terça-feira, 27 de agosto de 2019

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL...

PARA QUÊ E PORQUÊ?

O poeta (não o político) que escreve contra todos...

No que diz respeito à Política, Futebol,  Literatura, Pintura, Cinema, Teatro, Ópera, Culinária  Música e Poesia, reconheço e assumo a minha  ignorância.
Quem não o reconhece é, verdadeiramente, ignorante.

Já me chamaram poeta. 
Não sou. 
Todavia, se o fosse, seria o  poeta que escreve contra todos. 

É que há outros poetas.
Há o poeta que escreve só para alguns. Há o poeta que escreve mas escreve para a gaveta. Há o poeta que escreve e agrada a todos. Há o poeta que escreve e não agrada a ninguém. E há, também, o poeta que escreve para agradar a todos, seja de que forma for, ora mais telúrico ora mais onírico ora mais realista ora mais como o freguês quiser. Este tipo de poeta é o poeta que salta do jogo floral para o festival, do festival para o encontro, do encontro para a bienal, da bienal para a mesa redonda, da mesa redonda para a mesa do salão de chá, da mesa do salão de chá para o balcão da tasca, do balcão da tasca para o anfiteatro, do anfiteatro para o mercado municipal e assim sucessivamente até conseguir ser publicado por alguém. 
É um poeta sem bandeira. 
Ou melhor: é um poeta com várias bandeiras no bolso, que vai hasteando à medida das suas necessidades, mas, principalmente, à medida das necessidades dos outros que passam a ser suas também. 
É o poeta molusco, sem espinha ou outro tipo de estrutura que o faça andar na vertical. 
A horizontalidade rente ao chão é a sua real natureza.

De um crítico poeta que escreve contra todos, espera-se que malhe com propriedade na poesia de outro poeta e não que malhe no poeta.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Venda de passes com desconto para estudantes suspensa a partir de setembro

Via O Jornal Económico


"A partir do mês de setembro as vendas de passes com descontos vão ser suspensas para os estudantes. Os passes em questão são os 4_18, sub23 e Social +, sendo que na base desta decisão está uma dívida do Estado superior a sete milhões de euros às empresas de transporte de passageiros, avança a rádio “TSF” esta segunda-feira.
Em declarações à “TSF”, Luís Cabaço Martins, presidente da Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Pesados de Passageiros (Antrop), explica que “todo o ano de 2019 está em falta”.
Luís Cabaço Martins assume que “nós somos obrigados a vender os passes de estudante com desconto de 25%, no mínimo, e o Governo, que se comprometeu a pagar-nos esse diferencial mensalmente, ainda não pagou um único cêntimo”, denunciou o representante dos operadores de transportes rodoviários.
O responsável acrescenta ainda que “os operadores não podem suportar mais este encargo e decidiram que, a partir de setembro, venderão os passes sem desconto”."

PSD/FIGUEIRA FICA MAIS POBRE QUANDO DESAPARECE...

Vereador Carlos Tenreiro (1º. militante eleito pelo PSD, nas autárquicas de 2017), na página Mudar Porque a Figueira Merece:

"Nunca será demais relembrar que o actual presidente da concelhia do PSD – Ricardo Silva – foi um declarado apoiante e participou em acções de campanha na eleição do primeiro mandato do Dr.João Ataíde (PS) no ano de 2009 contra o Eng.Duarte Silva, contribuindo para uma das mais pesadas derrotas eleitorais sofridas pelo PSD na Figueira da Foz."

Fait-divers?
Não!
É um exemplo, mais um, da tragédia que é a política partidária na Figueira...
Desta vez, está  a acontecer no PSD... 
Uma realidade só possível porque, como dizia Miguel Torga, «Em Portugal, as pessoas são imbecis ou por vocação, ou por coacção, ou por devoção».

Esclarecimento do realizador do filme "PARA ALÉM DA MEMÓRIA"

Esta manhã, no blog OUTRA MARGEM foi publicada uma postagem sobre PEDIDOS DE SUBSÍDIOS PARA O FILME “PARA ALÉM DA MEMÓRIA”, realizado por Miguel Babo.
No essencial a matéria em apreço é a seguinte.
"As câmaras de Alvaiázere e Miranda do Corvo concederam subsídios para a realização do filme. A essas autarquias foi o produtor que pediu os subsídios, o que é, penso eu, o normal.
Todavia, houve mais uma autarquia que concedeu um subsídio para este filme, que para além de ter sido realizado por um figueirense, tinha no seu elenco alguns actores e pessoal técnico.
A autarquia figueirense, apesar de, ao que julgo saber, o filme nada ter a ver com a Figueira da Foz, contribuiu com 3 000 €, tendo como contrapartida a venda de alguns bilhetes.
Miguel Babo, o realizador, é também vereador na oposição da Câmara Municipal da Figueira da Foz, eleito numa lista PSD e está em exercício de funções desde finais de 2017. 
Se em  Alvaiázere e Miranda do Corvo foi o produtor (via Associação PRISMA D´APLAUSOS) a solicitar o subsídio, cá o pedido (além do subsídio, 230 bilhetes da lotação do CAE...) foi feito pelo realizador (via TALENTILICIOUS - ASSOCIAÇÃO) !.."
Miguel Babo, entendeu por bem remeter ao editor deste espaço o seguinte esclarecimento, que publicamos com todo o gosto:

1 - O apoio foi concedido em reunião de câmara, alvo de referências elogiosas vindas de ambas as bancadas, sendo que eu, obviamente, estive ausente nessa votação. 
2 - A Talentilcious, associação que presido, era também co-produtora do projecto, quais se iniciou com o Maestro Vitorino de Almeida e estive em ambas as reuniões em Alvaiázere e Mirando-do Corvo com o produtor António Cardo.
3 - O projecto inicial que tinha argumento de Vitorino de Almeida tinha elenco e equipa técnica diferentes e por questões operacionais optou-se, nessa altura, por o protocolo ser feito com a P´risma de Aplausos
4 - Com a mudança do argumento e o consequente aumento de figueirenses no elenco e na equipa técnica, por motivos formais, e por termos optado por ser a Talentilcious a registar o filme no ICA, o pedido foi feito à câmara da Figueira da Figueira da Foz pela Talentilicious. 
5 - Se houvesse alguma coisa a esconder poderia ter sido feito o pedido por outra entidade. Não há, nem poderia haver, nada a esconder: pela honestidade de toda a equipa, do produtor, também de mim próprio, mas também pela honestidade do departamento de cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
6 - O apoio dado pela câmara municipal, foi muito importante para nós. É um pequeno apoio comparado com o orçamento global do projecto e de uma longa metragem, mas muito importante. 
7 - O número de bilhetes vendidos, receita a favor do CAE, não foi “meia-dúzia”. Venderam-se várias centenas de bilhetes. 
8 - Não foi excepção o apoio concedido ao filme. O departamento de cultura procedeu de forma semelhante em processos e projectos idênticos.
9 - A Talenticlicious, associação que presido e com a qual executei inúmeros projecto culturais na última década, e eu próprio, já realizámos muitos projectos com a CMFF, umas vezes com mais apoio, outras vezes com menos, outras vezes sem apoio. Tenho orgulho na confiança e o modo, de consideração e respeito como sempre fui tratado, por este e por executivos anteriores.
10 - Na Figueira da Foz, em dois anos, vamos ter três longas metragens, dois do Luís Albuquerque, nos circuitos comerciais, com imagem dos Timelapse Media, uma empresas com dois profissionais fantásticos, o João Traveira e o Luís Pereira, de com realizadores figueirenses.
11 - Não me parece correcta a insinuação do artigo, de que eu use a minha condição de autarca para conseguir este apoio, por todas as razões expostas e pelo modo como tenho actuado no desempenho das minhas funções.
12 - Agradeço ao António Agostinho a publicação deste esclarecimento. Este artigo tem um teor que ultrapassa a questão das opiniões e posições políticas e achei que as pessoas, lendo o artigo, sem estarem devidamente esclarecidas, como terá acontecido com o próprio António Agostinho quando lhe terão enviado estes dados, poderão fazer um juízo errado.
Nota do editor do blog.
A meu ver, dada a posição também de autarca de Miguel Babo, o realizador do filme, teria sido mais confortável para ele, fazer junto da câmara municipal da Figueira da Foz o procedimento que foi feito nas outras câmaras.
Isto é: ter sido o produtor (via Associação PRISMA D´APLAUSOS) a solicitar o subsídio; e o pedido não ser feito pelo realizador (via TALENTILICIOUS - ASSOCIAÇÃO).
Está é apenas a minha opinião e não tem implícito nenhum juízo de valor ou de carácter...
Sinceramente, mesmo depois do esclarecimento do Miguel Babo, não vejo a vantagem de tal não ter acontecido. Penso que desvantagem não teria havido nenhuma.

PEDIDOS DE SUBSÍDIOS PARA O FILME “PARA ALÉM DA MEMÓRIA”, QUE POTENCIA A PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE...


Alvaiázere foi palco, durante o mês de novembro de 2018, de gravações para o filme “Para Além da Memória”.
O filme, que inicialmente se chamava “A Teia”, mudou de argumento e posteriormente de nome. António Cardo, director, explicou ao jornal “O Alvaiazerense” que tinham previsto um filme, com um argumento escrito há cerca de 30 anos pelo maestro António Vitorino de Almeida, que se chamava “A Teia” e, de repente, foram confrontados com a estreia de uma novela com o mesmo nome. “Ficámos embaraçados com isso, tentei falar com a Sociedade Portuguesa de Autores e saber como as coisas funcionavam. Mesmo que, legalmente, se conseguisse contornar a questão, colocava-se sempre o problema de termos dois produtos a estrear na mesma altura com o mesmo nome e o mesmo tipo de formato”. António Cardo falou com o maestro, sugeriu-lhe que mudasse o nome do argumento, mas ele mostrou-se “inflexível”, nesse aspecto. O director do filme referiu que “com contratos assinados, compromissos e responsabilidades assumidas, até para com a Câmara Municipal de Alvaiázere (CMA), não podíamos quebrar ou perdíamos um dinheirão e o filme não se fazia”.
Perante este cenário, Miguel Babo, realizador do filme, escreveu um argumento todo novo, tentando incluir ao máximo as cenas que estavam previstas no anterior argumento: a maior parte das cenas que pressupunham incluir Alvaiázere e Miranda do Corvo foram reescritas pelo Miguel Babo.
As câmaras de Alvaiázere e Miranda do Corvo concederam subsídios para a realização do filme. A essas autarquias foi o produtor que pediu os subsídios, o que é, penso eu, o normal.
Todavia, houve mais uma autarquia que concedeu um subsídio para este filme, que para além de ter sido realizado por um figueirense, tinha no seu elenco alguns actores e pessoal técnico.
A autarquia figueirense, apesar de, ao que julgo saber, o filme nada ter a ver com a Figueira da Foz, contribuiu com 3 000 €, tendo como contrapartida a venda de alguns bilhetes.
Miguel Babo, o realizador, é também vereador na oposição da Câmara Municipal da Figueira da Foz, eleito numa lista PSD e está em exercício de funções desde finais de 2017. 
Se em  Alvaiázere e Miranda do Corvo foi o produtor (via Associação PRISMA D´APLAUSOS) a solicitar o subsídio, cá o pedido (além do subsídio, 230 bilhetes da lotação do CAE...) foi feito pelo realizador (via TALENTILICIOUS - ASSOCIAÇÃO) !..


Pergunta-se: para quê e porquê?

“Gliding”: 6ª. edição com orçamento reduzido

A 6.ª edição do Gliding Barnacles, vai decorrer de 28 de agosto a 1 de setembro.
Este ano, porém, há uma inovação: realiza-se apenas no Cabedelo, devido à falta de condições na antiga Garagem Peninsular, no Bairro Novo, em consequências dos estragos feitos pela tempestade “Leslie”.
Assim, o programa concentra-se naquela zona de banhos e surf da margem sul da cidade.
O surf, a música, as artes, a gastronomia e a degustação de vinhos continuam a marcar o evento.
Este ano, o “Gliding” introduz a sustentabilidade ambiental, com, por exemplo, a construção de pranchas de surf ecológicas e a utilização de canecas reutilizáveis.
A redução do apoio financeiro público, apelou à criatividade da Associação de Desenvolvimento Mais Surf, a entidade que organiza o evento. Para gerar receitas, a organização realiza iniciativas de angariação de fundos, entre as quais a venda de pulseiras, com e sem estacionamento de autocaravanas incluído, a que os organizadores chama donativos dos autocaravanistas. A venda de rifas e os patrocínios é outra das formas de obter verbas para a realização do festival.

Todo o homem é um animal político, mesmo que se chame Pardal...

Será que este não se apercebe? Ou está, simplesmente, a fingir?.. 
“Não sou político. Nunca fui político, ao contrário de muitos”.

domingo, 25 de agosto de 2019

Jesus, que dizem ter sido o primeiro comunista, não foi sem-abrigo, emigrante sem papéis e filho de mãe solteira?..

Imagem sacada daqui


O passado, é só aquilo que já foi. 
Importante, são os sonhos e projectos. 
Numa palavra: amanhã...
As revoluções não produzem mudanças. 
Podem conduzir a elas.
Nada como desafiar o conceito de liberdade para se perceber o quanto o mesmo é desvirtuado em Portugal. 
A liberdade, para mim, não é o 25 de Abril.
Foi o que conseguiu fazer da minha vida, depois...
Dizem-me, muitas vezes, que invejam a minha liberdade.
Nesses momentos, costumo sorrir.
Resume-se a tão pouco a minha liberdade.
Simplesmente, à rapidez das minhas decisões, e ao defeito, para mim virtude, da minha impulsividade.
No fundo, o não pensar demasiado no que me é prioridade, como necessidade ou conveniência. 
O controle e a gestão não é natural ao homem. 
O controle e a gestão, é uma invenção humana baseada num conjunto de pressupostos sobre o que é o comportamento humano. 

Perigo de contaminação dos solos e dos lençóis de água subterrâneos na Mata do Urso

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Citando os blogs figueirenses...

E a requalificação da estrada panorâmica em terra-batida que liga o Cabo Mondego (Buarcos) e a Murtinheira (Quiaios) ?..

Por onde anda o homem da energia?
Depois da "bela feijoada", bem podia dar uma ajuda...

Via DIÁRIO AS BEIRAS

"A estrada panorâmica em terra-batida que liga o Cabo Mondego (Buarcos) e a Murtinheira (Quiaios) vai ser requalificada.
A obra está inscrita no orçamento da câmara para 2019 e será uma das empreitadas mais importantes que a autarquia lançará naquele ano, por tratar-se de uma intervenção que vem sendo defendida há várias décadas."

Na Figueira, ser incómodo é ser mal visto. Também a falta de carácter é mal cheiroso e, infelizmente, é o odor de uma boa parte do concelho...

Sempre que nesta nossa Aldeia aparece uma nova polémica, uma nova discussão, basta uma pessoa defender mais convictamente um ponto de vista, para imediatamente começar a ser apelidada de radical.
Também aparece quem apele a uma abordagem mais "moderada", por forma a não incomodar o "mayor".
E é aqui que eu fico sempre um bocado confuso...
É que com a chegada das redes sociais e o acesso cada vez mais global à internet, o método passa essencialmente por falar do assunto, criticar, indignar-se, denunciar aquilo que se considera errado ou injusto.
E é aqui que eu não percebo onde entra a tal postura moderada.
É que mais moderado que isto, não estou a ver. Como é que é possível intervir sem falar do assunto? Como chamar a atenção, sem dar a nossa opinião?
Qual a alternativa a este método?
Comer e calar?
Não falar no assunto?
Encolher os ombros e ignorar para não maçar o poder?
Quando é que começa a ser legítimo reclamar e começar a falar dos assuntos sem se ser acusado de radical?
A partir de que momento é que se pode exercer o direito à indignação e usar da liberdade de expressão ainda que haja quem não tenha paciência para ouvir?
Haverá sempre quem não tenha paciência para ouvir. Haverá sempre quem prefira uma atitude reaccionária e perante as queixas de uma comunidade escolha ridicularizá-las, diminuí-las, desvalorizá-las.
O que fazer? Não reagir?
Ficar calado para não incomodar?
Que mudança até hoje se deu sem incomodar? Se é um risco ostracizar grupos antagónicos discutindo activamente os assuntos, como agregar sem nunca os discutir publicamente?
Perante qualquer causa, mais ou menos digna, haverá sempre quem a considere menor, sem importância, não prioritária. Que não tenha paciência. Que considere a constatação de um facto vitimização. Que ache irritante. Que ache risível.
O que fazer? Esperar até que todos concordem que aquela é uma causa válida antes de começar a lutar por ela? Esperar resolver todos os problemas mais graves antes de se dedicar aos menores? Certamente muita gente de bem considera ridícula a questão do Freixo e uma fantochada a preocupação com um assunto como o Cabedelo...
Eu confesso que não sei qual é o melhor método.
Contudo, há muito que sei que não é ficar calado.


Via Na ponta da língua

Algo tarda em mudar...

Via Diário as Beiras

imagem sacada daqui
«Cerca de uma dúzia de comerciantes da rua dos Combatentes da Grande Guerra e da Rua da Restauração estão a reunir elementos para apresentarem um pedido de indemnização à câmara, pelos prejuízos provocados pelas obras que decorrem na Baixa da cidade. 
Se a autarquia não atender às suas reivindicações, optarão pela via da justiça.
Um dos comerciantes afectados pela lentidão e os atrasos da empreitada afirmou ao jornal que a facturação do seu estabelecimento desceu cerca de 40 por cento, admitindo que noutros espaços comerciais os prejuízos possam ser ainda mais elevados.
Se apresentarem motivos e se for legal, cumpriremos aquilo a que a lei nos obriga”, garantiu o presidente da câmara, Carlos Monteiro. O autarca, que na passada quarta-feira visitou a zona das obras, lembrou, por outro lado, que o actual empreiteiro deverá, nos próximos dias, ser substituído por outra empresa, ao abrigo da cessão do contrato. 
A proposta deverá ser apresentada na próxima reunião de câmara, no dia 7 de setembro»

Lentamente, muito lentamente, algo parece estar a mudar na nossa cidade. 
Nos últimos meses, é cada vez mais preocupante a situação política e social na Figueira.
Preocupante, porque cada vez mais figueirenses estão a perder o receio de mostrar a verdadeira "cara" do poder e da parte da oposição "tenrinha, maneirinha e meiguinha."
A sua forma de fazer política está cada vez mais visível. Este caminho leva apenas à desacreditação dos órgãos que deveriam ser o garante da democracia na Figueira. A prepotência do poder, só serve para preencher o vácuo de ideias ou para tentar dissimular os erros do passado recente.
Urge aparecer na Figueira uma dinâmica renovadora, onde seja possível a emissão de opinião e um sentido cívico mais apurado e crítico por parte dos cidadãos.
Existe um enorme potencial no concelho. O pouco património natural que nos resta tem de ser preservado, tendo em conta a promoção, desenvolvimento e aproveitamento das capacidades proporcionadas pelos nichos de mercado existentes para a construção de um futuro melhor, onde o bem-estar social possa ser atingido, sem excepções.
Passados 10 da reconquista do poder na Figueira pelo PS, via João Ataíde, não há nada para celebrar e muito para lamentar.
É esta a realidade de um município presidido pelo dr. Carlos Monteiro, a única pessoa que faz parte da equipa que preside aos destinos da Figueira da Foz, desde a primeira hora - já lá vão quase 10 anos - que esta gente chegou ao poder, depois dos anos da desgraça anterior, protagonizada pelo PSD.

E de desgraça em desgraça, lá vamos andando. Por aqui, há muito que não há nada para celebrar, antes pelo contrário: na Figueira da Foz, infelizmente, todos os dias do ano são dias para lamentar. 
Nada do que está a acontecer com as obras de requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz, foi por acaso: este é um dos exemplos, visíveis e palpáveis, "da forma como é dirigido o concelho - sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar a vida das pessoas, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho".
E já lá vão quase 10 anos...

Empreitada da “Requalificação do Núcleo Antigo da Figueira da Foz”: PSD quer saber "o ponto da situação"

O presidente da Comissão Política de Secção do Partido Social Democrata da Figueira da Foz, e vereador na oposição, Ricardo Silva,  quer apurar o ponto da situação sobre as obras de requalificação do núcleo antigo da cidade.
Desta forma, o PSD local, via Requerimento solicita à autarquia o seguinte:
Foto sacada daqui


"1 - Cópia do “Livro de obra com o registo dos acontecimentos”, (registo de actas), da empreitada.

2 - Parecer da Entidade Gestora de Águas e Saneamento do Concelho da Figueira da Foz, “Águas da Figueira”:

          – Do projecto da empreitada a concurso.

          – Dos trabalhos executados, com as alterações ao projecto inicial.

3 - Alterações técnicas propostas pelo empreiteiro e respectivo suporte técnico.

4 - Relatórios do acompanhamento técnico de arqueologia.

5 -Toda a correspondência e os pareceres da Direcção Geral do Património Cultural desde a elaboração do projecto."

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Percebem porque é importante a luta para tentar salvar o freixo?

Via Diário de Coimbra
Para ler melhor, clicar na imagem

"Tem mais de 300 anos, é árvore classificada e tem sido mote para várias notícias. Volta à “baila”, pois na última reunião de Câmara, o vereador do PSD questionou a maioria sobre o ponto da situação do freixo que se encontra no Largo Silva Soares. «Nada foi feito, é imperioso escorar o muro que está em risco de derrocada», disse Ricardo Silva, recordando que pode estar em causa «a segurança» das pessoas, que continuam a usar a área como ponto de passagem."


Liberdade é independência! 
OUTRA MARGEM existe há mais de 13 anos. Não nos queixamos, trabalhamos. Todos os dias.
Não somos fatalistas. Lutamos e  agimos com as armas que temos disponíveis num combate que é desigual, dada a desproporção dos meios. 
Nunca tive qualquer tipo de benesse, nem que fosse um simples ajuste directo, nem  homenagens ou facilitismo de quem pensa que manda nisto tudo. 
Não devo favores a ninguém. 
Este concelho é o que quero? Não. 
O que mereço? Não. 
Mas, é o que amo? Sim. 
Este executivo é péssimo? Ė!..
Houve  melhor outrora? Houve...
Vou prosseguir? Vou...
Jamais fugirei do meu posto. Jamais deixarei de reclamar o que a Figueira e os figueirenses merecem: uma Aldeia melhor e mais bem governada. 
Que pode passar por pequenos pormenores...
Por exemplo, a salvação da árvore mais antiga do concelho.

POSTAL DO DIA

Via Luís Osório

«O presidente da Câmara de Santa Comba Dão, o socialista (!!!?) Leonel Gouveia, anunciou para os próximos dias o início das obras que culminarão na inauguração do Museu Salazar. O Museu será edificado nas instalações da antiga escola primária e o sobrinho neto do ditador português, Rui Salazar, é o grande entusiasta da iniciativa. 

Conheci Rui Salazar há uns anos. Vive num mundo paralelo. Solitário, rodeado dos livros do tio, das garrafas que o tio guardava na adega, dos sapatos e roupas velhas do tio, dos relatórios e contas dos quase 40 anos que levou de presidente do conselho (números que sabia de cor). O homem era simpático e lunático. Vivia sozinho numa casa na companhia do fantasma de Salazar. Os anos passaram e não consta que tenha melhorado, deve estar pior, não é coisa que se possa gozar, tenho respeito por todas as formas de perturbação. 

Confesso que ao ouvir um autarca avançar com a ideia do Museu Salazar, nos mesmos moldes que o sobrinho defendera numa conversa comigo vinte anos antes, me arrepiei. Não por achar que não possa existir um Museu do Estado Novo, mas pela hipótese de ser, de uma maneira ou de outra, um museu que terá como objectivo mostrar o “grande homem”, o “grande estadista”, a “grande figura de Santa Comba Dão”. Já estou a ver o tolinho do autarca aos saltos pela oportunidade de a terra ser falada internacionalmente por causa do arrojo de uma iniciativa que é um exemplo de tolerância e de bons costumes. E defenderá até que, sendo socialista, tem a obrigação de não ter medo da história, a tolerância será uma prova da sua força. 

Mas não é. Um Museu que será edificado sem um aconselhamento e presença de historiadores independentes e reconhecidos pela comunidade científica, será um embuste, uma prova de estupidez e o pretexto para que os antidemocratas passem a ter um lugar de romaria onde poderão celebrar a vida de Salazar e diabolizar as democracias liberais. Neste tempo, de regresso de fascismos e intolerâncias, fazer nascer um Museu Salazar, é um atentado. 

Salazar é uma figura da história portuguesa. Ninguém o contesta. Mas era um fascista. Não à italiana, não à espanhola e, ainda menos, à alemã. Um fascista à portuguesa. Autoritário à nossa maneira, pobrezinho e honrado, casto e perverso, mandante de assassinatos políticos e responsável máximo por uma estratégia que nos condenou ao isolamento, ao medo, que instigou a bufaria e o cheiro a mofo. 

Não esqueço que Salazar ganhou um concurso televisivo em democracia. Que há um conjunto de portugueses que, no recato do silêncio, diz para os seus botões: “Não, o homem era um patriota. Era sério, se ele fosse vivo…” Irão continuar a dizê-lo. E por isso, senhor presidente da Câmara, o senhor é bem capaz de ter o seu museu cheio, mas isso não implica que não seja uma vergonha como presidente da câmara."»