segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Propaganda para iniciados: até na táctica não há inovação

Quantas mais horas de propaganda governamental houver ao Orçamento do Estado para 2023, maior será o choque dos portugueses no próximo ano.

Continuamos a viver no país da elite dos privilegiados. "Os dados da Pordata para o Dia Internacional da Pobreza, assinalado esta segunda-feira, revelam que o número de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social aumentou 12,5% em 2020 comparativamente a 2019, a primeira subida desde 2014. Os mais ricos estão mais ricos e os mais pobres, mais pobres. Conclusão: recuámos. Somos o 2.º país com mais pessoas a viver em más condições materiais."

Os pensionistas e os trabalhadores por conta de outrem, já estão a perder poder de compra, mas em 2023 o impacto vai ser ainda mais brutal. O pacote tem sido bem embrulhado  pela propaganda governamental sustentada pela casta de verdadeiros parasitas que são os gestores e economistas que chamam "privilégios" ao que não passa de direitos.
Eles a falarem em "privilégios"! Eles, que depois de meia dúzia de anos numa instituição, a ganhar ordenados de craques da bola, se reformam a seguir, enquanto para nós, trabalhadores em geral, aumentaram a idade da reforma. 
E, depois, têm a lata, a desfaçatez, o arrojo e a pouca vergonha de afirmar que os pensionistas, funcionários públicos, outros trabalhadores (incluindo os precários, os mal pagos, os pouco qualificados) é que são os privilegiados.
Vivemos num País onde a classe empresarial e as elites financeiras, a prosseguir por este caminho, vão apropriar-se do que resta.
A propaganda faz milagres em defesa das teses monetaristas. 
Os pensionistas, os funcionários públicos e os trabalhadores por conta de outrem são responsabilizados pelos males do país, como os judeus o foram no regime nazi. 
A propaganda serve para isto. O Governo só se mexe para agradar ao grande capital e aos interesses dos empresários. 
Basta ver quem aplaudiu o OE para 20023: o Governo está satisfeito;  os patrões satisfeitos estão; a UGT está satisfeita; até Marcelo expressou satisfação!
Isso significa que o acordo de concertação social não serve os trabalhadores nem os pensionistas.   
PS e PSD são as duas faces da mesma moeda. Tal como no Portugal da Monarquia Constitucional na segunda metade do século XIX, em que o Partido Progressista e o Partido Regenerador dividiam entre eles o bolo nacional, os lugares e a mordomias, neste momento a Democracia fundada em 25 de Abril de 1974 está esgotada, à mercê de uma elite política e financeira sem ideologia, rendida aos interesses imediatistas e à ditadura financeira de Bruxelas. 
Portugal há décadas que está a saque! E quem vai continuar a pagar somos nós: o "povão".

Pinhal de Leiria: cinco anos depois

Margarida Balseiro Lopes, via Jornal de Notícias
"As juras de amor e as promessas que foram então dedicadas ao Pinhal do Rei foram rapidamente esquecidas pelo poder político. Não foi tão célere a dedicar-lhe os esforços necessários para a sua recuperação como foi sendo, ao longo de décadas, a arrecadar as generosas receitas que o Pinhal de Leiria foi gerando. Na primeira década do século XXI, o investimento nesta Mata Nacional correspondeu a perto de 10% do valor amealhado pelo Estado pela sua exploração.

Seria sempre difícil lidar com o contraste do verde de mais de 11 mil hectares de pinhal com a aridez dos despojos deixados pelo incêndio de há cinco anos. No entanto, é ainda mais perturbador constatar que continuamos a não aprender com os erros e a desvalorizar uma das mais belas imagens que o país tinha para oferecer.

Os especialistas têm sido claros em denunciar os evidentes sinais de abandono do Pinhal de Leiria"...

domingo, 16 de outubro de 2022

A exposição “Percursos e Vidas” é inaugurada amanhã, pelas 14h30, na sala multiusos do Paço de Tavarede, onde estará patente até 28 de Outubro

 Imagem via Município da Figueira da Foz


«É fácil o trocadilho, mas o Presidente da República tinha que tirar qualquer coisa da cartola. Saiu o “coelho”...»


Sabe-se que os portugueses têm a memória curta. Mas, assim tanto?

EXPLIQUEM-ME A ESTRATÉGIA! EXPLIQUEM-ME A ESTRATÉGIA!

"Ainda falam da incontinência verbal do Marcelo: em dois dias Joe Biden conseguiu insultar a Arábia Saudita e o Paquistão, este último classificado como «um dos países mais perigosos do mundo».

Eu sei que a diplomacia anda pela hora da morte, mas duvido que a estratégia do "orgulhosamente sós" venha a ter bons resultados (a não ser para Putin).
E daqui a nada é Inverno."

Emergência

"A CGTP tem toda a razão, estamos confrontados com uma EMERGÊNCIA NACIONAL no quadro de uma emergência internacional. Precisamos de mais mobilização política, unitária e plural, para conseguirmos transformar Portugal segundo os valores da nossa Constituição da República."

sábado, 15 de outubro de 2022

O elo mais fraco

 OBVIAMENTE, DESPEDIU-SE!

"Uma professora foi espancada por familiar de aluno, ou por um grupo que se lhe terá juntado para tanto (ver, por exemplo, aqui aqui). A agressão foi grave, implicou internamento hospitalar. No dia anterior ela teria tentado separar miúdos que brigavam no recreio, fazendo o que está certo: um adulto deve cuidar da segurança das crianças. Parece que um dos miúdos se queixou em casa...

Já conhecemos o guião desta história, igual ou semelhante ao de outras histórias lamentáveis que a precederam.

O Presidente da Câmara destacou bombeiros para vigiar a escola (para sempre?) e o Ministro da Educação manifestou na Assembleia da República “apoio” e “solidariedade” para com a vítima, teve também o cuidado de enviar uma nota às redacções (as "redacções" tornaram-se os megafones da voz de quem pode mandar "notas") onde declara a sua filosofia pacifista: "todos os actos de violência são injustificáveis e inaceitáveis”.  E, tanto quanto sei, por aqui ficou a mais alta intervenção institucional.

A professora tem quarenta anos e era empregada de uma empresa contratada pela Câmara para assegurar as AEC (Actividades de Complemento Curricular). Este estatuto laboral, aliado à idade, constitui por si, uma violência à dignidade humana.

Digo "era" porque a professora, obviamente, despediu-se!"

A entrada é gratuita sujeita a levantamento de bilhete no Posto de Turismo Castelo Engº Silva e no Centro de Artes e Espectáculos

THALASSOS - Pensam que somos loucos? Ainda bem...

"Hoje, no âmbito do projeto "O Mar que nos Une", pelas 21h30, o Espelho de Água vai ser palco «Thalassos», sob a direção artística de André Varandas, uma criação em torno do elemento MAR com especial foco na Arte Xávega.

«Thalassos» visa “dignificar a história e criar a partir do património histórico e cultural um produto artístico de excelência, assente na valorização das comunidades locais e o seu tecido cultural”.

Sob a direção artística de André Varandas, em palco vão estar atores que representam cada um dos municípios da Rede “ O Mar que nos Une” (Figueira da Foz, Cantanhede e Mira), aos quais se juntam elementos de diversas coletividades dos concelhos."

Cartas de Agustina Bessa-Luís vão ser distribuídas aos figueirenses

 Via Diário as Beiras

SEGUNDO O DIÁRIO AS BEIRAS "ALGUNS DOS SUSPEITOS DAS AGRESSÕES A UMA PROFESSORA EM VILA VERDE JÁ FORAM IDENTIFICADOS PELA PSP"

 Via Diário as Beiras

«Ao contrário de Marcelo Rebelo de Sousa, que se precipitou a saudar os números pouco “elevados” apurados pela Comissão — e, com isso, aliviar a responsabilidade da Igreja —, nós percebemos que isto é apenas a ponta do icebergue de uma estrutura sinistra e submersa, que durante décadas guardou dentro de si um segredo vergonhoso, ocultando-o dos fiéis, da sociedade e das autoridades. Protegendo os seus criminosos, como as máfias fazem.»

Para ler, clicar aqui.

COMENTANDO OS COMENTADEIROS DE SERVIÇO - II

 

Via Abril

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Santana coloca Bombeiros a vigiar escola de Vila Verde

 

Laurinda e a marcha dos vulneráveis

"Depois da salutar chuva de críticas, o município de Lisboa cancelou, e bem, a «marcha das pessoas vulneráveis» na Avenida da Liberdade, promovida pela Vereadora com o pelouro dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves, em parceria com a «Associação Impossible – Passionate Happenings», que teria lugar na próxima segunda-feira, 17 de outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza."

Para continuar a ler clicar aqui.

Ricardo Silva, vereador PSD na Câmara da Figueira, em rota de colisão com o partido pelo qual foi eleito e é militante

 Via Diário as Beiras

Um Serão com o Marquês

15 outubro, 21h30, Auditório Municipal da Figueira da Foz

Ponte da Figueira da Foz vai estar condicionada durante 21 meses para obras

"A Ponte Edgar Cardoso, sobre o Rio Mondego, vai estar condicionada ao trânsito a partir do final de outubro e durante 21 meses, o prazo previsto para a empreitada de reabilitação e reforço daquela infraestrutura. 

Segundo os representantes da Infraestruturas de Portugal (IP), que participaram hoje numa sessão de esclarecimento no auditório municipal da Figueira da Foz, a partir do início dos trabalhos, previstos para o dia 31 de outubro, o tráfego rodoviário vai ser reduzido a uma faixa em cada sentido até ao final da empreitada.

A partir de fevereiro, de acordo com o gestor da Unidade de Conservação Operacional do Centro/Norte, Rafel Savedra, o trânsito será cortado no período noturno, com excepção para os veículos de emergência, entre as 20h30 e as 06h30, excepto nas noites de sexta-feira para sábado e sábado para domingo.

A circulação pedonal, de bicicleta ou outros meios está impedido já a partir do início dos trabalhos e durante toda a obra.

Está previsto ainda a colocação de semáforos limitadores de velocidade para o trânsito que circular na ponte, de 1,4 quilómetros de extensão, e o corte alternado das duas faixas de rodagem, com circulação condicionada a uma via em cada sentido.
“A parte mais importante da obra será a substituição dos tirantes”, disse António Savedra, acrescentando que a intervenção inclui reforço das vigas do tabuleiro e do sistema de fixação do tabuleiro, reabilitação dos aparelhos de apoio, decapagem e pintura geral do tabuleiro metálico e trabalhos complementares de pavimentação, iluminação, drenagem, juntas de dilatação, reparação e protecção de superfícies de betão.
A Ponte da Figueira da Foz, como também é conhecida, projetada pelo professor Edgar Cardoso, foi a primeira ponte rodoviária com o tabuleiro «atirantado» realizada em Portugal, tendo sido aberta ao tráfego em 1982.

Na sessão, que lotou o auditório municipal, os participantes mostraram-se preocupados com os acessos alternativos, que obrigam a entrar em autoestrada, tendo o presidente da autarquia, Santana Lopes, referido que uma das exigências do município, do actual e anterior executivo, é que a via alternativa (A17) para transpor o rio Mondego não seja portajada.

Respondendo a sugestões levantadas, o autarca adiantou que a autarquia está a trabalhar na questão dos parques alternativos e dos transportes rodoviários a partir do Parque Urbano.
“É lógico e natural, perante tudo o que foi dito e as preocupações que suscitam todas estas necessidades de transporte, vamos trabalhar mais com o Hospital Distrital para o eventual reforço dos meios de atendimento nos Centros de Saúde do lado norte para evitar deslocações para a outra margem”, acrescentou o presidente da Câmara.
A empreitada de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso representa um investimento de 16,8 milhões de euros."

Via Jornal de Notícias

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

A violência contra professores é um dos problemas sérios das escolas e da sociedade...


Recorde-se:
uma professora foi violentamente agredida, na terça-feira, por um grupo de dez mulheres no Centro Escolar de Vila Verde, depois de ter separado um grupo de alunos que se agredia mutuamente.
A vítima teve de ser assistida no Hospital da Figueira da Foz.
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC)/FENPROF considera que a reação do Ministério da Educação "tem sido frouxa, tendo em conta a gravidade dos acontecimentos".
Na sequência do episódio ocorrido na passada terça-feira, 11 de outubro, à saída do Centro Escolar de Vila Verde, onde uma professora foi violentamente agredida, Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Olga Brás, Vereadora do Executivo marcaram presença, na manhã de quarta-feira, 13 de outubro, para junto do Coordenador da Escola, Prof. João Vaz e do Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Vítor Alemão, reforçarem a total disponibilidade no acompanhamento da situação, assegurando que já houve um contacto com as forças de segurança, estando prevista para a próxima semana uma reunião com o Superintendente da Polícia de Segurança Pública. O município da Figueira da Foz repudiou a agressão de que foi vítima a professora do Centro Escolar de Vila Verde, na terça-feira, e que teve de receber tratamento hospitalar. “É lamentável a agressão”, disse o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, salientando que a autarquia está atenta à situação e em contacto com as forças de segurança, já que “os pais dos alunos estão preocupados”.
Será que estes casos “que se repetem sem solução aparente ou rápida” acontecem porque “há lacunas na lei e os encarregados de educação conhecem estes vazios, assim como os alunos e essa situação dá certa impunidade aos casos de agressões”?
Estes problemas duram há dezenas de anos. É crescente o número de situações de indisciplina e violência que se verificam no espaço escolar. Tais situações são, em grande parte, resultantes do actual tipo de sociedade desigual e Estado, por vezes violento, que temos. Existindo na sociedade e no Estado, a Escola confronta-se, também, com situações de intolerância, indisciplina e mesmo de violência ou delinquência. O aumento do número de situações que se conhecem é também um dos resultados do agravamento da situação social e económica do país, com os fenómenos de pobreza e exclusão a alastrarem.
Estas situações exigem análise e intervenção das instituições oficiais, mediação de profissionais (psicólogos, sociólogos, assistentes sociais) e o envolvimento dos professores e suas organizações sindicais e das comissões de pais e encarregados de educação.
Mais uma professora foi agredida. Mais uma que ficou com as feridas cravadas no corpo. Talvez marcas de dentes, pisaduras, cabelos arrancados. Porém, as feridas guardadas na alma vão ser as mais difíceis de curar.