sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Erosão costeira a sul da freguesia de S. Pedro esta manhã...

A foto desta manhã de Pedro Agostinho Cruz, dispensa  as palavras...
Tudo, por aqui,  foi dito ao longo dos anos e pode ser consultado... 
Para ver melhor a dimensão desta catástrofe ambiental, é só clicar na imagem.

Em tempo.

Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, já lá vão quase dez anos, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridadeContinua a ser... Até porque, entretanto, pouco se fez.

Nessa época, tinha este blogue cerca de 6 meses de existência e a erosão da orla costeira da nossa freguesia assumia já – como continua a assumir cada vez mais ... - aspectos preocupantes para o responsável deste espaço. Especialmente, uma zona a que, na altura, ninguém ligava: a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova...
Tal como agora, entendíamos que, por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Durante todos estes anos – o histórico de postagens publicada ao longo de quase dez anos prova-o -, a erosão costeira tem sido a maior preocupação do autor deste blogue.
Sofremos ataques de personagens que passaram pelo poder local figueirense... Infelizmente, o que muito lamento, pois adorava ter sido eu a estar completamente enganado e fora da razão, a realidade é a que todos conhecemos: neste momento, a duna a  Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada  e o mar está a entrar pelo pinhal dentro...

Muita gente, que deveria ser responsável, por omissão, contribuiu para o estado a que chegámos.
Nós, aqui no Outra Margem, continuaremos a fazer aquilo que é possível: contribuir para sensibilizar a opinião pública da nossa freguesia, do nosso concelho, do nosso País e dos inúmeros covagalenses espalhados pela diáspora, para um problema gravíssimo que, em última análise, pode colocar em causa a sobrevivência dos covagalenses e dos seus bens.

Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar, o turismo já faliu - tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...

Este homem não foi feito para guerrear...

Passos Coelho: "Os lacaios não mandam nos patrões".

A gente sabe que mudar é que não te deu jeito. A tua sorte teria sido continuares a servir-te dos portugueses...

"Passos volta a acusar Costa de imprudência"...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Afinal somos grandes!.. Ou, isto, é apenas chantagem?

Wolfgang Schäuble
Estamos a observar os mercados financeiros e eu já disse que Portugal tem de estar bem ciente que pode perturbar os mercados, se der a impressão que está a inverter do caminho percorrido”. 
Querem ver que, afinal, somos grandes e não sabíamos?..
Querem ver que, afinal, somos tão grandes que conseguimos pôr os mercados mundiais nervosos?..

A Figueira não pode continuar a brincar ao carnaval acima das suas possibilidades...

"Informamos que devido às adversas condições climatéricas previstas para o próximo sábado, o 2º Desfile de Carnaval fica definitivamente cancelado. Agradecemos a todos a melhor compreensão."

Aldina Duarte

“O Preço de um Poema” - para ouvir clicar aqui.

Os últimos prémios de Cavaco...

"Cavaco condecora ex-ministros de Passos"...
A cerimónia de condecoração decorrerá pelas 16:00 de sexta-feira, no Palácio de Belém.

Citando Filipe Tourais, "as ordens honoríficas andam a precisar de novas denominações." 
Só nesta fornada, temos:

Maria de Lurdes Rodrigues e Nuno Crato, isto dava a Gran-cruz do colégio privado

Vítor Gaspar com a Ordem do Gran-lacaio.

 Álvaro Santos Pereira, a cruz da nulidade pasteleira



Pires de Lima, a gran-carica dos negócios banqueiros

Ainda não me vejo grego no sentido estrito...

O estado da Nação

A minha experiência de pobre, ensinou-me que se pode passar de margarina para manteiga. Mas nunca de manteiga para margarina, de novo...

Jot’Alves, na edição papel de hoje do diário AS BEIRAS. Passo a citar um excerto da peça jornalística:
"Joaquim de Sousa, presidente da mesa da assembleia geral e responsável pelo departamento de comunicação do Ginásio Clube Figueirense, afirmou ontem, em conferência de imprensa, que o clube tem sido prejudicado pela Câmara da Figueira da Foz. “O Ginásio tem sido prejudicado em relação a outro clube da cidade”, destacou, remetendo a afirmação para os mandatos de Aguiar de Carvalho, presidente da autarquia já falecido, e revalidando-a para os mandatos do anual líder do executivo camarário, João Ataíde. Aquele dirigente do GCF ressalvou, porém, que “foi restabelecido o equilíbrio” nos mandatos de Santana Lopes e Duarte Silva (morreu em 2010), de 1998 a 2009. Joaquim de Sousa avançou com números expressivos, que no entanto não conseguiu confirmar em tempo útil. Sem pronunciar o nome do “outro clube da cidade”, percebeu-se, contudo, que se referia à Naval 1.º de Maio. De resto, concluiu a conferência de imprensa afirmando: “Não estamos insolventes, estamos solventes”.

“Estamos a aplicar os regulamentos que foram aprovados, por unanimidade, na câmara, e a gerir o funcionamento das instalações, percebendo as dificuldades dos clubes e cumprindo as regras”, reagiu o vereador Carlos Monteiro, contactado pelo diário AS BEIRAS. 
Joaquim de Sousa falava numa conferência de imprensa destinada a apresentar o balanço da transacta época desportiva e as actividades da presente temporada, tema que será desenvolvido na edição de amanhã do diário AS BEIRAS."

A Figueira continua a brincar ao carnaval acima das possibilidades do tempo...

Carnaval da Figueira da Foz adiado para sábado.

Em tempo.
"Corremos o risco de não recuperarmos rigorosamente nada, com uma agravante, ao remarcarmos outro desfile temos de garantir segurança, PSP, som, entre outras coisas. Vamos ter custos acrescidos. Temos de ver, alguns dias antes, se vale a pena ou não fazê-lo", sublinhou Paulo Gonçalves, da organização do desfile, em declarações à Lusa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Chama o António...

Até hoje (e já lá vão 62 anos...), ainda não dei conta que tenha tido algum benefício de haver um santo primeiro-ministro com o meu nome quando nasci!..
Se calhar sou distraído, pois sou homem de fé...
Cá se fazem, cá se pagam: "Cavaco obrigado a promulgar adopção por casais do mesmo sexo e aborto sem taxas"...

Sul do 5º. molhe na Praia da Cova


Mais fotos de António Agostinho aqui

Nem uma guarita?..

"Polícias à chuva, ao frio e ao vento, vigiam Marcelo"...

Senhores autarcas figueirenses: e se deixassem de pensar em abstracto e começassem a ter a ousadia de pensar em concreto sobre o assunto...

"A chuva obrigou, ontem, ao cancelamento do segundo e último desfile do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, que não chegou a arrancar. Ao início da tarde, a organização avançava que deverá repetir-se este sábado, mas a data não é consensual, por estar próxima da Páscoa.

O cancelamento impediu a geração de receitas nas bilheteiras na ordem dos 20 mil euros. 
A chuva já havia obrigado ao adiamento do desfile nocturno das três escolas de samba do concelho da Figueira da Foz – A Rainha, Unidos do Mato Grosso e Novo Império – , de sábado para segunda-feira.
O espectáculo realizou se, com poucos espectadores, apesar da organização ter abdicado das bilheteiras, e os participantes não se livraram de uma molhadela, confirmando que o mau tempo e o Carnaval não combinam."

Via DIÁRIO AS BEIRAS. Edição papel. 

O Miguel Almeida sabe que tudo é ideológico nesta vida, até a austeridade...

imagem sacada daqui
O Miguel sabe que a ideologia está ligada  a tudo. À política, ao trabalho, à moral, à cultura, ao desporto, ao social, etc.
Como o Miguel também sabe, de acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tem como objectivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
Portanto, é  verdade, tal como titula a crónica de Miguel Almeida, militante do PSD, no diário AS Beiras da passada segunda-feira, que a "austeridade também é ideológica".
"Os partidos que perderam as eleições uniram-se numa frente comum para formação do actual governo, porque era um “imperativo patriótico” não permitir que quem ganhou se mantivesse na governação do país. Passos e Portas eram os arautos da austeridade e o país precisava de uma alternativa que pusesse fim, em definitivo, à austeridade. Como era de esperar, logo no primeiro orçamento, bateram de frente com a realidade e o orçamento que Bruxelas aprovou, com reservas, traz mais austeridade, ainda que mude parcialmente os destinatários. O resultado é um aumento da carga fiscal e uma revisão em baixa do crescimento económico para 1,8%. Ficamos assim a saber, que para o governo e os partidos que o apoiam, existe austeridade boa e má. Portanto, o que ditou a união das esquerdas para a formação do governo, não era o fim da austeridade, mas tão só uma austeridade diferente. O tal caminho alternativo que nos “venderam”, afinal é também austeritário, só que diferente, porque é de “esquerda e patriótico”. Temo que o populismo de que se reveste todo este caminho não traga bons resultados. A incompatibilidade que existe na equação de querer aumentar o crescimento económico, ao mesmo tempo que se aumenta a carga fiscal às empresas e se cria um discurso contra o “capital”, não traz, como nunca trouxe, bons resultados. Costa tinha razão, é necessário um outro caminho."

Antes do mais, tal como acontece com a maioria dos portugueses - onde certamente não estará incluído Miguel Almeida - assumo dificuldades em perceber e dominar todas as nuances com se tece a feitura de um orçamento de Estado. 
Como todos os portugueses, tenho acesso à informação através dos jornais, rádios, televisão, internet, procuro verificar a posição de políticos de todos os quadrantes e, sobretudo, tenho particular atenção ao posicionamento dos grupos de interesses que mamam do Estado.
Depois procuro as minhas conclusões. 

Desde logo, o óbvio: estamos fortemente condicionados por Bruxelas.
Perante esta realidade, existem duas maneiras de reagir: à Passos Coelho/Paulo Portas, que consistiu em aceitar toda e qualquer imposição sem contestação, e tratou os portugueses como carne para canhão; e aquilo que tem estado a ser feito pelo actual governo de António Costa, tentando numa conjuntura muito adversa, ter em conta os portugueses e  o interesse nacional
Manuela Ferreira Leite, uma social-democrata, reconheceu que o governo saiu vitorioso da difícil negociação...

Depois de semanas de acesas discussões sobre o OE16 em órgãos de informação controlados pelos interesses políticos e financeiros, em que a esmagadora flor do entulho do comentário politico em Portugal é afecta ao anterior governo (actual oposição), verificamos que não se registou a catástrofe anunciada. Como a crónica acima do Miguel Almeida deixa transparecer, a direita em Portugal vive hoje mergulhada na frustração. 
Era o orçamento que não passaria em Bruxelas, era o governo que ia cair, era a chantagem das agências de rating (como sabemos, mais uma mão misteriosa a servir os interesses da alta finança...), eram aqueles que nos impuseram o maior aumento de impostos de que há memória a anunciar o apocalipse fiscal!..
Agora, tal como faz Miguel Almeida, no papel de a correia de transmissão dos interesses do seu partido na crónica acima, chegou-se ao ponto de defensores da ideologia da austeridade acusarem o actual governo de fazer um Orçamento de Estado ideológico!.. 
O guião, basicamente, resume-se a esta pobreza: os aumentos de impostos inscritos neste documento seriam o preço a pagar pelos acordos à esquerda que permitiram a constituição do actual governo. 
Será que os portugueses já se esqueceram do que foi feito por Passos Coelho/Paulo Portas em 4 anos?
Empresas privatizadas em saldos, aumentos colossais de impostos, cortes violentos no Estado Social, imigração em massa, etc.
Será que os portugueses já se esqueceram?...

Desde já, em abono deste governo, registo o aumento do salário mínimo, a redução das taxas moderadoras, a redução dos impostos sobre o trabalho, a reposição dos cortes salariais na função pública, no Complemento Solidário para Idosos, no Rendimento Social de Inserção e no Abono de Família. 
É positivo saber que se pode governar sem massacrar  sempre os mais vulneráveis.
Registo mais um factor de esperança no orçamento do actual governo: o fim dos saldos no sector empresarial do Estado. 
Após quatro anos a vender património do Estado “como quem vende os anéis para ir buscar dinheiro“, este orçamento não prevê qualquer privatização. 
Bom, também é verdade que já não há muito mais para privatizar...

O PSD, procurou fazer passar, que o OE16  é o orçamento do “toma lá, dá cá“
A resposta pronta e eficaz da esquerda, via deputado João Galamba, colocou a propaganda do PSD acessível a qualquer português que tenha dificuldade em perceber e interpretar um OE: trata-se do orçamento do “toma lá 1400 milhões e dá cá apenas 290“
Gostei do trocadilho... 
Irritado e aborrecido andei eu 4 anos com os os orçamentos do "toma lá peanuts, dá cá salários, prestações sociais e investimento em saúde e educação para dar isenções e benefícios aos mesmos de sempre"...
Eu sei que “o caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”.
Vamos ver, depois de 4 anos da "geringonça de direita", o que vai dar a "geringonça de esquerda"...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Poderia ser um aviso colado nos maços de cigarros...

foto António Agostinho

Desfile de Carnaval foi cancelado na Figueira da Foz

Como é óbvio, esta jovem não desfilou no carnaval de Buarcos. Se assim fosse, estaria encarquilhada pelo frio...
Podemos discordar sobre quase tudo. Mas, por estes lados, está mais do que na altura de chegar a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos. 
Todos sabemos o essencial sobre a matéria. 
No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes. 
Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo. 
A meteorologia é uma ciência traiçoeira. Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas. 
Mas, no Inverno, o natural é estar frio e chover – muitas e muitas vezes

Não se preocupem nem estraguem o carnaval: em nome da competitividade isto ainda há-de piorar mais um pouco...

"Portugal é o quarto pior país para se trabalhar"...