Cavaco andou às cerejas…
Depois dos discursos oficias Cavaco Silva terminou as comemorações do dia de Portugal na festa da cereja. Na aldeia de Alcongosta o Presidente da República relembrou os tempos em que era jovem.
Elas fazem bem a tudo, “até aos calos”, disse Cavaco!..
E que jeito não fará um bom remédio aos calos dos portugueses nesta hora de apertos!..
Estou a gostar de Cavaco!.. Até já diz piadas!
O que terá feito ficar Cavaco tão diferente?..
Mais humano, mais alegre, aparentemente mais feliz?..
Será efeito das cerejas ou da ida para Paris de Sócrates?..
Ah, e como estou a adorar ver um homem que contribuiu para a destruição da agricultura e das pescas, em troca de dinheiros comunitários para o cimento, enquanto foi primeiro-ministro, virar-se,de novo, para a terra e, sobretudo, para quem a trabalha!..
Estou a gostar de Cavaco...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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