Raramente vejo televisão. Quanto muito, um ou outro meio joguito de futebol, um ou outro noticiário, um ou outro programa de debate…
E basta… Por mês, no máximo dos máximos, aí umas 10 horitas…
Rádio, ouço e gosto, pois permite-me fazer outras coisas ao mesmo tempo.
Quanto a jornais em papel… Desportivos, há largos anos que nem "cheirá-los"!..
Quanto aos outros, os chamados "de referência", por vezes leio em diagonal e navego pelas edições online…
Apesar disso e modéstia à parte, considero-me uma pessoa razoavelmente informada.
Há mais informação para além da televisão e dos jornais. A reflexão, a análise, o comentário, a discussão, a crónica, as estórias, procuro-as noutras paragens!...
Para além disso, aplico algum do meu tempo livre a postar neste Outra Margem.
Não sei, nem quero saber porquê, mas há quem se preocupe com a minha “perca” de tempo numa actividade que não dá dinheiro, como esta!...
Não tinha de responder, mas como é simples e fácil, aí vai: para mim, é uma maneira muito mais interessante e agradável de entretenimento do que passar quatro ou cinco horas em frente à televisão a assistir a programas estupidificantes…
No dia 25 de Abril de 2006, criei este blog para me divertir. E tenho conseguido, oh se tenho conseguido!..
Se, por acréscimo, conseguir proporcionar alguns momentos agradáveis a quem me visita, tanto melhor...
Sinto-me bem assim.
Ponto final.
domingo, 11 de setembro de 2011
PS
Acabei de ouvir há poucos minutos que terminou o XVIII Congresso Nacional do Partido Socialista.
As pessoas, por agora, estão de novo em primeiro.
Por agora, no PS retornou o punho esquerdo e o vermelho.
Por agora, o PS gosta das pessoas.
Por agora, o PS não gosta de privatizações, dos bancos ou dos ricos.
Por agora, o PS está preocupado com os jovens e com a precariedade.
Por agora, o PS lamenta o desemprego e os ataques ao estado social.
Por agora o PS está na oposição…
O PS continua o PS!
sábado, 10 de setembro de 2011
A propósito do Congresso do PS…
Ontem, os delegados ao XVIII Congresso Nacional do PS elegeram por larga maioria a ex-ministra Maria de Belém para o cargo de presidente do partido substituindo Almeida Santos, que ocupava este lugar desde 1992!..
Ora, isto é mais o mesmo. Os partidos tendem a fechar-se em si mesmos. É difícil a entrada de gente nova.
Em todos os partidos abundam indivíduos que nada mais fizeram na vida do que militar…
Do PCP ao CDS, há nomes que pertencem à mobília da casa, alguns já há dezenas de anos.
Profissionalizaram-se numa actividade que nunca foi profissão e agora, nada mais sabem fazer...
São os denominados imprescindíveis militantes.
Agora, têm uma trabalheira extra: tudo fazer para nos levar a acreditar que a democracia não pode prescindir deles.
O País deve ter centenas deles... A Figueira, contribui com uma boa dúzia deles…
Ora, isto é mais o mesmo. Os partidos tendem a fechar-se em si mesmos. É difícil a entrada de gente nova.
Em todos os partidos abundam indivíduos que nada mais fizeram na vida do que militar…
Do PCP ao CDS, há nomes que pertencem à mobília da casa, alguns já há dezenas de anos.
Profissionalizaram-se numa actividade que nunca foi profissão e agora, nada mais sabem fazer...
São os denominados imprescindíveis militantes.
Agora, têm uma trabalheira extra: tudo fazer para nos levar a acreditar que a democracia não pode prescindir deles.
O País deve ter centenas deles... A Figueira, contribui com uma boa dúzia deles…
Ainda que murcha, uma rosa de Guterres e de Sócrates é uma rosa...
No PS, “a rosa murchou e o velho punho erguido está de volta em força.”
Para já, fica por saber se a rosa, mesmo murcha, ainda não vai dar amargos de boca e problemas a Seguro…
É que uma rosa de Guterres e de Sócrates é uma rosa: mesmo murcha continua a ter espinhos!...
A actualidade de António Aleixo...
Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu´rer um mundo novo a sério.
Erosão costeira: um problema de ontem, de hoje e de amanhã..
Neste momento, como alertamos já por diversas vezes neste Outra Margem, está em curso uma catástrofe ambiental de erosão do litoral, que vai atingir proporções dramáticas ao longo dos próximos meses e dos próximos anos, a partir deste Inverno de 2011-2012, nas praias da Zona Centro de Portugal: sul de Aveiro (Costa Nova, Vagueira, Areão e Mira) e sobretudo ao sul da Figueira da Foz (Cova-Gala, Costa de Lavos, Leirosa, Pedrógão, Vieira de Leiria…).
Dado o interesse do assunto, publicamos um trabalho, que saiu no Jornal de Leiria em 11 do passado mês de Agosto, com declarações importantantíssimas de Alfredo Pinheiro Marques (Centro de Estudos do Mar - CEMAR).
Toda a costa a sul da Figueira da Foz está de alguma forma a sofrer a erosão provocada pelo mar, agravada pela ausência de reposição de areias que ficam retidas no molhe da Figueira da Foz. Nas praias dos concelhos de Leiria e Marinha Grande – Pedrogão, Vieira e S. Pedro de Moel – os veraneantes foram surpreendidos com areais substancialmente mais curtos e inclinados e, no caso de S. Pedro, com a areia substituída por pedras.
Alfredo Pinheiro Marques, director do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, é peremptório ao afirmar que houve falta de sensatez pois “esse problema já se percebia no século passado, em exemplos como os do Furadouro ou de Espinho, que até o cineasta Paulo Rocha mostrou em 1966 no seu filme Mudar de Vida, pelo que se deveria, pelo menos, não ter feito mais erros”. “Quando por razões económicas, turísticas ou de especulação imobiliária, se constroem os molhes e esporões, criam-se verdadeiros aterros a Norte e fica-se sem areia a Sul, podendo o mar entrar pela terra a dentro, colocando em risco as habitações”, refere aquele especialista. “A construção de molhes ou pequenos esporões tem um preço, que é caríssimo” refere Pinheiro Marques, afirmando ainda que “aumentando o problema para o dobro [molhe na Figueira da Foz] aumentou-se também os seus efeitos para o dobro”, prevendo que os próximos seis/sete anos poderão trazer consequências piores, que qualquer técnico deveria ter percebido. “O mar vai chegar dentro das povoações”, afirma.
Também Nuno Carvalho, presidente da Oikos, refere que diversos estudos já aconselhavam a que não se prolongasse o molhe da Figueira. A obra inaugurada em Fevereiro, que duplicou a sua extensão com os novos 400 metros construídos, é segundo o responsável da Oikos, o exemplo de como “as questões de interesse económico imediato” se vão sobrepondo a decisões mais racionais e de interesse público. “A médio/longo prazo os prejuízos serão maiores que os proveitos”, considera Nuno Carvalho que afirma ainda que “não se tem acautelado o litoral” e que se nada for feito, o mar poderá entrar nas povoações”.
Para Nuno Carvalho, a solução mais imediata poderá passar pela tentação de construir mais esporões a Sul para atenuar os impactos do molhe da Figueira da Foz, solução que, na sua opinião, iria aumentar ainda mais a pressão sobre o litoral. O ideal, refere, seria recuar o molhe da Figueira, solução que na sua opinião é inevitável pois, se isso não acontecer, “terão que se recuar as povoações a Sul. “Se não recuarmos de livre vontade o mar a isso obrigará”.
Sobre a decisão de avançar com a obra sabendo-se dos problemas que poderia criar, Nuno Carvalho refere as pressões económicas para melhorar a navegabilidade do porto e que “em alturas de crise a economia com efeitos imediatos sobrepõe-se sempre a decisões mais racionais”. Já Pinheiro Marques não entende como foi possível avançar para uma obra daquelas sabendo-se dos impactos que iria ter, quer ambientais quer ao nível do turismo, pois se as praias a sul estão a ficar sem areia, as da Figueira da Foz já têm o mar a mais de 500 metros da povoação, o que também afasta os turistas. O responsável pelo Centro de Estudos do Mar deixa ainda o alerta de que “é perigoso aumentar a presença humana ao nível do mar”, devido aos fenómenos naturais como maremotos, nomeadamente nos litorais baixos como é o caso de toda a extensão entre o Douro e a Nazaré. “Os litorais baixos não deveriam ser utilizáveis para habitação, a não ser nos casos em que, historicamente, como nas comunidades dos pescadores da "Arte" do arrasto para terra, já aí existiam desde há muito comunidades humanas antigas e de primeira e única habitação, que merecem por isso ser respeitadas e defendidas com dinheiro público (mas que, mesmo assim, vai ser muito difícil defender no futuro…!). Quanto a novas urbanizações, construídas agora nos últimos anos, e para fins de especulação imobiliária, elas são um crime ambiental. Os Portugueses deveriam compreender que, nisto, como em tudo, têm que Mudar de Vida…”
Dado o interesse do assunto, publicamos um trabalho, que saiu no Jornal de Leiria em 11 do passado mês de Agosto, com declarações importantantíssimas de Alfredo Pinheiro Marques (Centro de Estudos do Mar - CEMAR).
As previsões quanto às consequências do prolongamento do molhe da Figueira da Foz estão-se a concretizar de forma assustadora. O areal das praias da região está a desaparecer e o mar está cada vez mais próximo das casas, sendo previsível que, se nada for feito, dentro de poucos anos invada as povoações.
As previsões de ambientalistas e especialistas em assuntos do mar quanto às consequências do prolongamento do molhe na Figueira da Foz, de que o Jornal de Leiria foi dando conta em momentos oportunos, estão-se a concretizar de forma assustadora.Toda a costa a sul da Figueira da Foz está de alguma forma a sofrer a erosão provocada pelo mar, agravada pela ausência de reposição de areias que ficam retidas no molhe da Figueira da Foz. Nas praias dos concelhos de Leiria e Marinha Grande – Pedrogão, Vieira e S. Pedro de Moel – os veraneantes foram surpreendidos com areais substancialmente mais curtos e inclinados e, no caso de S. Pedro, com a areia substituída por pedras.
Alfredo Pinheiro Marques, director do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, é peremptório ao afirmar que houve falta de sensatez pois “esse problema já se percebia no século passado, em exemplos como os do Furadouro ou de Espinho, que até o cineasta Paulo Rocha mostrou em 1966 no seu filme Mudar de Vida, pelo que se deveria, pelo menos, não ter feito mais erros”. “Quando por razões económicas, turísticas ou de especulação imobiliária, se constroem os molhes e esporões, criam-se verdadeiros aterros a Norte e fica-se sem areia a Sul, podendo o mar entrar pela terra a dentro, colocando em risco as habitações”, refere aquele especialista. “A construção de molhes ou pequenos esporões tem um preço, que é caríssimo” refere Pinheiro Marques, afirmando ainda que “aumentando o problema para o dobro [molhe na Figueira da Foz] aumentou-se também os seus efeitos para o dobro”, prevendo que os próximos seis/sete anos poderão trazer consequências piores, que qualquer técnico deveria ter percebido. “O mar vai chegar dentro das povoações”, afirma.
Também Nuno Carvalho, presidente da Oikos, refere que diversos estudos já aconselhavam a que não se prolongasse o molhe da Figueira. A obra inaugurada em Fevereiro, que duplicou a sua extensão com os novos 400 metros construídos, é segundo o responsável da Oikos, o exemplo de como “as questões de interesse económico imediato” se vão sobrepondo a decisões mais racionais e de interesse público. “A médio/longo prazo os prejuízos serão maiores que os proveitos”, considera Nuno Carvalho que afirma ainda que “não se tem acautelado o litoral” e que se nada for feito, o mar poderá entrar nas povoações”.
Para Nuno Carvalho, a solução mais imediata poderá passar pela tentação de construir mais esporões a Sul para atenuar os impactos do molhe da Figueira da Foz, solução que, na sua opinião, iria aumentar ainda mais a pressão sobre o litoral. O ideal, refere, seria recuar o molhe da Figueira, solução que na sua opinião é inevitável pois, se isso não acontecer, “terão que se recuar as povoações a Sul. “Se não recuarmos de livre vontade o mar a isso obrigará”.
Sobre a decisão de avançar com a obra sabendo-se dos problemas que poderia criar, Nuno Carvalho refere as pressões económicas para melhorar a navegabilidade do porto e que “em alturas de crise a economia com efeitos imediatos sobrepõe-se sempre a decisões mais racionais”. Já Pinheiro Marques não entende como foi possível avançar para uma obra daquelas sabendo-se dos impactos que iria ter, quer ambientais quer ao nível do turismo, pois se as praias a sul estão a ficar sem areia, as da Figueira da Foz já têm o mar a mais de 500 metros da povoação, o que também afasta os turistas. O responsável pelo Centro de Estudos do Mar deixa ainda o alerta de que “é perigoso aumentar a presença humana ao nível do mar”, devido aos fenómenos naturais como maremotos, nomeadamente nos litorais baixos como é o caso de toda a extensão entre o Douro e a Nazaré. “Os litorais baixos não deveriam ser utilizáveis para habitação, a não ser nos casos em que, historicamente, como nas comunidades dos pescadores da "Arte" do arrasto para terra, já aí existiam desde há muito comunidades humanas antigas e de primeira e única habitação, que merecem por isso ser respeitadas e defendidas com dinheiro público (mas que, mesmo assim, vai ser muito difícil defender no futuro…!). Quanto a novas urbanizações, construídas agora nos últimos anos, e para fins de especulação imobiliária, elas são um crime ambiental. Os Portugueses deveriam compreender que, nisto, como em tudo, têm que Mudar de Vida…”
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Humoristas...
Ora aqui um post dos que me dão prazer escrever e editar: cordato, bem disposto, alegre, contente e feliz, um verdadeiro hino à convivência salutar.
Nem sempre se consegue isso, pois este blogue visa ser um retrato fiel do quotidiano que nos envolve.
E a vida - especialmente no que à política diz respeito - azedou nos últimos anos...
E uma pessoa acaba por reagir, com a revolta, às injustiças de que todos os dias vamos tendo conhecimento...
Mas, este post é diferente: esta foto do Pedro Cruz, fixa a imagem de um "Gordo" e de um "Contente". O "Feliz" está mais ao lado. Basta clicar aqui.
Nem sempre se consegue isso, pois este blogue visa ser um retrato fiel do quotidiano que nos envolve.
E a vida - especialmente no que à política diz respeito - azedou nos últimos anos...
E uma pessoa acaba por reagir, com a revolta, às injustiças de que todos os dias vamos tendo conhecimento...
Mas, este post é diferente: esta foto do Pedro Cruz, fixa a imagem de um "Gordo" e de um "Contente". O "Feliz" está mais ao lado. Basta clicar aqui.
E agora João (Portugal)?..
Não é tarefa fácil, mas é o que está no jornal AS BEIRAS: “João Ataíde ultrapassa o PS pela direita”!..
E agora João (Portuga)l? ..
Ao que parece acabou (mesmo) a "silly season" na Figueira!..
Porque também não gosto de Passos Coelho e deste governo
Venerar e proteger os ricos e os poderosos e ostracizar, desprezar ou negligenciar os remediados e os pobres, é, na minha maneira de ver Portugal e o mundo, a maior e mais abrangente corrupção moral e humana.
E é a isso, a meu ver, a que se tem resumido a política deste governo.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
No fio
O que separa a vida que corre bem da vida que corre mal, é um fio ténue e quase invisível.
Mergulhados na difícil labuta do quotidiano, raramente damos pela diferença.
A excepção, acontece em dias como o de hoje, em que damos por nós a pisar o tal fio ténue e quase invisível, com a esperança que o futuro seja resolvido a nosso favor.
O que vai ser muito difícil, pois isto está mesmo no fio…
Mergulhados na difícil labuta do quotidiano, raramente damos pela diferença.
A excepção, acontece em dias como o de hoje, em que damos por nós a pisar o tal fio ténue e quase invisível, com a esperança que o futuro seja resolvido a nosso favor.
O que vai ser muito difícil, pois isto está mesmo no fio…
A política da autoridade
Conforme se pode ver e ouvir clicando aqui, Jerónimo de Sousa no comício de encerramento da Festa do Avante, apelou aos portugueses para protestarem na rua contra medidas do Governo.
No dia seguinte, Pedro Passos Coelho (no que foi apoiado por Portas) fez declarações estranhas: avisou para o perigo de "quem se entusiasma com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora"....
Este nervosismo, com aparência de firmeza, por parte do primeiro ministro, só pode ser interpretado como uma tentativa de intimidar o movimento de contestação social.
Os políticos, chegados ao poder, são todos iguais: desde o presidente da junta da minha Aldeia, ao presidente da república do meu País, como não têm autoridade para impor uma política, utilizam a política de modo a conseguirem a autoridade!..
No dia seguinte, Pedro Passos Coelho (no que foi apoiado por Portas) fez declarações estranhas: avisou para o perigo de "quem se entusiasma com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora"....
Este nervosismo, com aparência de firmeza, por parte do primeiro ministro, só pode ser interpretado como uma tentativa de intimidar o movimento de contestação social.
Os políticos, chegados ao poder, são todos iguais: desde o presidente da junta da minha Aldeia, ao presidente da república do meu País, como não têm autoridade para impor uma política, utilizam a política de modo a conseguirem a autoridade!..
Obrigadinho...
Sempre dá para uma prenda e pêras!...
Como por exemplo uma boneca como esta numa loja dos chineses!..
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Obras do Mercado: a adjudicação vai a reunião de câmara, para aprovação, no próximo dia 13 de Setembro
Carlos Monteiro
As obras de remodelação do Mercado Municipal da Figueira da Foz poderão arrancar até ao final do ano...
No entanto, se houver contestações ao concurso, o início da empreitada poderá ser remetida para o primeiro semestre de 2012.
Custódio Cruz
Não acredito que avancem, porque ainda não estão orçamentadas e ainda não nos mostraram o projecto.
O melhor é fazermos aqui o Natal e depois se verá.
Via AS BEIRAS
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