“A ADMINISTRAÇÃO da Empresa Geral de Fomento (EGF) entrou com um processo cível no Tribunal da Figueira da Foz exigindo ao antigo presidente o pagamento de mais de cinco mil euros de chamadas telefónicas.
Miguel Almeida utilizou o cartão de telemóvel atribuído pela estrutura durante cerca de um ano depois de ter saído.
Entretanto, o antigo presidente do conselho de administração propôs um acordo que passava
pelo pagamento de metade da verba reclamada, mas a empresa não aceitou a proposta e
avançou para tribunal. “Se existe o processo cível é porque eu entendo que eu não devo pagar.
Não sou eu quem trata dessas coisas, ou seja, do pagamento de despesas de telecomunicações, é o meu contabilista, e a empresa não me tinha avisado”, justificou Miguel Almeida ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Esclareceu ainda que o número de telemóvel utilizado era o mesmo que tinha antes de presidir
à EGF. “Saí da empresa e não foi cancelado o cartão de telemóvel. Fiz chamadas durante
um ano e não só não cortaram o telemóvel, como não me avisaram que continuava a fazer
chamadas pagas pela EGF. Ora, isto denota um princípio de má gestão”, acusa Miguel Almeida.
E garantiu: “não sou rico, não tenho dinheiro para pagar essa factura”.
O deputado e candidato à Assembleia da República e número três da lista de Duarte Silva à Câmara da Figueira da Foz conclui que a data da entrada do processo em tribunal não é mera coincidência. “Acho estranho que a um mês das eleições entre este processo em tribunal.
Como dizia o outro, não há coincidências…”, rematou.
Miguel Almeida presidiu à EGF, do Grupo Águas de Portugal, durante oito meses, entre 2004 e 2005.”





