sábado, 13 de abril de 2013

Os filhos da democracia...


Quase 40 anos depois do fim da ditadura de Salazar/Caetano, o Estado social e a escola pública, educou e formou aqueles que estão a proceder à sua destruição.
E, pasmem, foram os que dentro do sistema, os que foram eleitos pelos Portugueses, os que  seguiram as regras da democracia, os  que estão a fazer todo o trabalhimo!
Estes são os verdadeiros filhos do 25 de Abril?.. 
Ou do 25 de Novembro?..
A Democracia tem destas coisas.
 Vejamos, dois exemplos:

Declaração de interesses.
Neste momento, desde meados de outubro p.p., após 41 anos de carreira contributiva para a segurança social, estou desempregado.
Os 6% que me querem retirar, do meu ponto de vista, é um roubo.
Sinto-me roubado e não posso  apresentar queixa na esquadra mais próxima. 
Portanto, ninguém irá preso...
E se não  se prende ninguém por me roubar a mim e a centenas de milhares  de portugueses, porque carga de água é que se há-de prender alguém por assaltar um banco ou uma carrinha de valores?...
Mais: já agora, se me querem roubar, a mim e a centenas de milhares de  desempregados, porque é que esse tal de gaspar não elabora um decerto a mandar fuzilar, por exemplo 500.000 desempregados?...
Será porque, por enquanto,  é contra a lei fundamental do país?...
Pois, se é só por isso, é um muito fraco argumento: roubar 6% também o é!..

Veleiro alemão naufragado quarta-feira já foi removido da praia do Cabedelo...

O veleiro alemão, naufragado na quarta-feira à entrada do porto da Figueira da Foz, foi removido esta manhã da praia do Cabedelo, numa operação que envolveu uma grua de grandes dimensões e decorreu ao longo de cinco horas.

Mais pormenores aqui.

Uma carta de "amor" à troika e de "ódio" aos portugueses, escrita em inglês!..

Ver aqui, em português.

«Este Governo parecia estar de pedra e cal e agora abana por todos os lados»

A Sociedade Instrução Tavaredense encheu-se a noite passada para receber o secretário-geral do Partido Comunista Português.


Jerónimo de Sousa afirmou que o actual Governo chegou ao poder “prometendo o que sabia que não ia cumprir”,  “fazendo agora da chantagem a sua tábua de salvação”. O líder comunista considerou que a decisão do Tribunal Constitucional (TC), que “obriga o Governo a devolver os subsídios que roubou”, foi dramatizada pelo PSD para ser, juntamente com a própria Constituição da República Portuguesa, “a origem de todos os problemas actuais e riscos futuros do país” quando, assegurou Jerónimo de Sousa, estão em causa “apenas umas décimas” do défice das contas públicas. “Este Governo é responsável por um valor que equivale a três vezes mais do que o representado pelas quatro normas chumbadas pelo TC”, garantiu. “Este Governo é que já destruiu 430.000 empregos; já empurrou para a emigração mais de 250.000 pessoas”, acusou. O objectivo da dramatização pelo Governo, defendeu o secretário-geral do PCP, é levar avante “as políticas de liquidação das prestações sociais e dos serviços públicos (…) favorecendo interesses privados”, como, acredita, “há muito estava programado pelo actual Governo com o FMI e a Troika”. A solução, diz Jerónimo de Sousa, é “devolver a palavra ao povo” e “não dar tréguas a esta política”. Defendendo “o valor estratégico da luta”, o líder comunista sublinhou que “este Governo parecia estar de pedra e cal e agora abana por todos os lados”.

Estaleiros Navais do Mondego, ferrovia e arroz

Jerónimo de Sousa não esqueceu, na sua intervenção, os problemas que afectam mais directamente a Figueira da Foz. Sobre os Estaleiros Navais do Mondego (ENM), lembrou “os 236 navios construídos”, e a mão-de-obra altamente especializada numa área crucial para o país, lamentando “todo o processo que culminou na venda a uma empresa sem condições financeiras nem experiência na construção naval”.
Aos produtores de arroz do Baixo Mondego, Jerónimo de Sousa deixou uma palavra de solidariedade, apontando o dedo aos sucessivos ministros que “vão sempre dizendo que há dinheiro para a obra hidroagrícola, mas esta nunca avança”.
No que respeita à ferrovia, o líder comunista acusou PS e PSD de a destruírem, em conjunto. “Primeiro foram as oficinas da EMEF, agora preparam-se para encerrar a Linha do Oeste e desmantelar o ramal Pampilhosa-Figueira da Foz”, concretizou.

Aumentar impostos… ao capital

“Ora agora governas tu, mal; ora agora governo eu, mal”, ironizou Jerónimo de Sousa, a propósito dos chamados partidos do arco do poder. A receita, partilhada também, “continuará a ser a de aumentar impostos e sacrifícios sempre aos mesmos, deixando de fora o capital”. Com críticas directas aos “donos” dos grandes grupos económicos que retiraram as suas sedes fiscais de Portugal, “Pingos Doces e Continentes”, o secretário-geral do PCP lamentou que “esses capitalistas com as costas quentes ainda tenham a arrogância de defender que a solução passa por salários ainda mais baixo, julgando que podem falar como antes do 25 de Abril”.
A manter-se o rumo, Jerónimo de Sousa afirma que “o desemprego aumentará, o país ficará mais pobre e nunca conseguirá pagar a dívida”. Em sentido contrário, o PCP defende “a renegociação total da dívida, em todos dos prazos”, já que as modificações parciais se destinam, acredita, a perpetuar a dívida e a dependência, assegurando juros cada vez maiores aos credores. Apoiar políticas de aumento da produção, de reindustrialização, de agricultura e das pescas, pondo travão às PPPs onde, acusa, “a montanha pariu um rato”, e às rendas excessivas nas energias, “em que nos atiraram areia para os olhos”, é a solução defendida pelo PCP, “tendo como objectivo o pleno emprego”.

« É possível derrotar este Governo e salvar o país»

“Portugal precisa de um Governo que não seja um pau mandado”, disse Jerónimo de Sousa. Para que isso aconteça, sublinhou, “é preciso acreditar que é possível derrotar este Governo e salvar o país” e, acrescentou, “não há solução patriótica e de Esquerda sem o PCP”.
“Queremos ruptura, mudança e participação numa política de Esquerda”, afirmou, “mas não queremos um ou dois ministérios, para depois sermos co-responsáveis de uma política de Direita”, concluiu.

Texto de Andreia Lemos, sacado ao Figueira na Hora
Fotos António Agostinho

O Governo quer pôr desempregados, doentes e reformados a descontar sobre descontos que já fizeram!..


Vítor Gaspar afirmou nesta sexta-feira em Dublin, Irlanda, que uma das medidas com que o Governo conta preencher o buraco orçamental deste ano será um "redesenho" das contribuições que serão impostas aos beneficiários dos subsídios de desemprego e de doença.

O que têm estes dois homens em comum?..

Miguel Relvas foi professor no ensino superior. O ex-ministro que tem o grau académico de licenciado em causa deu aulas no Instituto Superior de Comunicação Empresarial. A seu cargo tinha a cadeira de Marketing Político. O programa Sexta às Nove descobriu que Miguel Relvas partilhou a docência desta disciplina com António José Seguro. 

Daqui

Mercado Municipal vai reabrir em Junho próximo

A mudança do mercado provisório, instalado na Praça das Gaivotas, para o mercado municipal,acontecerá a 3 de junho próximo
Os comerciantes e os clientes habituais vão notar muitas diferenças, com a traça original a combinar com novas e modernas soluções de arquitetura de interiores, além da melhoria das condições higiénicas e sanitárias. Entre as novidades destaca-se a intervenção no piso superior, ao qual também pode aceder-se através de escadas rolantes, com novos espaços comerciais. Está prevista para esta zona do mercado a instalação de postos de atendimento da Águas da Figueira, serviços de câmara e um banco. Há ainda espaço para um restaurante ou similar, com vistas para o jardim municipal e para o rio.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O Gaspar do direito?

Fiquei a saber que Poiares Maduro acha que salvar o euro é o maior desafio da Europa (eu pensava que seria combater o desemprego, mas a verdade é que o “sonho” europeu destas elites parece valer bem o pesadelo de milhões de desempregados). Fiquei também a saber, através de mais uma inenarrável peça de Eva Gaspar, que Maduro já garantiu que o PIB islandês até caiu cerca 40%, graças à crise financeira. Consultando as estatísticas islandesas concluo que caiu um total de cerca de 10%, em 2009 e 2010, e que a recuperação já se iniciou, com os níveis de desemprego conhecidos, ou seja, nunca se ultrapassou os 8% (Portugal antes do euro era assim em termos de taxa de desemprego). É claro que Maduro fala do rendimento medido em dólares, o que diz muito sobre a natureza de classe do seu raciocínio (sempre preocupado com quem viaja e com quem importa carros e tal) e o que obviamente toma em conta a vital desvalorização da moeda islandesa (para ajudar ao mais rápido ajustamento da economia). Medida desta forma a crise nem se vê em Portugal, até porque o euro se valorizou (a crise não existe para quem tem emprego garantido sem cortes e viaja muito para os EUA). É claro que para quem vive na Islândia essa medida tem pouco significado. O que conta é mesmo a evolução do rendimento real, do rendimento nominal descontada a inflação. De resto, este tipo de exercício diz muito sobre o tipo de argumentos que demasiados defensores do euro fazem e sobre os jornalistas que os reproduzem com tanto entusiasmo. Temos mais um para sacrificar o país em nome dos amanhãs europeus que cantam. Isto não vai correr bem.

João Rodrigues

Desenvolvimentos da tragédia que vitimou elemento da Polícia Marítima na passada quarta-feira...


Segundo o Correio da Manhã
“Viúva só recebe 270 euros / mês”...

Ora bem, “se o Manoel de Oliveira trabalha com 103 anos, não vemos razão para que todos os portugueses não o façam”!..

"Idade da reforma pode passar para os 67 anos"...

Jerónimo de Sousa vai estar hoje na Figueira

O secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, participa logo, pelas 21H30, num comício, na Sociedade Instrução Tavaredense (SIT). A deslocação do líder comunista à Figueira da Foz enquadra-se no programa nacional do partido “Por uma política e um governo patrióticos e de esquerda”.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Irlanda

Numa altura em que o ministro das Finanças diz que quer seguir o mais perto possível o exemplo irlandês, um responsável do FMI que participou na elaboração do programa de ajustamento da Irlanda assume que a aposta na austeridade não resultou.

Luto municipal

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, decretou o luto municipal por um dia, a observar amanhã, sexta feira dia 12 de abril, “como forma de expressão de pesar pelo falecimento” de Adriano Martins, procedendo à colocação da bandeira do Município a meia haste. 

Foi igualmente solicitado a todos os presidentes de juntas de freguesia do concelho e responsáveis dos serviços instalados nos demais edifícios municipais que procedessem a idêntico ato. 

As cerimónias fúnebres realizar-se-ão amanhã, pelas 17h30, na sua terra natal, Maçãs de D. Maria, concelho de Alvaiázere.

Via O que eu penso

Remodelação governamental

foto sacada daqui

Alterações no executivo restringem-se à substituição de Relvas. 
Margues Guedes sobe a ministro e é criado um novo ministério, que será ocupado por Miguel Maduro.

Eu e o mar

foto de Pedro Agostinho Cruz

Quem vive na Cova-Gala , sabe, pelo saber da experência, que em dias  de inverno, é normal ouvir  a voz do mar -  muitas vezes  colérica, mas, quando  engrossa, como ontem,  mete medo.
É um rebramir, em fundo,  que acaba sempre na mesma nota profunda – u-uu – que entra pela Aldeia e pelas nossas almas dentro.
Lembro-me de, em miúdo, colocar  um velho búzio no ouvido, para tentar  perceber  distintamente a grande voz do mar.
Nunca mais a esqueci.
Sempre tive uma relação estranha com o mar. 
Adoro-o. Custa-me, imenso, estar,  um dia que seja,  sem o escutar ou sem o ver.
Mas, mas, por vezes, como aconteceu ontem, olho-o como se olha para um carrasco cego, insensível e injusto...

Em tempo.
Tomei conhecimento, via O Figueira na Hora que “a Capitania do Porto da Figueira da Foz tem hoje  a Bandeira Nacional a meia haste, em sinal de luto pelo trágico desfecho do naufrágio de ontem no Cabedelo, onde perderam a vida Adriano Martins, de 41 anos, agente da Polícia Marítima e ex militar da Marinha, e um tripulante alemão da embarcação ‘Meri Tuuli'.”
A minha solidariedade.

Pois… Mas, a Figueira é uma terra com cada vez menos pão e cada vez mais circo…


“Vivi na Bélgica, Itália e França. Nesses países, os cartazes de propaganda política estão confinados a biombos metálicos fornecidos pelas autarquias, onde cada lista tem direito exatamente ao mesmo espaço, em geral apenas a uma das faces de um biombo. Apesar de mais pobres, verifico escandalizado os rios de dinheiro que se gastam em outdoors de campanha em Portugal. Outdoors com 8 a 12 metros de comprimento poderão custar entre cerca de 500€ e 1500€ cada, dependendo da quantidade, do material e da empresa que os instala. Há quatro anos, no concelho da Figueira havia outdoors de listas independentes e de partidos a juntas de freguesia cujos custos superavam o orçamento do material de colagem dos principais partidos em cidades como Bolonha ou Estrasburgo. Isto é uma aberração e uma aberração ao quadrado em tempo de crise. Ao contrário das vozes populistas, não considero que as subvenções do Estado a partidos e a listas independentes devam ser cortadas ou fortemente reduzidas. A política não deve ficar apenas a cargo dos ricos. No entanto, uma deliberação acional ou local poderia interditar a utilização deste material.” 

Rui Curado da Silva, hoje nas BEIRAS (sem link)

Manuela Ferreira leite


A antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite considera que o Governo reagiu com dramatismo e teatralização ao chumbo de quatro normas do Orçamento ao recordar que o valor "cortado" é apenas 1% da despesa.
"Este valor que está em causa representa pouco mais de 1% de toda a despesa pública. Se lhe disserem em sua casa que precisa de reduzir a despesa em 1 %, pensa que vai desabar o mundo lá em sua casa? Qualquer um de nós é capaz de reduzir a despesa em 1%", frisou em entrevista à TVI24, quarta-feira á noite.
Por isso, continuou, o Executivo de Passos Coelho devia aproveitar a decisão do Tribunal Constitucional para mudar de rumo.
"Talvez ingenuamente, mas genuinamente, fiquei convicta de que tinha saído a sorte grande ao Governo, com o chumbo, porque retirava um pouco a pressão de mais 1300 milhões de euros nos cortes das despesas públicas e nas receitas que eram cobradas. Achei que isso era uma ajuda, que seria um bom pretexto" para mudar de rumo, salientou.
Manuela Ferreira Leite considerou também ser impossível fazer cortes de 4 mil milhões de euros na despesa pública e manifestou-se despreocupada com a situação, por ser irrealizável.
"Não estou preocupada, porque acho que não são exequíveis e não vão ser executados. Não vejo possibilidade, a menos que nós tivéssemos todos decidido fazer um haraquiri coletivo. Como acho que ninguém decidiu fazer um haraquiri coletivo, acho não acho possível fazer uma coisa dessas", afirmou.

Ver a entrevista aqui.

Beiras e Diário de Coimbra - primeiras páginas de hoje