domingo, 13 de novembro de 2022
A Figueira, por vezes, é estranhamente ingrata...
sábado, 12 de novembro de 2022
Homenagem e Evocação da Vida, Obra e Legado de Manuel Fernandes Thomaz
A Câmara Municipal da Figueira da Foz vai evocar a vida, a obra e o legado de Manuel Fernandes Thomaz no dia 19 deste mês, por ocasião do bicentenário da sua morte.
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
Figueira Champions Classic/Casino Figueira: “gostava de ter um evento destes pelo menos uma vez por mês”, disse Santana Lopes
"É de ciclismo «o maior evento desportivo de sempre na Figueira da Foz», agendado para 12 e 13 de fevereiro de 2023. «É um evento que tem tudo, pela sua dimensão e até pela fotogenia da Figueira da Foz, para ser um sucesso económico e mediático, com retorno para os patrocinadores e para a marca “Figueira da Foz”, para além do enorme impacto na economia local, ao longo de uma semana»."
Via Diário as Beiras
"Santana Lopes elogiou o papel desempenhado por Rui Ramos Lopes, o assessor que teve ideia da realização da prova de ciclismo, cuja equipa local da organização coordena. O autarca estendeu os elogios aos vereadores da oposição, por terem permitido que a proposta fosse aprovada por unanimidade."
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Manuel Fernandes Tomás: 200 anos depois da sua morte
Vivemos na Figueira, uma cidade em que, no ano de 2022, a realidade continua a não coincidir com a representação da realidade. Isto, não obstante a realidade da representação da realidade.
O que significa que, enquanto realidade, nos encontramos algures, menos na cidade chamada Figueira da Foz, onde em 31 de julho de 1771 nasceu Manuel Fernandes Tomás, e onde todos devíamos abertamente falar de liberdade...
Bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra, exerceu advocacia em Lisboa, entre 1791 e 1792. Nesse ano, foi nomeado síndico e procurador fiscal da Figueira da Foz, onde foi vereador entre 1795 e 1798.
Ingressou na magistratura em 1801, como juiz de fora de Arganil, passando a exercer, em 1805, a superintendência das Alfândegas e Tabaco nas comarcas de Aveiro, Coimbra e Leiria. Em 1808, era provedor da comarca de Coimbra.
Durante as invasões francesas, prestou valiosa colaboração ao exército luso-britânico, sendo um dos membros da Junta do Governo da Figueira, ocupando, em 1810, o cargo de intendente dos mantimentos do quartel general.
Regressado à magistratura em 1811, em 1816 ocupou o cargo de juiz desembargador da Relação do Porto, cidade onde privou com Ferreira Borges e Silva Carvalho. Com estes e Ferreira Viana fundou, em 1818, o Sinédrio, de que é considerado o primeiro membro.
Integrou a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, como vogal representante da magistratura, sendo de sua autoria o Manifesto da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino aos Portugueses.
Na Junta de Lisboa, foi deputado encarregado dos Negócios do Reino e da Fazenda, e depois administrador do Erário, tendo redigido o Relatório sobre o estado e administração do reino, durante o tempo da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino.
Foi membro da Junta Provisional Preparatória das Cortes, para as quais foi eleito deputado pela Beira, e onde integrou a comissão que elaborou as bases da Constituição, a qual, por delegação das Cortes, apresentou ao rei. Nesse mandato, foi eleito vice-presidente e depois presidente da Câmara dos Deputados, lugar que ocupou até março de 1821.
Foi reeleito deputado em 1822, embora já não tenha tomado posse. Neste mesmo ano, colaborou com Joaquim Ferreira Moura na redação do periódico liberal O Independente.
Maçon, com o nome simbólico de Valério Publícola, pertenceu às lojas Fortaleza (1821) e Patriotismo (1821), de Lisboa, da qual foi Venerável.
Deixou publicado, como sua obra maior, o Repertório geral das leis extravagantes do Reino de Portugal, publicadas depois da Ordenações compreendendo também algumas anteriores que se acham em observância (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1815).
Ficou conhecido como o “patriarca da liberdade portuguesa”.
Quase 200 anos depois da morte de Fernandes Tomás, figura cimeira do Constitucionalismo português, que levou à revolução de 24 de agosto de 1820, que transformou a sociedade portuguesa e que teve uma grande influência também na Europa, não podemos esquecer que a ambição de implantar em Portugal um regime constitucional e representativo alimentou e esteve presente em toda a acção de Fernandes Tomás, Ferreira Borges, Silva Carvalho e Ferreira Viana.
As raízes do moderno constitucionalismo português estão na Revolução Liberal de 1820 e na Constituição de 1822. Na recusa do absolutismo, o novo regime liberal inicia um período de desenvolvimento de direitos cívicos e liberdades políticas, continuado pela I República, ainda que de forma insuficiente e contraditória, mas claramente interrompido a partir de 1926 e só retomado, de forma democrática, em 25 de abril de 1974.
A divulgação pública dos ideais liberais, republicanos e democráticos, que estiveram presentes na actividade política de Fernandes Tomás é uma tarefa que compete ao exercício da cidadania. Em Novembro de 2022, a poucos dias da passagem dos 200 anos da sua morte, evocar aquele que é o filho mais notável da terra, Manuel Fernandes Tomás, é recordar um homem público que poucos poderão igualar. Oxalá que no país, e em especial na sua terra, nos tempos actuais, haja quem lhe siga as pisadas no amor à causa pública. Se formos capazes disso, honraremos não só a nossa cidade, como também o importante e extraordinário legado do figueirense Manuel Fernandes Tomás.
Quanto mais distantes estamos do passado, mais a memória colectiva tem tendência a ir desvanecendo. Como podemos salvaguardar, ou até mesmo fortalecer, a memória e «os últimos instantes de um homem grande, para que os presentes e os vindouros aprendam o modo heróico de afrontar a morte»? Na "oração fúnebre", lida a 27 de novembro de 1822, em sessão extraordinária da Sociedade Literária Patriótica, Almeida Garret considera Fernandes Tomás "o patriarca da regeração portuguesa". "E quem choramos nós: quem lamentam os portugueses? Um cidadão extremado; um homem único; um benemérito da Pátria, um libertador dum povo escravo".
Em 2022, a poucos dias da passagem de 200 anos da morte de Fernandes Tomás, "um homem que honrou a natureza e como cidadão a Pátria", qual o olhar dos jovens sobre "o libertador dos Portugueses, que salvou a Pátria e morreu pobre"?
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
Miguel Alves pediu demissão do Governo e Costa já aceitou...
Com Raimundo o PCP não irá ao fundo...
Joaquim Namorado: "a luta que nós travamos, é há séculos, há séculos, não é há 50 anos, pela Liberdade e contra qualquer forma de inquisições."
No primeiro Governo de António Costa, as pensões foram descongeladas, o salário mínimo aumentou, os salários dos funcionários públicos foram repostos, a sobretaxa caiu. Ao contrário do que vaticinavam muitos, o país não caiu no caos. Pelo contrário. O desemprego baixou e o défice foi o mais baixo da história da democracia. E milhares de pessoas, que usam os transportes públicos para se deslocarem para o trabalho, ganharam o passe família.
Hoje, a fome está a regressar às casas dos portugueses. Há cada vez mais pessoas a pedir comida. Gente que trabalha, mas cujo ordenado não chega para pagar as contas; deixa de comer para dar aos filhos e, quando nem isso consegue, perde a vergonha e vai pedir.
Paulo Raimundo, operário como Jerónimo de Sousa, criado na Margem Sul, chega a secretário-geral do PCP, com o país mais uma vez a atravessar uma dura crise. Resta saber se vai conseguir voltar a colocar o PCP num local da política que lhe permita ser uma voz ouvida. Em nome dos que menos podem."
Paula Ferreira.
Editora-executiva-adjunta do Jornal de Notícias
Obras na ponte de Alfarelos ainda não arrancaram e geram polémica entre Ministério das Infraestruturas e Câmaras de Montemor-o-Velho e Soure
Segundo a edição de hoje do Diário as Beiras, "o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, chamou a si o dossiê da insatisfação de autarcas e populações face ao anunciado encerramento da ponte de Alfarelos da EN347 sobre o rio Mondego entre os concelhos de Montemor-o-Velho e Soure."
GAL COSTA (1945 – 2022)
Maria da Graça Costa Penna Burgos, nasceu a 26 de Setembro de 1945 em Salvador da Baía. Encorajada pela mãe, interessou-se pela música desde nova, e começou a cantar profissionalmente aos vinte anos, tornando-se um dos nomes maiores da música brasileira. Foi também compositora e instrumentista.
Morreu ontem. Fica a "felicidade" que é poder continuar a ouvi-la cantar.