Hoje, 20 de Maio de 2013, completam-se quinhentos e sessenta
e quatro anos da morte daquele que foi morto e comido pelos cães ("o
verdadeiro gentleman só luta por causas perdidas"...), e por isso ficou
para sempre como a maior de todas as figuras da História de Portugal... E...
não foi em nenhuma "batalha"... (pois uma das partes não vinha para
combater…). Foi só mais uma nova cobardia, e uma nova armadilha, e uma nova
traição, num país que, para sempre, ficou um país de mentira e de cobardia e de
traição… (a verdadeira batalha esteve para acontecer alguns meses antes disso,
nesse mesmo ano de 1449, em Serpins/Lousã... mas nem sequer chegou a começar,
porque um dos beligerantes, o bastardo Duque de Bragança, na iminência do
combate, fugiu na noite anterior, às escondidas, com uma pequena escolta,
abandonando o seu próprio exército… (!)… num dos episódios mais vergonhosos e
mais desprezíveis da História de Portugal… e os "historiadores
portugueses", sobretudo os da "Universidade de Coimbra", ainda
hoje continuam a esconder-nos isso… como nos escondem tudo... pois é para
esconder e para silenciar e para censurar que eles servem... e é para esconder
e para silenciar e para censurar que eles são pagos… e fazem-no em relação ao
Passado, tal como o fazem em relação ao Presente… pois é para transformar o
Presente no Passado, e para impedir o Futuro, que eles servem, e que eles são
pagos…).
Hoje, 20 de Maio de 2013, completam-se quinhentos e sessenta
e quatro anos dessa tal "batalha de Alfarrobeira", em Alverca, às
portas de Lisboa, a "batalha" que não foi nenhuma verdadeira batalha
e em que ficou pela primeira vez proferida em Portugal a célebre frase que,
depois, a partir daí, numa versão textual ligeiramente alterada, continuou para
sempre a ser usada neste país -- até hoje... -- como síntese, lapidarmente
lacónica, do que é a História de Portugal: FARTAR VILANAGEM...
Até hoje… Quinhentos e sessenta e quatro anos depois...
Hoje, 20 de Maio de 2013, completam-se quinhentos e sessenta
e quatro anos da morte do Infante Dom Pedro de Alfarrobeira, a mais generosa e
fascinante figura da História de Portugal... o Infante das Sete Partidas do
Mundo, culto, viajado, ilustrado, beneficente e conciliador, justo e bem
intencionado, protector dos povos e dos municípios, incentivador do progresso
nos fins da Idade Média (defensor dos mercadores, dos pescadores, dos
mareantes, dos humildes, dos fracos e dos oprimidos), amante e agente da
Justiça, frontal inimigo do Feudalismo, clarividente crítico dos passadismos
balôfos e das mafias e feudalismos serôdios que já então destruíam e asfixiavam
Portugal (e que, após o seu assassínio, em 1449, em Alfarrobeira, conseguiram continuar,
para sempre, infindavelmente, a destruir este pobre país e esta pobre gente...
e, na verdade, conseguiram mesmo mantê-lo no subdesenvolvimento, na
subserviência, na miséria, na cobardia, no obscurantismo e na vergonha… -- no
puro e simples FEUDALISMO…! -- para sempre, até ao presente... "Vingar
Vilanagem...!").
Alfredo Pinheiro Marques
Centro de Estudos do Mar - CEMAR