quarta-feira, 9 de abril de 2014

O inglês é sempre útil, mas...

Por cá, são os polícias a aprender para melhor informar os turistas...
No Brasil, são as putas...
Quem acham que os turistas vão preferir?..

Circo há...

...  falta o pão.
“Roma falou, a questão está decidida”.

Plano de Pormenor do Bairro Novo encontra-se suspenso

Na passada segunda-feira, no decorrer da reunião realizada à porta fechada, foi aprovada a suspensão do Plano de Pormenor do Bairro Novo da Câmara Municipal da Figueira da Foz, publicado pela Deliberação n.º 441/2008, DR N.º35, 2.ª Série, de 19/02/2008, com cinco votos a favor da maioria socialista e quatro votos contra da oposição Somos Figueira.
Este  Plano de Pormenor encontrava-se em vigor desde 2008 e “visava definir as orientações necessárias à preservação e valorização do património edificado”.
Segundo a autarquia, em nota de imprensa tornada pública, foram detectadas “situações de falta de adequação das normas  do plano à realidade”, bem como a “incapacidade” do mesmo em “responder  às novas intenções de uso e ocupação decorrentes de um novo contexto sócio-económico”.
Desta forma, com a suspensão “pretende-se agilizar as intervenções urbanísticas no Bairro Novo, aproximando-as das novas realidades salvaguardando a preservação cultural e patrimonial daquela área”, refere a câmara.
O vereador da oposição João Armando Gonçalves, contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, afirmou: “parece-nos que a identidade do Bairro Novo é uma das grandes mais-valias que a cidade tem. Importa preservar essa identidade e o plano que existia assegurava essa missão, apesar de sabermos que tem alguns erros. A suspensão do plano aumenta o risco de se desvincular essa identidade do Bairro Novo”, disse ainda o vereador da oposição. 

O equívoco

“Com a frequência com que se comemoram  eventos relacionados com as freguesias do concelho, agitam-se as bandeiras da reorganização administrativa que o actual governo incompetentemente levou por diante, “para satisfação das imposições da troika”.
Populisticamente, brande-se na direcção da oposição local, “esses canalhas”, responsáveis pelas alterações a que a mesma deu origem, como se da total inacção, nada acontecesse!
Qualquer reforma administrativa, local ou regional, deverá obrigatoriamente ser precedida de estudos técnicos profundos que proporcionem aos decisores políticos as bases que fundamentem as melhores soluções.
A lei que lhe serviu de base não o permitiu. Tão só, era preciso fazer qualquer coisa!
E como a lei, não tendo sido revogada, teria que ser cumprida, restou procurar o caminho menos prejudicial.
“De nada serve ao homem conquistar a Lua se acaba por perder a Terra”, disse François Mauriac em 1952.
Convém recordar que no início do mandato anterior, aquando da criação das célebres, improdutivas e caras equipas de planeamento, foi  recomendado ao executivo que iniciasse tal trabalho, antes mesmo de o governo decidir sobre a matéria. Lisboa e a Covilhã, por exemplo, fizeram-no.
Se o governo foi incompetente, o executivo local não o foi menos!
O alarido vai porém ter fim!
Quando o Dr. Seguro chegar a 1º ministro, ao mesmo tempo que acaba com os sem-abrigo, revogará a reforma administrativa.
Helás! Está o problema resolvido! Não será melhor a autarquia começar já a trabalhar, ocupando os seus inúmeros quadros técnicos na preparação de uma reforma  condigna?”
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje no jornal AS  BEIRAS

Em tempo.
O eng. Daniel dos Santos, enquanto vereador e presidente dos 100% deixou-se, por razões que só ele saberá, enredar  num  vespeiro, onde havia, como certamente terá conhecimento muito melhor do que eu,  muita hipocrisia...
Sobre a lei que serviu de base e é a sua desculpa para se ter deixado enredar...
Os tribunais é que têm de obedecer cegamente à lei.  
Mas, procuram  fixar-lhe os contornos, porque a Lei escreve-se em artigos indefinidos, plurais, numa abstração que obriga os tribunais a moldá-la aos casos concretos.
Esta operação deve ser feita  por especialistas.
O que se exigia então, a quem  tomou decisões sem estudos técnicos profundos que tivessem proporcionados aos  políticos as bases que fundamentam-se  as melhores soluções? 
Imparcialidade, claro. Isenção nas opiniões e fundamentações, também, particularmente nas que conduziam directamente às decisões. Sabedoria técnica, de preferência elevada. E  sabedoria da vida, conhecida como experiência. 
E já agora,  a integridade de carácter, a honestidade e ainda a sensatez em estado sólido.
A administração da lei não é o mesmo que democracia, nem uma coisa garante necessariamente a outra. A administração da lei é a aceitação de que são as leis regulamentadas, não por uma autoridade suprema, mas pelos cidadãos, que governam todos – os que estão no poder, os que e estão na oposição e os que estão fora do jogo do poder...

"Em vez de se manter à margem, [a Comissão] escolheu estrategicamente alinhar-se com a Alemanha"...

"Ex-conselheiro de Durão Barroso acusa-o de aliança com Merkel contra devedores". 

Tenham um bom verão!

Equipamento para bombeiros só chega após época de fogos...

terça-feira, 8 de abril de 2014

"O meu país não é deste Presidente, nem deste Governo"

Alexandra Lucas Coelho recebeu ontem o prémio literário  da APE, pelo romance "E a Noite Roda"
Tal como acontecera aquando da entrega dos prémios Gazeta de Jornalismo 2013, Cavaco Silva não esteve presente. Foi a primeira vez, desde 1987, que um PR  se escusou a estar presente na entrega dos prémios gazeta, os mais prestigiados atribuídos em Portugal. 
Toda a gente percebeu que a recusa se deveu ao facto de o premiado ser António José Cerejo, um dos ódios de estimação de Cavaco.
Ontem, para a entrega do prémio APE a Alexandra Lucas Coelho, o presidente Aníbal mandou um amanuense qualquer representá-lo.
No momento de discursar, Alexandra Lucas Coelho  foi frontal.
"Eu gostava de dizer ao actual Presidente da República, aqui representado hoje, que este país não é seu, nem do governo do seu partido. É do arquitecto Álvaro Siza, do cientista Sobrinho Simões, do ensaísta Eugénio Lisboa, de todas as vozes que me foram chegando, ao longo destes anos no Brasil, dando conta do pesadelo que o governo de Portugal se tornou: Siza dizendo que há a sensação de viver de novo em ditadura, Sobrinho Simões dizendo que este governo rebentou com tudo o que fora construído na investigação, Eugénio Lisboa, aos 82 anos, falando da “total anestesia das antenas sociais ou simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes políticos e estadistas que a História não confina a míseras notas de pé de página.”
O discurso, na íntegra,  pode ser lido aqui.

Fixe, meus!..

“Há, em toda esta história, outra coisa que não se percebe. Como é possível que Durão e Constâncio possam contar estas histórias de forma tão imprecisa, baseando-se na sua memória? A Presidência do Conselho de Ministros não guarda registos? O Banco de Portugal não guarda registos? As reuniões não dão origem a actas? Nos Estados Unidos, uma história destas teria trinta memos escritos a sustentá-la, sete actas de reuniões, as agendas de todos os participantes, entradas nos diários dos intervenientes, dias e horas das reuniões e respectivas ordens de trabalhos, registos do que se disse e do que foi pedido e do que foi garantido e por quem.

Mas em Portugal, no meio político, a regra é a informalidade e isso é apresentado como um sinal dos nossos brandos costumes. O problema é que a informalidade é a arma de eleição dos corruptos e dos aldrabões. Os políticos não têm agendas, as reuniões não tem actas, as declarações não têm testemunhas. E, nos raros casos em que esses documentos existem, os protagonistas levam-nos para casa no fim da legislatura como se fossem propriedade sua e não património público e um elemento essencial da responsabilização dos agentes políticos.”
 -  José Vítor Malheiros, colunista do jornal Público

Jornalismo e "poesia rigorosa"

Li este título, hoje, no jornal As Beiras.
Perante o facto interroguei-me: o jornalismo é uma aldrabice?
Confesso que não sou mestre suficiente na matéria, para sustentar tal afirmação.
Gosto do jornalismo porque me parece uma profissão útil.
Modéstia à parte, porém, considero-me possuidor de alguma capacidade analítica - aliás, reconheço, um dos meus grandes defeitos.
Por outro lado, encaro o jornalismo como uma actividade com rigor. Defendo, aliás, que é preciso acabar com a ideia de que o jornalismo é uma aldrabice.
Porém, no tempo que passa, constato que o povo até tem alguma razão - em grande parte, por diversas razões, que não vou aqui e agora esmiuçar, é mesmo aldrabice.
O jornalismo, tal como eu o entendo, obriga a um enorme rigor e isso traduz-se, também, na busca de uma “poesia rigorosa”. 

Maria Filomena Mónica

... "não é possível substituir o papel do professor de carne e osso (...). A escola é para ensinar a pensar. É um crime o que se fez com o alargamento de 20 para 30 alunos":  - Maria Filomena Mónica, no Casino, via Figueira na  Hora.

Em tempo.
Parece que foi muita gente...

A Praça Velha

Durante anos,  tal como no País, aqui pela Figueira, vivemos uma ilusão: governos de várias cores políticas e executivos camarários  locais laranja, fizeram-nos crer que vivíamos num país rico e numa cidade «na moda».
A Figueira, tal como o país, vivia para o consumo, para o despesismo para a ostentação.
A construção  de imóveis disparou. Agimos como ricos. Convencidos, de facto, que éramos ricos, havia piscinas, oásis, CAE, para construir, só por construir, Olaias, Palácio de Maiorca e Mosteiro de Seiça, para comprar, só por comprar, complexo desportivo de Buarcos e campo de golf para implementar, só por implementar, carnaval e festival de bikini para promover e financiar, só por financiar...
E havia novas habitações prontas a erguer numa cidade com milhares de fogos vazios, indiferente à necessidade da reabilitação urbana.
Tudo isto, numa cidade em que se fechavam fábricas e estaleiros, o comércio tradicional definhava, se desmantelava a frota pesqueira e a agricultura era abandonada...
Deixámos, como é óbvio, de produzir. Fomos, aliás, incentivados para isso, na Figueira e no País. Importávamos 80% do que comíamos, com recurso a dinheiro emprestado, vivíamos na ilusão de que éramos ricos.
E assim fomos vivendo, na Figueira e no País! 
Até um dia...
Um dia, primeiro na Figueira, depois no País, lá tivemos de abrir os olhos para a realidade.
O rei ia nu:  somos uma cidade e um país pobre e a era das ilusões tinha chegado ao fim.
Gostei imenso, por isso, de ler a crónica realista e assertiva do vereador e militante PS, António Tavares, publicada no jornal AS BEIRAS, de que destaco esta parte:
“Foi com satisfação que verifiquei a abertura de um novo estabelecimento de restauração situado na Praça Velha e instalado num edifício recentemente reabilitado. A praça afirmou-se durante muito tempo como um espaço público de excelência.
Relatos de há 100 anos descrevem-na como um ponto de encontro dos figueirenses, de atracção do comércio e de vivências várias – foi terminal de autocarros e ali funcionou, por exemplo, a biblioteca municipal.
Depois, a praça, no seguimento do abate quase completo da baixa histórica, viu encerrarem-se os estabelecimentos e desaparecerem os residentes. Hoje, com a recuperação dos edifícios e a sua subsequente ocupação, a praça poderá ser, de novo, encarada como um interessante conjunto patrimonial.”

Declaração de interesses.
A Praça Velha é o local de que mais gosto na Figueira.
Sempre que lá vou, praticamente todos  os dias, não dispenso  uma visita ao local onde se toma a melhor bica na nossa cidade – o café Brasil. 

Figueira na Hora: um ano de vida. Parabéns

“7 de abril de 2013. Há precisamente um ano atrás nascia o «Figueira Na Hora». Um projeto pensado para a Figueira da Foz, feito com e para os figueirenses.
Ao longo destes 12 meses foram, e são cada vez mais, os que diariamente nos acompanham, interagindo das mais variadas formas.
Em dia de aniversário, em nome deste projeto, a todos o nosso muito OBRIGADO!
Hoje, em dia de aniversário, apresentamos a nossa nova imagem. O «Figueira Na Hora» é uma marca registada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e, também hoje, passou a estar oficialmente registado na ERC como órgão de comunicação social.
Queremos fazer muito mais e contamos consigo desse lado para nos acompanhar neste caminho.”

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Câmara da Figueira já equaciona formas de «homenagear Joaquim Namorado e a sua ligação à Figueira da Foz» que não passem por prémio literário!..

Está a decorrer uma petição pública on line que pretende sensibilizar a Câmara Municipal da Figueira da Foz para a importância de voltar a instituir o Prémio Literário Joaquim Namorado. 
Na petição, os subscritores pedem que o Prémio Joaquim Namorado seja reinstituído já este ano. 
À Foz do Mondego Rádio, António Tavares, vereador da Cultura do Município, avançou que a reinstauração do referido prémio não está nos planos do executivo. A Figueira da Foz já tem o Prémio Literário João Gaspar Simões, que homenageia um distinto figueirense a quem muito devemos a «descoberta» da Fernando Pessoa», sublinhou, acrescentando que "outro prémio literário não faria grande sentido". Ainda assim, o vereador admite que a autarquia possa "encontrar outras formas de homenagear Joaquim Namorado e a sua ligação à Figueira da Foz".
Recorde-se que nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa.
Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional.

Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.

Os pedidos que Manuel Forjaz fez para o velório e funeral...


O empresário pediu 10 minutos para falarem de si e que se lembrem que viveu sempre a vida como quis... Este vídeo tem mais 27 segundos.
Os empreendedores do "bate punho", em vida, depois de mortos, devem ir todos para o céu!..
Paz à sua alma.

Concelho perfeito. Concelho sem culpados. Concelho sensível, de plástico, cheio de merda pelos cantos...

O largo Alves Barbosa, na Fontela, vai ser o palco da primeira feira da freguesia de Vila Verde, a partir de maio, no segundo e quarto sábados do mês. O espaço tem capacidade para cerca de meia centena de feirantes e a antiga escola do 1.º ciclo abre as portas das suas casas de banho.
Vítor Alemão, presidente da junta, adiantou ao DIÁRIO ASBEIRAS que a feira tem por finalidade gerar receitas. O autarca ainda não quantificou quanto vai aduzir aos cofres da autarquia que lidera, mas todo o dinheiro, ainda que seja pouco, é bem-vindo, para fazer face ao corte de 12 por cento nas transferências da Administração Central.
 “Somos a única freguesia do país que, no âmbito da reforma administrativa, não agregou nem foi agregada e perdeu cerca de metade do seu território e sofreu um corte destes. Não conseguimos compreender como é que isto foi feito”.
De negociatas políticas pouco percebo, mas lembro-me de em novembro de 2012, a  proposta dos "sábios" autárquicos figueirenses ter lixado Vila Verde.
E se tivesse sido com Lavos?..

Conceição Matos e Domingos Abrantes : Resistir, lutar, talvez sonhar

ANABELA MOTA RIBEIRO (Texto) e NUNO FERREIRA SANTOS (Fotografia)
"Casaram em 1969. Mas antes disso tiveram uma vida. E depois de 74 tiveram outra. E antes dessas tiveram vidas paupérrimas, onde crescia a revolta e, estranhamente, havia espaço para a felicidade. Conceição Matos e Domingos Abrantes usam nomes ternos para chamar o outro. Nomes que surpreenderiam quem os conheceu, de aço, na luta antifascista
Domingos Abrantes foi preso pela primeira vez em 1959. Participou na famosa fuga de Caxias em Dezembro de 61. Ligou-se a Conceição Matos em 1963, viveram uma vida clandestina. Funcionários do Partido Comunista (ele desde 54, ela desde 63), eram considerados subversivos pelo regime salazarista. Foram presos em 65. Domingos ficou preso até 73, Conceição ficou um ano e meio. Voltaria a ser presa em 68, por uns meses.

Foi na cadeia que Conceição comeu chocolates pela primeira vez. Conta isso enquanto oferece chocolates. Comeu-se uma caixa ao longo de três horas de entrevista. Falou-se de uma vida antiga que é importante que seja presente. Porquê? Porque há o dever de contar. O dever. O dever de não falar (na cadeia), o dever de falar (agora). O dever de estudar (evoluir). O dever de lutar (sempre) por um mundo melhor. A conversa diz respeito ao tempo em que foram revolucionários e termina em 1974. Nasceram em 1936. Nenhum deles chorou. Riram várias vezes. Parecem felizes."

Uma entrevista de Anabela Mota Ribeiro publicada no jornal Público, a não perder. Aqui.

Estes dias...

Irritam-me estes dias das mentiras.
Não consigo ler ou ouvir as notícias sem me questionar: será que isto está mesmo a acontecer?
Há algumas notícias que lemos e pensamos: isto não pode ser verdade!
E pensamos: amanhã  saberemos que foram inventadas...
O problema é que algumas são mesmo reais.
Pensando bem, estes dias das mentiras não são muito diferentes do outro dia...