terça-feira, 6 de agosto de 2024

A margem esquerda do estuário do Mondego vive um “processo de erosão extrema”...

Registe-se: “Big Shot” vai mesmo avançar. 
Ontem, foi tornado público pelo vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, que o concurso público internacional para a transposição de 3,3 milhões de metros cúbicos de areia (“Big Shot”), de norte para sul da barra da Figueira da Foz, será lançado na primeira semana de setembro.  

Em declarações aos jornalistas, à margem da assinatura de dois protocolos na Câmara da Figueira da Foz, a ministra do Ambiente, por seu lado, afirmou que estão reunidas as condições para a empreitada ser lançada. “Tem todas as condições para avançar. Tem o Estudo de Impacte Ambiental positivo e tem o financiamento garantido [27,7 milhões de euros, 85% do Programa Operacional e 15% a dividir pelo município figueirense, pelo Porto da Figueira da Foz e pela APA. Assim sendo, frisou Maria da Graça Carvalho, “é só trabalhar.

Fica a pergunta: e o bypass? 
Na cerimónia realizada ontem, Agosto de 2024o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, questionou Pimenta Machado sobre a necessidade de se avançar também com o bypass mecânico permanente de areias. O vice-presidente da APA adiantou que em breve será iniciado o “projeto complexo”, seguindo-se a candidatura a fundos europeus.
Recorde-se: a pouco mais de um mês da realização das eleições autárquicas de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) era a mais indicada, e será realizada. “Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
Continuamos à espera de quê?

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

A direita radical a caminho de Coimbra. E Coimbra aqui tão perto....

"Em Coimbra, a soma de ambição pessoal com as divisões internas do PSD e o enorme desgaste do PS levou à constituição da coligação de oportunidade que governa a cidade e a conduziu ao caos que está a viver. Quando os partidos começam a reflectir sobre as próximas autárquicas, gostava de alertar para uma situação profundamente preocupante. É óbvio que os eleitores ainda não fizeram as pazes com o PS local. Em Coimbra, do PS, não se conhecem ideias nem protagonistas capazes de uma vitória eleitoral nas próximas autárquicas. À esquerda, o PCP-CDU vive o drama da sobrevivência, e é bem possível que desta vez não resista. Por seu lado, o BE é apenas política pura, a nível autárquico não existe. À direita, a coligação Juntos Somos Coimbra, pela incapacidade, incompetência e arrogância que tem demonstrado, já provou que não é solução. Assim, a direita radical vai-se apresentar, na cidade do Mondego, como a força agregadora da contestação e a solução alternativa a todas as soluções políticas até hoje conhecidas, e pode ter sucesso. Parece impensável mas, face ao quadro existente, não é impossível."

João Silva, Coimbra, in jornal Público

“O problema da Figueira são os que se acham donos disto tudo”...

"A Presidência da República é algo que está acima de tudo, para quem entende a política como uma missão e um dever. Da outra vez, quando saí da Figueira da Foz, candidatei-me a outra câmara; era a câmara da capital. Isso não vai acontecer"Santana Lopes, em entrevista de duas páginas publicada na edição de hoje do Diário as Beiras.

Vai ficar num espaço adjacente ao Hospital Distrital da Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras

Antigas oficinas da EMEF, "um passivo tóxico da cidade"...

Via Diário as Beiras
Comboios e bicicletas.
«Santana Lopes abordou ainda com o ministro das Infraestruturas a reabertura da Linha da Beira Alta, que deverá acontecer até ao final do ano, a eletrificação da Linha do Oeste e a duplicação da ferrovia entre a Figueira da Foz e Coimbra. “Como é que quem manda na região ou mandou na Figueira da Foz não se preocupou, durante todos estes anos, e não trabalhou incessantemente para haver uma ligação de comboio eficaz com Coimbra, com a duplicação da linha e comboios rápidos?”, questionou Santana Lopes. “Mas há uma preocupação louca com a ciclovia [entre as duas cidades]. Ou não há prioridades ou as prioridades estão invertidas, porque os cidadãos que vão trabalhar não podem andar de bicicleta todos os dias”, acrescentou...»

Ministra do Ambiente vai estar hoje em Vila Verde

Via Diário as Beiras

Terminou ontem a 85.ª Volta a Portugal em bicicleta

Afonso Eulálio foi camisola amarela durante sete dias, mas o vencedor foi Artem Nych.

O ciclista figueirense Afonso Eulálio (ABTF Betão - Feirense) teve uma prestação notável: vestiu a amarela na terceira etapa, à chegada à Torre, e percorreu 1024 quilómetros com ela vestida. Deixou-a escapar na penúltima etapa para o russo Artem Nych (Sabgal-Anicolor), vencedor da derradeira etapa da prova, o contrarrelógio. Afonso Eulálio terminou em décimo lugar da geral individual, a 05.57 do primeiro classificado. 
Afonso Eulálio e Diogo Leaça (Credibom-LA Alumínios/MARCOSCAR) foram os únicos portugueses a integrarem o top 10 da 85.ª Volta a Portugal em bicicleta. 
 O russo Russo Artem Nych venceu a Volta a Portugal em bicicleta de 2024.
Assegurou a vitória ao terminar os 26,6 quilómetros do contrarelógio final com o tempo de 34.36 minutos, menos três segundos do que o companheiro de equipa dinamarquês Julius Johansen, segundo classificado, enquanto o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), vencedor em 2023, gastou mais 30 segundos do que o seu sucessor.
O corredor russo, de 29 anos, assegurou o triunfo final com 01.23 minutos de vantagem sobre Stüssi, segundo na classificação geral, e 2.38 sobre o porto-riquenho Abner González (Efapel), terceiro.
Gonçalo Leaça (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar) foi o melhor português, com o quarto lugar final, a 3.07 de Nych.
Na foto, Rui Ramos Lopes, o mentor e director da organização da Figueira Champions Classic, "na festa da vitória de um grande ciclista".

domingo, 4 de agosto de 2024

Morreu o jornalista e escritor João Paulo Guerra

Em 1978 tive oportunidade de me cruzar com ele no jornal "O Diário".
Foi um dos jornalistas mais experientes, com uma longa carreira repartida, nomeadamente, entre a Imprensa e a Rádio. O RCP, a Renascença e a Antena 1 são algumas das emissoras por onde passou, para além de ter sido monitor de Cursos de Formação Profissional de Rádio na TSF e na RDP. O seu nome é João Paulo Guerra e, definitivamente, é uma das maiores referências da nossa Rádio.
Ao longo da sua carreira, que começou em 1962, João Paulo Guerra trabalhou no Serviço de Noticiários do antigo RCP-Rádio Clube Português, foi correspondente da Rádio Nacional de Angola, cofundador da Telefonia de Lisboa e repórter e editor da TSF. João Paulo Guerra também editou a "Revista de Imprensa" na Antena 1, e foi Provedor do Ouvinte do Serviço Público de Rádio. Escreveu no suplemento "A Mosca" , do "Diário de Lisboa", e no jornal "A Memória do Elefante". Foi ainda redator de "O Diário", colaborador permanente do "Público" e de “O Jornal”. Foi também editor e redator principal do “Diário Económico”.
A sua carreira fica também marcada pela pesquisa histórica, em obras como "Memórias das Guerras Coloniais" , "Savimbi - Vida e Morte" e "Descolonização Portuguesa - O regresso das caravelas".
Além de arrecadar prémios como jornalista e repórter (Casa da Imprensa, Repórter X, Gazeta de Mérito e Prémio Igrejas Caeiro), assinou a adaptação para teatro do romance "Clarabóia" , de José Saramago.
Era irmão da atriz e encenadora Maria de Céu Guerra.
Podem ler alguns dos seus textos, clicando aqui.

Sportinguista sofre: valha-nos a resiliência...

Rúben Amorim: «Há dias difíceis e este foi um deles...».

Nota de rodapé.

sábado, 3 de agosto de 2024

Palácio Conselheiro Branco em Maiorca

 Via Diário as Beiras

"Santana Lopes ressalva que o município não investirá dois milhões de euros na reabilitação.
Com o orçamento da reabilitação do imóvel municipal num prato da balança e a alienação no outro, Santana Lopes concluiu que a decisão devia pender para a segunda alternativa, ressalvando, no entanto, que não gosta de alienar património do município. Segundo uma avaliação feita ao Palácio Conselheiro Lopes Branco, o edifício tem um valor de 490 mil euros. A base de licitação para a venda do prédio, porém, é superior, chegando aos 550 mil euros."

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Habitação, sector onde este executivo pode vir a revelar-se estruturante..(3)

Via Diário as Beiras

"O ministro das Infraestruturas e Habitação presidiu ontem à entrega de chaves aos arrendatários de 27 apartamentos da urbanização da Matiôa, na freguesia de Tavarede.

Os 27 apartamentos, situados no último bloco da urbanização que permanecia desabitado – exceto um apartamento, que já foi habitado – , estiveram devolutos durante cerca de 10 anos. Foram recentemente reabilitados pelo IHRU, por mais de 400 mil euros. Na empreitada foram reabilitados 36 apartamentos. O valor da renda é de 310 euros para o T2 e de 361 euros para o T3. Os apartamentos são arrendados a pessoas da classe média cuja taxa de esforço da renda não ultrapasse os 35% dos seus rendimentos.

Santana Lopes frisou que “está fechado” o dossiê da Matiôa, mas o programa municipal de habitação no âmbito Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do Município da Figueira da Foz “começa agora”. A autarquia apresentou candidaturas ao PRR para aumentar a oferta de habitação com rendas acessíveis no valor de 44,5 milhões de euros, sendo um dos municípios portugueses que mais vai investir nesta política social."


O caso do encerramento do Posto de Saúde de S. Pedro


Desde 25 de Junho de 2024, que o Posto de Saúde da Cova e Gala, uma estrutura básica para a segurança e bem estar de milhares de pessoas da Freguesia de S. Pedro (e não só), se encontra encerrado.

O caso, ao que soubemos ontem, parece estar em fase de resolução.

Todavia, o princípio de apurar responsablidades e tirar conclusões, é basilar no funcionamento de qualquer organização que se preze, nomeadamente num sector tão sensível, tão melindroso e tão essencial para a qualidade de vida das pessoas, como é o funcionamento do SNS.

Não estamos a pedir a cabeça de ninguém, mas se for para dar um sinal de esperança para o futuro, apurar a possível incompetência que se verificou na condução deste assunto, por quem de direito, isso é o mínimo que se pode fazer, em sentido positivo, para evitar que situações como esta se repitam.

Isso, a acontecer, será um acto que deverá ser enaltecido e sublinhado, como um passo dado para garantir a tranquilidade dos velhotes e das velhotas cá da Aldeia.

Com um desses velhotes, fica o meu obrigado.

António Agostinho

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Resumo da sessão de esclarecimento sobre a actual situação do Posto de saúde da Cova e Gala, promovida pela junta de Freguesia de S. Pedro, realizada no dia 1 de Agossto de 2024, pelas 19 horas, no Clube Mocidade Covense

1 - a intervenção na extensão de saúde da Cova e Gala, que inclui a substituição de fechaduras e instalação de uma proteção, em vidro, na secretária da assistente técnica e videovigilância já está em curso.

2 - "a construção de novas instalações, junto ao actual polo de saúde, num terreno cedido pela Junta de São Pedro, deverá arrancar ainda este ano”. Segundo a Vereadora da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Olga Brás, o projecto já tem financiamento assegurado e vai a reunião de câmara no início de Setembro próximo, para ser ser, primeiro aprovado e, depois, executado.
3 - a Entidade responsável pelo encerramento, desde o dia 25 de Junho de 2024, do Posto Médico da Cova e Gala é a Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego.
4 - a reabertura do Posto de Saúde de S. Pedro está para breve.

Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou construção de ponte e pavilhão multiusos

 Via Diário as Beiras

"... respondendo ao deputado do PSD Manuel Rascão Marques, Santana Lopes afiançou que ainda não foi escolhido o local para a construção do multiusos, deixando em aberto poder vir a ser na cidade ou em São Pedro, margem sul."

A Extensão de Saúde de S. Pedro vai abrir ainda este mês, garante a Entidade responsável pelo encerramento, desde o dia 25 de Junho de 2024: a Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego

Como escrevemos ontem  - e explicámos porquê - a Entidade responsável pelo encerramento, desde o dia 25 de Junho de 2024, do Posto Médico da Cova e Gala é a Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego
Mais uma vez, tínhamos razão. A reabertura da extensão de saúde de São Pedro está prevista para este mês. Quem o garante, é quem tinha competências e estatuto para o fazer: a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Mondego (ULSBM), que finalmente prestou declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS sobre o encerramento temporário, desde o dia 25 de Junho do corrente ano, deste serviço público tão importante para a população da outra margem.
Entretanto, o Câmara Municipal vai fazer uma intervenção na extensão de saúde da Cova e Gala, que inclui substituição de fechaduras e instalação de uma proteção, em vidro, na secretária da assistente técnica e videovigilância. 
Como sabemos, "a construção de novas instalações, junto ao actual polo de saúde, num terreno cedido pela Junta de São Pedro, deverá arrancar ainda este ano”, segundo a vereadora dos Assuntos Sociais e Saúde, Olga Brás.
Fica a boa notícia para milhares de utentes da Freguesia de S. Pedro e não só.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Mas, as crianças Senhor...

«Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim. Quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas, as crianças Senhor, porque lhes dai tanta dor...»

O empreendedorismo em excesso pode "matar"...

Portugal é um País com escassos recuros. O turismo tem sido uma bênção. Contudo,  é preciso equilíbrio para que não se torne uma maldição.
Estamos a um passo, se não houver juizinho, de matar "a galinha dos ovos de ouro".
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai identificar áreas que serão de tolerância zero para o estacionamento de tuk-tuks. 

David Pontes no jornal Público.
«Em 1975, o economista George Doxey criou uma escala que ajuda a perceber a forma como os habitantes locais vão alterando a sua avaliação em relação ao turismo numa estreita relação com o número de visitantes que vão recebendo. Num primeiro momento, a sensação é de “euforia”, mas conforme o volume de turistas vai aumentando segue-se o estado de “apatia”, o de “irritação”, até chegar ao topo, o de “antagonismo”. Uma tradução escalada do popular “o que é de mais é moléstia”
Barcelona, Canárias, Amesterdão e Santorini são bons exemplos de locais onde o estado de antagonismo já foi atingido.

Como alertou Ricardo Paes Mamede, num texto intitulado, quando vamos assumir que o turismo se tornou um problema?, "é preciso olhar “para implicações estruturais para o desenvolvimento das economias a prazo” e procurar um equilíbrio que será sempre muito mais fácil de encontrar antes de atingirmos o último escalão do índice de Doxey.
Num país com escassos recursos, o turismo tem sido uma bênção, e é da responsabilidade tanto dos autarcas como dos responsáveis governamentais que ele não se torne uma maldição. O sector ainda tem margem para crescer em Portugal, mas precisa de o fazer de forma inteligente e, infelizmente, escasseiam os sinais de que esteja a aprender com os erros dos outros.»

Habitação, sector onde este executivo pode vir a revelar-se estruturante..(2)

 Via Diário as Beiras