sábado, 22 de março de 2008

A receita para se ser "rei"

Há poucos dias, mais precisamente no passado dia 17 do corrente, Alberto João Jardim, esse grande e educado democrata, completou 30 anos no cargo de presidente do Governo Regional da Madeira.
Em democracia é uma proeza. Mas, ao contrário do que muita gente pensar, não tão extraordinária como à primeira vista possa parecer.
A receita, acreditem, até nem exige tantos condimentos como isso: dose q. b. de caciquismo, criação de uma clientela amorfa e interesseira, com a atribuição de subsídios, distribuição de alguns “tachos” e, claro, formalização de negócios dependentes do poder. Tudo isto bem regado por um centralismo asfixiante e temos o caldo completo.
Para apurar o “petisco”, juntam-se uns métodos políticos terceiro mundistas ...
A receita, é conhecida e é esta. E está a ser aplicada em muita localidade perto de nós. Também no continente.
Alberto João Jardim, por enquanto, é o “rei”, mas há quem esteja a caminho de o destronar ...
No Portugal democrático, é bom que se tenha a noção de que Alberto João Jardim não é o único cacique empoleirado num poder que parece perpétuo.
É apenas o mais visível.

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Augusto Santos Silva, o mais recente anti-fascista da nossa praça


“Ficou com a respiração suspensa quando Jane Birkin e as amigas entraram no quarto do fotógrafo e se começaram a despir. Mas o fotograma seguinte mostrava a cantora de "Je t'aime, moi non plus" a abotoar-se. Esta censura foi a gota de água que transbordou o copo. Tornou-se anti-fascisa”

DAMM no Tapas Bar

Realizou-se ontem, pelas 0 horas, no Tapas Bar, mais um excelente concerto da banda covagalense – DAMM.
Como o próprio vocalista da banda, Calhau, disse “é um concerto diferente, não estamos habituados a tocar para pessoas sentadas. No entanto, espero que apreciem e, claro, que gostem” Toda a energia que os DAMM normalmente fazem desapertar no publico foi ontem substituída por enormes aplausos.
Sem duvida, mais uma bela actuação da banda da margem sul do Mondego.
Parabéns ao DAMM.
Ver mais fotos aqui.

Tarefa possível?

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Bom humor

Depois de ler a noticia no diário As Beiras, fiquei a saber que a “Empresa municipal Figueira Parques “inventou” um talão pré-pago destinado à promoção do comércio tradicional. Esta nova modalidade é exclusiva para comerciantes.”
O milagroso produto foi ontem apresentado aos jornalistas, em conferência de imprensa, por Lídio Lopes, vereador e presidente da empresa municipal.

Valha o bom humor aos comerciantes da baixa figueirense...
“O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior.”
(Alfred Montapert)

quarta-feira, 19 de março de 2008

segunda-feira, 17 de março de 2008

30 anos no poder e ainda há lugar a surpresas...

Política de Interesse



"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade."
Eça de Queiroz