quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

AM da Figueira da Foz elegeu representantes em diversos organismo

 Via Diário as Beiras (para ver melhor clicar na imagem)

Um "fardo" chamado Figueira...

Quem gosta de política, aprecia quem pratica a "coisa"  e sente necessidade de ser inventivo e criador nas soluções para a resolução dos problemas.
Isso inquieta os mais conservadores, pois trata-se de algo novo, que tem a ver com a meditação filosófica que introduz no espaço semântico o poder dos instintos e relações de sobrevivência, neste caso política.
Politicamente falando, Santana Lopes, aparentemente, tem a Figueira a seus pés. A maioria absoluta obtida recentemente é disso a melhor e a mais evidente prova.

Os aparelhos partidários do PSD e do PS estão em cacos. A esquerda (CDU, BE e Livre), por escolha dos eleitores, não está representada na vereação camarária. Na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia tem representação residual. O chega, tem alguma representação, mas é uma casa difícil de gerir, turbulenta e em organização.
Santana domina. Em tese, pode fazer o que quiser. 

Em tese, até pode dar a novidade em directo a uma vereadora do seu executivo, no caso Anabela Tabaçó, sua convidada no seu programa de entretenimento político no NOW, "que voltava a ter sob a sua alçada o Pelouro do Urbanismo, que tutelou entre 2021 e 2025 e que desde o início do actual mandato era tutelado pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz". 

Santana é humano. Como qualquer um de nós, tem méritos e tem defeitos.
Em finais de 2025, Santana, como qualquer um de nós, tem vários problemas.
Um deles (a meu ver) concreto: para um politico inquieto, inventivo e criador, para quem a descrição não é o forte, a Figueira e as suas limitações (incluindo alguns dos figueirenses que lhe deram recentemente uma maioria absoluta), pode estar a tornar-se num dos seus maiores pesadelos.
Imagem via Diário as Beiras


Tornar visível o que se perdeu no jornalismo local

Naíde Muller

"O jornalismo local não é um adorno do ecossistema mediático, é o seu alicerce mais discreto e, talvez, o mais fragilizado. A acumulação de funções, as horas prolongadas e as redações caseiras que sobrevivem precariamente, muitas vezes apenas por sentido de missão dos jornalistas, são, no jornalismo local, uma realidade ainda mais preocupante. São estes profissionais e projetos que mantêm viva a ponte entre o poder local e a vida quotidiana. Quando esses espelhos se embaciam, o que se perde não é apenas notícia: é a visibilidade pública das regras que nos governam.

O quotidiano da integridade joga-se perto de casa: na contratação municipal, nas obras públicas, nas decisões de urbanismo ou nos apoios às associações locais.

É neste território que o jornalismo de proximidade cumpre a sua função mais silenciosa: traduzir políticas em histórias compreensíveis, dar rosto às decisões e contexto às dúvidas. O jornalismo local não serve apenas para informar, é uma infraestrutura de cidadania. Permite que os cidadãos vejam reconhecidas as suas preocupações e saibam que existem olhos atentos ao que acontece na sua comunidade. Quando essa mediação desaparece, o espaço é ocupado por percepções fragmentadas, rumores e interpretações políticas que facilmente distorcem o sentido do real. As percepções moldam a forma como avaliamos a justiça e a ética pública. Em sociedades saturadas de mensagens, o que as pessoas acreditam ser verdadeiro influencia tanto a confiança nas instituições como os factos em si. Quando as histórias locais deixam de ser contadas com rigor, instala-se a sensação de que os problemas não têm solução ou de que "tudo é igual". Essa percepção de impunidade corrói silenciosamente o contrato social. A ausência de relatos comunitários de escrutínio fragiliza o sentido de pertença cívica e alimenta o afastamento das pessoas em relação à vida pública. Desembaciar o espelho não é fazer mais ruído, é devolver sentido ao que se vê."

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

“Temos ordens do tribunal e inquérito do MP arquivado”, disse Pedro Santana Lopes sobre reportagem do Repórter Sábado na Figueira da Foz ontem à noite no NOW

Como acontece às segundas-feiras, Santana Lopes esteve no programa Informação Privilegiada, do NOW. Desta vez, teve como convidada a vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Anabela Tabaçó, para falar sobre a reportagem do Repórter Sábado que dá conta de um empresário da construção civil acusado de apropriar terrenos públicos. Para ver, clicar aqui.
Anabela Tabuaçó começou por esclarecer que, a pedido do presidente da Câmara, falou com a jornalista autora da reportagem. “Liguei à senhora jornalista logo de seguida e disponibilizei-me para a receber no meu gabinete”, explicou. A vice-presidente da Figueira da Foz disse que não queria mostrar o rosto nem ser filmada, mas que estava disponível para esclarecer a jornalista. Pedro Santana Lopes defendeu esta posição e clarificou que “quando se falamos num caso que não nos respeita, depois a peça fica sempre com a nossa cara”. “Nós temos ordens do tribunal, inquérito do Ministério Público [MP] arquivado. Nós não podemos contrariar o tribunal”, explicou. O autarca explicou que o Ministério Público considerou que não detectou nenhuma ilegalidade. “Todas as entidades que foram lá deram razões àquele senhor”, acrescentou. 
Na íntegra, a reportagem do Repórter Sábado sobre o empresário da construção civil da Figueira da Foz acusado de apropriar terrenos públicos e destruir património, pode ser vista aqui.
Só não percebi um pormenor: a senhora vereadora não quis "mostrar o rosto" na reportagem da NOW.
Ontem, porém, no mesmo canal NOW, para um vasto auditório, mostrou a cara para dar as explicações que poderiam ter sido dadas à jornalista que fez a peça de investigação.
Sem colocar em causa o direito da posição da senhora vereadora a tomar as duas posições no intervalo de poucos dias, não haverá aqui uma contradição?

Nota de rodapé.
A jornalista autora da reportagem, Cláudia Rosenbusch, já reagiu ao programa Informação Privilegiada, do NOW, de ontem à noite.

A presença fenícia na região e a sua interação com os povoados locais

 Via Diário as Beiras
"Fenícios produziam cerâmica em Santa Olaia. Conclusões fazem parte de uma tese de doutoramento apresentada na Universidade de Coimbra".


segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Safra Justa: quem não transcreveu as escutas dos militares da GNR e do agente da PSP?

Ana Sá Lopes

"O Ministério Público tem que explicar aos portugueses porque é que as escutas dos militares da GNR e de um elemento da PSP suspeitos de estarem implicados num esquema de imigração ilegal no Alentejo não foram transcritas. Houve tempo para isso: aparentemente, estavam a ser escutados há um ano. O que é que aconteceu para não terem sido transcritas? Durante um ano não houve funcionários capazes para o fazer? Os procuradores esqueceram-se? 
No Expresso da Meia-Noite da SIC-Notícias, na passada sexta-feira, o advogado Manuel Magalhães e Silva chegou a dizer que as escutas não foram transcritas "de propósito". 
Isto é particularmente grave porque se está a falar de crimes de quase escravatura contra imigrantes. Eu sei que a opinião pública inflama-se com mais virulência relativamente às escutas algo irrelevantes em que António Costa foi "apanhado" (não era o primeiro-ministro que estava sob escuta) publicadas pela revista Sábado. Sabe-se que o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, pôs um processo aos jornalistas e que a Procuradoria sugeriu que teria sido a defesa dos arguidos a quebrarem o segredo de justiça
Mais grave do que as escutas de Costa, está a ausência de escutas por falta de transcrição- que permite que os militares da GNR e um membro da PSP, que teriam alegadamente o papel de "capatazes" junto dos empresários traficantes de imigrantes, tenham voltado esta semana ao trabalho
Como as provas do envolvimento das forças de segurança no crime eram essencialmente escutas e as escutas não foram transcritas como manda a lei, os 10 militantes da GNR e um elemento da PSP saíram sob termo de identidade e residência (a menor das medidas de coacção) e estão de novo nos seus postos
Repare-se no absurdo: estas pessoas suspeitas de terem violado a lei de forma vil neste momento são os defensores da autoridade do Estado perante violações de lei
Felizmente, não moro no Alentejo senão estaria seriamente assustada. O Pedro Candeias já fez um editorial sobre este assunto - de facto, "escutado ninguém acredita". Mas exige-se uma resposta do Ministério Público. Houve aqui um erro clamoroso que pode permitir, inclusivamente, a continuação da actividade criminosa
Estamos a falar de pessoas extremamente vulneráveis, como são os imigrantes sem papéis, que eram "controlados e vigiados" e inclusivamente "ameaçados" pelas forças de segurança ao serviço do empregador. 
No comunicado de 25 de Novembro, a GNR diz que "tudo fará para que os autores sejam criminalmente responsabilizados" e que na Guarda Nacional Republicana "não há lugar para  pessoas cujo comportamento possa corromper o compromisso de honra e exemplaridade ética" que os militares assumiram "perante a sociedade e os cidadãos"
A IGAI - Inspecção Geral da Administração Interna já abriu um inquérito aos suspeitos. Só que, por causa de uma indesculpável acção do Ministério Público, afinal na GNR "há lugar para pessoas cujo comportamento possa corromper o compromisso de honra"O regresso ao trabalho destes militares sob suspeita é de uma imensa gravidade e põe em causa a confiança dos cidadãos nas forças de segurança. 
Agora, a ideia de que o Ministério Público não tem que dar justificações sobre a Operação Safra Justa e a inconcebível não transcricão das escutas não é aceitável num Estado de direito democrático. O perfil de Amadeu Guerra inicialmente contrastou com o da sua antecessora. Parecia disposto a explicar melhor o trabalho do Ministério Público de que é a figura cimeira. A ideia parece ter-se desvanecido."

«Empresário da construção civil da Figueira da Foz acusado de apropriar terrenos públicos e destruir património»

"O presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, desvaloriza e fala num conflito entre vizinhos, mas, na freguesia de Buarcos, os moradores estão revoltados com aquilo a que chamam a impunidade reservada do chamado dono disto tudo local."

Para ver a reportagem clicar aqui.

domingo, 7 de dezembro de 2025

"Portugal é o melhor país do mundo.” Não é

"A frase de que "Portugal é o melhor país do mundo" é falsa. 
Não é, é um país pobre, em que muitos portugueses vivem na pobreza, com elites sem coragem e cada vez mais ignorantes, distraído dos seus problemas pelo futebol e pelos reality shows, com criminalidade assente na violência doméstica e na corrupção, com uma política do grau zero. 
Tudo isto não é fruto de cinquenta anos de democracia, bem pelo contrário, o que há de melhor na nossa história recente deve-se ao 25 de Abril, à liberdade, à democracia, ao enorme desenvolvimento que uma fotografia aérea revela melhor do que quaisquer palavras, e que todas as estatísticas mostram. 
Mas isso, insisto, não o torna o "melhor país do mundo". Mas é o meu país, e isso para quem é patriota significa muito. É a minha cultura, a minha língua, a minha história, a minha terra, tudo coisas que o nacionalismo de pacotilha ataca, ignorando a cultura, falando e escrevendo mal o português, falsificando a história e desprezando a terra, a nossa terra. 
As coisas que fazem a nossa identidade de portugueses são ignoradas, a favor de guerras culturais viciadas à partida. uma espécie de discurso woke de direita radical, exactamente com os mesmos mecanismos do woke de esquerda.
A nossa história tem muitos pontos negros que, aliás, partilha com a história universal, umas vezes pior e outras melhor. Falar da história não é ocultá-los ou falseá-los, para aparecermos como uma espécie de cavaleiro branco intangível com uma espada numa mão e na outra a cruz. 
O que estes nacionalistas esquecem é que ao fazer isto diminuem Portugal."

Esta greve geral e a esquerda

"A adesão à greve geral vai ser um teste tanto para o Governo como para a oposição.
Até a vice-presidente do PSD Lucinda Dâmaso, que é simultaneamente presidente da UGT, vê razões para uma greve geral, devido, por exemplo, ao alargamento dos contratos aprazo, à simplificação de despedimentos ou à criação do banco de horas individual. 
Para o Governo, pode ser um amargo de boca, quando ainda tem a sua popularidade em alta, de acordo com as sondagens, mas já se percebeu que Luís Montenegro não quer desperdiçar a oportunidade única de aprovar com os partidos à sua direita (Chega e Iniciativa Liberal) aquilo que entende ser a modernização das relações de trabalho, indo ao encontro, como respondeu ontem ao líder do PS, José Luís Carneiro, da legislação de vários países europeus, incluindo países onde os socialistas têm influência. 
Dizer-se, porém, que a greve geral é "o último reduto" da esquerda, como foi dito ontem no debate quinzenal na Assembleia da República, é insinuar que não há mais nenhumas razões para se criticar o Governo e fazer oposição, porque está tudo bem no país."

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Fim de ano e carnaval

Via Diário de Coimbra

A actriz e cantora Luciana Abreu vai ser a rainha do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz. O rei vai ser uma personalidade do concelho.

A revelação de Pedro Santana Lopes ocorreu hoje na sessão de Câmara, na altura em que o município aprovou um apoio financeiro de 85 mil euros à Junta de Freguesia de Buarcos para a organização do Carnaval 2026, cujos desfiles vão decorrer a 15 e 17 de fevereiro. O autarca não revelou quem será o rei, mas adiantou que será uma personalidade do concelho da Figueira da Foz.

Entretanto, o município divulgou todo o programa dos festejos de fim de ano, que arranca a 31 de dezembro e se estende até ao dia 03 de janeiro. A noite do ‘réveillon’ será animada pelo cantor português Richie Campbell e os Sétima Legião, além do espetáculo piromusical e multimédia à meia-noite. No primeiro dia do novo ano, a partir das 22:00, actuam os Bandidos do cante e o dj Filipe Sanches, e no dia seguinte sobem ao palco os Abba Gold e o dj Danny Glitz. 

Os festejos da entrada em 2026 terminam no dia 3 de janeiro com a atuação da banda Os Vizinhos e do dj Drenchill.

Maiorias: relativas e absolutas

"Figueira da Foz retira aos munícipes 1,75% da participação variável no IRS"
"A Câmara da Figueira da Foz vai manter em 2026 as taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e da derrama, mas vai retirar a devolução aos munícipes de 1,75% da variável municipal do IRS na liquidação de 2027.
O município figueirense, que  arrecadava 3,25% dos 5% da participação variável do IRS, justificou a não devolução de qualquer percentagem aos munícipes com os investimentos previstos para os próximos anos e com o aumento de encargos decorrentes da transferência de competências para as autarquias.
“Devido ao plano de investimentos para os próximos anos torna-se necessário reforçar a comparticipação do IRS nas contas do município e acautelar o ano de 2027 face às necessidades financeiras”, disse a vice-presidente Anabela Tabaçó, responsável pelo pelouro das finanças municipais."
Recorde-se.
Em 28 de Dezembro de 2023, numa reunião que durou escassos minutos o executivo da Câmara da Figueira da Foz,  aprovou, por unanimidade, devolver aos munícipes 1,75% da variável do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) dos 5% que recebia.
A proposta apresentada nesse dia 28 de Dezembro de 2023, numa sessão extraordinária da Câmara pelo presidente, Pedro Santana Lopes, resultou de uma negociação com o PS, em maioria na Assembleia Municipal, órgão que em setembro reprovou a sua proposta de devolução de 1,5%.
Na altura, a bancada socialista rejeitou ratificar a proposta do executivo, liderado pelo movimento Figueira a Primeira, defendendo que a Câmara deveria devolver 2% daquele imposto aos munícipes, tal como propunham os seus vereadores.
Com a aprovação ficou completo o pacote fiscal do município da Figueira da Foz para 2024.

Figueira Champions Classic/Casino Figueira : "Município da Figueira da Foz assegura quarta edição da prova"

Via Diário as Beiras: "Manuel Domingues avançou a este jornal que o parceiro do município na organização da Figueira Champions Classic/Casino Figueira desistiu da prova da Região de Aveiro. Assim sendo, a prova de Aveiro não se realizará, pelo menos no próximo ano. O apoio do município à prova realizada na Figueira da Foz só está garantido até 2026, já que o contrato com o parceiro privado é renovado, ou não, meses antes de cada edição."

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

"Isto é discriminação", algo que nos devia inquietar a todos como cidadãos que não queremos viver numa sociedade do "faz de conta"

Imagem Diário as Beiras (para ver melhor clicar na imagem)
Isabel Maia, membro da Assembleia Municipal da Figueira, deixou expresso um dia destes o essencial.
Passo a citar:  
"O que está a acontecer é grave e profundamente vergonhoso!
A APPACDM da Figueira da Foz, que há tantos anos apoia pessoas com necessidades de saúde mental especiais promovendo a sua autonomia e inclusão social - atividade que como munícipe agradeço e terei o gosto de apoiar - está a ser pressionada a sair do espaço onde funciona o Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI).
Tudo porque alguns moradores não querem os seus utentes no edifício.
Isto não é só falta de empatia, nem egoísmo...
É discriminação.
É exclusão.
É o reflexo de uma sociedade que fala muito em inclusão, mas que ainda não aprendeu a praticá-la porque não sente o que verbaliza.
As pessoas com deficiência NÃO são um incómodo.
São cidadãos, com direitos, voz e dignidade.
Fechar ou expulsar um serviço essencial não é solução — é um retrocesso social gigantesco!
Dizer NÃO a esta situação é defender uma comunidade mais justa e humana.
Precisamos de equidade, respeito e inclusão REAL — não apenas nos discursos, mas nas tomadas de decisão concretas que afetam as nossas famílias .
Apoiar a APPACDM é apoiar a dignidade de todos, a minha, a tua a de todos e todos podemos vir a ser utentes, não se esqueçam: somos todos diferentes, mas devemos ser todos realmente HUMANOS!"

Campeões europeus de andebol em cadeira de rodas

 Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)