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sábado, 29 de agosto de 2020

Está perigoso circular a pé na Figueira: cuidado com as obras da Câmara (mesmo as terminadas...)

Requalificação da Vala do Galante e Espaço Verde Envolvente - Trabalhos Diversos, obra acabada em final de Maio já está neste estado:



Para já, uma ida ao Hospital a registar, na sequência de um queda aparatosa. 
Figueirenses, como disse o presidente Marcelo, "quem vota é o povo": "este presidente deve ser apoiado".
As melhoras. Para todos. Mas, em especial para a minha amiga Isabel Maria Coimbra.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A questão do Horto Municipal. Este, e o putativo prometido por Albino Ataíde...

Na última década, pelo menos, que se deixou de investir no Horto Municipal!
Neste período de tempo, pelo menos 10 jardineiros  reformaram-se.
Ao contrário do que aconteceu noutros departamentos e secções dos serviços municipais, onde se criaram inúmeros postos de trabalho, no essencial, para servir a clientela partidária, não foram contratados novos profissionais para tratar do Horto Municipal.
Ontem, no decorrer da reunião de câmara, tomei atenção ao discurso do António Tavares. Se bem lembro, ele, António Tavares, considera que a existência do Horto já não se justifica porque já nem são os serviços da Câmara que tratam dos jardins públicos figueirenses!..
Sendo assim, como entender a justificação do presidente Albino Ataíde, ao apresentar como desculpa para a venda do "enclave" (a venda do terreno é para arranjar mais estacionamento e instalar a Decatclon...) a necessidade de implantar um verdadeiro Horto na Várzea?
Passo a citar: o encaixe de, no mínimo, de 1,5 milhões de euros,  garantiu João Ataíde, "serão aplicados na várzea de Tavarede, para onde a autarquia quer transferir os serviços do horto e criar novas áreas de usufruto público".
Mais uma pergunta: a Câmara já solicitou algum parecer, por exemplo, à Escola Agrária para fazer um estudo sobre a nova localização do putativo novo Horto?
Para quem tem algum conhecimento sobre a Figueira e sobre a Várzea, sabe que aquilo é  zona húmida, ventosa e no inverno é normal formarem-se muitas geadas...
No início da década de 90, muitos figueirenses devem disso estar lembrados, toda aquela zona esteve alagada ...

António Tavares, apesar de toda a sua cultura, que é vasta e imensa, desconhece muita coisa sobre a Figueira (lembram-se da "estória do cais, que nunca foi cais, mas sim praia da sardinha...), o que é normal, pois não nasceu nem cresceu cá. Só nos últimos cerca de 25 anos é que assentou arraiais.
Albino Ataíde, nasceu na Figueira, mas não cresceu e nem morou cá. 
Apenas exerceu funções na Figueira. E, tal como os seus amigos de Coimbra, vinha passar férias na Figueira.

De  registar que é  na actual zona onde se situa o Horto Municipal, que começa e serve de alguma retenção à vala que vai desaguar junto ao Galante.
Por outro lado, o Horto Municipal, apesar de todos os atentados de que já foi alvo aquele que talvez seja o único parque campismo urbano da europa, também ainda consegue preservar alguma privacidade aos campistas.
Vender o Horto Municipal para expandir um Centro Comercial não será estar a matar o Parque de Campismo?
Ou o objectivo também não será também esse?..

sábado, 20 de abril de 2019

Ainda a entrevista de Carlos Monteiro ao Diário as Beiras

TURISMO

Foto de Pedro Agostinho Cruz, via Delito de Opinião
Pergunta do jornalista do Diário as Beiras
"A criação da Comissão Municipal de Turismo continua na gaveta. Será desta que vai avançar?" 
Resposta de Carlos Monteiro, presidente da câmara e vereador do pelouro da autarquia figueirense:
"Não tenho presente o dossiê, mas tenho presente que houve esse compromisso de João Ataíde e que será cumprido em breve. Vamos dar-lhe prioridade."

Nota de rodapé.
Nem era necessário comentar: na resposta, ficou claro que o novo presidente da câmara e vereador do Turismo  não conhece a matéria.
Carlos Monteiro é vereador há 10 anos. Sabe que  a actividade económica que passou a liderar - o turismo - é importantíssima para a Figueira.
Perante o que li, é com toda a franqueza que digo o seguinte: duvido que vossa excelência, para além de ter mostrado um dia destes disponibilidade para discutir Turismo comigo, conheça de facto, na óptica do orgão decisor, quais são os verdadeiros problemas do turismo na Figueira.
A câmara da Figueira, nos últimos 40 anos, nunca conseguiu resolver os problemas da actividade, apenas contribuíu para os agravar. Considerada, em tempos, a mais bonita praia de Portugal ("Não tem outro remédio, senão vir à Figueira quem quiser ver a mais linda praia de Portugal!” Esta frase foi escrita por  Ramalho Ortigão, em finais  do século XIX) a partir da década de 60, quando os turistas ingleses abastados descobriram o Algarve, estâncias balneares como a Figueira perderam importância.

Na altura, a Figueira tinha uma actividade pujante nas pescas, nos têxteis, na indústria conserveira, exploração das salinas, estaleiros, no vidro. Foi por essa altura que surgiu a primeira fábrica de pasta de papel. Principalmente no interior do concelho, a agricultura e a pecuária ajudavam a compor o orçamento familiar.
Aos poucos a Figueira foi percebendo que o turismo era uma actividade com retorno económico. Com base nesta percepção tentou adaptar-se. Aqui foi cometido o primeiro erro histórico: deixaram  que fosse o turismo a ditar o desenvolvimento e não o desenvolvimento da região a potenciar a actividade turística. Aos poucos foram copiando alguns dos piores exemplos em matéria de urbanismo e ordenamento do território, aumentando a  capacidade hoteleira e de restauração, mas começando a diminuir os padrões de qualidade que caracterizaram a região nos anos 40 e 50. Foi aí que começou a transformação na urbe sem qualidade e esteticamente reprovável em que nos tornámos. Que este executivo está a agravar, com as obras em Buarcos e a trapalhada que estão a levar a cabo no Cabedelo. 
Foi  na década de 80 que se cometeram os maiores atentados à sustentabilidade do meio ambiente. A Torre Jota Pimenta e o edifício Atlântico, são disso exemplo. Depois, há uns anos, para compor o ramalhete, veio o Galante. 
Se, por um lado,  recebemos  milhares de turistas em determinados períodos, por outro lado,  não  criámos  as infra estruturas de base consentâneas com uma actividade motor de toda uma região. O termo sazonalidade entra no dia a dia de quem vive de e para o turismo na Figueira da Foz.

Em 1988, no Algarve,  deu-se uma viragem na forma de encarar o turismo e aquilo que ele representa para a região, sobretudo o turista português. Outrora claramente explorado e com distinção de preços para o mesmo serviço, o turista português começou a ser acarinhado na região. A razão deveu-se à queda dos mercados alemães e inglês devido à desvalorização do marco e da libra inglesa. 
Foi mais um factor de penalização para a Figueira. Começam a enraizar-se outras épocas de afluxo ao Algarve.  Ao mês de Agosto, juntaram-se a Páscoa, as pontes de Junho e a passagem de ano. 
Ao  turismo na Figueira, resta-lhe  funcionar paralelamente com as outras actividades económicas.  A Figueira é,  hoje, depois do consulado de 10 anos do presidente João Ataíde, uma urbe desorganizada e carenciada ambientalmente, sem sustentabilidade e com fracas noções de estratégia de desenvolvimento.
O Turismo  figueirense sofre uma concorrência feroz de mercados mais atraentes, que recebem os visitantes que antes preferiam países hoje marcados pelo terrorismo.
Pensar o turismo é definir  se queremos continuar a apostar no turismo da forma que temos feito até aqui, ou se queremos introduzir algo inovador - planeamento

A autarquia da Figueira  –  responsável pelo desordenamento do território concelhio - não pode continuar a querer equilibrar o orçamento municipal através da cobrança do IMI, continuando a permitir construções em altura, onde no respectivos PDM constava áreas para moradias ou espaços verdes. Não é admissível que a Região de Turismo do Centro continue a ser um mero instrumento dos interesses do sector, é necessário que seja ela a definir algumas linhas do sector. O primeiro passo deveria ser um levantamento da qualidade e da quantidade da oferta turística existente.  Ao garantir a produção de produtos ou serviços para o turismo, se os mesmos forem de qualidade serão certamente utilizados por consumidores fora da região e durante boa parte do ano. 
O produto turístico que a Figueira tem para  vender não é único no mercado turístico: o sol nasce em todo o lado, mas é exactamente aquilo que a Figueira for capaz de oferecer para além do sol que irá atrair o turista. 
Seja ele o turismo de inverno ou de verão, o turismo cultural ou desportivo. Se nada for feito dentro de poucos anos o turismo na Figueira poderá colapsar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Candidatos à câmara da Figueira PS e PSD?...


Diário de Coimbra de hoje: “A Comissão Política Concelhia do PS da Figueira reúne esta noite para debater o nome que vai liderar a lista à Câmara nas próximas autárquicas e ao que tudo indica, o juiz desembargador João Ataíde das Neves vai ser votado como o candidato dos socialistas para tentar recuperar uma autarquia que está nas mãos do PSD desde 1997.”
No mesmo jornal, continuando a citar a notícia assinada por Bela Coutinho e JLC,  
“Ataíde das Neves vai ser o candidato dos socialistas”, lê-se mais à frente: “Ataíde deverá ser assim, o principal opositor de Duarte Silva que ainda não confirmou a sua recandidatura, mas que, à medida que o tempo passa, menos margem tem para evitar ir a votos. Algo agastado com o processo em tribunal da Ponte Galante, Duarte Silva tem ponderado não continuar na política, mas ao mesmo tempo sabe a instabilidade existente no PSD local pelo que, a não avançar, geraria um ambiente interno que poderia influenciar de modo determinante a campanha.”

segunda-feira, 3 de março de 2014

O mau tempo e a chuva?..

Todos os anos é a mesma coisa. Portanto, será que só temos de nos habituar?  
Refiro-me ao carnaval brasileiro que se faz em Buarcos e em muitos outros lugares deste nosso Portugal.
Fui uma vez, uma única vez, ver  aquelas mulheres de biquíni, a sambar à chuva e ao frio para algumas dúzias de  gatos pingados agasalhados até às orelhas.  
Com o devido respeito pelas belíssimas curvas de algumas esforçadas e dedicadas bailarinas, aquilo é estúpido visto de qualquer  ângulo.
Sambar na Avenida entre o Galante e a Praia de Buarcos, em Fevereiro, é uma aberração tão grande como a de colocar uma pista para  esquiar no enorme areal da praia que fica mesmo ao lado, em Agosto...
Pura e simplesmente, não faz sentido.
Carnaval, disse há dois anos um deputado do PSD,   "será dia de trabalho como os outros”.
Ora, nem mais.
No Parlamento, é que pode ser  carnaval todos os dias.

domingo, 18 de junho de 2017

Música na abertura da época balnear

Para assinalar o início da época balnear, ontem, sábado, as oito filarmónicas do concelho levaram música ao areal urbano, a partir das 18H00, entre a Ponte do Galante e a Praia do Relógio, sob o genérico “Unidos musicamos”
Mais pormenores, aqui.

domingo, 9 de agosto de 2009

terça-feira, 24 de junho de 2014

Finalmente abriu...

«Vai ser um projecto sustentado e que se irá justificar. Estamos todos empenhados neste projecto. Na Figueira cultiva-se o prazer da hospitalidade», disse João Ataíde na oportunidade...
O hotel, que se situa junto à Ponte Galante, em frente para a marginal oceânica, abriu no sábado passado e o feedback dos clientes tem sido “bastante positivo”. Ontem, em declarações aos jornalistas, Luís Cruz, que dirige o Grupo Hotusa em Portugal referiu que no primeiro dia foram “vendidos” 40 quartos. Relativamente aos preços, realçou que serão feitas promoções específicas para os figueirenses...

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Requalificação do areal urbano...


Querem saber porque é que a minha expectativa é de tal maneira exuberante, viçosa, viigorosa, deslumbrante e avantajada sobre a reparação dos equipamentos que já estão degradados no areal urbano? 

Porque tenho memória. É para isso que serve, no essencial, OUTRA MARGEM. Sei que isso incomoda quem pretende branquear o passado, mas esse problema não é do autor deste blogue. O autor deste espaço só tem um compromisso: com a verdade.

Recuemos, então a  6 de Janeiro de 2020.

"Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.

Passaram quase 3 anos após a conclusão dos trabalhos.

Verificamos uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase 50 % da vegetação e árvores estão mortas, foi reconstruido o lago do oásis, sem arejadores de água, para ficar pior que o anterior.

Foram tapadas as valas de Buarcos e Galante, com manilhas perfuradas, bastou chover mais que o normal e o resultado está à vista, mas o então vereador Dr. Carlos Monteiro em declarações à comunicação social, Novembro 2017, sobre as tampas terem saltado, considerou normal acontecer aquela situação, sendo que estávamos perante as primeiras chuvadas.

Venho requerer,

Seja solicitado ao autor do Projeto da Requalificação Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/ Buarcos, um relatório relativo sobre o estado atual que se encontra a praia se está de acordo com o projeto elaborado.?"

Sabem quem é apresentou, há quase um ano, este requerimento.

O vereador Ricardo Silva
Claro que o vereador da oposição ficou sem resposta. E para mal dele não esperou sentado.
Verdades são verdades. Factos são factos. Realidades são realidades. "Desconstruções na areia", são "desconstruções na areia". Em 2016. E hoje.
«Num contexto de incerteza sobre os impactos resultantes do desassoreamento da praia da Figueira da Foz, nomeadamente sobre o litoral de Buarcos, e do seu potencial como mancha de empréstimo, recomenda-se que o areal daquela praia não seja objecto de ocupações com carácter fixo e permanente»

sexta-feira, 13 de março de 2009

Marca

Foto de Pedro Cruz, sacada daqui
“Os lugares também têm traços próprios que fazem com que uma fotografia captada em determinado lugar específico seja única e irrepetível noutro espaço, dando valor acrescentado à beleza da diversidade. Na Figueira, poderemos sinalizar algumas marcas identitárias das quais se destaca a paisagem moldada na amenidade do estuário, no recorte da enseada e no dorso suave da Serra, dispondo de um invulgar e amplo sistema de vistas para todos os quadrantes. Esta é, com efeito, uma mais valia oferecida pela bondade da natureza, numa harmonia generosa que importa proteger e potenciar em termos económicos e culturais. Assim sendo, não podemos ceder às pressões imediatistas dos que querem plantar “prédios e apartamentos encavalitados com vista para o mar, para onde fazemos desaguar os esgotos de todas aquelas casas numa cacafonia urbanística que não nos distingue de todos os outros sítios” como escreveu Luísa Schmidt. Não é por uma mera questão de gosto ou por fundamentalismo de qualquer tipo. É a racionalidade de vivermos e promovermos o território como um recurso finito que, como tal, precisa de uma delicada gestão e de olhar profundo.
O amontoado de construções de manhosa qualidade arquitectónica que trepam desde o Cabo Mondego até meia encosta da Serra, ou as incríveis enxertias fora de escala do edifício Atlântico e do inacreditável prédio do vale do Galante, são tristes exemplos de como se desperdiça, impunemente, o valor de uma marca singular, permitindo-se, ao invés, a degradação do edificado centenário sobranceiro ao mar.”


Texto de Pedro Melo Biscaia, com a devida vénia, sacado daqui.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

"Os Donos da Figueira"...


Uma crónica de Rui Curado da Silva,  investigador em Física. Escreve semanalmente às segundas no LUX24.

António Calvete: foi apanhado esta semana com quase um milhão de euros em barras de ouro e notas do Banco Central Europeu escondidas dentro das paredes e de um vão de um jacuzzi. Nem num filme de série B se escrevem guiões tão rebuscados como as histórias reais com que nos brinda o administrador do grupo GPS. Estas buscas enquadram-se em suspeitas de que os administradores da GPS se tenham apoderado para seu uso pessoal de 30 dos 300 milhões de euros que receberam no âmbito de contratos de associação. António Calvete financiou várias campanhas eleitorais a órgãos autárquicos, mas também a eleições de concelhias na Figueira.
Aprígio Santos: o império  afundou-se com as crises dos BCP e BPN, com os credores a reclamarem cerca de 600 milhões euros ao empresário figueirense. Pelo meio conseguiu afundar um clube centenário como a Naval 1º de Maio.
Domingos Silva: geriu o Casino da Figueira, uma instituição rentável, como se estivesse a dar prejuízo (que era o caso do grupo a que fazia parte). Cortou nos trabalhadores, cortou nos espectáculos, afundou o jornal Figueirense e só não fez pior porque não o deixaram. Felizmente abandonou o barco e hoje o Casino da Figueira é uma instituição muito mais arejada. 
Paulo Pereira Coelho: arguido já em 2009 no processo de licenciamento do projecto imobiliário da Ponte do Galante na Figueira da Foz e que teve o seu nome envolvido noutras investigações desencadeadas na região Centro foi, na minha opinião, o que melhor se safou, escapando entre os pingos da chuva. Depois de uma retirada estratégica para Angola, soubemos recentemente que teve influência nas escolhas autárquicas de 2017 da concelhia do PSD (será que continua com influência?) e até apareceu num programa da bola de um canal de um clube em 2018.  


Dez (10) anos volvidos, é irónico constatar o destino de cada uma destas personagens. Estes casos demonstram que não há inevitabilidades e que, mal ou bem, a justiça vai fazendo o seu trabalho.
A política figueirense não é um mimo, mas pelo menos libertou-se da sombra de alguns tubarões. Mas não dormimos. Outros interesses e outras ambições que nada tem a ver com o interesse da cidade terão oposição.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pelos vistos há mais ciganos que os ciganos


“Com os ciganos aprendi a tocar guitarra e a fazer umas pequenas aldrabices... as grandes aldrabices nunca são feitas pelos ciganos!"
Esta é uma frase habitual do cantor Paco Bandeira e que lhe serve há mais de trinta anos para nos espectáculos fazer a introdução à cantiga "Marilúcia" (...era a moça mais bonita das ciganas), cantiga que (entre outras) lhe garantiu a amizade sem reservas da comunidade cigana em Portugal.

Tal como o Cantigueiro Samuel, também “eu não tenho competência para analisar as gerações de asneiras sociais, políticas, humanas, urbanísticas, etc, que levaram à idealização e construção à volta das grandes cidades, cá como noutros países, desses monumentos à intolerância e racismos de todos os tipos, disfarçados de assistencialismo e preocupação social, que são os vulgarmente chamados bairros "sociais".
Pessoalmente, lamento que um povo historicamente ligado a uma noção de indomável liberdade, cultura própria por vezes com manifestações brilhantes, por força de tantas caras e portas fechadas, Santas Inquisições, Holocaustos, incompreensão e o nosso imenso medo do desconhecido, se tenham deixado aprisionar pela triste imagem que alguns dos seus dão, uma imagem de criminalidade, pedinchice hipocritamente humilde, hábitos de violência, problemas com droga... que a nossa sociedade se encarrega de colar como rótulo em toda a comunidade, como faz aliás com todas as "diferenças", sejam pretos, árabes, ciganos, etc, os quais são quase sempre "todos" uma coisa qualquer e quase sempre sempre má.
Adoraria ter uma solução para estes problemas... mas não tenho. Para manter o espírito aberto e ajudar a acalmar uma certa paranóia securitária que sempre se instala nestas alturas, fico-me por esta ideia que não passa de um desenvolvimento "à minha moda" da tal frase do Paco Bandeira com que comecei.
"As grandes aldrabices nunca são feitas pelos ciganos!"
Pois não!... Alguém ouviu falar de algum cigano ligado àquele
negócio de quase 500 milhões em material de comunicações que afinal valia um quinto?
Alguém viu algum cigano a
negociar compras de submarinos para a Marinha Portuguesa?
Algum cigano passou recentemente de algum Ministério directamente para o Conselho de Administração de alguma empresa com que "despachava" enquanto ministro, especializada em, sei lá... Lusopontes?
Algum cigano esteve embrulhado no
negócio da concessão do Casino Lisboa?”
Cá pela Figueira, alguém tem conhecimento de algum cigano ligado ao chamado caso Ponte Galante?
Pelos vistos, há mais ciganos que os ciganos!..

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Movimento Cívico figueirense Parque Verde cria carta de princípios

"O Movimento Parque Verde, reuniu, discutiu e decidiu.
Final de tarde agradável em que prevaleceu a democracia participativa.
Obrigado a todos os que estiveram presentes e aos ausentes que, de uma forma ou de outra, não puderam comparecer.
Foi bonito! Vamos continuar..."

Segundo o Diário as Beiras, o Movimento Cívico Parque Verde, criado há cerca de 20 anos para defender os corredores verdes da cidade da Figueira da Foz definidos pelo Plano Garrett e pelos arquitectos Alberto Pessoa e Ribeiro Telles (Abadias, Várzea de Tavarede e Vale do Galante), apresentou e debateu, ontem, a sua carta de princípios.
Luís Pena, porta-voz do movimento e um dos seus fundadores, disse ao jornal que o Parque Verde continuará a ser um movimento cívico informal. Isto é, por ora, não será constituído formalmente.
“Este modelo tem funcionado bem, sem ser constituída uma associação. Debatemos esse assunto, mas chegámos à conclusão que é melhor continuar assim”
Por acaso, como tive ontem oportunidade de dizer ao Luís Pena, não penso assim. Respeito o passado do Parque Verde, mas entendo que neste momento e nesta fase da vida figueirense, o Parque Verde se quer ter uma palavra a dizer em termos de intervenção efectiva e cívica na gestão da "coisa pública" tem de assumir. O que se passou com a gestão do processo de Buarcos, deveria constituir matéria de reflexão. A  Câmara, fez que recuou, mas acabou por fazer tudo o que queria. Essa é que acabou por ser essa, como diria o Eça...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Recordando a mania das grandezas da elite local...

primeira página do jornal 
barca nova de 26 de de Junho de 1981 
A meu ver, para a elite local que ascendeu ao poder depois da implantação da democracia, que continua a gostar de tudo converter em negócio, a edificação de grandes obras representou sempre uma manifestação de megalomania.
Como a memória é curta, recordo que o ódio contra as monarquias se construiu, também, com este tipo de argumentos...
Se conhecermos, minimamente, a tradição local edificadora dos que acreditam numa dimensão superior da governação, a edificação desses projectos megalómonos não tinha por objectivo servir os figueirenses.
Recordo os ainda pouco distantes e “saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004...” 
Confesso que foi o que agora senti com a apresentação do projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011, nas palavras do presidente João Ataíde, “um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades.” 
Quem é velho, e consegue manter a memória, sabe que isto não passa de conversa da treta, que, aliás, já vem de muito longe.

A talhe de foice, recordo uma célebre reunião de 18 de Junho de 1981 realizada no auditório do Museu Municipal, por iniciativa do executivo camarário de então, para debater o "Projecto da marginal oceânica".
Recordo que a noite estava bastante quente. Dentro das sala abafava-se. Mesmo assim, e a constatar o interesse que para os figueirenses sempre teve a urbanização daquele imenso areal (o areal tornou-se naquele monstro após a construção dos molhes que fixaram a barra), estiveram presentes mais de cem pessoas.
O Presidente da Câmara abriu a sessão. Depois de apresentar a mesa que ia dirigir os trabalhos (além dele, era formada pelo engº Muñoz de Oliveira, Director-Geral dos portos; eng. Nelson Gomes e arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva), proferiu algumas palavras  introdutórias breves ao assunto que se ia debater.
O eng. Muñoz de Oliveira usou a seguir da palavra para fazer um resenha sobre a alteração das correntes marítimas na costa portuguesa e as respectivas transformações que daí advieram.
Os arquitectos Alberto Pessoa e Mário Pereira da Silva forneceram algumas informações sobre o projecto popularmente conhecido como de urbanização do areal da praia.
De forma sucinta recordo e realço os seguintes pontos.
Dos (então existentes) 680 metros do areal da praia, só poderiam ser aproveitados para este projecto 350; não se encontrava prevista a construção de nenhuma avenida no areal da praia, por não se verificarem condições de segurança para a sua protecção posterior à fúria do oceano. A única via a instalar no local ligaria a Ponte do Galante ao Forte de Santa Catarina, ficando paralela à Avenida 25 de Abril; no local seriam erguidas algumas construções: parque infantil, campos de jogos, zona comercial, piscinas, coreto, etc.. Ali, ficaria também instalado o Pavilhão de Congressos. Ainda segundo o que foi sublinhado na altura, o acesso  de peões a esta nova área urbanizada far-se-ia através de túneis subterrâneos, que seriam implantados na marginal.
A terminar, o dr. Joaquim de Sousa, presidente da Câmara na altura, referiu que este projecto poderia sofrer algumas alterações de pormenor.
Na ocasião foi dito pelo dr. Joaquim de Sousa que esta obra iria ser construída a longo do prazo.

Percebem agora o "Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... ou um caso clínico?.."
No fundo, na Figueira nada de novo acontece... 
A história, simplesmente, repete-se... 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O negócio do Horto Municipal, em números...

Como diria o outro: é só fazer as contas...
Cerca de 14 mil metros quadrados por 1.5 milhões de euros!..
Dá a módica quantia de 107 euros por metro quadrado!..
Vejam só que farturinha!

Nota de rodapé.
O balúrdio de 107 euros, metro quadrado, para quem, na altura, tanto criticou a venda de espaço para passeios, no Galante,  para depois voltarem  para o domínio publico (novamente passeios) a 400 euros metro quadrado, não deve estar mal!..
Muito menos, constituir qualquer incómodo.
Pois, pois: "negociata é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados..."

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

90 mil euros para reconstruir um balneário e vão deitar abaixo um com 17 anos em excelentes condições perto do que vai ser reconstruído!...

Via Figueira na Hora
"A Câmara Municipal da Figueira da Foz iniciou as obras de requalificação (interior e exterior) dos balneários de praia situados sensivelmente a meio da Avenida do Brasil, perto da zona desportiva.
A intervenção iniciou-se com a instalação do estaleiro de apoio a esta obra orçada em cerca de 90 mil euros e com um prazo de execução de 90 dias.
Recorde-se que estes balneários, encerrados há algum tempo, foram alvo de acções de vandalismo.
Este equipamento, de usufruto público, vem completar a rede de outros espaços idênticos já existentes, desde o Jardim Municipal, Mercado Municipal, Praça do Forte, junto à Torre do Relógio, Ponte do Galante (de apoio ao quiosque/bar), junto ao parque infantil de Buarcos e Tamargueira”, disse ao Figueira Na Hora o vice-presidente da autarquia, Carlos Monteiro."

Notas
1. Esta reconstrução vai ficar mais cara que o custo de um apartamento na marginal!..
2. Será que os 90 mil euros poderão ser explicados pelo facto da arquitectura ser do arquitecto Ricardo Viera de Melo?
3. Alguém deveria explicar isto aos figueirenses: se vão gastar 90 mil euros na reconstrução deste balneário, porque vão destruir o balneário que está junto ao parque infanitil?
4. São 90 MIL EUROS, COM IVA A 6%, pois a obra é da Câmara Municipal... Contudo, se taxa a aplicar fosse de 23%, que é o que paga um cidadão normal, o custo iria para cerca de 120 MIL EUROS!..

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Diz o Povo que “há males que veem por bem”...

"Vem este ditado a propósito do atabalhoado encerramento do Caminho da Murtinheira/Cabo Mondego. Nunca se viu, e muito bem, tanta gente interessada em defender esta causa. Se relativamente aos particulares esse interesse só pode merecer aplauso e alento para continuarmos a exigir algo que chegará sempre com muitos anos de atraso, relativamente aos diversos atores políticos, de todos quadrantes, importa perguntar: Onde estiveram nos últimos trinta anos?
Fica aqui, para memória futura, como se diz agora, a minha intervenção na Assembleia Municipal da Figueira da Foz em 23/02/2006." 
O Complexo Industrial do Cabo Mondego
José Augusto Azenha Marques
"Qual foi a intervenção dos paladinos que hoje prometem o que não podem sobre este assunto? Alguém se lembra? Eu, que tenho a mania de exibir boa memória, não me lembro de uma palavra só. Por esta altura andava tudo focado no Galante e no preço da água na Figueira. As coisas que dizia um simples presidente de junta, “atravessado de gandarês”, não passavam de devaneios, no pensamento erudito de alguns ilustres cidadãos, que correm o risco de deixar esta vida sem lhe conhecermos um só pensamento estruturado."

terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma história figueirense: o outro lado do oásis...

José Santos, via Figueira na Hora
 "Centena e meia de patos morreram no Oásis da praia da Figueira".
"Já ao final da tarde da passada segunda-feira eram visíveis muitos patos mortos no Oásis da Praia da Figueira da Foz, mas hoje de manha “era uma lástima, talvez mais de centena e meia estavam mortos no lado” dizia-nos um morador da Ponte Galante que assistia revoltado a toda aquela tragédia.
Hoje ao princípio da tarde, funcionários da autarquia ainda andava a retirar os últimos, enchiam sacos de plástico e levavam para uma camioneta e de vez em quando, ainda aparecia um ou outro com sinais de vida como pudemos documentar numa das fotografias juntas.
Fala-se em algumas causas, como por exemplo, descarga de água de uma piscina com cloro, mas de uma coisa há a certeza, a falta de cuidado, vigilância, higiene e limpeza com o oásis, que está cheio de lodo e infestado de lixo
O Oásis que foi uma mais-valia turística é hoje um ponto negro para a cidade pelo desleixo a que foi votado."


Actualização: 
Fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Quanto à causa da mortandade, a mesma fonte adiantou que só se irá pronunciar após conhecimento do resultado das autópsias que deverão acontecer amanhã.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Da série, o que não vale ter uma oposição fortíssima!.. (2)

Requalificação Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/ Buarcos

Na reunião da passada segunda-feira, o vereador Ricardo Silva abordou a questão neste termos:
Figueira da Foz, 6 de Janeiro de 2020
"Na Obra de Requalificação do Areal / Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/ Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Passaram quase 3 anos após a conclusão dos trabalhos. Verificamos uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase 50% da vegetação e árvores estão mortas.

Foi reconstruído o lago do oásis, sem arejadores de água, para ficar pior que o anterior. Foram tapadas as valas de Buarcos e Galante, com manilhas perfuradas, bastou chover mais que o  normal e o resultado está à vista, mas o então vereador Dr. Carlos Monteiro em declarações à comunicação social, Novembro 2017, sobre as tampas terem saltado, considerou normal acontecer aquela situação, sendo que estávamos perante as primeiras chuvadas.
Venho requerer,
Seja solicitado ao autor do projeto da Requalificação Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/ Buarcos, um relatório relativo sobre o estado atual que se encontra a praia se está de acordo com o projeto elaborado."


Na edição de hoje, com chamada de primeira página, o Diário as Beiras publica a seguinte notícia:
Se é uma obrigação do contrato o empreiteiro fazer a manutenção, porque é que nada foi feito até agora? Será desta?
O que não vale, para todos - até para a situação!.. -, haver uma oposição fortíssima!..