quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Jorge Tocha Coelho, um cidadão atento... (X)

Erosão costeira a sul do quinto molhe: estamos em Agosto, sempre aquele mês de esperança acrescida...

Desde 11 de Dezembro de 2006, que andamos a alertar para o problema
Escrevemos nessa altura que "a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.
Ao longo destes longos 10 anos anos, nunca nos cansámos de alertar para aquele que, do nosso ponto de vista, é o maior problema da Cova e Gala: a situação a sul do quinto molhe, na orla costeira da freguesia de S. Pedro, estava a ser branqueada e mal avaliada por quem de direito.
A preocupação do autor deste blogue, tinha a ver com o facto deste local, por si só,  passar despercebido aos meios de comunicação local, regional e nacional, dado o facto do avanço das águas do mar não encontrar pela frente aglomerados populacionais, um apoio de praia ou uma barraca de surf... 
Aparentemente, no imediato, não  era uma ameaça à vida das pessoas e à segurança dos seus bens... 
Isso pareceu-me sempre o mais preocupante e perigoso, pois 500 metros, a norte, e 2 ou 3 quilómetros, a sul, lá estão as pessoas e os bens,  à mercê da fúria do mar, por incúria e ganância do homem. 

Agora, segundo o que li ontem no Diário de Coimbra, parece que existe a esperança que o problema vai ser atacado.
Passo a citar:
"A zona do 5º. molhe deverá ser alvo de uma candidatura a apresentar pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente).
Segundo o presidente da junta de S. Pedro, num ofício, a APA informou-o que, devido à erosão naquela zona, a candidatura vai no sentido de «se colocar geo-cilindros (entre a Praia da Cova e a Costa de Lavos), repor a duna, reflorestar para criar sustentação e colocar paliçadas»."

Eu sei que estamos em Agosto, sempre um mês de esperança acrescida, sempre aquele mês descontraído por natureza, onde o tempo parece ter mais tempo para a esperança! 
Se todos temos que acreditar em algo, acreditemos no que foi ontem publicado no Diário de Coimbra.
Todos concordamos com o presidente da junta: "se o inverno for «rigoroso», a área «vai ser de novo pólo de uma grande preocupação".

Um conselho: “na Figueira pague o seu IMI e o IMT sem reclamar. A polícia recomenda que não se deve reagir a um assalto.”

Nota de rodapé.
Citando Daniel Santos. Como na Figueira, quem de direito não gosta de ouvir a verdade, nunca é de mais repetir...
"Os impostos sobre o património, designadamente o IMI e o IMT, constituem uma receita muito importante no orçamento dos municípios. No caso da Figueira, a receita que se espera arrecadar nestes dois impostos é de cerca de quinze milhões de euros para um valor global de quarenta e dois milhões, ou seja à volta de quarenta e três por certo!" 

Mais uma foto da série e se a praia do Cabedelo tivesse acessos em condições?

foto sacada daqui

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

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Funchal

As palavras são inúteis. A imagem e o silêncio dizem tudo. 

Requalificação do areal para aproximar a cidade ao mar: mais 2,1 milhões gastos em mais um remendo!..

Afinal: devemos aproximar a Cidade do Mar, ou o Mar da Cidade?
Insisto: devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Leva-me a crer que quem tomou esta iniciativa desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira e não será esta “milagrosa” obra que irá repor essa condição!

Manuel Luís Pata

Génio e engenho são sinónimos, às vezes. Viva Portugal. *

Trata-se de engenho puro.
Nota-se capacidade inventiva, habilidade e talento.
Ainda por cima, usado numa aplicação simples... 
Só com engenho se constrói um engenho!
"Ser génio não é difícil. 
Difícil é encontrar quem reconheça isso" - Millôr Fernandes.

Nota de rodapé.
* O título desta postagem foi "roubado" ao Daniel Abrunheiro.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Tudo está no seu lugar...

"Rio 2016: a imagem de voleibol de praia que está a correr mundo"!..
A foto mostra uma egípcia de hijab e uma alemã de biquini, no torneio de voleibol de praia. 

Mas o que é que esta foto tem de especial para ter levantado tanta celeuma?
Tudo está no seu lugar.
Se a egípcia estivesse de biquíni e a alemã de hijab, isso sim, é que seria notícia! 
Assim, dentro de poucos dias, ninguém se vai lembrar disto...

"O cão  morder o homem, já não é notícia há muito tempo..." 
A notícia, hoje, é aquilo que deveria ser uma não notícia, por dever ser normal comum e natural...
Nem já o homem morder o cão é grande notícia...
Notícia, notícia, mas notícia mesmo a sério, é o cão morder o pénis ao homem e este ter de ser suturado com cem pontos, 100!..

O amor contém sempre um pouco de loucura e muita curiosidade...

Vale a pena falar
do que fomos 
e somos 
e andamos
e sofremos e pensamos.

Só vale a pena calar 
o que ainda sonhamos.

(... Anda por aí gente preocupada... 
De vez em quando chega-me a preocupação,
até porque já lá vão mais de 10 anos, corporizada nesta pergunta)...
... por que é que este gajo perde tanto tempo a escrever o OUTRA MARGEM?
A minha resposta é, simplesmente, esta: 
Porque ninguém lê blogues.

Nota de rodapé.
Considero-me um gajo de princípios.
Portanto, muito raramente costumo acabar alguma coisa...

MOMENTO DE ANTOLOGIA DO DISPARATE PRESIDENCIAL FIGUEIRENSE... (II)

Abusar e optar: duas palavras.
Para mim, o seu significado diverge do entendimento que, julgo, ser o da maioria das pessoas.
Abusar,  não  tem de ser, necessariamente, exceder no uso que damos às coisas. 
Abusar, do meu ponto de vista, tem a ver com usá-las mal, deteriorá-las, adulterá-las.
Optar,  não tem de ser, exactamente, escolher de uma forma completamente livre e consciente. 
Optar, do meu ponto de vista, é abdicar de algo de que gostamos muito. 
Optar, é prescindir de grande parte do essencial e prosseguir por um outro trilho.

Como escrevi aqui, sempre pensei - e continuo a pensar - que era bom os políticos não confundirem o interesse público com o interesse do público!
É que, do meu ponto de vista, ao mesmo tempo que aumenta o interesse do público, diminuí o interesse público.
Há anos, tanto quanto me tem sido possível, tenho tentado não abusar - optando...

Aí está a primeira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro...

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

E se o Cabedelo tivesse acessos em condições?

foto António Agostinho
Na  tarde de hoje, era esta a imagem, vista da melhor esplanada do concelho da Figueira da Foz, da minha praia favorita, de areias douradas por um sol lindo... 
Sou um privilegiado, tenho que o confessar! 
Há coisas que não têm preço e eu, seja verão, outono, primavera ou verão, possuo esta maravilha mesmo defronte dos meus olhos...
O pior, mesmo de bicicleta, foi conseguir voltar à Gala na tarde de hoje!..

De tempos a tempos, continuo a gostar de ouvir o som de uma melodia do passado...

À atenção da elite cultural figueirense...

PRÉMIO LITERÁRIO JOÃO GASPAR SIMÕES
DATA LIMITE PARA ENTREGA DE PROPOSTAS ATÉ 31 DE DEZEMBRO 2016.

" Na Figueira da Foz, mesmo em agosto, existem milhares de alojamentos desocupados. Fazendo as contas a um valor de 100.000 euros, em média, por alojamento, e usando o valor do INE, temos 5200 alojamentos vagos; logo, são mais de 520 milhões de euros de investimento parado. Isto é, o capital que os portugueses pouparam, ou pediram emprestado a bancos estrangeiros, não é rentabilizado. Um pequeno desastre económico sobre o qual pouco reflectimos"...

"IMI – um imposto falhado", uma crónica de João Vaz, a ler clicando aqui.

Um diplomata no bordel do capitalismo internacional...

"Irrevogavelmente, uma missão e pêras"... 
A ler, aqui.

A vidinha, sempre a vidinha... 
A vidinha é um puzzle onde tudo se vai encaixando... 
Dizem que é o destino... 
Que tinha o seu destino traçado e que deus é que sabe!
A vidinha, sempre a vidinha...  

A  vidinha custa a todos.

GAU...

É óptimo ter fotos (memórias) para poder de novo passear por esses lugares lindos, que foram agradáveis e que não se apagarão de mim - e, espero, de vós. 
Há quem ache bom, de vez em quando, voltar aos lugares de sempre... 
Olhar, recordar, voltar a ver... E sorrir. Ou não! Eu continuo a sorrir.

Entretanto,  apesar da recordação,  virei essa página.
É verdade, que fez parte do meu percurso de vida. 
Concordo e aceito, que reviver o passado através do presente, é uma forma de aprofundarmos as nossas raízes!
Mas, para mim, isso é apenas passado...

Este querer reviver pode ser salutar, já que nos transmite o sinal que esse tempo passado foi bem agradável. 
As cicatrizes têm o condão de demonstrar que o  passado foi real. 
Impossível, portanto, viver sem ele. 
Contudo, pelo menos para mim, voltar a ser é impossível...

Espero que me entendam.
Prefiro a recordação.
É que, do meu ponto de vista, na verdade, somos um todo não desligável em que os diversos compartimentos não são estanques.

O meu desejo mais profundo é que tenham tido um bom e salutar convívio.
Eu estive aí, com felicidade e alegria, mas da forma que escolhi: em pensamento.
Experimentar aquilo a que os ingleses chamam “historical sense” e os franceses “déjà vu”, é algo que, neste caso concreto, já não me atrai.

É verdade que,  de tempos a tempos,continuo a gostar de ouvir o som de uma melodia do passado...
Dentro do que fui - e sou depositário -, julgo conter  em mim próprio uma parte imensa de recordações e fundo, de lembranças, de memórias.
O GAU, para mim, passados todos estes anos, é a memória de uma ideia. 
Mas, uma ideia especial.
Uma ideia colectiva que teve acção.
É assim que o quero recordar. 

A simplicidade autêntica de Peter Pereira



Na fotografia, o simples e o autêntico, normalmente, costumam dar um bom boneco. 
É o que transparece desta entrevista do Peter Pereira.
Tal como ele certamente faz para conseguir as fotos que o caracterizam, é preciso reparar, ver, olhar e imaginar o enquadramento.
A autenticidade é a possibilidade de alguém ser capaz de revelar a sua realidade.
“As histórias mais importantes para mim são sobre a pobreza”, disse Peter Pereira na entrevista, que pode ser lida aqui. O vídeo foi sacado daqui.
O ser simples é sempre útil! Peter Pereira, nesta entrevista, revelou-se de uma simplicidade que roça a ternura. 
Depois de ver os cerca de 36 minutos do vídeo, da entrevista dada por este fotojornalista nascido na Gala, multi premiado e reconhecido, quem pode esconder um sorriso e um olhar terno e comovido?