terça-feira, 31 de dezembro de 2024

José Pires de Azevedo passou a integrar a toponímia da cidade

Via Diário as Beiras

O figueirense José Pires de Azevedo passou a integrar a toponímia da cidade, na rotunda da Ponte do Galante. Ficou cumprida uma promessa feita em 23 de Setembro de 2023. Fez-se justiça. O que se aplaude.

Para que a memória não seja curta, recordo uma "outra homenagem" que está por cumprir desde 1983.
Em 1983 Joaquim Namorado foi homenageado na Figueira, por iniciativa do jornal Barca Nova. Entre as diversas iniciativas, recordo duas promovidas pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, aprovadas por unanimidade: a criação do Prémio Literário Joaquim Namorado (liquidado por Santana Lopes, na sua passagem pela presidência da nossa câmara) e a integração na toponímia figueirense do nome do Poeta (chegou a ser aprovada a atribuição do seu nome a uma praceta, mas hoje o nome que lá está é outro - o de Madalena Perdigão).
Muitos anos depois, no dia 30 de junho de 2014, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, na inauguração de uma mostra bibliográfica comemorativa do centenário de nascimento de poeta, escritor e professor Joaquim Namorado, o vereador da Cultura, dr. António Tavares, verificando a injustiça (mais uma...) que estava a ser cometida, prometeu vir a dar finalmente o nome de Joaquim Namorado à toponímia figueirense - o que até hoje não se concretizou.
A Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, acabou por perder o espólio de Joaquim Namorado - os familiares do poeta fartaram-se de ver o nome e o legado deste continuamente enxovalhados pela câmara municipal de uma cidade que ele escolheu para viver e morrer e a quem deu tudo.
A cultura na Figueira merecia mais; muito mais. 
Perdeu-se essa oportunidade em junho de 2014.
Fica o registo e os votos de que Joaquim Namorado, em breve, venha a ter os seu nome na toponímia figueirense.
Discretamente, tenho tentado que sucessivos executivos figueirenses ponham fim fim a esta injusta história da integração do nome de Joaquim Namorado na toponímia figueirense, que não é tão antiga como a Sé de Braga, mas que já vem do tempo em que as coisas em Portugal ainda custavam em escudos!..

UM RAPAZ DE VISEU, EM LOS ANGELES (E NO SEU PRÓPRIO PAÍS...)

«O mensageiro que em 490 a.C. veio trazer a notícia da batalha de Maratona a Atenas morreu depois de correr esses 42 quilómetros (e era, apesar de tudo, uma boa notícia). Mas o nosso Carlos Lopes, de Vildemoinhos, Viseu — que em 1984 levou Portugal ao mundo inteiro, a sério, ganhando uma maratona olímpica, a sério, e desde então nos diz que devíamos desenvolver o desporto, a sério, no nosso próprio país, a sério —, está vivo, e fala por si próprio, a sério.
Deveria ser ouvido (quando nos dá a má notícia do estado do desporto, a sério, neste país...). E deveria ser homenageado, a sério, como merece, na dimensão que merece. O que, de facto, até hoje ainda não aconteceu. É possível alguma coisa a sério, neste país...? Mas também... no desporto olímpico, em termos mundiais... vimos agora que nestes Jogos Olímpicos de Paris, em curso neste ano de 2024, as conferências de imprensa do Comité Olímpico são feitas com garrafas de Coca-Cola na mesa, junto aos microfones, em frente as câmaras...
O desporto português continua a ser confrangedor. Portugal é o país que, desde 2004, se cobriu a si próprio de ridículo e de vergonha — um ridículo e uma vergonha que vão ficar para sempre, na sua História... — quando, nesse ano de 2004 (gastando nisso rios de dinheiros dos impostos dos seus próprios cidadãos e rios de dinheiros que a Europa lhe dava para sair do seu subdesenvolvimento...?), construiu de raiz dez (10) estádios de futebol (!)... para albergar um campeonato de futebol... e chamou a isso "um desígnio nacional" [sic] (!)...
E fez isso no ano a seguir ao ano de 2003... em que o país havia ardido mais do que nunca (!), nos seus habituais incêndios florestais anuais...! Até a NASA, a partir do espaço (lá de Pasadena, em Los Angeles, ou de outro centro do mundo) fotografou especialmente essa desgraça.
Portugal, em 2004 — trinta anos depois de 1974 (o ano emblemático do seu futuro), e vinte anos depois de 1984 (o ano emblemático do futuro do mundo)... —, na sua política, na sua sociedade, no seu desporto, na sua educação, foi uma anedota e uma tragédia...
No que diz respeito ao autor destas linhas, desde esse ano de 2004 deixou de poder sentir qualquer responsabilidade ou obrigação acerca do futuro (o que, até então, sentia que tinha).
Portugal, em 2004 — vinte anos depois de 1984 — foi a vergonha total.
E o que é, hoje em dia... em 2024, quarenta anos depois...? E o que pode ser, no futuro?
Em 1984 um rapaz de Viseu havia estado no centro do mundo, do futuro.»

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

A reforma é um luxo

O aumento da idade para a reforma, que passou para os 66 anos e nove meses, foi determinado, hoje, por portaria. 
Em período das Festas, sem apelo nem agravo e sem qualquer sinal de contestação.
Recorde-se: em França, o aumento de 62 para 64 anos deu origem a uma crise política que se arrasta desde 15 de Abril de 2023. A média na União Europeia, em 2023, era de 64,3 para os homens e 63,5 para as mulheres. 

O mal é da minoria

Miguel Esteves Cardoso 

Prémio é atribuído por um júri nacional...

 Via Diário as Beiras

sábado, 28 de dezembro de 2024

Onde é que já lá vão os três meses prometidos em campanha eleitoral para resolver os problemas da saúde!..

 


Doentes urgentes esperam 12 horas no Amadora-Sintra e dez no Beatriz Ângelo. Noutra notícia, dão conta que no Garcia de Orta ultrapassaram as 14 horas. 

Autarquia de Portalegre foi informada na sexta-feira de que conselho de administração da ULS do Alto Alentejo “iria ser afastado”. Foram também demitidas as administrações da Lezíria e de Leiria.

IP retira 66 milhões de euros à Linha do Oeste e autarcas ameaçam com justiça

Via Público

CIM Leiria diz que esta decisão é “incompreensível, inaceitável e ilegal” e atrasa em mais de dez anos o “acesso à mobilidade ferroviária nos territórios servidos pela Linha do Oeste”.
Os autarcas dos dez concelhos que compõem a Comunidade Intermunicipal de Leiria admitem apresentar junto da Comissão Europeia e do Tribunal Europeia de Justiça “uma participação relativa ao incumprimento [por parte da Infra-Estruturas de Portugal] dos pressupostos de coesão, transparência, eficácia e eficiência consagrados na regulamentação europeia, designadamente os previstos no Regime Geral de Aplicação dos Fundos Europeus do Portugal 2030”, de acordo com uma deliberação daquela entidade, aprovada por unanimidade, no passado dia 18 de Dezembro. Em causa estão os 66 milhões de euros que estavam alocados no Programa Regional do Centro para a modernização do troço Caldas-Louriçal (Linha do Oeste) e que a IP retirou para financiar o troço, ainda em obras, entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. Na deliberação, os autarcas manifestam “o mais veemente protesto pela intenção da IP em adiar, por grave incompetência de gestão, uma vez mais, o projecto de modernização e electriÆcação do troço Caldas da Rainha-Louriçal”, o qual a CIM da Região de Leiria considera “fundamental para a mobilidade de pessoas e mercadorias entre Lisboa, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Figueira da Foz”.

Mantém-se a tradição

 Via Diário as Beiras

Embora com dificuldades

 Via Diário as Beiras

"Rapidamente e pela alada da noite..."

Loteamento de solos rústicos: seis décadas depois, reabrimos a caixa de Pandora?

 Imagem via João Paulo Batalha

Há textos mais difíceis de escrever do que outros...

"...considero que a redação do Expresso cometeu um erro. Não por ter eleito Ruben Amorim, mas por não ter eleito Luís Montenegro."
«Há um ano poucos acreditavam na sua capacidade para ganhar as legislativas. E ainda menos acreditavam que conseguisse governar com aparente estabilidade. Passou um ano e esses receios foram afastados. O Governo está longe de ser perfeito (que Governo alguma vez o foi?), mas sob a liderança de Montenegro travou a contestação dos polícias, médicos e professores, decidiu o aeroporto, aprovou o Orçamento e garantiu estabilidade para mais algum tempo. No plano político não só acantonou o Chega como travou a sua capacidade de contestação. E, simultaneamente, lançou sobre o Partido Socialista a sombra de uma possível crise de liderança. Razões mais do que suficientes para ser considerado a figura nacio nal do ano. E nem se trata neste caso de recusar o nome de Montenegro, já que podiam ter escolhido António Costa, uma escolha no mínimo acertada. Contudo, ser contratado para liderar uma equipa inglesa de futebol acabou por ser mais importante do que, por exemplo, ser eleito para liderar o Conselho Europeu. Fica aqui a correção possível ao que considero um lamentável lapso. Por isso e de forma a reduzir os riscos de tal voltar a acontecer, lançámos já internamente um processo de discussão para alteração das regras de eleição das figuras e acontecimentos do ano. Não porque Montenegro ou Costa não ganharam, mas porque num processo semelhante e também incompreensível, Donald Trump não foi escolhido como figura internacional do ano. Sabemos que a democracia direta por vezes não elege os que merecem ganhar. E se não devemos alterar o resultado, podemos melhorar o processo para diminuir as hipóteses que o efémero ganhe ao estrutural.»

Morreu Raul Almeida, presidente do Turismo Centro de Portugal, aos 53 anos

Raul Almeida,  passou o Natal em Mira e deslocou-se para uma clínica em Espanha, onde já tinha sido submetido a tratamento este mês e onde tinha esta sexta-feira outro tratamento agendado. 
O presidente do Turismo Centro de Portugal tinha 53 anos.
Em declarações à agência Lusa, Artur Fresco, o seu sucessor na Câmara de Mira, afirmou que a morte de Raul Almeida “foi súbita e inesperada”, apesar da doença de que padecia, razão pela qual se tinha deslocado a Espanha para prosseguir um tratamento, agendado para ontem e que já não foi realizado.
Nascido em Moçambique, em março de 1971, e residente na freguesia da Praia de Mira, Raul Almeida foi eleito presidente da Câmara de Mira, pelo PSD, em 2013 e reeleito em 2017 e 2021, exercendo funções até tomar posse como presidente da Turismo Centro de Portugal em 2023.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Domingos Abrantes, resistente antifascista desde os 17 anos, várias vezes preso, num total de 11 anos, e um dos participantes da fuga de Caxias em 1961

 «O fascismo nunca chegou ao poder sozinho, existe alguém que lhe abre o caminho» 

A vingança justa

Miguel Esteves Cardoso
«É uma espécie de anedota. Os portugueses descobriram o mundo, mas levaram muito tempo, porque os transportes, não obstante a relativa rapidez das caravelas, eram muito lentos. Mal se inventaram os aviões, esses povos outrora descobertos quiseram vir descobrir o povo que os descobriu. E eis as nossas ruas cheias de turistas e imigrantes, vindos das Áfricas, Américas, Índias e Chinas, mais ou menos pelos mesmos caminhos que descobrimos, só que agora por via aérea, sem perigo e — uma grande vantagem — sem vontade de nos colonizar, a não ser pelo turismo. Acho um piadão ouvir portugueses a queixarem-se de o cabo da Roca estar cheio de chineses ou de Cascais estar cheio de brasileiros, ou de Lisboa estar cheio de indianos.
Há tantas respostas para isso que um livro não bastaria, mas o título do livro de Ian Sanjay Patel, cujo subtítulo é A imigração e o fim do império, apanha a frase que mais merece ser desdobrada: “We’re here because you were there”, ou “Nós estamos em vossa casa porque vocês estiveram na nossa”. Os caminhos que os portugueses e outros descobriram funcionam para os dois lados. E não só: ir pela primeira vez é que é difícil. Voltar pela primeira vez ainda é difícil, mas é um bocadinho mais fácil. A partir daí, o nosso voltar vai-se tornando cada vez mais fácil, até voltarmos das nossas colónias e esse voltar se tornar no ir de quem colonizámos. Os turistas brasileiros não têm só direito de vir ver como é que gastámos o ouro que lhes roubámos. Nós é que temos de os receber bem, agradecendo o facto de nos terem perdoado. Ninguém gosta de ouvir isto. Ninguém gosta de dívidas. Ninguém gosta que chegue a hora de pagar. Há mais uma coisa em que temos de honrar a memória dos nossos navegantes: na coragem de não sabermos o que nos espera. Pode ser maravilhoso. Pode ser maravilhoso mais uma vez. Pode ser outro descobrimento. Pode ser outra reunião. Mas, desta vez, uma reunião de livre vontade, um descobrimento de amizade.»

Alguma vez houve democracia na Marinha?..

"Almirante Gouveia e Melo liderava com base no medo", acusa Associação Nacional de Sargentos...

Fim de ano na Figueira

Quatro dias de festa e concertos.

Hotelaria prepara-se para taxa total de ocupação.

Nota de rodapé.
O Natal já lá vai.
Valha-nos São Nicolau da Coca-Cola! 
Con tanta luz este ano na Figueira, até o menino Jesus se deve ter sentido incomodado por estar em tão modestas palhas deitado...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

O sistema funciona?..

Resumo da política figueirense em 26 de Dezembro de 2024.
No PSD: são como os percebes na rocha- todos a procurar agarrar-se, mas os graúdos destacam-se. 
Os pequenos procuram mostrar que existem, mas ninguém lhes liga. 
No PS: estão todos, graúdos e pequenos..., embaraçados, aflitos e manietados por uma camisa de 11 varas.

2025 está mesmo a bater à porta. Apesar de haver eleições autárquicas em Setembro, alguém acredita que vá mudar alguma coisa na Figueira?
Na Figueira, tal como no País, gere-se o poder autárquico com o objectivo de ganhar eleições. É o poder pelo poder, sem substância ou projecto. Sempre assim foi nos últimos 50 anos. Já não é em vida que vou assistir à alternativa.

O espectáculo continua a ser uma arma...

Via Diário as Beiras: «Este ano, o município oferece quatro noites de festa de Fim de Ano, na avenida 25 de Abril, com entrada livre. No dia 28, actuam Rui Veloso e os Hangover Band. No dia 29, actua Iolanda. No dia 30, sobem ao palco os HMB. No dia 31, Slow J e o dj Drenchill fazem a festa numa noite longa, com fogo de artifício.»