segunda-feira, 7 de maio de 2012

Promoções...


Vários economistas já questionam a nossa adesão ao euro, apesar da euforia colectiva da altura. Portugal produz para ter uma moeda ao nível do marco alemão?
Os governos – foram dois – que aceitaram entrar no euro, prestaram um péssimo serviço a Portugal. Puseram nas mãos dos portugueses uma moeda forte, com os juros que a Alemanha pagava.
Mas tirando o PCP e o João Ferreira do Amaral, toda a gente dizia que o euro era uma maravilha… Andava tudo alucinado?
Eu não andava.
Mas então porque andavam todos os outros eufóricos?
Se lhes oferecem dinheiro, as pessoas querem dinheiro.
Uma espécie de 50% do Pingo Doce?
Vê no curto prazo a hipótese do fim do euro?
Vejo como possível o fim do euro. Há uma certeza: este euro que existe está assente em muito más bases.
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Entrevista completa aqui.

Au revoir, Sarkozy!


sábado, 5 de maio de 2012

E pronto: já que não se pode ter tudo, bom fim de semana

"Portugal está melhor, mas os portugueses estão pior".
Um ano depois de Portugal ter assinado um acordo de ajuda externa com a "troika", fiquem com as palavras do antigo ministro da Segurança Social, fervoroso católico e adepto do Benfica, Sua Excelência o Senhor Engenheiro António Bagão Félix. O Portugal da arraia miúda só é lembrado pelos grandes quando chega hora dos grandes sacrifícios. Aconteceu durante as diversas guerras, desde a fundação da Pátria até à guerra do Ultramar, e aconteceu na actual crise económica... Atente-se...
"As medidas ao nível do rendimento disponível, dos salários, das pensões e ao nível dos contribuintes, dos impostos, foram tomadas rapidamente".
Já medidas como a renegociação das Parcerias Público-Privadas, (PPP) a questão das rendas excessivas no sector eléctrico ou a possibilidade de algum aumento da carga fiscal sobre rendimentos mais elevados ou bens de luxo, é para serem tomadas devagar, devagarinho...
Até o Bagão Félix percebe "que o reformado não tem advogados, o funcionário não tem advogados e as PPP têm bons advogados…"

Até às crianças, Senhor?..

Certa gente,  perdeu  a noção de todos os valores e tripudiou sobre as mais elementares regras de convivência. Lenta mas inexorável uma endemia de dissolução continua a alastrar, de tal forma, na sociedade portuguesa, que põe em causa a própria razão do ser... 
"Braço-direito de Óscar Silva morreu e tinha deixado cheque de 45 mil euros para a filha, de nove anos. Economista recusou entregar verba, que passou por "offshore" O economista que liderou o BPN-Créditus foi condenado a pagar 58 mil euros à filha do seu antigo braço-direito. Em tribunal foi dado como provado que desviou dinheiro destinado à criança, então com nove anos."
Citando Augusto Gil:
Quem já é pecador 
sofra tormentos, enfim! 
Mas as crianças, Senhor, 
porque lhes dais tanta dor?!... 
Porque padecem assim?!...


Karl Heinrich Marx

Dele, disse o seu inseparável amigo Engels no seu funeral:

"A luta era o seu elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um sucesso com quem poucos puderam rivalizar. (…) Como consequência, Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado do seu tempo. Governos, tanto absolutistas como republicanos, deportaram-no dos seus territórios. Burgueses, quer conservadores ou ultrademocráticos, porfiavam entre si ao lançar difamações contra ele. Tudo isso ele punha de lado, como se fossem teias de aranha, não tomando conhecimento, só respondendo quando necessidade extrema o compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e chorado por milhões de colegas trabalhadores revolucionários - das minas da Sibéria até à Califórnia, de todas as partes da Europa e da América - e atrevo-me a dizer que, embora, muito embora, possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal."

Momento filosófico!..



Ontem, em Portugal, o país que mais cortou nos salários do Estado em 2011 e onde a redução da massa salarial superou a meta inicial negociada com a troika, o primeiro ministro em exercício há quase um ano considerou que o "modelo de crescimento assente em baixos salários é modelo de empobrecimento"!.. 
Hoje, em Portugal, que  volta a ser o que mais corta em 2012, isto só pode ser encarado como um momento filosófico...

Eu acredito neste cavalheiro...

Eu até acredito mais: de certeza que Soares dos Santos nem sabia  que o Pingo Doce se chamava Pingo Doce... 
Mais ainda: neste momento o dono do Pingo Doce deve estar surpreendidíssimo  com o facto de o Pingo Doce se chamar Pingo Doce!.. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Só para desanuviar, que o tempo hoje não vai dar para mais e já estou farto de blogar sobre o pingo doce...

foto Pedro Agostinho Cruz, sacada daqui



É Primavera, mas continua e chover… 
Coelho, faz o que não prometeu 
e anda a culpar disso
quem o antecedeu. 
Nisso, 
é preciso ter galo,
esta Primavera não se distingue de Verões, 
Outonos e Invernos passados:
os portugueses gostam de levá-lo
e de serem governados  por aldrabões!.. 
Estão no seu pleno direito,
ao meterem-se a jeito... 
Vamos é a ver
quem vai conseguir sobreviver?..





quinta-feira, 3 de maio de 2012

É apenas por um pormenor, mas fica esta chamada atenção ao departamento de markting do Pingo Doce

O seu mérito não está em causa... O departamento de markting do pingo doce está e continua de parabéns...
Mas, como tudo pode melhorar sempre mais um pouco, fica uma pequena sugestão para quando se realizar a próxima operação: "um desconto de 75% para os agentes da PSP"!.. 
E não seria nenhum favor, pois "as forças policiais não existem para enfrentar ou acudir a situações que resultam manifestamente da insensatez e imprevidência de iniciativas comerciais de empresas".

Graçola de oportunidade?..

Pingo Doce ressalva "preocupação social" na campanha de descontos!.. 
 O director-geral, afirmou ontem na televisão que a campanha de descontos protagonizada pela cadeia de supermercados no 1º de maio foi fruto de "uma grande preocupação social" e de uma "leitura muito atenta do mercado". Em entrevista ao Jornal das 8 na TVI, Luís Araújo recusou, no entanto, revelar os resultados da campanha…. Na mesma oportunidade, garantiu também que a lei da concorrência foi cumprida e que não perderam dinheiro!..
Ora bem: quanto ganharia então a cadeia de supermercados se não fiezesse 50% de descontos?...
Não esqueçam, que "o Pingo Doce optou por realizar a campanha promocional no dia 1 de Maio, porque é no primeiro dia de cada mês que mais famílias fazem as suas compras"!.. 
Exemplar, meus caros: aqui está um enormíssimo   "exemplo de como uma empresa pode canalizar valor para a sociedade"!..
Zombies: não se esqueçam é que os impostos são pagos na Holanda….

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mau tempo para a Figueira...







Chuva e vento forte colocam concelho em «alerta amarelo».
Mais pormenores aqui.


Morreu uma personalidade marcante da cinematografia nacional e da sua renovação a partir dos anos 70

Fernando Lopes (1935-2012) 
Nascido a 28 de dezembro de 1935, Fernando Lopes viria a afirmar-se como dos um dos cineastas mais importantes do Novo Cinema Português.
Entrou para a RTP em 1957 onde começou por ganhar experiência como assistente de montagem.
Em 1959, obteve a bolsa que lhe permitiu tirar o curso de Realização de Cinema na London Film School. Poucos anos depois, em 1964, realizaria uma das obras que o tornariam num nome incontornável do cinema português: "Belarmino", o documentário sobre a vida de um pugilista.
No ano seguinte faria um estágio de três meses em Hollywood, depois do qual levou a cabo o filme "Abelha na Chuva", outra das obras mais significativas da sua filmografia. Foi co-fundador e diretor da RTP2, na década de 1980, e professor do Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa.
Entre os seus filmes, destacam-se ainda "O Delfim" e "Crónica dos Bons Malandros". "Em Câmara Lenta", o seu mais recente filme, a personagem principal é um homem que na fase final da sua vida procura um sentido para o percurso que trilhou.
Fernando Lopes foi casado com a atual diretora Cinemateca Nacional, Maria João Seixas.

Por um prato de lentilhas, mas com 50% de desconto


Os donos do Pingo Doce quiseram esfregar-nos na cara o nosso egoísmo, a nossa venalidade, a tremenda distância que nos separa dos outros, desde que de permeio esteja o nosso umbigo.
Quiseram fazer-nos provar a gordura cobarde que temos em vez de músculo; explicar-nos, muito devagar, como se fossemos imbecis, que nada nos custa pisar as vidas dos vizinhos desde que seja para alcançar couratos a metade do preço.
E conseguiram.
Anunciaram primeiro que iam obrigar os seus trabalhadores a laborar no feriado do 1º de Maio.
Quando alguma polémica eclodiu, sujeitaram a referendo nacional a solidariedade da manada tuga: “E se vos déssemos um desconto jeitoso, ainda ficariam do lado dos oprimidos, ou correriam por cima deles para agarrar vinho em saldos?” 
O resultado viu-se ontem pelas nossas ruas: milhares a encher bagageiras com os despojos dos direitos dos outros. Nas declarações de rapina, o gáudio cheirava-se à légua: “Podemos registar o entusiasmo e a euforia dos nossos clientes, que precisam de campanhas como esta.” 
Como precisamos, foi só assobiar para nos pormos de cócoras, orifícios lubrificados pela nossa própria cupidez.
Pouco depois, quase todas as grandes superfícies comerciais decretavam, à força de intimidação, a morte do Primeiro de Maio. Mais um capítulo na história da infâmia em que vamos dando razão ao ditador que nos baptizou como “uma nação de cobardes” – acrescentámos ontem a palavra que faltava: “Glutões.” 

Sacado daqui

"Neste dia", alguém que acalme Deus e Proença se não eles ainda fazem algum disparate....

"Neste dia, a UGT exige que o Governo cumpra a palavra dada e o acordo assinado. A UGT exige mais eficácia e rapidez de todo o Governo na implementação do acordo. 
Neste dia, mais uma vez, a UGT afirma a sua firme determinação em exigir o cumprimento do acordo de concertação, sob pena de o mesmo ser denunciado pela UGT, por incumprimento do Governo", afirmou João de Deus.
Neste dia,  secretário-geral da UGT, João Proença, disse, por sua vez: "Exigimos respeito por este acordo tripartido, o seu cumprimento integral".
Neste dia, João Proença disse ainda aos jornalistas que "a UGT respeita aquilo que assinou, mas tem do direito de crítica, o direito de opinião"...