No entanto, é um partido que não se pode ignorar, pois quer queiramos, quer não, tem influenciado
– e de que maneira… - a vida dos
figueirenses e dos portugueses, nos
últimos 37 anos.
Portanto, dado que irá ocorrer depois de amanhã um acto eleitoral para a escolha da concelhia
figueirense, que será certamente determinante na escolha dos
futuros candidatos aos órgãos do poder
local, tenho estado atento q.b..
Ao que julgo saber, para
além de José Charana, professor na Escola Pintor Mário Augusto (e, ao que dizem, o candidato de João Paredes...), concorrem também o deputado da Assembleia da
República, João Portugal e o actual presidente da Junta de Freguesia de Vila
Verde, João Carronda.
Como é habitual nestas alturas, há muito “jogo de bastidores
e de cintura” metido no processo. Quem tem estômago para engolir sapos, parabéns. Quem não tem,
faz como eu: coloca-se a milhas…
Isto, não quer dizer que concorde, que em política, mesmo no
PS, possa valer tudo… Contudo, quem mostra disponibilidade para andar à chuva,
tem obrigação de saber por onde caminha
e que a politica, no PS figueirense (e não só, por estas bandas...), sempre foi influenciada por homens pequenos, alguns com instintos primários: o objectivo primordial, é a sua sobrevivência pessoal, nem que isso
signifique a aniquilação do seu concorrente.
É a “poltica do vale tudo”, onde se perde a dimensão humana e vem à tona o pior da humanidade...
Sobre o mundo da politica na Figueira e no País, estou cada
vez mais realista. Quanto mais sei, mais
medo tenho dos dias de hoje e do futuro. Quanto mais sei, mais insignificantes são para mim os
acontecimentos quotidianos.
As eleições para a concelhia do PS Figueira vão ser daqui a
dois dias. E, ou muito engano, ou vai ser mais do mesmo.
Alguém acredita que,
na Figueira, “este é o momento decisivo”
para “estabilizar, credibilizar, repor os valores e princípios do PS ou doutro partido qualquer”?..
Há uma coisa que os políticos, na Figueira e em Portugal, têm de aprender – e rapidamente: ajustar o discurso à acção, a promessa à governação e a palavra ao gesto.Se assim não acontecer, a credibilidade da Política e dos políticos há-de chegar ao ponto zero e o resultado vai ser cada vez mais abstencionismo e os cidadãos também cada vez mais a demitirem-se dos seus deveres de cidadania activa...
E, isso, na Figueira e em Portugal, já está num nível muito preocupante!