António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 28 de abril de 2013
Reflexão dominical
SOMOS FIGUEIRA, é apenas a bóia de salvação que o actual PSD FIGUEIRA encontrou para se tentar salvar
nas próximas eleições autárquicas.
Ao contrário do que a entourage de Miguel Almeida nos
quer fazer crer até outubro próximo, o PSD FIGUEIRA não acabou.
Ainda existe…
Só que
agora chama-se SOMOS FIGUEIRA.
sábado, 27 de abril de 2013
Sob um sol cinzento...
… não conheço a jornalista Ana Leal, nem a sua
produção jornalística. Só sei que terá feito um trabalho sobre cuidados de
saúde, trabalho que era suposto ter passado em “horário nobre”, mas que
continha algo que fez a comissária Judite de Sousa não só não o passar,
como tê-lo remetido para um tal de “25ª hora”, que como o nome indica, passa
para lá da meia noite.
A jornalista queixou-se ao chefe, José Alberto de
Carvalho... o tal do "não faz
sentido sermos condenados por não cumprirmos regras do tempo do
gonçalvismo". Queixou-se de Judite e do que terá chamado
censura, eufemisticamente... ou por considerar ter sido de facto censurada.
Em condições normais isso seria dirimido dentro
da redacção. Em condições um pouco menos normais... daria uma repreensão
ou qualquer outra punição simbólica, caso a acusação fosse infundada. Em
condições de gravidade comprovada, daria lugar a um processo disciplinar,
precedido da obrigatória investigação.
Mas não! Estamos em Portugal e sob este abjecto regime
de tiques fascizantes!
Assim sendo, a ousadia da jornalista, ousadia
que, insisto, pode ter sido deslocada ou não, deu direito, à partida, a
uma suspensão com
proibição de entrada no local de trabalho.
Que outra melhor forma haveria de
mostrar (com estrondo e garras de fora) aos jornalistas que ainda fazem um
esforço de alinhamento pela liberdade que o que se quer por estes dias nos
diversos órgãos de comunicação social não são redacções compostas
por verdadeiros jornalistas, mas sim rebanhos de lacaios dos donos?
Via O Cantigueiro
Seguro, cuidado...
Este pensamento não é meu …
Também não tenho a certeza se é de Passos ou de Gaspar...
Mas, a avaliar pelos últimos anos, o trabalho, para ser pago, é porque não é boa coisa.
Portanto, cuidado, quanto menos e quanto mais mal pago…
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Jorge Dias e o 25 de 1974 na Figueira
(Registei o que me incumbiram, ou seja, tudo o que fosse motivo de registo fotográfico. Mas houve outras nuances, como a detenção do comandante da unidade, Sílvio Aires de Figueiredo, levada a efeito por mim e pelo capitão Dinis de Almeida, que lhe deu voz de prisão. (O comandante) não aderiu ao golpe, era uma força de bloqueio, como outras que existiam no RAP 3.)
Para ler e ouvir a entrevista, clicar aqui.
Por falar em consensos..
Salazar é que governou com "um consenso político alargado".
Nesse tempo, quem não queria consensualizar ia para Peniche ou Caxias, receber formação específica em consensos.
Se mesmo assim não conseguisse consensualizar, era-lhe atribuída uma bolsa de estudo na universidade do Tarrafal, um ambiente tão propício a consensos que alguns nunca regressaram…
Estamos em Portugal...
Isaltino, segundo a lei, é um autarca corrupto: foi julgado,
condenado e, finalmente (pelo menos por enquanto…) encontra-se a cumprir pena.
Posto isto...
Qual é a admiração por haver quem admita que pode dirigir
a câmara a partir da cadeia?..
Quem não conhece casos em que traficantes de droga e “patrões da
prostituição” continuam a gerir o “negócio”
a partir da cadeia?..
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Sete anos a blogar
Como nasceu a 25 de Abril de 2006 e como estamos em 25 de Abril de 2013, comemoramos hoje sete anos de Outra Margem.
Um blogue, tal como uma guerra, sabe-se como e quando começa, nunca se sabe como e quando acaba...
Entretanto, vão passando por aqui.
Este espaço é – e vai certamente continuar - marginal.
À ordem vigente,
evidentemente…
Acredita nas Pessoas, em concrecto.
Acredita nas Pessoas, em concrecto.
Não acredita no Povo, enquanto entidade abstrata.
Muito menos, no
sistema político em vigor (governo,
partidos políticos da alternância com as maiorias parlamentares que os
suportam, Presidente da República, anestesistas de serviço…) que sustenta a
plutocracia.
Este blogue, sobrevive há 7 anos porque acredita em algumas
pessoas e na maior parte dos animais.
Hoje, mais uma vez, ouviremos falar de Abril.
O 25 de Abril continua (mais ou menos) vivo nos nossos (velhos) corações. E vai sobreviver, apesar de ser graças a ele - 25 de Abril - que temos o Passos Coelho formado e primeiro ministro, o Vítor Gaspar doutorado e ministro das Finanças, para além de outros canudados a serem empossados todos os dias...
Hoje, mais uma vez, ouviremos falar de Abril.
O 25 de Abril continua (mais ou menos) vivo nos nossos (velhos) corações. E vai sobreviver, apesar de ser graças a ele - 25 de Abril - que temos o Passos Coelho formado e primeiro ministro, o Vítor Gaspar doutorado e ministro das Finanças, para além de outros canudados a serem empossados todos os dias...
quarta-feira, 24 de abril de 2013
União dos Sindicatos da Figueira da Foz vai comemorar o 25 de Abril com vigília junto à Câmara Municipal
A jornada de protesto está marcada para esta noite (24 de Abril), às 21h30, e consistirá numa vigília junto à Câmara Municipal da Figueira da Foz. Segundo a organização, a iniciativa visa contestar "o desemprego; a precariedade; o aumento do custo de vida; o aumento de impostos; a redução de salários; o roubo aos direitos sociais e salariais; a TROIKA e a política do governo PSD/CDS-PP."
O apelo é para a participação de toda a população, com o repto «Traz outro amigo também».
O apelo é para a participação de toda a população, com o repto «Traz outro amigo também».
Deve ser por muito tempo, deve!..
O presidente da câmara de Oeiras, Isaltino Morais, foi
detido esta quarta-feira e conduzido ao Estabelecimento prisional anexo à PJ,
em Lisboa…
Via jornal Público
Isaltino Morais, que foi detido um pouco antes da hora do
almoço, tem para cumprir dois anos de prisão por branqueamento capitais e
fraude fiscal.
Via jornal Público
A meu ver, o grande “entalanço” de Miguel Almeida…
foto Pedro Agostinho Cruz, sacada daqui |
Em 1997, com Santana
Lopes, na Figueira o PSD fez uma
campanha populista, demagógica e politicamente inconsistente, como o futuro
veio a demonstrar e provar, nomeadamente pela pesada herança financeira que nos
deixou para resolver.
Santana foi a votos e “roubou” a presidência ao PS, que
estava a gerir a autarquia figueirense após Abril de 1974.
Depois, veio o eng.
Duarte Silva que ganhou naturalmente, recolhendo os louros da informação e
propaganda feita à passagem de Santana pela Figueira.
A seguir, passada a “febre”, ainda com Duarte Silva, mas já no
segundo mandato, começou a dar-se a necessidade da inflexão na gestão da autarquia…
João Ataíde apareceu em cena e aproveitou as dificuldades para ganhar, concorrendo
numa lista do PS.
Com ele, também porque não poderia ser de outra forma, a
gestão inflectiu ainda mais - até aos 180 graus.
Houve necessidade de se começar a falar verdade, a relevar o valor da
coerência política e programática – numa palavra, a gerir com realismo para
alcançar a credibilização.
E é aqui que reside, a meu ver, o principal desafio de Miguel Almeida, o próximo candidato social-democrata.
Terá ele capacidade
de fazer a síntese entre o populismo demagógico do PSD de Santana e o actual PSD de Passos Coelho?..
Será esse “entalanço” que estará a
“obrigar” Miguel Almeida a, antes de se apresentar como candidato natural do PSD
na Figueira da Foz, a querer aparecer aos olhos do votante PSD local
como “Somos Figueira”?
Não me façam muitas perguntas…
… mas, ouvir alguém
ligado ao PSD a falar em, a médio prazo, «criar uma
instituição financeira de desenvolvimento» para reestruturar os instrumentos financeiros ao
dispor das PME, tudo misturado no mesmo saco dos «fundos comunitários» e das «aplicações financeiras para canalizar as poupanças», não deixa de me soar a algo estranho e inquietante.
Ou será, apenas, porque o PSD tem uma natural apetência para
se assumir como um partido de banqueiros?..
Já não temos um banco público que pode perfeitamente levar a tarefa a cabo?..
Porquê, então, mais um banco público?..
Subscrever:
Mensagens (Atom)