terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Se não fosse o nó górdio do problema...
António Tavares, vereador PS, hoje nas Beiras.
“A Bloom Consulting, uma empresa de consultadoria que
elabora e edita estudos, fez sair, recentemente, um ranking das cidades
portuguesas. A análise teve em conta três áreas: Negócios, Visitar e Viver.
Cada uma delas assentava num conjunto de indicadores que
permitem medir a sua importância. Na primeira, tinha-se em conta o número de
empresas, o crescimento empresarial e a percentagem de empresas per capita,
entre outros. Na segunda, contavam, por exemplo, o número total de dormidas e a
taxa de ocupação hoteleira. Na terceira, a taxa de crescimento da população, a
taxa de desemprego, o índice de poder de
compra, a criminalidade, a saúde e os estabelecimentos de ensino superior.
Neste ranking nacional a Figueira da Foz aparece em 48.º
lugar, uma boa posição atendendo ao facto de existirem 308 municípios no país.
Na região Centro, a cidade está em 10.º lugar, num total de
100 concelhos, com Torres Vedras e Ovar à frente, para além das capitais de
distrito, como Coimbra ( 1.ª), Aveiro, Leiria, Viseu e Castelo Branco.
Curioso é verificar a pontuação pelas diferentes áreas: em
Negócios, a Figueira é 24.ª, em Visitar, é 8.ª, em Viver, 11.ª. Significa que a
cidade está bem posicionada do ponto de vista da atracção turística, possui
boas condições de vida, mas a dinâmica empresarial não é o seu ponto forte.
Alcobaça, Pombal, Lourinhã, Peniche, Óbidos, Ílhavo, Vagos e Arruda dos Vinhos,
por exemplo, estão à nossa frente.
As nossas belezas naturais e as boas condições para se viver
não são suficientes para termos mais empresas e mais crescimento. Se todas as
áreas são para melhorar, esta última deve merecer a atenção de todos os
decisores, em particular dos órgãos autárquicos, da ACIFF, da administração e
da comunidade portuária.”
Pena terem-se esgotado, presumo eu, os caracteres disponibilizados pelo
jornal, pois, a meu ver, a crónica ficou incompleta.
Eu, teria terminado assim.
Querem uma cidade
onde apetece viver?
Não precisam ir longe: Figueira da Foz.
Gente feliz e culta, que gosta de divertir-se e consumir. Uma
cidade alegre e tolerante.
Os figueirenses (atenção: não confundir com figueirinhas...)
são civilizados, têm dinheiro, tratam-se bem e tratam bem.
Se vierem para estas bandas, nos próximos tempos, podem ver teatro na Casa do Paço, grandes exposições no CAE, a cultura das freguesias e jogar no Casino, dar uma volta pelas magníficas e cuidadas estradas da Serra da Boa Viagem e das Lagoas e deliciaram-se com as portentosas vistas, experimentar a
gastronomia local – a lampreia é imperdível.
Isto por exemplo.
Só temos praticamente um problema: a dinâmica empresarial
não é o ponto forte da Figueira.
Pois, eu, se me é permitido, acrescentava mais um: na
Figueira, desde que tenho memória, o nó górdio do problema
tem sido haver muito quem não veja a diferença entre candidato bandido e
candidato a bandido.
Ela existe, mas muitos nunca a viram.
E este não é um problema
de uns poucos – sejam figueirenses ou figueirinhas.
Tem sido um problema
dos outros todos – figueirenses e figueirinhas.
Sem excepção.
Não à exploração do caulino: Câmara aprova proposta contra por unanimidade
A Câmara Municipal da Figueira da Foz aprovou, ontem, por unanimidade uma proposta contra a
exploração de depósitos minerais de caulino, numa área denominada Pocinho, nas
freguesias de Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova.
A deliberação foi apresentada
pela coligação de oposição Somos Figueira.
João Ataíde considerou que este é um projecto “que não
interessa ao concelho e não tem viabilidade económica dada a dispersão de
população existente no local”.
Neste sentido, o presidente da câmara aceitou a sugestão da
oposição, afirmando que fazia todo o sentido votar a deliberação em conjunto.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Colecção Miró – A verdade oculta da negociata
"Enquanto a Colecção Miró foi propriedade privada, foi
avaliada pela Christie’s por valores que ultrapassaram os 150 milhões de euros;
agora que a mesma colecção é propriedade do Estado Português, a mesma leiloeira
avaliou-a em apenas 36 milhões.
Para a palhaçada ser mais engraçada pode-se acrescentar que
as condições da Christie’s são estas: a licitação da venda da obra é de 36
milhões, sendo esta a importância a entregar ao Estado Português; tudo o que
ultrapassar esse valor será propriedade da leiloeira.
Perceberam a jogada?
Uma providência cautelar “barrou” a concretização do negócio
que, além de ilegal é um crime de lesa-pátria. Entretanto, a Christie’s já fez
saber que continua interessada no negócio. Claro… tenho a certeza que sim……
Alguém tem dúvidas sobre a “transparência” destas
negociatas?"Quem nasceu para lagartixa não costuma chegar a jacaré, mas...
Pergunta do Jornalista
- Esteve dois anos na pasta mais
importante do Governo. Quando se foi embora, considerou que a sua credibilidade
tinha sido posta em causa por causa das metas não cumpridas do défice. Tivemos
de fazer em três anos aquilo que se deveria ter feito em 10. E, ainda por cima,
com escassa capacidade de projectar um futuro que justificasse os sacrifícios.
Sem qualquer ofensa, o Vítor Gaspar foi olhado como o quarto dos Três
Mosqueteiros [da troika]. Como se viu nesse papel?
Resposta de Vítor Gaspar
- Há pelo menos quatro coisas muito
diferentes na sua pergunta. Com o devido respeito, a questão de me encarar como
o quarto elemento da troika é simplesmente insultuosa.
Jornal Público
O sul da barra do Mondego
foto António Agostinho
A ocupação desordenada do litoral contribui para situações
de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a
segurança de pessoas e bens.
É o que aconteceu a sul do porto da
Figueira da Foz, depois das obras do prolongamento do molhe norte em 400
metros, onde se agravaram os efeitos erosivos.
Recorde-se: ontem, demos conta da
situação estável que se vive a norte da barra da Figueira da
Foz, Praia de Quiaios, onde, felizmente, existe uma duna bem conservada e sem
erosão costeira - o que vem a provar que o desaparecimento das dunas
primárias, invulgarmente rápido e anormal, verificado entre a Foz do do Mondego
e a Praia do Pedrógão se deve, na sua maior parte, ao erro do prolongamento do
molhe norte na Figueira da Foz.
Cova, Gala, Costa de Lavos e Leirosa são apenas algumas localidades na lista negra, a que se juntam Vieira de Leiria, São Pedro de Moel e Pedrógão. Hoje, já não se consegue esconder aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente. A intervenção humana tem vindo a acelerar a erosão costeira, como a foto desta manhã mostra: a duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos está a desaparecer assustadoramente.
Pese embora o esforço deste blogue, este
local, por si só, tem passado despercebido nos meios de comunicação
local, regional e nacional, dado o facto do avanço das águas do mar não
encontrar pela frente aglomerados populacionais, um apoio de praia ou uma
barraca de surf...
Aparentemente, no imediato, não é
uma ameaça à vida das pessoas e à segurança dos seus bens...
Todavia, isso
pareceu-me sempre o mais preocupante, pois 500 metros, a norte, e 2 ou 3
quilómetros, a sul, lá estão as pessoas e os bens, à mercê da fúria do
mar, por incúria e ganância do homem.
|
Seguro: o homem certo no momento certo, para Marcelo e o actual PSD. Marcelo: um comentador com ideias do diabo...
"À
direita convém que Seguro ganhe as europeias", disse Marcelo ontem à noite
na TVI...
A grande preocupação de Marcelo (igual à do actual PSD...), é não ganhar as europeias, mas apenas perdê-las por
pouco. Isso, segundo as contas dele (iguais às do actual PSD...), manterá Seguro.
Estão interessados (Marcelo e o actual PSD...) em enfrentar Seguro nas legislativas.
Eles lá sabem porquê...
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Norte da da barra da Figueira da Foz, Praia de Quiaios: felizmente, uma duna bem conservada e sem erosão costeira
foto António Agostinho. Mais fotos aqui. |
António Tavares (Quem?!.. Ora, isso pergunta-se?.. Um escritor figueirense, de quem vão ser lidos muitos livros, pois foi recentemente descoberto pelo Jot´Alves...)*
“As palavras
que me deverão guiar um dia”. Foi com este romance que António Tavares
concorreu ao Prémio Leya
2013, acabando a integrar a lista dos finalistas, entre 491 concorrentes.
O livro
deverá ser publicado antes do verão. “Concorri por tratar-se do prémio
literário mais importante da língua portuguesa”, disse o autor figueirense ao diário AS BEIRAS.
Todavia,
encontrou outro motivo para concorrer: “quis submeter-me a um júri de
qualidade, para aferir a qualidade da minha obra”.
Mostrando-se “contente
por ter sido selecionado entre os finalistas”, o romancista garante que “não
estava à espera” de ter chegado tão longe.
“As palavras
que me deverão guiar um dia” foi escrito no verão de 2012. Esta não foi, no
entanto, uma iniciativa isolada. A veia literária de António Tavares
impulsionou-o a escrever ensaios, já publicados, peças de teatro e romances.
E no mesmo
ano em que fez parte do grupo dos sete melhores concorrentes ao Prémio Leya,
foi distinguido com uma menção honrosa, nos Prémios Alves Redol, que vai
receber no próximo mês de abril, em Vila Franca de Xira. Neste concurso,
participou com o romance “O tempo adormeceu sob o sol da tarde”.
* É o que dá, em devido tempo, não terem reparado nisto...
Ana Gomes: "Ricardo Salgado devia estar preso"...
Convenhamos: poucos serão os políticos portugueses que se atrevem a falar assim dos banqueiros.
Mar continua a avançar a sul do 5º molhe e já há conimbricenses a mudar as férias da Cova-Gala para Montemor-o-Velho...
foto sacada daqui |
Duas soluções, ou mais do mesmo?..
“A não ser que o PS consiga uma maioria absoluta nas
próximas eleições, o que implicaria um milagre digno da Nossa Senhora da Rua da
Horta Seca, a solução política do país passará por um entendimento entre o PS e
o PSD mais um Paulo Portas cujo papel será comprar submarinos, apresentar
demissões irrevogáveis e fazer aquele sorriso cínico de Chico esperto...
(daqui)
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Podemos ter a certeza que a Cova-Gala não está a atravessar um óptimo momento, quando o eng. João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, gasta uma crónica de jornal inteira a escrever sobre “o fim da praia”...
foto António Agostinho |
“Os enrocamentos, esporões e pedras vão matar as nossas praias
a curto prazo, retirando-lhes areia e potenciando a erosão. O problema não é a violência
do mar. As populações e os políticos é que se enganam a si próprios quando pensam
que a “engenharia pesada ad-hoc” é a solução.
Há duas formas de preservar a “costa”: 1) dar espaço ao mar e
organizar uma “retirada” em zonas ameaçadas, realojando as populações; 2)
realimentar com areia as dunas e áreas a preservar. A opinião técnica é
unânime: o custo benefício das medidas de protecção está do lado do reforço das dunas,
reconstituindo-as. Agir fora destas opções tem sido desastroso.
A estrada que liga a Cova-Gala ao Cabedelo, passando pelo hospital,
não tem viabilidade.
Deverá ser abandonada, tal como os equipamentos e as casas
construídos nas dunas e imediatamente atrás. Cita-se um estudo científico
(Dias, Ferreira e Pereira; 1994 ): “No caso da Figueira da Foz, a erosão
costeira a [sul] dos molhes é, indubitavelmente, devida à retenção da deriva
litoral pelo molhe norte. É-o, também, devido à diminuição progressiva do caudal
sólido debitado pelo rio Mondego (…), provocada pelas múltiplas intervenções efetuadas…”.
Os problemas existentes (…) a sul da barra localizam-se nas
zonas de implantação dos núcleos urbanos (Gala, Costa de Lavos, Leirosa), o que
comprova, uma vez mais, que “só existem verdadeiramente problemas de erosão costeira
quando o litoral está ocupado”.
A decisão de emparedar a costa e acabar com a praia é
demasiado importante para ser tomada durante a tempestade. Há que procurar as
melhores soluções e um consenso que abranja os nossos netos e o seu direito a desfrutar
da praia do Cabedelo.”
Cretinos...
Somos governados por cretinos, sem o menor respeito pelas
dificuldades que as pessoas estão a passar.
Conversas como, por exemplo, “sair da zona de conforto” e “esta”, neste período já pré-eleitoral, enojam-me.
Aliás, este governo já me anda enojar há muito tempo, como me enojam todos os que da cátedra do conforto debitam
balelas completamente alheados da realidade - que ainda por cima nos governam,
ou governaram.
Neste nojo, está
incluída, portanto, aquela esquerda que, durante anos e anos, não hesitou
em se amancebar com o capital mais
selvagem e sanguinário, quando está no poder,
mas, quando na oposição, é só promessas.
Será que o 40º aniversário da Revolução dos Cravos anda a perturbar algumas cabeças pensadoras?..
Assunção Esteves “inconseguiu”...
Mas, ainda sobram muitas ideias imaginativas aos deputados para comemorar os 40 anos do 25 de Abril de
1974.
Mantém-se a ideia de levar as chaimites para o Parlamento,
decoradas com cravos criados por Joana Vasconcelos. E outras...
Maria de Belém sugeriu que os deputados fossem dar sangue!..
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
A vida e os negócios, ou os negócios e a vida, como queiram...
A menos que estejamos perante uma jogada de antecipação dos Meritíssimos Juízes em relação à proposta de António José Seguro de criar um tribunal especial para facilitar a vida e os negócios [ou os negócios e a vida, como queiram] aos investidores estrangeiros, os Digníssimos Juízes deviam explicar ao povo, porque é do povo o dinheiro que anda em bolandas, e, fazendo uso do "imenso rigor intelectual", recorrendo a uma linguagem que o povo perceba, como é que uma verdade aparentemente simples – para haver corruptores tem de haver obrigatoriamente corrompidos, ou vice-versa, é afinal uma verdade absolutamente complexa: uma empresa, a Ferrostaal, e dois seus ex-executivos são julgados, e condenados, em tribunal alemão por suborno de funcionários públicos estrangeiros na venda de submarinos, depois de admitirem ter pago subornos à Grécia e a Portugal, o mesmo Portugal onde um tribunal português não deu como provada a existência de subornados.
(daqui)
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