"Foram recebido separados, mas à saída dos encontros com o Presidente da República, os líderes das centrais sindicais convergiram tanto na recusa do anteprojeto de revisão da legislação laboral, como ao admitirem todas as formas de luta, incluindo um greve geral. Neste momento, a posição que a UGT tem é a de rejeição deste anteprojeto", afirmou o secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Mário Mourão, após a audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Para Mário Mourão o anteprojeto do Governo "não é uma reforma, mas uma rutura". E, se o Governo "continuar intransigente", não exclui uma greve geral. "Estamos perante um pacote laboral que é um verdadeiro retrocesso no mundo do trabalho", afirmou, ainda antes dele, o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP), Tiago Oliveira, o primeiro a ser recebido por Marcelo Rebelo de Sousa na tarde desta segunda-feira.
Questionado sobre se a CGTP admite juntar-se à União Geral de Trabalhadores (UGT) para se oporem à reforma laboral, tal como defendido pelos ex-líderes da CGTP e da UGT Carvalho da Silva e Torres Couto, o secretário-geral da CGTP refere que para já a "unidade" se faz "nos locais de trabalho" e apela a que os trabalhadores participem na manifestação convocada para 20 de setembro por esta central sindical."
Via Expresso
Nota de rodapé.
"Pergunte-se a um sindicalista mesmo sindicalista se encontra na legislação laboral proposta pelo Governo uma medida, uma só, com a qual concorde. Pergunte-se a um patrão do tipo Saraiva se encontra uma, uma só, com a qual discorde. Não encontram. Desta vez, as posições extremaram-se como não há memória. Aquilo é tão mau, tão mau, tão mau que até os camaradas da UGT dão sinais de que vão fazer o inimaginável, comportar-se como sindicalistas e representar trabalhadores. Não sei se vão. Seria a primeira vez. A pressa demonstrada e a pressão colocada pelo Governo também sugerem que sim. A Ministra diz que não são obrigados a esperar por um sim obtido na concertação social, que também podem obtê-lo no Parlamento com os votos da coligação PSD/Chega. O PSD volta a assumir que “sim é sim”, que Governa em maioria absoluta sem ter maioria absoluta. E rega a fogueira da conflitualidade com gasolina.

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