quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Figueira, terra de espantos, inquietações e deslumbramentos, mas onde nem tudo se desvenda e onde custa muito andar informado...

Figueira da Foz, 1 de Outubro de 2017, 22 horas e 30 minutos.

A abstenção foi a grande vencedora das eleições, confirmando os resultados das sondagens. 
Os figueirenses,  chamados às urnas, tomaram uma decisão indecisa: optaram pelo abstracto, em detrimento dos políticos

Aparentemente, João Ataíde, terá sido outro dos grandes vencedores, o que pode ser considerado o mal menor.  
Já sabemos que vai ser mais do mesmo: não vai fazer algo de significativo na Figueira, mas vai ter estabilidade profissional e um ordenado, que não sendo nada de especial, é razoável e pago atempadamente. 
E,  isso, vai ser  bom para ele.
Por outro lado, poderá passar mais tempo em viagens  e menos na Figueira, e isso será bom para todos nós.  

Carlos Tenreiro, conseguiu os mínimos,  e isso também foi bom.
No entanto, por estranho que pareça, a versão Tó Zé Brito do MUDAR JÁ, não cativou o eleitorado que se dirigiu às urnas, embora tivesse tudo a seu favor
Isso, deve ter complicado a intenção de MUDAR JÁ para as próximas legislativas.
Tenreiro, mostrou ao longo da campanha uma extraordinária tendência para a inércia activa do Ser elevado ao Nada, condição tão proeminente em Jean-Paul Sartre. 
A poucos dias das Eleições era mais que evidente que a sua mediocridade ia no sentido convergente ao do interesse e gosto dos figueirenses. 
Então, o que se terá passado?
Uma das causas poderá ser explicada pelos  apoios deficitários que teve, sobretudo do partido basista e real. 

O  CDS-PP, não conseguiu fazer diferente
Tinham prevista uma grande festa marcada para o concelho do Noddy. 
Penso que, finalmente, perceberam  que o concelho do Noddy, para eles, não existe, ao verificarem que a coligação do CDS com a Abstenção falhou.

O resto, escrevendo com a  objectividade política possível, não existiu...
Foi mais do mesmo.
Por isso, é que João Ataíde, desde a partida, esteve sempre  em vantagem. 
Na Figueira continua a ser sempre carnaval.

Deslocações a convite da Microsof

Estadia paga pela Microsoft a cada autarca ascende a 750 euros. 
Empresa alertou para regras éticas.
Três destes quatro autarcas confirmaram o que constava na documentação a que o Observador teve acesso e participaram na iniciativa do gigante norte-americano: o presidente da câmara de Braga, Ricardo Rio, do PSD; o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha, do PSD; e o vice-presidente da câmara de Sintra, Rui Pereira, do PS. 
O Observador não obteve qualquer resposta do socialista João Neves, presidente da câmara da Figueira da Foz, até à publicação deste artigo. Os políticos viajaram a convite da Microsoft, que suportou as despesas com a “hospitalidade” — alojamento, refeições, etc. — e as câmaras assumiram as deslocações. 
Depois da Galp, da Huawei e da Oracle, agora é a vez da Microsoft entrar no rol de empresas que pagam viagens ou a estadia a políticos no estrangeiro.

Quanto à câmara municipal da Figueira da Foz — tendo em conta o portal Base — não fez qualquer contrato que envolvesse produtos da Microsoft. Ou pelo menos que estivesse assim descrito como sendo licenciamento Microsoft, mas há, por exemplo, um ajuste direto à ITEN Solutions para “aquisição de serviços para licenciamento de software de suporte aos serviços municipais” a 30 de junho de 2014, no valor de 388.908 euros.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Tenham vergonha...

"Aquele senhor e aquela senhora que durante quase 5 anos de uma legislatura andaram todos os dias a dizer-nos que era imperioso retirar competências ao Estado, ler "meter os contribuintes a pagar", em favor de instituições privadas de solidariedade social, IPSS e Misericórdias, nomeadamente na áreas da saúde e da segurança social, com o pio argumento da proximidade no terreno e de melhor conhecerem as pessoas e as populações, vêm agora exigir ao Estado, ler "ao Governo", ler "ao PS no Governo", explicações sobre o dinheiro angariado ao bom coração e ao espírito solidário dos portugueses para acudir às vítimas dos incêndios, e à guarda das tais instituições particulares de solidariedade social instaladas no terreno e próximas às pessoas, deixando no ar a vaga insinuação de que é o Estado, ler "o Governo", ler "o PS no Governo" que se anda a governar pela calada com o dinheiro que não lhe pertence. 
Não ter a puta da vergonha na cara é isto."

daqui

A malta dp PS anda a perder o tino, ou conhece bem o terreno que pisa?..

Em Coimbra, é um "aeroporto"!..
Na Guarda, é "moeda local"!..
Eles conhecem os votantes de gingeira: sabem que votam neles, por falta de juízo. Que, depois, dizem mal deles por falta de paciência...
Mas, que acabam por votar neles, novamente,  por falta de memória.

A propósito de democracia representativa e coisa e tal...

Os políticos vivem quase exclusivamente de corrupção e tráfico de influências...
"Perdoem-me, tive um momento André Ventura e não resisti ao facilitismo da generalização. Sim, eu sei que nem todos os políticos são corruptos ou traficantes de influências, mas é que são tantos a corromper e a ser corrompidos, tantos envolvidos no tráfico de colarinho branco, tantas luvas, tantos robalos, tantos favores e tachos, tanta promiscuidade nas nomeações, nas danças de cadeiras, nas obras públicas e nas grandes compras do Estado, tantos negócios viciados para amigos, familiares, antigos e futuros empregadores, que, estou certo, se a Aximage se sai com uma sondagem sobre o assunto, 98% da população acabará por concordar comigo. Os outros 2% são políticos e vivem mesmo quase exclusivamente da corrupção e do tráfico de influências. À beira deles, até o mais perigoso cigano se assemelha a um menino de coro. Corremos com os gajos?"

Este regime, está mais do que provado,  não é para todos, nomeadamente para certos... 
Mesmo em situação política tendente à democracia, a alienação pode mais que a representação.

O presidente da câmara da Figueira da Foz, em abril de 2015, foi à China!..

Lembram-se?
O autarca da Figueira da Foz João Ataíde foi à China representar a Câmara Municipal na 3.ª cimeira mundial das indústrias emergentes naquele País.
Na altura, em declarações prestadas à Agência LUSA, o autarca disse: "vamos mostrar a disponibilidade da Figueira da Foz enquanto concelho bem localizado, com excelentes acessibilidades, muito perto e com uma interação permanente com Coimbra no domínio da formação e capacitação de quadros nas novas tecnologias e informática e obviamente dar toda a abertura para os contactos que a partir daqui se possam concretizar".
João Ataíde, segundo o Correio da Manhã, que citava a LUSA, afirmou ainda. "Da perceção que tenho da China, será o suficiente", adiantou, alegando que os chineses "não querem que alguém se sobreponha ou decida por eles".
Resultados dessa viagem, existem? Alguém os conhece?
Não estaremos no momento certo para torná-los públicos?

É só para alertar...

Esta postagem merece ser lida...

Pensamento que me vai acompanhar até ao próximo dia 1 de Outubro... (IV)

"Paliçada protege dunas, rua e casas", uma ideia simples, mas eficaz, que via Diário de Coimbraficámos a saber que está a ser executada na Costa de Lavos.
Pela Aldeia, falam do campo de futebol (assunto que já deveria estar resolvido há muito...), do posto médico (que nem deveria ser assunto...) e da requalificação do Cabedelo (seja lá isso o que vier a ser...)!..
Simplesmente hilariante!
As coisas capazes de maravilhar o miúdo que continuo a ser, não mudaram muito ao longo dos tempos. 
Os adultos é que complicam tudo e, nestas alturas de campanha eleitoral, perdem  a capacidade de encontrar beleza nas coisas simples. 
Foi um poder extraordinário que a idade lhes retirou... 
E, que para eles, já não regressa!

A caminho da indiferença?.. (II)

"Nas eleições para a Câmara em 2013, a abstenção contou-se pelos 52,29%, valor antes nunca alcançado na Figueira da Foz, muito superior ao anterior máximo obtido nas eleições de 2009 que foi de 42,79%
Dos 58.884 inscritos apenas 28.074 se apresentaram nas urnas para votar. Apesar do partido mais votado, o PS, ter aumentado ligeiramente o número de votos em relação às eleições anteriores, a elevada abstenção conduz à conclusão de que apenas 22 em cada 100 eleitores figueirenses foram responsáveis pela adjudicação do poder absoluto na Câmara e na Assembleia Municipais à atual gestão executiva e deliberativa ou, para que melhor se compreenda, 78% dos eleitores não lhe adjudicaram essa responsabilidade
Concluir que o fenómeno convém aos partidos mais votados é tão óbvio como perceber que os eleitores passam por uma fase de desencanto que se acentua na Figueira como em todo o país. 
Ao facto não será alheia a ausência de objetivos claros que possam ser entendidos como forma de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos bem como também não é percetível o respeito pela ideologia consagrada no modelo de sociedade que cada um dos partidos propõe.   
Em breve voltaremos a uma campanha eleitoral que se deseja que convoque o interesse dos cidadãos pela apresentação de propostas claras e que não utilizem tão só, como tem sido hábito nos últimos tempos, factos políticos fabricados “à la carte”
Para que não sejam apenas 20% a mandar."
A abstenção, uma crónica com assinatura de Daniel Santos, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Este, é um tema importante, já por diversas vezes abordado no OUTRA MARGEM. Aliás, pode ser decisivo, para definir o vencedor do acto eleitoral de 1 de outubro próximo.
É verdade que a abstenção não coloca em causa a legitimidade dos eleitos. Contudo, torna-os vulneráveis,  enfraquece a consistência social e política da sua representatividade e menoriza a democracia representativa.
O certo, porém, é que desde as  primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte, realizadas nesse dia 25 de abril de 1975, que jamais vou esquecer, que tiveram a participação de mais de 90% dos eleitores, que o aumento da abstenção se tornou num problema crónico e cada vez mais grave da nossa democracia. 
Repito, para que não restem dúvida.
A abstenção não põe em causa a legitimidade dos eleitos, mas vulnerabiliza-os. Todavia, os mandatos ficam mais fracos do que se houvesse ampla participação eleitoral e mobilização da cidadania. 
Existe a ideia, falsa, de que quanto maior a proximidade dos órgãos a eleger, mais alta é a participação eleitoral. 
Não é verdade.  As eleições autárquicas têm normalmente participação mais baixa do que as eleições legislativas. 
E, desde a entrada no século XXI, a abstenção tem vindo a subir continuamente. A partir do  ano 2000, na Figueira da Foz  iniciou-se um caminho que nos conduziu a um estado em que  mais de metade do total dos eleitores não votam.
É difícil encontrar outro tão forte e evidente sinal de fracasso de um sistema político: mais de metade dos cidadãos do nosso concelho não se interessam e não querem saber da sua vida e da gestão da sua cidade

Mais um tiro no pé...


O desenvolvimento do país precisa de infraestruturas que dependem quase exclusivamente do investimento estatal. 
Uma infraestrutura essencial, para o turismo e outros negócios, é o aeroporto de Lisboa que está a rebentar pelas costuras. 

Dado o elevado custo para os cofres do estado, conviria que as decisões relativas a estes investimentos fossem tanto quanto possível consensuais, evitando querelas que criam impasses e atrasam o desenvolvimento. Hoje ninguém discute a barragem do Alqueva, mas as discussões sobre a sua construção atrasaram vários anos a riqueza que trouxe ao Alentejo.

O consenso politico-partidario sobre as infraestruturas interessa ao país. 

O savoir-faire de Miguel Figueira... (II)

Daqui

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Problema real, a que poucos ligam: temos de ter ruas e espaços públicos com segurança mínima.

"Infelizmente, depois do que se passou na Madeira, com a queda daquela àrvore a fazer vitimas, as pessoas têm que ser salvaguardadas, sempre. Chamo a atenção do estado em que está esta secular àrvore, em frente ao Largo de Santo António, onde todos os anos, também aí se realizam  festas. A àrvore, aparentemente bem, está completamente oca no tronco, e apesar de na parte de cima, ter uns cabos a prender os ramos de grande porte, acho conveniente salvaguardar a segurança de todos os que ali passam."

Luis Carlos

"FIGUEIRA DA FOZ Com as lições do passado, partir para o futuro"...


... um texto de Daniel Santos, que aborda  (embora deixando de fora muitas pertinentes questões...) uma perspectiva de futuro para a Figueira.
Para ler, clicar aqui.

Pensamento que me vai acompanhar até ao próximo dia 1 de Outubro... (III)

O problema não é a mensagem. 
O problema é o destinatário escolhido... 
De qualquer maneira, fica a proposta do dia:

Via jornal AS BEIRAS

Postagem completamente ideológica...

"Boleia.net"..
Ironia do destino, não é só um jardineiro ter um filho florzinha e uma filha trepadeira...
Ironia do destino, será o futuro do capitalismo depender da coletivização da propriedade individual!..

Gliding Barnacles, edição 2017: orçamento deste ano rondou os 60 mil euros, dos quais 15 mil foram comparticipados pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, que ainda disponibilizou apoio logístico

Imagem sacada daqui
A 4.ª edição do festival Gliding Barnacles terminou no passado domingo. 
Durou sete dias. Nesse espaço temporal, a Figueira teve actividades ligadas ao surf e à música.
Realizaram-se 25 concertos, repartidos entre a praia do Cabedelo e a cidade.
Na Figueira, os concertos realizaram-se entre a antiga Garagem Peninsular e o Jardim Municipal.
Por estes 3 palcos  passaram nomes como Subway Riders, Ghost Hunt, 800 Gondomar, Twist Connection e Thee Eviltones. 
Nesses 7 dias, que foi o tempo de duração do evento, realizaram-se também workshops relacionados com o surf, pequenas competições, exposições, residências artísticas, uma performance, um almoço vínico e um mercado. 
Eurico Gonçalves, promotor do evento, em declarações ao jornal As Beiras afirmou que o balanço da edição deste ano do Gliding Barnacles é bastante positivo. 
“Os concertos correram muito bem e superaram totalmente as nossas expectativas. Aumentámos o leque de países que nos visitam e esse é o nosso interesse, visto que o Gliding Barnacles é feito da Figueira para o mundo. Queremos crescer em países, queremo-nos expandir para o mundo. Este ano tivemos visitantes do México à Nova Zelândia. Queremos qualidade, não quantidade. O evento está bem com o tamanho que tem”, disse. Sobre o feedback resultante do evento, Eurico Gonçalves, referiu que as pessoas que cá vêm, saem do festival satisfeitas com a experiência. 
“As pessoas que nos visitam ficam muito contentes com a atmosfera descontraída, de amizade e de partilha que encontram aqui. E nós só saímos a ganhar com isso”.
O orçamento deste ano rondou os 60 mil euros, dos quais 15 mil foram comparticipados pela Câmara Municipal da Figueira da Foz que ainda disponibilizou apoio logístico
Eurico Gonçalves, sublinha que a autarquia entendeu a importância que este evento, ainda que recente, tem para o concelho. “A câmara tem apoiado o evento na sua totalidade. Este ano dobramos o apoio recebido no ano passado. De 6 passamos para 15 mil euros e também recebemos apoio logístico. A CMFF percebeu que este é um evento importante”
Sobre a edição do próximo ano, que faz parte das preocupações de Eurico Gonçalves, vai haver cuidado  para não haver a tentação de crescer em demasia. 
“Para o próximo ano vamos ter cuidado com as tentações de querer «inchar». Aquilo que nós pretendemos é solidificar o que temos. O Gliding Barnacles tem que se manter fiel a si mesmo, ou seja, continuar a ser uma celebração do (Oceano) Atlântico”

O inefável mercado autárquico a funcionar em todo o seu esplendor...

"Vamos muito proximamente confiar a governação dos nossos concelhos, diretamente para os próximos quatro anos mas indiretamente por um prazo mais alargado (tanto quanto a visão dos respetivos autarcas) sem que os possamos substituir a meio ou convidá-los a assinar por outro clube – e como também não estou a vislumbrar um xeque que passe um cheque por tão afamados pés, convém, à cautela, selecionar boas equipas, com espírito ganhador e “faro” pelo golo, para que não andemos sempre nos empatas…"
Teotónio Cavaco

Conto de fada cor de rosa, com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017...

"O candidato do PS à Câmara de Coimbra, Manuel Machado, disse este domingo que a sua prioridade se for reeleito para o cargo será a construção de um aeroporto na cidade."

segunda-feira, 4 de setembro de 2017