Via Diário as Beiras
terça-feira, 4 de outubro de 2022
Cada vez mais uma necessidade
"Se o debate da atualidade político económica, sobretudo na televisões, descuida o contraditório e o confronto de diferentes perspetivas, essencial em democracia, analise-se então o «que dizem maioritariamente os comentadores». É esta a proposta dos jornalistas Nuno Ramos de Almeida e Pedro Tadeu, que dão forma ao poadcast semanal «Os Comentadores», a acompanhar nas páginas do AbrilAbril."
Mais do mesmo...
Vivemos num País em que nada parece ter nexo. Tudo é apenas o reflexo!
Nem o PS, nem o PSD, os dois grandes partidos do sistema democrático português, conseguem corresponder às necessidades da democracia portuguesa e dos portugueses.
Nenhum consegue ter capacidade de mobilização própria fora de eleições. Nenhum consegue agregar e, muito menos, motivar os sectores mais dinâmicos da sociedade. Ano após ano, nenhum apresenta ideias ou políticas novas.
Limitam-se a gerir a mudança proporcionada pelos ciclos políticos.
O PS, neste momento, está no governo com maioria absoluta. Embora o primeiro-ministro, António Costa, garanta a prioridade do Governo “no apoio máximo” às famílias e empresas, rejeitando o “ruído da espuma dos dias” para continuar “focado nos portugueses” e na resolução dos problemas do país, as pessoas têm cada vez mais dificuldades no seu dia a dia.
Estamos no momento do debate público sobre as grandes opções políticas para o próximo ano. No contexto que vivemos actualmente, a prioridade só podia ser uma: atenuar as dificuldades que o brutal aumento da inflação representa para as famílias e para as pequenas e médias empresas.
Vimos o que se passou com os reformados. Estamos a ver o que se está a passar com os funcionários públicos.
Não vale a pena o governo enveredar pela criação de apoios pontuais. Se é verdade que qualquer apoio é importante, também é verdade que, com apoios pontuais, no mês seguinte as dificuldades voltam, porque o salário ou a pensão é o mesmo, mas os preços continuam a subir.
Já todos percebemos que a inflação que se está a verificar não é um fenómeno de curta duração.
O PSD espreita o seu momento.
Como partido, está cada vez mais longe do que já foi: um partido social-democrata, reformista e basista.
Os seus actuais líderes, vieram de “dentro”, do "aparelho".
Na elite partidária que dá o poder a Luís Montenegro dentro do partido, é difícil ver algo que tenha a ver com a identidade social-democrata.
Nada tem a ver com que o País real precisa. Quando for governo, vai ser mais do mesmo: servir os poderosos e tentar institucionalizar, uma ideia de “liberalismo”, talvez com o apoio parlamentar da IL e do Chega.
Para este PSD de Montenegro, mais importante que a liberdade, é a autoridade do poder.
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Dino D'Santiago, um Homem: “nunca partilhei as histórias do bairro porque não queria que sentissem pena de mim. Fui feliz no inferno”
“Em criança, que o que mais me custava era ir à bica, não havia água potável e alguns cortavam as mangueiras quando outros estavam há mais tempo e metiam as deles. Três bicas para servir 600 famílias”, exemplifica, fazendo no entanto a ressalva: “Nunca partilhei estas histórias do bairro porque não queria que sentissem pena da minha história, queria que me recebessem pelo que sou e não por onde vim. Eu fui feliz no inferno. Se fui feliz no inferno, tudo o resto é só um vislumbre do paraíso.”
Na mesma entrevista, Dino D'Santiago fala sobre o concerto que deu na Festa do Avante. “Nem consigo chamar-lhe concerto, foi o momento importante da minha vida, enquanto artista”, afirma. “Fui para o palco mesmo a sentir. Posso não concordar com o que tu pensas e sentes, mas hoje vou morrer para que possas pensar e sentir assim. Se tivesse de morrer ali, morria a sentir que cumpri-me enquanto ser porque não tive medo e foram tantas as vozes a dizerem-me o contrário. Eu já não vivo nessa escravatura mental e sei que o Avante, para mim, representa a liberdade.”
Referindo-se às críticas feitas aos artistas que tocaram no Avante, devido ao posicionamento do PCP quanto à Guerra na Ucrânia, diz: “Mal cheguei, estava um rapaz com uma bandeira do Paquistão. Há muitas lutas, não me tentem colocar num sítio. Ok, agora vocês lembraram-se porque é Europa e está a acontecer aqui, mas o mundo está a chorar há muito tempo, então não digas que as tuas lágrimas são mais valiosas do que aquelas.”
Propostas de concessão dos casinos Figueira da Foz e Estoril estão em análise
Via Diário as Beiras
«As propostas para a concessão da exploração das zonas de jogo da Figueira da Foz e do Estoril foram hoje abertas e encontram-se, “neste momento”, em fase de “análise”, divulgou o Ministério da Economia e Mar.
Nos termos da lei, “as propostas foram abertas hoje, dia 03 de outubro, tendo sido apresentadas propostas em ambos os concursos, encontrando-se, neste momento, o júri a analisar as mesmas”.
Os contratos de concessão dos dois casinos tinham terminado no final de 2020, mas foram prolongados por mais dois anos devido ao impacto da pandemia de covid-19.
Em 19 de agosto, os anúncios dos concursos para as concessões dos casinos do Estoril e da Figueira da Foz foram publicados em Diário da República, os quais preveem uma duração contratual de 15 anos, renováveis por mais um período de cinco anos.
O casino Estoril é explorado pela Estoril Sol e o da Figueira da Foz concessionado à Amorim Turismo.»
O PSD Figueira tem uma "bota" para descalçar...
Recorde-se que José Manuel Silva foi eleito pela coligação “Juntos Somos Coimbra” e Pedro Santana Lopes pelo movimento independente “Figueira A Primeira”.
“O presidente da Câmara da Figueira da Foz ainda não atingiu esse ponto [de candidatar-se com o apoio do PSD], mas eu estou certo que o PSD terá, a todos os níveis da sua organização, a inteligência, a sagacidade, a ousadia e o sentido de serviço para tratar desse assunto”, disse Luís Montenegro no encerramento da Convenção que foi promovida pela Distrital de Coimbra do PSD.
Via Diário as Beiras
Foi criado Prémio de Arquitetura Isaías Cardoso
A distinção visa perpetuar o nome e valorizar a obra do patrono e arquiteto modernista figueirense e estimular a promoção de novos talentos da arquitetura.
O documento foi assinado pelos presidentes das três entidades parceiras, Santana Lopes, Carlos Figueiredo e Sílvia Ataíde, respetivamente.
Matilde Cardoso defendeu, ainda, que “requalificar significa dar qualidade sem alterar a forma”.
Acerca da reabilitação da piscina-praia, Santana Lopes adiantou que a sua orientação “vai ser a de reforçar a fidelidade àquilo que foi criado”. E garantiu que o seu executivo camarário procurará “tomar a melhor decisão em respeito ao projeto original [da piscina-praia]”.
A piscina-praia foi concessionada pelo anterior executivo camarário, tendo por objetivo a reabilitação e exploração do complexo turístico. Entretanto, o concessionário viu aprovada uma alteração ao projeto que permite a construção de uma nova ala, para aumentar a capacidade de alojamento do imóvel. Santana Lopes já manifestou a sua oposição a esta solução.
Afirmando que respeita o esforço desenvolvido pelos seus antecessores João Ataíde e Carlos Monteiro, feito no sentido de garantirem a reabilitação e a exploração do imóvel municipal classificado, o autarca disse que não se orgulha da intervenção realizada na piscina-praia na reta final do seu primeiro mandato autárquico na Figueira da Foz, no início do milénio. “Não tenho orgulho da alteração feita. Foi a [solução] possível”, afirmou, afiançando que, agora, será possível “fazer mais e melhor”.
Isaías Cardoso nasceu, há 100 anos, na vila das Alhadas, no norte rural do concelho da Figueira da Foz. Faleceu em fevereiro de 2017. O seu estilo modernista distingue-se do conjunto arquitetónico das diversas cidades da Região Centro onde projetou imóveis.
Falta de médicos....
Esta foi a primeira vez que um serviço desta unidade hospitalar encerrou por aqueles motivos.
sábado, 1 de outubro de 2022
Amanhã vai ser ser outro dia: espera-se que seja uma data histórica para o Brasil
"Pensionistas arrasam Costa"
Sondagem: Costa e o Governo afundam-se, Marcelo continua em perda
"Foi há seis meses que o Governo tomou posse. Mas o estado de graça do primeiro-ministro durou pouco. Com a maioria absoluta não veio, como se previa, a estabilidade política. O barómetro de julho já assinalava uma situação muito rara: António Costa registava um saldo negativo na avaliação dos portugueses (dois pontos). Chegados a outubro, os resultados mostram uma situação inédita: duas avaliações seguidas em terreno negativo e o pior resultado de sempre do primeiro-ministro (oito pontos de saldo negativo) desde que se iniciou esta série de barómetros, em julho de 2020.
Os sucessivos casos e as controvérsias com ministros contribuíram para a degradação, mas talvez seja a crise económica e, em particular, o aumento do custo de vida que dão o empurrão final. Quando se analisam as avaliações ao líder do Governo entre os diferentes segmentos em que se divide a amostra, há uma alteração fundamental face a barómetros anteriores: os inquiridos com 65 ou mais anos, os que lhe garantiam sempre mais aplausos, deixaram de lhe dar o benefício da dúvida e o saldo é, agora, negativo (nove pontos). Um reflexo do desagrado com a solução para as pensões, como demonstram os resultados da sondagem que divulgamos na sexta-feira: cerca de 70% dos inquiridos das duas faixas etárias mais velhas consideram que a "meia pensão" é uma medida negativa que penaliza as pensões futuras."
A "prova de vida semestral de Cavaco Silva"
"É fundamental que os partidos da oposição, as instituições da sociedade civil e a comunicação social contribuam para que o primeiro-ministro e o Governo saiam da situação de imobilismo e encontrem um rumo que permita que Portugal volte, dentro de 10 anos, à 15.ª posição em termos de desenvolvimento entre os 27 países da União Europeia em que se encontrava em 2002, depois de ter caído nos anos recentes para o 21.º lugar."