas em dia.
Há muito que eu tinha a percepção de que o Infante D. Henrique e mais algumas figuras gradas da nossa História levavam tratos de polé. Nunca pensei que um Presidente da República lhes faltasse ao respeito desta forma tão descarada e ostensiva. E que os humilhasse tanto. E com eles ao resto da nação."

Adeus Abril

25 de Abril, Lisboa 2014. Foto de Alfredo Cunha
Hoje é último dia de Abril.
Na Figueira aconteceu.
Na cidade, porém, a nível de jornais, rádio e televisão, parece-me que ninguém deu por nada.
Daqui a 10 anos, os sobreviventes festejarão de novo a data apesar do reumático
A pergunta “onde é que você estava no 25 de Abril?” fará cada vez menos sentido e haverá cada vez mais gente a baralhar 1974 com 1794, ano em que Robespierre mandou guilhotinar Danton, para morrer ele próprio de cabeça decepada pouco tempo depois, episódio que ainda hoje contribuirá em muito para fundamentar a ideia de que a natureza humana é mesmo do piorio.
Por cá, tivemos o Salgueiro Maia mas, ainda assim, há quem ache que nunca fiando...
“O caso do Salgueiro Maia é um caso comovente, para nós portugueses e para nós sociedade foi um bem ele ter morrido. É muito cru dizer isto, para a família e para ele é uma infelicidade, mas nós precisávamos de um puro. (...) Se ele continuasse a viver não sei se aguentaria isso. Não é possível tanta aspiração de beleza e de pureza numa figura viva”, resumiu cruamente Lídia Jorge, naquilo que poderá ser interpretado como uma defesa do axioma “um herói bom é um herói morto”.
O tempo, esse grande escultor, aproximará ainda mais o 25 de Abril do 5 de Outubro, mandando para o galheiro da História as declarações pomposas de Luís Montenegro (que, aliás, tinha um ano e usava fraldas no 25 de Abril): “Isto não é o 5 de Outubro na Praça do Município”, justificando assim o inconseguimento de não deixarem falar os militares de Abril na Assembleia da República, e eu se fosse militar também me chateava, pá e mandava o Luís Montenegro mudar de fraldas (citando naturalmente Eça...), já que a ingratidão é uma coisa muito feia e esta coisa do “25 de Abril é de todos”, como disse o ministro da Defesa, pode cair muito bem num salão 40 anos depois, mas o facto é que alguém teve de dar o corpo ao manifesto que não se foi lá por geração espontânea nem por obra e graça de nenhum soft power sagrado.
Amanhã começa Maio. 
Por cá, "Folclore nas ruas” assinala a data.