sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A propósito das árvores da Figueira

 Diremos que se derrubam árvores por quatro razões principais, a saber:

primeira, porque quem o ordena não sabe que a árvore é uma criação perfeita que mantém sempre todas as suas admiráveis qualidades até morrer, e portanto não só toda a vida fornece sombra aos justos, como também, noutro sentido (figurado), faz sombra aos espíritos tacanhos que nunca conheceram qualquer forma de perfeição que seja e por isso se exasperam com inveja das árvores, só lhe querendo mal;

segunda, porque deitar abaixo uma árvore é fácil, rápido e flagrantemente reconhecível , o que dá ao derrubador a sensação de, com simplicidade, haver conseguido uma vez na vida "fazer alguma coisa que se veja";

terceira, porque arrancar árvores introduz nos lugares de onde saem, imediatamente, um aspecto que, por não ser devido a elementos que levaram muito tempo a formar, por isso mesmo merece logo o título de novidade ou modernismo, sem preocupação ou reconhecimento se o que se acabou de fazer ficou melhor ou pior, mas que mitiga, entretanto, o prurido dos que confundem o corte de uma árvore com a ablação de um quisto enfadonho;

quarta e última, englobando ao mesmo tempo o mais mesquinho e o mais grave dos motivos : cortam árvores porque se pode então vender a sua madeira – prémio vil, mas muito superior ao pouco valor que se lhe atribui a mentalidade de quem as derruba;

e cortam as árvore porque nunca alguém lhes disse ou explicou o valor educativo que essa admirável criatura encerra.

Raul Lino . “Sintra: um teleférico e outras ratices”, 1962

... nem tudo são más notícias!

Bom Sucesso?..

"Nem muros no cabedelo nem construções na claridade."

Os políticos figueirense não tiveram medo do muro (veja-se o que aconteceu em Buarcos). 
Terão medo da claridade?
Não permitamos que estraguem o maior sonho ao Miguel Figueira: transportar toda a areia da claridade para a outra margem e surfar umas ondas, na claridade, junto à Torre do Relógio.
NÃO à construção na praiaNÃO à construção na praia.NÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praia.NÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praia.NÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praiaNÃO à construção na praia.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Já é a terceira ou a quarta vez...

... conduta rebenta em frente à Piscina Praia e provoca inundação.

Hoje apetece-me música... Muita música!



Leonard Cohen manifestou um dia a intenção de "viver para sempre".
Assim acontecerá, creio eu: viverá  para sempre na memória de quem acha e acredita, que quem canta assim jamais morrerá.
Portugal - e a Figueira é disso um grande exemplo -  está cheio de ruído.
Portanto,  mais ruído não!
Precisamos é de gente que cante, que saiba saiba cantar assim.
Sobretudo, que nos emocione.
Precisamos de gente verdadeira, que nos permita respirar melhor.
Pessoas que se arrepiem ao ouvir grandes vozes, grandes letras, grandes melodias.
Enquanto houver gente que  se emocione ao ouvir uma canção como esta, a Hallelujah, é sinal que ainda existe esperança.
Deixem-me acreditar que ainda existe esperança...

Existem coisas sobre as quais não nada sei. Uma delas é o futebol. Bom dia.

A Figueira é uma festa

A Câmara da Figueira da Foz  tinha muitas alternativas para se financiar... 
Escolheu ter uma taxa de IMI elevada...
Eu vou sugerir outra...
Acabar com o financiamento de festas, festinhas, carnavais e outras festarolas, em que os impostos de todos servem para o povo poder assistir à borla a uns espectáculos pimba...
Aparentemente, há alguma falta de consciência: os impostos de todos, incluem os impostos dos que menos têm, mesmo os dos mais miseráveis e, por mais pequena que seja a percentagem do dinheiro dos mais pobres no conjunto, a verdade é que é imoral usar esse dinheiro para beneficiar quem vive melhor.
Porque as contas nem sempre são fáceis, todos sabemos que estas são matérias raramente consensuais.
Porém, ao menos o princípio geral de não usar dinheiros públicos, como forma de transferir riqueza dos mais pobres para os mais ricos, deveria estar perfeitamente claro e adquirido na Figueira.
Analisando o que se tem passado recentemente, nem esse princípio é consensual.
Os mais espertos,  à boleia da sua maior capacidade de influenciar, continuam a concentrar boa parte dos recursos de todos, para a resolução do seu problema, sempre com justificações excelentes de benefício para a imagem da Figueira!
É pena, que essa justificação não tenha de ser provada.
Vamos aguardar, por exemplo, pela apresentação do fecho das contas da FINDAGRIM 2018...E, já agora, se não for pedir de mais, também do GLIDING BARNACLES...

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Todos temos de acreditar em algo... Se isto resolver o problema da erosão a sul do estuário do Mondego eu garanto que bebo uma garrafa de tinto. Do bom...

Para ler melhor, clicar na imagem

À atenção do meu primo...

... uma carta de uma pessoa, dirigida ao presidente da Junta de Buarcos e São Julião, que está solidária com a acção do Movimento Parque Verde, em Buarcos....

CONSIDERANDO A IMPORTÂNCIA DO FESTIVAL, A CÂMARA DA FIGUEIRA DA FOZ APOIA O CITEMOR

Reuniões da CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ                           
Da Agenda da Reunião Ordinária de 30-08-2018 fazia parte o seguinte ponto, que passou praticamente despercebido:  

CULTURA
6.1.1 -    ACORDO  DE  PARCERIA  QUE  PREVÊ  O  APOIO  ANUAL PARA  AS  40.ª  E  41.ª  EDIÇÕES  DO  CITEMOR  –  EXTENSÃO  NA  FIGUEIRA  DA  FOZ,  NO BIÉNIO DE 2018/2019 – APOIO FINANCEIRO NO VALOR DE 20.000,00 €  E  APOIO  LOGÍSTICO  ESTIMADO  EM  2.600,00  €  -  APROVAR  EM MINUTA.
 


NOTAS DE RODAPÉ.
1. Este acordo foi aprovado por unanimidade.
2. O Festival de Montemor-o-Velho é simultaneamente o festival de teatro mais antigo do país.
3. A 40ª. edição decorreu de 19 de Julho a 11 de Agosto em Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz.

Obra, obra, obra, obra, obra e obra e obra....

"Comparticipações Comunitárias, PEDUs, etc...
Estas são as razões, da esquizofrenia, dos Presidentes das Câmaras e Executivos nesta fase das nossas vidas.
Na Figueira da Foz (tal como noutras Câmaras ) que é a que nos interessa, temos X milhões para poder receber, se apresentarmos a respectiva candidatura, então entra o lobby a funcionar assim:
1.Temos que fazer obra
2.Temos que ir buscar o máximo dinheiro possível

Não se pára para pensar o que precisamos o que não precisamos, feitas as obras quais os encargos para as manter, etc...e assim surgem os “elefantes brancos “.
Com base nos pressupostos 1. / 2. e com o lobby a funcionar começa o frenesim tresloucado:
A- Escolhe-se o Arquitecto/ Arquitectos e entrega-se, por ajuste directo, uma pipa de Euros de honorários, para obras muitas vezes desnecessárias- Este faz,duma maneira geral, projectos medíocres, porque também não lhe dão tempo para pensar, por isso é asneira sobre asneira!
B- O Executivo ainda não tem o projecto, com base num esquiço e numa estimativa aprova o projecto em sessão da Câmara e quase de imediato adjudica a Empreitada (Ninguém estuda nada, nem técnicos da Câmara, nem autarcas e tudo o que seja consulta às populações ou alguém que levante uma questão, é um obstáculo!
Depois são os atropelos a tudo e a todos bem conhecidos de todos nós!
Tudo isto, parece um comboio com o motorista bêbado e uma tripulação “ganzada “!

Tudo isto é giro se não fosse dramático para o futuro da cidade!
Há Criminosos, mas eles têm nome!

Para que conste!"
Casimiro Terêncio

Deixem que a música tome conta de nós...

E a Gerigonça?..

"Sim, valeu a pena", disse Jerónimo de Sousa...

Em entrevista ao canal 1 da RTP, Jeronimo de Sousa assegurou que "o PCP está em condições de assumir qualquer responsabilidade", incluindo a de formar governo, assinalando, contudo, que há "uma questão central: para quê e para quem?"
"Sem rutura e uma política alternativa, ir para o poder pelo poder, para isso não estamos disponíveis"...

terça-feira, 4 de setembro de 2018

"Sem dar por ela... sem dar por ela", "aqui é bem visível que as árvores entre a rodovia e o Ovo vão todas a vida!"

As "impurezas" do sistema e a “descarbonização”...

Esta não precisou de cruz. A falta de cuidado e de rega resolveu o problema.
"Nem sempre percebemos o alcance de determinados “jargões ou chavões” que se assimilam e se embrenham na linguagem política, que são utilizados por e tecnocratas decisores, servindo como argumento a opções e escolhas realizadas. Banalizam-se os conceitos, com decisões erradas por conta.
Hoje falo então de “descarbonização”. Esta palavra surge no panorama mundial como a necessidade de se reduzirem as emissões de dióxido de carbono, o CO2, defendendo a transição para uma economia mundial com baixo teor de carbono, sobretudo nos territórios com alta densidade populacional e condições climáticas e geográficas complexas.
Não estará a Figueira assim tão exposta certamente. Mas as obras de regeneração urbana visam promover a descarbonização da cidade e o apoio da União assim o exige. Ora cortar árvores não é grande ideia…mas suprir as fortes debilidades da Figueira em transportes urbanos, sem transportes públicos integrados e articulados, esse sim seria o objectivo com que se poderia promover a descarbonização almejada!
A maior incongruência destas obras e a “descarbonização” é ignorarem a necessidade de investimento num sistema de mobilidade urbano articulado e intermodal, sem o qual nenhum efeito de descarbonização se produzirá no longo prazo. Pois já diz o povo que não se deve confundir a estrada da Beira com a beira da estrada!"


 “A estrada da Beira e a beira da estrada”, uma crónica de Isabel Maranha Cardoso. Via AS BEIRAS.

O museu foi fundado pelo rei D. João VI, há exactamente 200 anos.

Este é o Brasil actualmente -  sem passado, sem memória, e sem futuro. 

Obras e eventos...

1.
A corrida de S. Silvestre, organizada pela Junta de Buarcos e São Julião e Atletas.Net, não se realiza este ano, devido às obras que estão a decorrer na frente marítima de Buarcos.
2.
As obras em causa deverão interferir, também, com o Carnaval de 2019, já que os trabalhos decorrem na zona onde a organização instala a logística e realiza o desfile noturno.
A nova direcção da Associação do Carnaval Buarcos/Figueira da Foz, que organiza o evento, tomou posse na semana passada. Entretanto, já agendou uma reunião para debater o assunto, que será também discutido com a câmara da Figueira da Foz.
No entanto,  “está fora de questão não se realizar o Carnaval em 2019”.

Via AS BEIRAS