Na foto sacada daqui, temos o Presidente Junta Freguesia de Buarcos/S. Julião à esquerda, e Mário Paiva, à direita, em primeiro plano. |
No início do presente mandato, depois de ter obtido a presente maioria absoluta, o presidente
da câmara fechou a primeira das duas reuniões mensais ao público e à
comunicação social, invocando a permissão da lei e a necessidade de alguns
assuntos serem tratados com privacidade.
Na Assembleia Municipal realizada no passado 30 de Dezembro,
Ana Oliveira, da coligação Somos Figueira, propôs a revogação da deliberação, afirmando a dado passo (edição de hoje do jornal AS BEIRAS): “Por que é que não aplicou esta medida no
mandato anterior? Por que sabia que não
ia ser aprovada (por ter maioria relativa)?”
“Não propus, porque tinha a consciência de que essa não era
a vontade da maior parte dos vereadores”, respondeu João Ataíde.
Reacções das outras bancadas
representadas na Assembleia Municipal.
Mário Paiva, do PS: “A bancada do PS até poderia rever-se neste
voto de protesto se os cidadãos não tivessem acesso à câmara. Uma por mês (esclareça-se: reunião camarária aberta), é mais do que suficiente”.
Silvina Queirós, da CDU: “A democracia fica suspensa uma vez
por mês”. “Na Figueira da Foz, é a primeira vez que tal acontece desde o 25 de
Abril de 1974”.
João Paulo Tomé, do BE:
“Uma coisa é a lei, outra coisa é o conceito ético de transparência e democracia”.
Em tempo.
“Uma por mês” (esclareça-se, mais uma vez, reunião camarária aberta) senhor deputado municipal Mário Paiva?!..
Que tal, em 2017, arranjamos um ditador, que proíba
a que sobrou, por mês?
Daqui a 191 anos, a
Figueira, a Terra do Patriarca da Liberdade, será, de certeza, uma potência exemplar, no que à resistência
democrática diz respeito... Para mais, como
cidade à beira-mar plantada, que somos, manteremos certamente intacta a nossa
capacidade de continuar a boiar...