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domingo, 13 de fevereiro de 2022

O areal urbano da Figueira é um problema. Mas, não teria de ser forçosamente assim...

A Praia da Claridade celebrizou-se no século XIX. Na altura, atraía à Figueira da Foz milhares de banhistas de todo o país. 
A zona onde se localiza ficou conhecida por Costa de Prata, graças ao tom prateado da luz do sol em contacto com a água do mar
Foi talvez a praia que mais sofreu com as intervenções realizadas ao longo dos anos. Hoje, a praia tem cerca de 1 km de largura frente ao Grande Hotel. 
Depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores.
Em 1998, quando Santana Lopes chegou à presidência da Câmara da Figueira da Foz, uma das primeiras medidas que decidiu tomar foi preparar "uma campanha de Verão muito forte", com o objectivo de voltar a dar à cidade um novo fôlego turístico durante os quatros meses de Verão. 
O Oásis viria a surgir um ano depois. Contudo, fazia parte da mesma visão de Santana Lopes para a praia da Claridade: transformá-la num chamariz para atrair milhares de turistas e fazer jus ao slogan que então começava a circular nas televisões - "A Figueira está na moda, venha descobrir porquê".
No livro "Figueira, a Minha História", Santana Lopes recorda o que se passou desde que aceitou candidatar-se à autarquia até ao dia em que rumou até Lisboa, passando em revista toda a "obra" que realizou durante o mandato. 
Na apresentação do livro, em Fevereiro de 2005, Santana Lopes recomendou-o a todos os que pensavam que durante a sua estadia na Figueira da Foz "apenas tinha plantado umas palmeiras"
Todavia, o projecto do Oásis e a intervenção na praia são largamente descritos no livro. "Isto dá para tudo, pensava, diante do imenso areal. A intervenção na praia marcaria todo o mandado, mas o primeiro ano faria a diferença. No resto do país ainda hoje se fala no Oásis como a obra de Santana Lopes na Figueira. Mas dezenas de árvores no areal foram a parte minúscula de um trabalho maior", recorda Santana no livro.
O plano de intervenção na praia começou por introduzir passadeiras, bancos, toldos, campos de ténis, de voleibol e de basquetebol. Com o Oásis, que custou cerca de 500 mil euros, foram colocadas na zona do Galante árvores exóticas provenientes de Espanha, um lago artificial, um bar e um palco para espectáculos. Segundo Miguel Almeida, ex-vereador e braço direito de Santana Lopes, a iniciativa de criar "algo diferente" no areal da Figueira da Foz partiu de Santana, que tinha o "objectivo claro" de "dinamizar" a Figueira da Foz. "Santana Lopes tinha uma ideia global para animar e dinamizar a Figueira da Foz. O Oásis era uma parte desse projecto como pólo de animação privilegiado".
A intenção era criar um espaço de animação que unisse mais a Figueira da Foz a Buarcos e criasse outras áreas de lazer, além da esplanada Silva Guimarães, fazendo do areal, da marginal, a montra da cidade: "O mar de areia que precede o Atlântico é o postal da Figueira. Era impossível ignorar essa imagem sem dela tirar o melhor partido. A praia da Claridade teria de voltar a ser o íman dourado para milhares de turistas e outros tantos empresários".
Na altura,  modelos e futebolistas participavam em campanhas publicitárias. Santana andava feliz.  "Chegava à janela de minha casa na marginal, numa noite de Verão, e via milhares e milhares de pessoas na rua. Filas de horas nos restaurantes para um jantar. A oferta não estava preparada para este boom de procura. Os comerciantes nunca fizeram tanto dinheiro como nesse ano. Os figueirenses até estavam felizes", relembra.

Em
janeiro de 2016, o executivo socialista fez o anúncio de uma obra 
“milagrosa”.
Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Quem por lá passar vê uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase vegetação e árvores mortas.
O problema mantem-se: a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade. O extenso areal da Praia da Figueira continua a ser um problema, quando poderia contribuir para a solução.
Na edição de 27 de outubro de 2020 do Diário as Beiras, Teotónio Cavaco, responde à pergunta «que pode a câmara fazer para “aproximar” a cidade do mar através do areal urbano?», desta forma.
«O prolongamento, em cerca de 400 metros, do molhe norte, em 2011, acrescentou dimensão a um triplo problema, cujas variáveis, ligadas, parecem não possibilitar uma solução que a todas resolva completa e satisfatoriamente: a progressiva falta de areia a sul, a acumulação galopante de areia a norte e a navegabilidade na barra do rio.
Entendendo a necessidade da referida obra, muito cara mas imprescindível sobretudo para a sustentabilidade de um porto comercial tão estratégico quanto merecedor de atenção e investimento internacional, nacional e mesmo regional (é o único entre Aveiro e Lisboa), é inegável que aquela acentuou a erosão nas praias a sul, a destruição da duna de proteção costeira em vários locais (sobretudo na praia da Cova), e a retenção de areia na praia da Figueira em cerca de 230 mil metros cúbicos, como refere Nunes André “23 mil camiões que, se dispostos em fila contínua, ocupariam os mais de 300 quilómetros de ligação por autoestrada entre Lisboa e Porto” – a cada ano.
Ora, esta situação é insustentável para as populações a sul, em constante estado de alerta, e para o turismo, cada vez mais sazonal e dependente de uma praia cada vez mais afastada da cidade-mãe.
Assim, a pergunta desta semana, dramaticamente atrasada 40 anos (o Programa Base de Urbanização da Marginal Oceânica – areal da praia – teve início em junho de 1981) devia ser: o que é que a Câmara já devia ter feito para aproximar a cidade do mar através do areal urbano?
Primeiro, definir claramente se quer tirar areia (aproximar o mar da cidade) ou aproveitá-la (aproximar a cidade do mar); depois, envolver todas as Entidades, nacionais e internacionais, que possam estar relacionadas com a jurisdição e administração dos espaços; finalmente, cativar parceiros que sejam desafiados a interessar-se por uma Figueira do século XXI. Ou seja: durante mais uns meses, isto continuará a ser ficção científica!…»

A questão de fundo continua a ser esta: devemos aproximar a Cidade do Mar, ou o Mar da Cidade?

A meu ver,  devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Alguém desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira?
Em 2008 o extenso areal já era uma preocupação e todos sabíamos qual a razão. Mesmo sabendo, foi decidido acrescentar o molhe norte! O resultado está bem visível e é lamentável! 
Julgo que todos sabemos - ou o que nos leva a crer, nem todos - esta areia não pertence à Figueira e não deveria ali estar. 
Enquanto não devolvermos ao mar as areias que lhe roubaram (e que lhe fazem falta) continuamos à sua mercê. O mar faz parte da natureza e o ser humano não tem poder para a dominar! Tem sim que a respeitar e, com inteligência, saber colaborar com ela e defender-se das fases nocivas.
O mar deu brilho e riqueza à Figueira, à praia, à faina da pesca – com destaque para a do bacalhau -, grades secas, fábricas de conservas e indústria naval e a Figueira há muito lhe virou as costas.
Manuel Luís Pata, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu...

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

O Governo está a reavaliar o concurso para o Casino da Figueira da Foz

 COMUNICADO do CDS sobre o assunto:

"Segundo as últimas notícias, a concessão de jogo para o Casino da Figueira da Foz termina no final deste ano. Até ao momento ainda não foi lançado o concurso para a atribuição da respectiva Licença para os próximos anos.

Posto isto venho publicamente pedir ao Sr. Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, bem como aos restantes Vereadores que esclareçam os figueirenses sobre as seguintes questões:

  – Está o Executivo Camarário a seguir este processo?

 – Que exigências fará a Câmara Municipal ao Governo, para a atribuição da referida licença?

A nossa posição é que as exigências que a Figueira da Foz deve fazer ao novo concessionário, são as seguintes:

1. – Que o Concessionário tenha que Requalificar o Edifício do Casino Peninsular, devolvendo-o à traça arquitectónica que o tornou famoso, quer em Portugal, quer no estrangeiro;

2. – Que o Concessionário tenha que proceder à Requalificação do Salão Nobre do Casino, devolvendo-lhe a sua dignidade perdida;

3. – Exigir ao Concessionário que se façam espectáculos no Salão Peninsular, pelo menos durante 4 noites por semana, durante todo o ano, a preços acessíveis à bolsa dos figueirenses;

4. – Que o Salão de entrada seja devolvido à sua dignidade inicial e sejam retiradas as máquinas de jogo que aí foram instaladas;

5. – Que seja reaberto e reequipado o Cinema do Casino, nas instalações do mesmo. O mesmo deverá funcionar todo o ano;

6. – Que sejam feitos investimentos pela Sociedade Concessionária, a quem for atribuída a licença para a zona de jogo, na Figueira da Foz, nomeadamente:

         - Requalificação do Porto de Pesca desportiva;

         - Requalificação e expansão da Marina de Recreio;

         - Que sejam obrigatoriamente Patrocinadores de, pelo menos, duas manifestações culturais por mês, a realizar no Casino e mais duas no C.A.E.F.F.;

7. - Que paguem as obras de requalificação da Piscina Oceânica, junto do ex-Grande Hotel;

8. - Que paguem as obras de Requalificação da Praia da Figueira e da Praia do Cabedelo, nomeadamente no que se refere a passadeiras de acesso e circulação, instalações sanitárias, instalações desportivas e sua manutenção, bem como mantenham a Praia em condições de limpeza e asseio exigíveis;

9. – Que sejam os Patrocinadores de um grande Festival anual, ou no mínimo bi-anual, de Cinema ou de Música e de um Concurso Hípico anual;


Estas exigências são, em nossa opinião, o mínimo dos mínimos, para ajudar a requalificar a Figueira da Foz, para além do apoio que deverão prestar a Obras Sociais.

Estas obras de requalificação e de manutenção, têm como objectivo atrair novamente o Turismo de Qualidade, nacional e internacional, de que a Economia da Cidade precisa.

É o mínimo dos mínimos, para ajudar os Comerciantes, os Hoteleiros, a Restauração, os Cidadãos em geral. Estes precisam que se criem mais e melhores empregos no Concelho, que proporcionem uma melhor qualidade de vida aos figueirenses."

Miguel Mattos Chaves

Presidente da Comissão Política do CDS-PP da Figueira da Foz

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Da série, o areal urbano está assim por erros e falta de visão do homem... (4)

Baía de Buarcos

"Antes da construção do molhe do porto da Figueira, existia uma baía em Buarcos. A Praia da Claridade apresentava um areal razoável onde cabiam botes de pesca e para-sóis de aluguer. Dificilmente voltaremos a esse cenário, mas podemos fazer muito melhor do que assumir como uma fatalidade um areal que é uma artificialidade criada pelo homem.
Plantar mais betão (o areal já engoliu uma piscina junto ao Relógio) em cima de uma extensa artificialidade arenosa será certamente uma excelente oportunidade de negócio para muitas cabeças, mas não é a melhor forma de uma cidade do litoral se relacionar de um modo sustentável com a orla costeira e com o mar.
Em 2014, foi criado o Grupo de Trabalho do Litoral (GTL), coordenado pelo professor Filipe Duarte Santos, que estudou detalhadamente os variados problemas do litoral: a erosão costeira, a escassez de areia proveniente dos rios e a subida do nível dos oceanos causada pelas alterações climáticas.
A resolução destes problemas requer uma solução integrada aplicada a toda a orla costeira portuguesa e não deve depender de apetites económicos locais. O relatório do GTL aponta de uma forma fundamentada as possíveis vias de resolução dos problemas referidos. Desde a apresentação pública do relatório pouco se avançou na aplicação das medidas de ordenamento da costa preconizadas pelo GTL, apesar de os orçamentos de estado mais recentes incluírem verba destinada à defesa do litoral.
Entre as soluções que são equacionadas pelo GTL, está a possibilidade de implementar um sistema de bypass para transferir areia da Praia da Claridade para a margem sul, onde a erosão costeira e a falta de areia colocam em risco a segurança de pessoas e casas. No entanto, o estudo sobre o bypass continua uma promessa por realizar. Até à implementação das soluções propostas pelo GTL, o mais judicioso é limitar as intervenções na praia a estruturas ligeiras, como as passadeiras em madeira, ou a equipamentos desportivos re-movíveis, como os do vólei ou do futebol de praia. Entretanto continuaremos a sonhar que um dia a baía voltará a Buarcos."


Via Diário as Beiras
Nota via OUTRA MARGEM. Há alturas da vida em que o que desejamos demora imenso a acontecer...

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Empreitada de Requalificação Urbana do Cabedelo- 1ª fase

foto António Agostinho
"Iniciada nos últimos dias de 2018, esta empreitada pretende aproveitar o potencial turístico da zona do Cabedelo, articulado com a sua qualificação ambiental, libertando a zona mais sensível entre os dois molhes e destinando-a à fruição pública e à prática de desportos náuticos (surf e bodyboard). A sua conclusão está prevista para o 1º trimestre de 2020.
A empreitada adjudicada em, aproximadamente, 2 640 000,00 € (+ IVA) prevê a construção de infra- estruturas, espaços de lazer e equipamentos de uso público. No decorrer dos trabalhos de preparação da empreitada, foram efectuadas sondagens de enquadramento do molhe com os espaços previstos na empreitada.
Nesta altura, decorrem os trabalhos de modelação dos terrenos e implementação das diversas infra- estruturas
."
Nota de rodapé.
O filme tentado passar pela bem oleada máquina de agitação e propaganda da autarquia é sempre o mesmo: ideias aparentemente  generosas, desenvolvimento sustentável, requalificação, qualificação ambiental (e compram-se carros novos a gasóleo!...)  e outras patranhas que se costumam ler às criancinhas para colocá-las a dormir.
No fim,  o que é importante é facturar politicamente.
Politicamente, esta equipa que concorreu pelo PS, dez anos passados, mostrou o que vale: se, sem maioria, ainda deu para disfraçar, com duas maiorias absolutas é o que estão a assistir...
Como escrevi recentemente no jornal DIÁRIO AS BEIRAS, "no Cabedelo sente-se uma paz especial. Por isso, é um local que atrai milhares de visitantes. A protecção da natureza vai confrontar-se com a mentalidade empresarial patente no planeamento desta obra. Está em causa o património natural e a morfologia deste recanto. Os decisores políticos encaram o futuro do Cabedelo como mercadoria, o que vai prejudicar o seu ambiente natural e potenciar a sua gradual destruição.
O turismo depende da sustentabilidade e da preservação. Mas alimenta-se daquilo que vai degradando. O meio ambiente do actual Cabedelo tem que ser protegido. Numa cidade sustentável, tendo as pessoas no centro das decisões, preserva-se o ambiente. Quem olhar para esta requalificação detecta, desde logo, a evidente demagogia desta política, que não serve senão para camuflar a destruição ambiental.
A este executivo falta capacidade de planeamento, coordenação, noção da realidade, dinamismo, criatividade e visão estratégica do concelho como um todo… O Cabedelo precisa de pouco: melhores acessos (incluindo passadeiras em madeira por cima das dunas); manutenção e protecção das dunas; e um balneário com WC para servir os utentes da praia e os amantes dos desportos de mar.
Há uma pergunta que é necessário colocar, não só por causa do Cabedelo, mas também por causa do Cabedelo: quem beneficia com a destruição da natureza, que o mesmo é dizer, da vida?"


Vivemos numa cidade onde muita gente anda a dormir, incluindo alguma comunicação social. A oposição, além de andar a dormir, parte dela anda com problemas colaterais. Depois, temos alguma rapaziada bem instalada e bem remunerada, a  prestar serviços à CMFF.
Por fim, temos o bom povo figueirense, que quer é festas e fogo de artifício.
Nada de novo, a tradição remonta ao império romano, em que os candidatos políticos se distinguiam (e se faziam eleger) pela qualidade e sobretudo quantidade da sua clientela, que orbitava à volta da sua carreira e respectivo sucesso.
Num município de média dimensão, como a Figueira, uma investigação minimamente diligente daria para  verificar a  percentagem da  população que recebe apoios da câmara. Repercutindo as "cabeças" em famílias, facilmente se adivinha como se perpetuam no poder certos e determinados autarcas.
É também por isso que na Figueira é sempre carnaval.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

SOS EROSÃO COSTEIRA

Pedro Rodrigues,  na Figueira na Hora
"... aqui, deste lado da ponte, na margem sul do Mondego, a realidade é assustadora, diria até grotesca, tendo em conta que a erosão costeira é um problema real - permitam-me ser redundante ao longo deste texto.
No quinto molhe, a situação é tão assustadora que as raízes dos pinheiros estão já expostas, como dedos velhos a apontarem directamente para o problema: o avanço do mar, a destruição do cordão dunar.
Não quero poetizar a situação, o que quero é alertar para o facto de não podermos continuar a varrer esta areia para debaixo do tapete.
E falo no plural porque não quero, também, que vejam isto como um atirar de culpas, mas um alerta - mais um.
A desgraça está aí à porta e é uma massa líquida que, depois de transpor a barreira, ou o que resta dela, será difícil de conter.
Haverá famílias com os bens materiais em perigo, com os lares expostos à destruição.
E como é tão tipicamente nosso, a suposta acção será uma reacção. Depois haverá choros, lamentos, discursos maquilhados com lugares comuns “agora temos de ser fortes”, “temos de estar unidos”, “não havia como evitar”, “a prioridade agora são as vítimas”.
A questão aqui é exactamente essa: evitar que haja vítimas: agir, em vez de reagir.
Lia ontem um texto de um amigo meu, que está fora há um ano, e falava numa experiência de abrir horizontes, de aprendizagem.
No texto, apontava que nós, enquanto país, não somos inferiores às grandes potências europeias. O que difere é a nossa mentalidade. A nossa forma de encararmos os acontecimentos sempre da mesma fora, não aprendendo com eles (o que me remete para uma citação de Einstein: “Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.”). 
Não tenho aspirações políticas e esta é apenas a minha visão deste problema. Não aponto dedos a cores, partidos, pessoas em particular.
Peço apenas a acção e não a reacção. O problema existe, é real, há estudos, propostas de soluções. Não pode haver falta de verbas, quando se fala em concertos (onde são gastos milhares de euros), passadeiras de madeira e mesas de cimento no deserto que é a praia da Figueira (onde foram gastos outros milhares) e por certo poderia continuar.
Esses discursos estão gastos e funcionam como areia para os olhos (areia essa que faz falta no cordão dunar). Quando votamos, não votamos em ideias, em coisas abstractas, votamos em mãos, mãos com unhas encardidas e calos de trabalho.
Tolstoi tem um livro bom sobre esse assunto, posso emprestá-lo, se quiserem.
Enquanto isso, aguardo que os anjos e santos protejam a vila, já que os ouvidos mundanos devem estar ocupados com os sons de outros carnavais."

terça-feira, 6 de junho de 2017

"Não nos visitem por favor, o nosso sentimento é de vergonha!"

Costa de Lavos 05 de Junho de 2017
Local : Costa de Lavos 
Freguesia : Lavos 
Concelho: Figueira da Foz 
Distrito : Coimbra 

Exmos Srs., 

Com todo o respeito pelos lugares de responsabilidade pública que ocupam na CMFF,  venho por este meio dar-vos conhecimento, do que parece e acredito que assim seja, não ser do vosso conhecimento .

O Envio deste  “Manifesto Público” tem como objectivo alertar para o estado DEPLORÁVEL em que esta Localidade se encontra nos últimos Anos . 
Vou colocar os pontos que quero “denunciar“ dando a Prioridade e Respeito pela ordem, que abaixo menciono.

1) População da Costa de Lavos: 
É com imensa tristeza que há muitos anos a esta parte nos sentimos completamente abandonados as imagens que em seguida, coloco neste manifesto, já é do vosso real conhecimento “INFELIZMENTE”
Tal como vós, sinto-me ”envergonhado”, primeiro por ter que diariamente sobreVIVER, nesta terra que tanto AMO, e observar o seu abandono, ano após ano !!! 
Tenho pena de no momento atual, esta ser a única “forma” que posso utilizar, quem sabe em breve poderei ter uma intervenção mais ativa ! 

2) População e Turistas que nos Visitam: 
Pedimos-vos desculpa por visitarem esta bonita terra e depararem com situações, que parecem de há 20 anos, onde as estradas eram de terra batida ou areia (semelhantes ás que temos hoje em dia ) como podem ver nas fotos ! 
Desculpem-nos se querem visitar a nossa bonita praia pelas “espécies de passadeiras” e não o fazem, porque estão cheias de areia ( é como andar na praia) ! 
Parámos completamente no tempo !!! 

3) Responsáveis Locais: 
Os equipamentos que vão verificar nas imagens abaixo, não servem só para as inaugurações em tempos de eleições, (como as que se avizinham) em Domingo, 1 Outubro, 2017 mas também para terem programas de manutenção Anuais! 
Em muitos dos casos estamos a falar de equipamentos numa terra à beira mar, não é só aplicar o dinheiro dos nossos impostos e depois esquecer, que de onde este vem, existe mais!!! 
Nós Gostamos muito, mas não queremos festas anuais de “Orgulho Lavoense”, quando o que deparamos diariamente, nos envergonha e de orgulho temos MUITO POUCO! 

4) Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Para vós (TODOS!!!! Sem exceção) a Costa de Lavos não existe somente quando existem eleições e aparecem “bandos de Engravatados" à procura de votos e com promessas e sorrisos de orelha a orelha ! 
Nós estamos cá durante todos os dias, toda a semana, durante todo os Ano….!!! 

O concelho NÃO É SÓ A FIGUEIRA !!!! tirem um bocadinho o foco, da praia da Figueira, como alguem que é egocêntrico e humildemente olhem um bocadinho á vossa volta! 

Não estão convidados para nos visitarem nas vésperas das próximas eleições de Domingo, 1 Outubro, 2017 mas façam o favor de lá ir hoje, agora, sem teatros sem preparações, para verem com os vossos olhos a realidade em que vivemos! 

Sentimos, também de vocês, Vergonha e Pena!!! 

Manuel Ribeiro

quinta-feira, 1 de junho de 2017

De Aguiar de Carvalho a João Ataíde, a volta que "o centro de gravidade" da Figueira levou!.. Para pior, claro...

"Durante os mandatos de Aguiar de Carvalho, foram projectadas novas avenidas que desviariam o trânsito exterior dirigido às praias e o fariam fluir sem perturbar o quotidiano dos figueirenses e do comércio do centro da cidade. 
A solução era óbvia e resultou facilmente. 
No entanto, na altura ninguém imaginou que um dia estas avenidas também serviriam de acesso a grandes superfícies comerciais. 
A ajudar o planeamento que estava para vir, ocorreram oportunos incêndios em terrenos do sopé da Serra, que mais tarde ou mais cedo viriam a servir de base para instalação das novas grandes superfícies. 
Hoje, as avenidas que originalmente serviam para desviar o trânsito exterior do centro da Figueira passaram a atrair os próprios Figueirenses, que efectuam ali as suas compras, vão ao cinema, vão comer, etc. 
Avenidas pensadas para um rápido fluir do trânsito passaram a ser equipadas de semáforos, de passadeiras e de variados obstáculos urbanos para a reduzir a velocidade, aproximando a velocidade média de circulação nestas artérias à velocidade de circulação na zona antiga da cidade. 
Nos dias que correm, a deslocação do centro de gravidade da cidade está consumada. Esqueçam o rio ou a praia, a Figueira deslocou-se para uma das suas periferias, atropelando corredores verdes, cursos água e zonas de cheia junto à serra. 
Isto é outra cidade meus caros, e não é bonita."
Novo centro de gravidade, uma crónica de Rui Curado da Silva, publicada no jornal AS BEIRAS.

sábado, 1 de abril de 2017

A bomba!... Até parece 1º. de Abril!

Quem não gosta deste forasteiro que está a matar a Figueira aos poucos, tem hoje um dia para respirar melhor.
Hoje, é um dia em que a luminosidade e a pureza do oxigénio estão no seu máximo. 
Não há poeiras em suspensão no ar e chegamos a sentir isso ao respirar.  
Então vamos lá esmiuçar...

Por não aguentar a pressão da "oposição que  propõe sessões públicas sobre o PDM com a participação de João Ataíde",  este fez uma birra esta manhã e está na disposição de não se apresentar ao eleitorado em outubro próximo.
Logo agora, quando este blogue estava na disposição de manifestar o seu apoio público à candidatura de Albino Ataíde, veio a informação de que ele não será candidato, em 2017, à Câmara da Figueira da Foz.
Nem pelo PS, nem como independente...

Tal ficou a dever-se, no essencial, ao facto das eleições autárquicas terem sido marcadas para 1 de Outubro. Isso, tornou a sua candidatura a um terceiro mandato autárquico descartável, pois Ataíde não está disposto a alterar as férias do Verão para o Inverno.

Agosto teria de ser o mês para preparar as propostas e o programa das candidaturas de 2013/2017 e 2017/2021. Depois, com a convocatória das eleições para o dia 1 de Outubro, ficaria também obrigado a partir de 1 de Setembro, a comparecer em todas as cerimónias de inauguração de pintura das passadeiras, a acompanhar "in loco" os trabalhos acelerados da implantação do Centro de Alto Rendimento dos desportos na areia, o bosquete que está a crescer na Praia da Calamidade, a zelar para que nada falte aos cães da cidade, nomeadamnte que não faltem sacos plásticos nos dispensadores dos dejectos, para não falar na preparação do carnaval 2018 e na necessidade de tapar os buracos e na distrbuição das beijocas da praxe, que qualquer candidato autárquico que se preze,  é obrigado a dar.

Com esta decisão, que apanhou de surpresa a esmagadora maioria dos figueirenses e colocou outros agradavelmente bem dispostos, Albino Ataíde quer demonstrar que não é verdade, que quanto mais velhos ficamos, menos vergonha nós temos de ter vergonha, e não quer passar novamente pela vergonha de ter de cantar a menina estás à janela, por alguém na assistência, numa qualquer sessão de campanha, o confundir com o seu irmão António...
Por outro lado - e este era um segredo muito bem guardado - Ataíde, em privado, equipara a presidência da câmara a um banho quente. 
Considera, portanto, que quanto mais tempo ficar, mais enrugado vai sair.


Todavia, Albino Ataíde não vai deixar a Figueira sem iniciar mais um grandioso projecto, que há-de perpetuá-lo para sempre na memória dos figueirenses.
Após 7 anos praticamente sem investimento privado na área do turismo, Albino Ataíde, na próxima semana, deverá assinar o contrato para construção de um Hotel de 5 estrelas na Figueira.
Recorde-se, que este projecto tem estado na gaveta, pois já tinha sido uma promessa eleitoral, em 2005, do seu antecessor no cargo.
Na altura,  não foi possivel avançar para a construção desta unidade hoteleira de 5 estrelas na nossa cidade, por o anterior presidente poder vir a ser benificiado com a sua construção...

Não há muito mais a dizer, mas há muito a lamentar, depois da passagem de Albino Ataíde pela presidência da Câmara da Figueira da Foz.
Sobretudo, não podemos esquecer o quanto estragou e desfeiou a nossa cidade que, mesmo assim, ainda permanece com algo de encantador! 
Sobretudo, permanece a ideia de paz e sossego, no fundo a pasmaceira, evitando assim que as nossas vidas se tornem num inferno!
Bem haja, senhor presidente Albino Ataíde!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Hoje, finalmente, percebi a política figueirinhas: importante, é ter Miguel Almeida, um vereador da oposição ao serviço da situação!..

Na Figueira, a oposição a este executivo camarário PS, se, ao menos, contribuir para "pôr uma tinta branca nas passadeiras reservadas aos peões" e se meter uma "cunha" para "permitir aos jovens que gostam de jogar futebol, à noite, nos campos que a Praia tem, que não o têm podido fazer, pois está tudo às escuras, apesar de existirem holofotes", está de parabéns...
POLÍTICA É ISTO MESMO para a maioria dos figueirenses: "um voluntarismo ingenuamente bacôco e egomaníaco, discurso bisonho e paroquial repleto de lugares-comuns, alguma esperteza saloia, imensas banalidades..." 
Só um povo esclarecido me convenceria que, afinal, os figueirenses têm o que merecem...
Obrigado figueirenses esclarecidos.
Alerta senhores do arco do poder figueirinhas: a União Nacional (Local) ainda terá futuro na Figueira, substituindo-vos por gente bem mais eficaz!

Nota de rodapé.
Só pergunto: onde está a Oposição? 
É que se for este PSD dá só para rir!..

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Ocaso?..

"Terminou, no passado sábado, mais uma edição da Festa da Sardinha organizada pela Malta do Viso. Mais uma vez, foi um sucesso. A mudança do Coliseu Figueirense para o denominado “Pavilhão Multiusos”, superou as expectativas da organização e veio provar que independentemente do lugar onde se realize, a Festa da Sardinha é uma iniciativa de grande adesão popular.
Como a câmara, já anunciou, e bem, que os pavilhões serão desmontados ainda este ano, é necessário encontrar um espaço que permita a continuidade da festa. Parabéns à Malta do Viso, pela resiliência em não deixar morrer uma das festas mais carismáticas da cidade.
Casa Arrumada
A época balnear abre oficialmente, na esmagadora maioria das praias do concelho, na próxima sexta-feira. Esperemos que não se repitam os erros do ano passado, e que todas as praias tenham nadadores salvadores. Quanto à “Praia da Claridade”, não é aceitável que nesta altura as obras dos passadiços não estejam terminadas.
Percebe-se que uma parte da obra só possa ser terminada mais tarde, mas as passadeiras deveriam estar concluídas no início da época balnear. Tanto se fala da necessidade de diminuir a sazonalidade e tanto se tem feito nos últimos tempos para a aumentar. Mas como os operadores turísticos locais nada dizem, estará certamente tudo bem, eu é que estarei enganado."

Nota de rodapé.
Esta é a crónica publicada hoje no jornal AS BEIRAS pelo candidato apresentado pela direita nas últimas autárquicas.
Este texto, vem na linha que Miguel Almeida está a trilhar desde que desistiu de se apresentar de novo a eleições na Figueira.
Bom sinal. Não estando obviamente em causa Miguel Almeida como pessoa, que tem defeitos e virtudes, como todos nós, este político faz bem em não se recandidatar, pois políticos com este perfil, a meu ver, não fazem a mínima falta à vida política figueirense. 
A sua retirada é uma boa notícia para as cidades a que se candidataram - neste caso, a Figueira - e para o país. 
Miguel Almeida, político arguto e perspicaz, percebeu que o que torna o passar dos anos melancólico, não  é o desaparecimento de alegrias, mas o desaparecimento de  esperanças.
Presumo eu, que deve ter percebido que esta Figueira é um perfeito sufoco. 
Que tinha a ganhar por aqui?..
Miguel Almeida, fez o que tinha a fazer: mudou de vida.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O perigo da erosão na orla costeira a sul do nosso concelho no próximo inverno


Fotos  de António Agostinho. Pode ver fotos de Pedro Agostinho Cruz sobre este assunto, clicando aqui
Como certamente nos recordamos, o inverno passado foi severo.
Causou estragos – e que estragos – na orla marítima a sul do estuário do Mondego.
As passadeiras e as escadas de acesso às praias sofreram estragos que não foram reparados por quem de direito.
A sul do parque de estacionamento da praia da Cova a situação é grave. Aliás, agravou-se no decorrer da época balnear como as fotos que publico mostram.
Daqui a pouco estamos outras vez no inverno. 
Oxalá,  que o próximo seja menos severo.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Um mês passa depressa... Já lá vai um mês e dez dias...(Só para avivar a memória ao caríssimo Miguel Almeida...)


"Este verão, apesar do bom clima, ouvi, mais uma vez, alguns amigos com os tradicionais lamentos veranistas. Que a água não tem a temperatura do caribe, que o vento adora dar um ar da sua graça e que a “praia da figueira” é demasiado longa,
 é um facto. Mas o que importa é transformar estas supostas fraquezas em força. 
Se temos uma praia demasiado longa temos que a saber “vender” como a maior praia urbana da Europa e ter um plano de aproveitamento desse longo areal. É verdade, somos a “Maior Praia da Europa” e temos que saber tirar proveito disso enquanto não conseguirem estancar e diminuir o tamanho.
Se o vento é mais forte do que em outras paragens, então que corra a nosso favor. Existem vários desportos que podemos potenciar porque necessitam desse sopro da natureza.
 
O essencial é saber para onde se quer ir e fazer opções. Por mim, prefiro potenciar o que os “Deuses” nos deram, porque modéstia á parte sou Figueirense."

Miguel Almeida, hoje (leia-se 20 de Agosto de 2012) no Diário AS BEIRAS

Em tempo.
Oh Miguel, modéstia à parte, tu que já foste, entre outras coisas, Presidente da Comissão Política Concelhia da JSD da Figueira da Foz e Distrital da JSD de Coimbra, Deputado da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, Vereador na Câmara Municipal da Figueira da Foz, Deputado da República, permite a pergunta: SÓ DESCOBRISTE ISSO AGORA?...

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Miguel Almeida Meu caro Agostinho;

Confesso que por mais interpretações que faça do meu próprio texto, não consigo perceber a pergunta. Até os críticos, poucos é certo, do mandato do Dr. Santana Lopes, reconhecem o trabalho que foi feito na valorização do areal da praia. Sabes que as PASSADEIRAS, os CAMPOS DE FUTEBOL, BASQUETE e TÉNIS são desse tempo !!! O OÁSIS, quer se goste ou não, é uma intervenção no areal que ajudou a quebrar essa ideia de areal extenso e sem vida.
A CICLOVIA ao longo da avenida, o PARQUE DE ESTACIONAMENTO no terrapleno de Buarcos, entre outras obras ali realizadas, também são deste tempo!!!

Por isso, há muito que “descobri” que o melhor era aproveitar e valorizar o que os “Deuses” nos deram. Acabo como iniciei, não percebo a pergunta...
21/8 às 12:23 · Gosto · 1
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Antonio Agostinho Muito obrigado pelo esclarecimento, embora obviamente soubesse tudo isso…
Agora, (e com toda a frontalidade o reafirmo, como dos “poucos críticos do mandato do dr. Santana Lopes”…): se em devido tempo, na tua opinião, foi feito o que teria de ser feito no areal da praia (as PASSADEIRAS, os CAMPOS DE FUTEBOL, BASQUETE e TÉNIS, o OÁSIS…A CICLOVIA ao longo da avenida, o PARQUE DE ESTACIONAMENTO no terrapleno de Buarcos, entre outras obras ali realizadas….) confesso que não percebi a tua resposta, pois a Figueira continuou a ser gerida pelo PSD, em mais dois mandatos, após a ida do dr. Santana Lopes, primeiro para Lisboa, e, depois, para o Governo!..
Se puderes - e quiseres - explica-me então o que falhou a seguir, pois o défice acumulado, após os executivos presididos pelo eng. Duarte Silva é, como todos sabemos, muito preocupante para o futuro dos Figueirenses como tu e eu… Tanto mais, que a Figueira está como sabemos... A começar pela sujidade das ruas... Não há dinheiro para nada e, isso, é, sobretudo, da responsabilidade dos executivos camarários presididos pelo PSD, onde tu tiveste responsabilidades directas e objectivas.
Um abraço
21/8 às 14:20 · Editado · Gosto · 1
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Miguel Almeida Já estamos a falar de coisas diferentes.
Tu perguntaste se só agora EU tinha descoberto o que se devia fazer. Já percebi pela tua resposta que quanto a isso estamos esclarecidos. Penso que ficou claro que EU quando tive responsabilidades autárquicas contribui para que fazer o que agora voltei a defender.
Quanto ao passivo já é outra conversa. Mas também não deixarei de falar disso, mas se não te importas noutro o tempo e noutro fórum. Só para que não digas que estou a fugir “com o rabo” à seringa, só te posso dizer que só falta um mês... 
Um abraço
22/8 às 0:55 · Gosto
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Antonio Agostinho Ok. Entendi. Mais uma vez agradeço os teus esclarecimentos. Um mês passa depressa... Como Figueirense vou aguardar atentamente... Um abraço

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Coisas simples que me estão a fazer falta…

foto Pedro Cruz
Levantar-me de manhã muito cedo, lá na minha Cova-Gala natal, colocar os óculos escuros a cobrir boa parte do rosto, vestir o fato de treino pelintra (o dinheiro não dá para mais!..), e ir passear pelas ruas ainda vazias da Aldeia, rumo às passadeiras da praia também ainda desertas, respirar o ar a maresia, esse cheiro único e intraduzível por palavras, que só pelas 6 da manhã se consegue sentir, e caminhar rumo ao Cabedelo, ir até à ponta do molhe sul e voltar de novo à casa na Aldeia para um banho retemperante.
Sinto-me  rejuvenescido!..
Esta é a melhor preparação para encarar mais um dia…
Pelo caminho, ficaram os problemas, as angustias, as solidões e os cansaços mal curados.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ainda temos o mar!..

foto Pedro CruzCá pela Aldeia da Cova-Gala, nota-se um fenómeno de esgotamento, de cansaço...
Segundo os cérebros, entre 1994 e 2009, houve uma verdadeira cavalgada em São Pedro: a acreditar na verdade única e oficial, até parece que fomos a freguesia que mais cresceu e se desenvolveu em Portugal!..
Tivemos uma mudança demográfica, outra nos costumes, outra na paisagem urbana - cimentou-se, cimentou-se, algo de absolutamente fantástico!..
De repente, porém, chegámos a 2009, e percebemos que não tínhamos inovado nem criado assim tanto!.. Fizemos largos, ruas, rotundas, blocos de apartamentos, colocámos tapetes de alcatrão, construímos o portinho da gala com os armazéns de aprestos, ainda não utilizados, nem inaugurados, e já a caminho da ruína, construímos as passadeiras da praia – mas, qualquer Terra, com um cheque na mão, teria feito isto e muito mais…
Mas não criámos emprego para a juventude, não incentivámos novos projectos, não promovemos novos produtos, não criámos espaços para a cultura e o desporto, não arranjámos condições para a terceira idade... Resumindo: não olhámos para as pessoas da Aldeia da Cova-Gala.
E estivemos próximo de perder muito do que ainda temos: demos cabo de parte da floresta e íamos dando cabo de mais, deixámos quase morrer a pesca, demos cabo da nossa orla marítima, vendemos a nossa verdadeira identidade "por uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma"...
Quatro coisas imperdoáveis, quatro erros históricos.
Mas, a Cova-Gala não está doente.
Está, apenas, dependente…
Por enquanto ainda temos o mar!..

quinta-feira, 30 de julho de 2009

ZONA LIVRE - crónica de hoje no RCFM

Em declarações a um jornal de Coimbra, hoteleiros e comerciantes da Figueira da Foz, lamentaram-se no princípio desta semana, de não haver memória de uma segunda quinzena de Julho tão fraca. As coisas estão de tal maneira complicadas, que os hoteleiros e comerciantes da nossa cidade, prevêem reunir-se durante esta semana, tendo na agenda precisamente a “fraca época balnear”.

Portugal, é um país em crise e a Figueira não foge ao panorama geral.
As causas são muitas e variadas. Mas, há pequenas coisas que fazem pensar.
Li recentemente no Jornal de Notícias, que o areal mais frequentado de São Pedro – uma freguesia com cerca de 5 km de praias - não tem vigilância.
Isto, no mínimo, é surpreendente, pois esta praia é agradável, e quando está baixa mar forma-se uma lagoa muita boa para as crianças brincarem.

Na Cova-Gala, frente ao mar, no Largo Alfredo Aguiar de Carvalho, o veraneante depara-se com um cenário estranho: olhando para a esquerda, para sul do quinto molhe, verifica que o areal não é vigiado, mas é muito mais frequentada do que o do lado, o que fica a norte do quinto molhe, que é vigiado.
Registe-se, que para esta época balnear, esta praia, situada entre o Molhe Sul e o Parque de Campismo da Orbitur, foi melhorada com novos acessos (passadeiras de madeira), o que criou condições excelentes para a sua frequência.

Ao que o JN apurou no local, a 19 de Julho passado, três pessoas foram puxadas pela corrente do mar, tendo sido ajudadas por surfistas que se encontravam no local e pelo banheiro que estava de serviço no Parque de Campismo da Orbitur.
A crise, no nosso país e no nosso concelho, é real. Mas, há coisas de difícil compreensão.
Numa praia com excelentes condições, onde se investiu significativamente para proporcionar melhor acessibilidade aos utilizadores, para os incentivar a ir lá, esqueceu-se uma coisa fundamental para quem frequenta esta praia: a segurança.