quarta-feira, 25 de abril de 2007

JÁ CÁ ANDAMOS HÁ UM ANO!...


ESTE BLOG EXISTE PORQUE:
DÁ GOZO “CONFECCIONÁ-LO” ...
HÁ POR AÍ MILHARES DE VISITANTES ANÓNIMOS, QUE TÊM SIDO A NOSSA MAIS FIEL COMPANHIA - SEJAM ELES DETRACTORES OU "APOIANTES"....

Ao longo destes 365 dias - com olhos grandes e abertos e a voz macia -, aqui foi ficando escrito e fotografado um sonho.
Em textos e fotografias, ficou um pouco da vida da minha Terra.
Foi aqui, que teve início a aventura.
Começámos por falar de Abril... e do desporto na Cova-Gala.
Depois, mais esporadicamente, interessamo-nos pela chamada política "geral": concelhia e da nação.
Ainda mais intermitentemente, fomos passando pelo "global”.

Nesta hora de balanço, se tivéssemos de escrever a "história" destes 365 dias, apesar dos largos milhares de visitantes, ela pouco mais "falaria" do que de um imenso fracasso.
Silêncios comprometidos e comprometedores, cumplicidades e solidariedades inesperadas, amizades desconfiadas, outras desfeitas, incompreensões e calúnias, eis o preço pago pelos bloguistas pela sua liberdade intransigente.

É, porém, um preço que nos dá gosto pagar e do qual não abdicamos.
Nesta nossa aventura, uma palavra muito especial para o meu companheiro de remos Pedro Cruz – de uma noção de responsabilidade, de um entusiasmo, de uma dedicação e capacidade de trabalho digna de registo, em especial por ser um jovem com apenas 19 anos de idade.
Em Outubro passado, juntou-se, em resposta a um meu desafio, o Fernando Campos, um Amigo, "colaborador" talentoso, interessado, pontual, sempre interventivo e activo, uma grande mais valia para este Blog, a quem também expresso uma palavra de profundo reconhecimento.

Enfim, cá estamos com um ano de OUTRA MARGEM!...
Mas, afinal o que é isso?
365 dias?..
Ou a soma de centenas de postagens, que aqui foram ficando?..
O que são doze meses na vida de alguém, quando o que está verdadeiramente em causa, é o prazer de continuar a viver os outros dias, meses e anos que o futuro vai trazer a este espaço!...

Viver é mesmo assim... E blog que se preze tem os seus detractores...
O valor dos blogues, tal como o valor dos Homens, não se vê pelo número de amigos... Há mesmo quem considere, que é pelo número dos inimigos...
Nós sabemos – e sabemos que eles sabem que nós sabemos – quem são os nossos...
E ... PORQUÊ!..
Que fique claro, porém, que a amizade é um dos maiores valores da vida e uma coisa linda, quando é pura e desinteressada.
Nós também sabemos que temos Amigos verdadeiros e desinteressados...
E ... PORQUÊ.

TAL COMO NOS ANIVERSÁRIOS, UM (1) É UM NÚMERO COM O SIGNIFICADO QUE LHE QUISERMOS DAR...
NÃO LHE DAMOS MUITO, COMO CONVÉM!...

terça-feira, 24 de abril de 2007

X&Q38

Dr. Melo Biscaia: Homem tolerante e um verdadeiro democrata


Luis Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia nasceu na Figueira da Foz em 8 de Março de 1928, numa família de filantropos e de homens dedicados à causa pública.
Durante a frequência universitária em Coimbra foi contemporâneo de António Almeida Santos, Ana Maria Biscaia (prima direita) e de Salgado Zenha com quem dinamizava acções de sensibilização democráica, no tempo da ditadura. Foi sua a criação da Secção de Textos da Universidade para proporcionar melhor acesso à bibliografia por parte de estudantes carenciados.
Cumprida a recruta militar em Mafra, foi punido com o castigo de seis meses de desterro para Lagos, no Algarve, devido a ter encenado uma peça de teatro considerada inconveniente ao regime.
Já com escritório de advogado na Figueira militou nos movimentos oposicionistas à ditadura e, por via disso, abandonou, em 1958, o cargo de Vereador da Câmara Municipal para apoiar a candidatura democrática do General Humberto Delgado.
Foi dirigente do Ginásio Figueirense, do Rotary Club da Figueira, dos Bombeiros Voluntários, da Misericórdia-Obra da Figueira e colaborador da imprensa local.
Depois do 25 de Abril, foi membro da direcção local do MDP vindo, mais tarde, a filiar-se no Partido Social Democrata sendo, nessa qualidade, eleito Deputado à Assembleia Constituinte. Em ruptura com Sá Carneiro abandona o PPD e foi um dos fundadores do Movimento Social Democrata com Jorge Sá Borges, José Augusto Seabra e Magalhães Mota.
Foi Subsecretário de Estado da População e Emprego no Governo de Maria de Lurdes Pintassilgo.
Filia-se depois no Partido Socialista, tendo sido Vereador da Cultura e Turismo da Câmara da Figueira da Foz durante dois mandatos. .
Desempenhou o cargo de Administrador não executivo do Hospital Distrital da Figueira por convite do actual Ministro da Saúde, fez parte da Administração do porto comercial da Figueira e, ainda, da Administração da Portucel.
A coerência do Dr. Melo Biscaia é, talvez, o que melhor define o seu carácter. Sem nunca tergiversar nas suas tomadas de posição ao longo da vida, é um verdadeiro democrata de espírito aberto e tolerante. Acredita nos seus ideais, mas respeita democraticamente os dos outros.
Nunca abdicou das suas convicções e foi sempre um defensor da unidade da esquerda no combate ao fascismo.
Recentemente, a sua participação cívica levou-o a fundar e animar o blog Lugar para Todos.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

CONVITE

X&Q37

PORT WINE



O Douro é um rio de vinho
que tem a foz em Liverpool e em Londres
e em Nova-York e no Rio e em Buenos Aires:
quando chega ao mar vai nos navios,
cria seus lodos em garrafeiras velhas,
desemboca nos clubes e nos bares.

O Douro é um rio de barcos
onde remam os barqueiros suas desgraças,
primeiro se afundam em terra as suas vidas
que no rio se afundam as barcaças.

Nas sobremesas finas, as garrafas
assemelham cristais cheios de rubis,
em Cape-Town, em Sidney, em Paris,
tem um sabor generoso e fino
o sangue que dos cais exportamos em barris.

As margens do Douro são penedos
fecundados de sangue e amarguras
onde cava o meu povo as vinhas
como quem abre as próprias sepulturas:
nos entrepostos dos cais, em armazéns,
comerciantes trocam por esterlinos
o vinho que é o sangue dos seus corpos,
moeda pobre que são os seus destinos.

Em Londres os lords e em Paris os snobs,
no Cabo e no Rio os fazendeiros ricos
acham no Porto um sabor divino,
mas a nós só nos sabe, só nos sabe,
à tristeza infinita de um destino.

O rio Douro é um rio de sangue,
por onde o sangue do meu povo corre.
Meu povo, liberta-te, liberta-te!,
Liberta-te, meu povo! – ou morre.

JOAQUIM NAMORADO

domingo, 22 de abril de 2007

Naturalmente...

Complexo Desportivo do Cabedelo
Arbitro: António Lopes
Assistentes: George Silva e Ricardo Gabriel

Cova-Gala: Bolas, Hugo, Copinho, Rato, Lambreta, Pedro Mota, Tuka ( Ivo aos 80m), Pedro Fernandes ( Alex aos 67m), Mané, Sérgio ( Zé Zé aos 90m) e Ruizito
Suplentes não utilizados: Dias, Rafael, Tó Jó e Luisito
Treinador: Rui Camarão

Pereira: Luis, Carlos, Fábio ( Rui Paralta aos 45m), João, Rui, Filipe, Rui Tó, Joel, Parente, Renato( cap.) eTinoco
Suplentes não utilizados: Nelito e Zé Miguel
Treinador: Zé Torres

Resultado ao intervalo: 1 – 0
Resultado final: 4 – 1
Golos: Sérgio aos 25m, Pedro Fernandes aos 49m, Rui Paralta aos 70m, Ruizito aos 77m e Ivo aos 89m

Disciplina:
Amarelos:
Filipe aos 58m
Vermelhos: Rui por acumulação aos 75m e 82m
Vitória natural e sem margem para dúvidas do Grupo Desportivo Cova-Gala.

JÁ?...

sábado, 21 de abril de 2007

O sonho está mais perto

Complexo Desportivo do Cabedelo
Arbitro: Mário Simões

Cova-Gala: Rui, João Carlos, João Manuel, Pedro (cap.), Paulito, Carlos Daniel, Zé Pedro, Fredy, Carlitos e Pipi
Treinadores: João Camarão e Rui Camarão

Poiares: Miguel, Tiago, Gonçalo, João, Dani, Alex, Diogo (cap.), Renato, Abel, Ricardo, Duda e Juka
Treinador: Carlão

Resultado ao intervalo: 1 – 0
Resultado final: 3 – 1
Golos:
Zé Pedro aos 11m, Carlos Daniel aos 33m e 39m e Dani aos 54m

Disciplina:
Nada a registar

O melhor em campo foi o guarda redes do Poiares.

SALGUEIRO MAIA FOI ...

“Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido

Aquele que deu tudo e não pediu paga

Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite

Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício

Aquele que foi “Fiel à palavra dada à ideia tida”
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse”

Sofia de Mello Breyner



“Sou um evadido
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi”

Fernando Pessoa

X&Q36

sexta-feira, 20 de abril de 2007

PORRA, SR. AGOSTINHO!.

Porra senhores...



Se há um debate a fazer, ele seria sobre a natureza das cabalas.
A designação é sofrível e inadequada, mas podemos substituí-la com vantagem pela ideia da conspiração.
Santana Lopes falava dos encontros de árbitros e dirigentes desportivos em Canal Caveira. Nunca esclareceu.
Carlos Tavares publicou um livro em que se queixa de pressões durante o tempo em que foi ministro da economia. De quem? Gostaríamos de saber.
O ex-presidente Soares falou ontem de uma grande conspiração contra José Sócrates. Quem está por detrás da conspiração?
Octávio Machado dizia que «sabem do que eu estou a falar». Nunca chegámos a saber.
Santana Lopes queixava-se de pressões e de influências. Quem?
A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do Partido Comunista Português pede o apuramento de responsabilidades na morte de dois pescadores, no passado mês de Março, no Portinho da Gala, freguesia de São Pedro.
Porra senhores: digam nomes, entrem em polémica, ataquem forte e feio, mas falem em português com sujeito, predicado e, muito especialmente, com complemento directo.

Esta situação vai ser resolvida







O Presidente da Junta de São Pedro, em reunião da Assembleia de Freguesia realizada ontem, informou que a reposição das placas na Rua Pastor João Neto vai ser uma realidade dentro de pouco tempo.

Recorde-se, que o OUTRA MARGEM já abordou o assunto em 7 de Setembro e em 1 de Dezembro de 2006.

MÉRITO DO CÃO

A ponte




A noite cai e convida...
A um percurso com vida.

Cruzar a ponte, ou não?
Essa, é a grande questão...

Outro dia está a chegar...
...A voz dele já está a ressoar!..

Vamos percorrer com coragem
Este percurso na outra margem?...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

UM, no meio de tantos...


Este é, apenas, um local INDEPENDENTE, não é uma universidade: serve para colocar alguns princípios, explanar algumas ideias e transmitir alguns simples pensamentos.
Espero conseguir que não seja mais um no meio de muitos, mas UM no meio de tantos...

Dr. Ruy Alves, um lutador



Nasceu em Coimbra e morreu, com 68 anos de idade, em 4 de Fevereiro de 1978, em Lemede.
Desde muito novo o Dr. Ruy Alves esteve ligado ao movimento democrático, lutando por uma sociedade mais justa.
Desde o tempo de estudante que se revelou, em actos concretos, um lutador antifascista. Em 1931, quando da quarta tentativa para derrubar o regime do ditador Salazar, estudante em Coimbra, integrou, empunhando o estandarte da Academia, a grande manifestação de apoio aos revoltosos da Madeira.
Depois da sua formatura em Farmácia exerceu funções em Chaves e em Vila Real de Santo António. Fixou-se na Figueira no final da década de 30 do século passado, tendo-se tornado uma figura conhecida e respeitada. Foi um cidadão interessado nos problemas da cidade e raros foram os acontecimentos registados no decorrer da sua permanência na Figueira de que não se tivesse inteirado, como estudioso atento, dando em jornais e tribunas a que tinha acesso, o seu contributo válido e esclarecido.
No Rotary Clube da Figueira da Foz, fez ouvir com frequência a sua voz em intervenções que revelavam conhecimento dos assuntos, como Homem detentor de uma vasta cultura.
No fascismo, foi vigiado pela polícia política, o que não o impediu de realizar reuniões na Farmácia Central, de que era proprietário. Foi, nessa mesma Farmácia, que teve lugar a reunião donde saiu a primeira Câmara após o 25 de Abril de 1974. Foi, igualmente, em instalações suas, o laboratório do Bairro Novo, em frente ao Café Caravela, que se realizou a primeira reunião do Movimento Democrático Português, na Figueira, a seguir ao 25 de Abril de 74.
No período que se seguiu à Revolução dos Cravos, o Dr. Ruy Alves manteve-se no MDP/CDE, onde foi elemento preponderante na Figueira. Foi aí, a seguir ao 25 de Abril, na militância do MDP, que o escriba se cruzou com a figura franzina, mas enérgica, do Dr.Ruy Alves e de outros figueirenses democratas ilustres, de que guardo gratas recordações, como, por exemplo, essa enorme Senhora que se chamou Alzira Fraga.
O Dr. Ruy foi sempre um Homem esclarecido e estudioso: formou-se em Farmácia e em Físico-Química pela Universidade de Coimbra; anos mais tarde, formou-se em Economia pela Universidade do Porto.
Muito mais haveria a dizer sobre tão importante figura. Todavia, para terminar, lembro que o Dr. Ruy Alves foi um dos fundadores do Barca Nova. A primeira troca de impressões para o aparecimento deste jornal teve lugar no seu apartamento na Avenida do Brasil, tendo por fundo a soberba paisagem do mar da Figueira e a Serra da Boa Viagem, os elementos da natureza que ele tanto amou na cidade onde viveu, trabalhou e lutou cerca de 40 anos.

X&Q35