Figueira, conheço-te tão bem…
Sabia que para um candidato do PSD a Presidente da Câmara da
Figueira da Foz, em 2013, a vida não estaria fácil.
Além desse, houve muitos outros factores a contribuir para o falhanço do Miguel, mas essa tarefa, a seu tempo, compete a ele próprio analisar, depois de digerida esta pesada derrota.
Quanto a mim, como escrevi 3 dias antes das eleições, a
coligação “Somos Figueira” foi um erro... A equipa que conseguiu apresentar
para a vereação foi também um factor importantíssimo, pela negativa.
Ontem, pode ter sido um dia com grande significado para o resto da vida do
Miguel...
Foram muitas as ilações que, se quiser, pode recolher com esta derrota...
Olhando para a foto publicada pela Figueira na Hora, creio que, em primeiro lugar, tem que saber reagir ao desaire político de ontem sem medo dos prejuízos. Muitas vezes, eles
são a forma mais rápida de chegar aos lucros.
Quem não sabe perder, nunca vai saber ganhar.
Outra ilação, muito importante, é admitir os erros próprios.
Nesta política portuguesa (da qual eu continuo a nada
perceber...), tal como nos mercados (coisa de que também não percebo nada...), quanto mais cedo se admitir e compreender
aquilo em que temos errado, mais rápida será a possibilidade de recuperação.
A teimosia – nesta política,
tal como nos mercados - paga-se
imediatamente na conta!
Levantam-se os braços. Dão-se uns pulos. Recebem-se uns
abraços. Tiram-se umas fotografias. Fazem-se umas declarações. Dão-se uns beijos às senhoras e uns abraços
aos cavalheiros. Suportam-se os oportunistas, que sempre aparecem nestas
ocasiões. Sorri-se e agradecessem as felicitações e as palmas dos contentinhos
de oportunidade e de ocasião.
Saber perder, porém, é algo que está ao alcance de poucos.
Saber perder, não é o
mesmo que gostar de perder. São coisas diferentes.
Saber perder, é ter
capacidade para perceber que, neste momento, outro mereceu mais a vitória que
nós - que apesar de termos dado o melhor,
houve alguém que conseguiu superar-nos
por ter sido melhor.
Foi o que aconteceu.
Figueira, conheço-te tão bem...