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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Crónica da farsa da apresentação pública do projecto da requalificação da frente de mar em Buarcos, no âmbito do PEDU, ontem levada à cena no Grupo Caras Direitas, com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017...

Assistiu-se, ontem, ao fim da tarde, no Teatro do Grupo Caras Direitas, à apresentação pública do projecto da requalificação da frente de mar em Buarcos, no âmbito do PEDU.
Para expor o documento usaram da palavra o Presidente da Câmara  e arquitectos responsáveis.
A Colectividade centenária Caras Direitas foi o local, diga-se que bem escolhido, pelo edil João Ataide, para a população assistir à  apresentação desta “farsa” de teatro ou, digamos assim, um filme de ficção da Disney. 
A Nossa Senhora das Eleições Autárquicas tem destas coisas. 
Na velhinha colectividade, durante anos, muitas peças de teatro foram ali representadas, por amadores ou profissionais. Foi num dos camarins desta colectividade que nasceu o actor Camilo de Oliveira. Também foi neste espaço, que actores amadores levaram à cena a célebre peça – “caldeirada à pescador”... não me recordo de nenhuma peça, levada à cena naquele espaço, com o nome de "feijoada de búzios à mestre Zé". Contudo, lembro-me da peça “sardanisca”. Qualquer um destes nomes, aliás, ficava bem ao espectáculo, que constituiu esta apresentação pública, de um projecto que é mais uma manobra de diversão eleitoralista. Um autêntico atirar areia para os olhos das pessoas –  e se ela abunda na praia da calamidade, já nas praias da zona  sul ela rareia e é preciso “roubá-la” ao mar, como faz a APA à frente dos olhos de todos. 
Mas, voltemos à  apresentação do tal projecto, que também podia bem ser um filme da Disney. Naquele espaço foram passados durante anos muitos filmes de diversos  géneros, onde a ingenuidade das crianças permitia apreciaram sempre a bondade e a capacidade de fazer sonhar do Senhor Walt Disney. Para surpresa, ou não, do edil João Ataide e dos seus camaradas (apesar de um mail a circular pelos militantes socialistas, o mesmo não conseguiu mobilizar mais do que uma dezena de fiéis), a larga maioria da assistência não gostou do que viu e ouviu. Muitos comerciantes locais, fizeram ouvir bem alto o seu protesto, pois este projecto (a ser concluído...), é mais uma machadada no comércio tradicional e um incentivo para as pessoas irem para as grandes superfícies comerciais existentes e aquelas que ainda vão ser criadas. O novo projecto da frente de mar, da mesma lavra dos arquitectos que fizeram o projecto da praia da calamidade, promete muito verde (contradição Horto natural) e coisas muito bonitas, entre elas uns balneários para o pseudo centro de alto rendimento da areia, para a rapaziada da empresa Madjer tomar banho.
Os autores deste mega projecto, como se sabe por experências anteriores, já estão  habituados a apresentar propostas com coisas que depois o dinheiro não possibilita fazer, mas isso é o somenos, porque o que é preciso é vender sonhos (encomendados), ainda que, depois, acabem em pesadelos (como o caso da praia da calamidade, que até um coliseu, inicialmente foi prometido, e depois… é o que se vê ).  
Confrontados com a pergunta quanto custa a execução daquele projecto, responderam que era para fazer em duas fases e não ultrapassa os dois milhões e meio, sendo que só estão garantidos um milhão e meio da verba do PEDU atribuída (7,5 milhões para quatro intervenções). Deu para perceber, que a ser feito, vamos ter mais uma intervenção ao nível da praia da calamidade...
No final, ao contrário dos filmes da Disney ou das peças de teatro acima referidas,  o público não gostou mesmo nada daquilo que viu, e demonstrou bem alto a quem de direito, que está farto de embustes e de ser tomado por imbecil e parvo… 
Só  faltaram as pipocas e as bebidas da terra do tio Sam (mas isso é mais no cinema do Jumbo. A vereadora do Carvalho, que desculpe a referência, pois sabemos que a sehora vereadora já não pode ouvir falar neste nome...)
Vamos aguardar pelos próximos “milagres” em carteira da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas. Já deu para perceber que são muitos e variados.
Até outubro, altura em que Ataíde e a sua equipa, contam ser novamente eleitos democraticamente para mandar, não para cumprir qualquer programa eleitoral, muito menos socialista, teremos oportunidade de ver isso no decorrer das sessões de agitação e propaganda que se irão seguir dentro de momentos.

sábado, 3 de junho de 2017

Com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017... (II)

O ministro Pedro Marques,  titular da pasta do Planeamento e das Infraestruturas, visitou a Figueira e Montemor.
No concelho da Figueira da Foz, passou pelas obras da nova Unidade de Saúde das Alhadas e pela fábrica United Resins. 
Já no  concelho vizinho de Montemor-o-Velho, Pedro Marques visitou as obras de requalificação da igreja de Santo António, junto ao castelo, e ficou a saber que a autarquia liderada por Emílio Torrão tem obras para lançar no valor de milhões de euros. A requalificação da envolvente sul do castelo e a reabilitação urbana da zona histórica da vila, onde vão ser instalados um espaço para artistas e um edifício multiusos, bem como instalações para trabalho colaborativo e a recuperação da frente ribeirinha, fazem parte do plano de investimentos da autarquia montemorense. As obras, cofinanciadas por Bruxelas, têm por finalidade combater a desertificação do casco antigo. O autarca montemorense não se ficou por fazer uma visita guiada ao ministro. Emílio Torrão lembrou a Pedro Marques que a edilidade quer ver construídas a variante sul e as passagens pedonais sobre a Linha do Norte, em Formoselha e Santo Varão, obras que estão a ser tratadas com a empresa pública Infraestruturas de Portugal.
João Ataíde também não perdeu a oportunidade para sensibilizar o ministro para a urgência das obras de beneficiação da EN109, empreitada que tem vindo a ser adiada há vários governos e mandatos autárquicos. A última calendarização apontava o início das obras para 2017, mas, mais uma vez, não avançaram. Pedro Marques, contudo, adiantou ao jornal As Beiras que o concurso público para a primeira fase será lançado em julho próximo. A requalificação daquela estrada nacional, entre a Marinha das Ondas, na Figueira da Foz, e Mira, inclui a transformação de seis das nove interceções (cruzamentos e entroncamentos) em rotundas – as restantes serão melhoradas. A empreitada vai custar 3,5 milhões de euros. Para a segunda fase, cujo concurso será aberto em 2018 (ainda sem data), está prevista a substituição do pavimento, ao longo de 44 quilómetros, por 11 milhões de euros. 

Com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017...

Via jornal A Voz da Figueira

sábado, 30 de abril de 2016

O que disse, ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos.
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...

A 19 de outubro de 2014, como todos sabemos, em resultado de eleições intercalares, António Salgueiro, numa lista PS, é eleito para presidente de junta em S. Pedro, onde já era autarca há muitos anos.
Uma das várias promessas, apresentada no decorrer da campanha eleitoral que o levou à vitória de 19 de Outubro de 2014, foi a garantia de que o Posto Médico de S. Pedro não iria fechar.

No passado dia 15, realizou-se uma sessão ordinária da assembleia de Freguesia de S. Pedro.
Nessa sexta-feira, à noite, abordado no decorrer da sessão sobre o assunto o senhor presidente António Salgueiro garantiu que o Posto Médico se iria manter aberto.
Passado o fim de semana, dias 16, sábado, e 17, domingo, logo no dia seguinte, segunda-feira, 18, tive conhecimento que o "Posto de Saúde da Cova Gala iria encerrar em breve... Tudo apontava, para o final deste mês".
Nesse mesmo dia, segunda-feira, porque tenho um espaço na internet que é lido por meia dúzia de pessoas, ou menos, divulguei publicamente o assunto, dada a gravidade do que estava a acontecer.
A população agitou-se, as partilhas no facebok foram mais que muitas, e a inquietação e alarme social instalou-se.
No dia seguinte, 19, terça-feira, desgraçadamente a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: pela afixação de um simples comunicado, na porta principal do Posto Médico, a população era informada que o "Posto de Saúde da Cova e Gala encerrava no fim do mês – a partir do dia 2 de maio os médicos em serviço num Posto médico que estava a servir a população desde 1959, não nas actuais funcionais e modelares instalações, é verdade, iriam para Lavos levando os seus respectivos doentes.
Assim, sem uma palavra, sem uma atenção, sem uma justificação, sem uma palavra: assim friamente...
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, Figueira, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, certamente alguns aqui presentes receberam a SMS, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que eu tinha escrito em 18 no blogue Outra Margem, dois dias antes: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."

Segue-se a convocação de uma sessão extraordinária da AF de S. Pedro - sessão essa que se realizou no dia 21, pelas 21 horas.
A Assembleia de Freguesia realizou-se... O DCMG lotou. Também lá estive, na esperança de ver aparecer alguém da Câmara Municipal para dar uma palavra de esclarecimento, de conforto, de solidariedade. 
Da Câmara ninguém apareceu... 
Entretanto, a pressão popular levou à marcação de uma reunião para o dia 25 de Abril na Figueira entre a Câmara, a junta de S. Pedro, depois foi alargada à junta da Marinha das Ondas, e ACES, na pessoa do director executivo António Morais.
Dessa reunião, como todos sabemos, nada de conclusivo resultou, ao contrário do que foi vendido aos jornais.

Na quarta-feira passada, no CMC houve uma sessão de esclarecimento dos autarcas de S. Pedro, que serviu para o presidente da junta ler as partes que lhe interessavam das notícias publicadas no DC, Beiras e Voz da Figueira, feitas a partir das declarações prestadas aos jornalistas, no final da reunião do dia 25 de Abril, um dia simbólico, por sinal, e que deveria ser respeitado por quem anda na vida pública e na política.
Dessa reunião, todos sabemos, não saíram conclusões definitivas – apenas, serviu, a meu ver, para passar uma mensagem para acalmar a população, à espera de melhor oportunidade, e logo que a malta baixe a guarda levamos o golpe.

O dia de ontem foi elucidativo - em S. Pedro e na Marinha das Ondas.
Ontem, dia 28, quinta-feira, na Marinha das Ondas o povo saiu à rua em defesa do seu Centro de Saúde...
Na Cova e Gala foi afixado um novo comunicado na porta principal do Posto médico da Cova e Gala, assinado pelo Director Executivo da ACES, António Morais, que diz o seguinte:

Gostaria de colocar, olhos nos olhos, a questão directamente ao senhor Presidente da Câmara, ou ao senhor vereador do pelouro da saúde, mas como nenhum deles se encontra presente, neste momento, solicito ao senhor vereador Carlos Monteiro ou à senhora vereadora Ana Carvalho que façam chegar a mensagem: estou aqui porque V. Exas. são o epicentro de todo o problema – que é, como sabemos, o sobre dimensionado, para as necessidades dos lavoenses, Centro de Saúde,  - lembro, e vou citar o Director do ACES, António Morais, que está dimensionado para 12 a 13 mil utentes e com menos de 8 a 9 mil não será rentabilizado - que a Câmara Municipal da Figueira da Foz inaugurou em Lavos, e que, a meu ver, visa servir uma estratégia politica de saúde definida por V. Exas. para o concelho...
O presidente da junta de S. Pedro, disse - e eu quero acreditar - que foi surpreendido.
Vou recordar, no entanto, aquilo que no decorrer de uma visita ao andamento das obras do Centro de Saúde disse o Director Executivo do ACES.
Na altura, 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano, disse este senhor...  "ACES não encerra Centros de Saúde em virtude da abertura de Lavos"!..
Sendo assim, e muito mais haveria a dizer, mas não tenho mais tempo, fica o meu pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o  senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Finalmente, gostaria que dissesse  como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..

Nota de rodapé.
Como nota negativa desta minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, registo o facto - certamente, uma mera coincidência infeliz - de tanto o presidente da câmara, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não terem estado presentes no momento (e tinha, regimentalmente, apenas 5 minutos...) em que usei da palavra.
Vou esperar que a onda de boa vontade e compreensão, expressa pelo senhor presidente da câmara, sobre o assunto que levei à Assembleia, quando, algum tempo depois de ter terminado a minha intervenção,  lhe foi possível chegar ao salão dos paços do município, não se dilua no areal da  praia da nossa cidade. 
foto sacada daqui
Pela positiva, fica uma nota de simpatia e agradecimento a quem dirige os trabalhos na Assembleia Municipal: o seu Presidente, José Duarte Pereira
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de  ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que ontem levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Duas soluções, ou mais do mesmo?..

“A não ser que o PS consiga uma maioria absoluta nas próximas eleições, o que implicaria um milagre digno da Nossa Senhora da Rua da Horta Seca, a solução política do país passará por um entendimento entre o PS e o PSD mais um Paulo Portas cujo papel será comprar submarinos, apresentar demissões irrevogáveis e fazer aquele sorriso cínico de Chico esperto...
  
... Isto significa que o país terá de fazer esta travessia no deserto, gerido por jotas sem qualificações, apoiados pelos mbas iluminados e cheios de soluções liberais, gente que cresceu a falar mal do Estado e a odiar os colegas que progrediram à custa das suas capacidades, sem recurso a cunha ou financiamento de empresários duvidosos enriquecidos pela imensa máquina de corrupção em que se transformou o Estado.”