terça-feira, 10 de maio de 2022

Muita gente na Figueira no passado fim de semana

O tempo aqueceu no passado fim de semana e o verão antecipado levou  um mar de gente à Figueira da Foz e aos cerca de 20 quilómetros de praias. 
No nosso concelho, a época balnear oficial tem início no dia 1 de junho. Só a partir desta data haverá vigilância com nadadores-salvadores. 
Entretanto, a Polícia Marítima mantém-se atenta às zonas de banhos.
Na área urbana, foram as praias de Buarcos e a Praia do Forte as mais procuradas por quem foi a banhos na cidade. A Praia da Claridade é evitada por causa da longa distância existente entre a marginal e o mar, que aliás não para de crescer. 
O aumento do areal urbano, como sabemos, está relacionado com o prolongamento do molhe norte, obra concluída em 2011.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

A Quinta das Olaias, João Reis, o protocolo previsto para 10 anos e a possível ocupação do espaço pela Universidade de Coimbra...

Na reunião camarária realizada no dia 1 de Março de 2021, falou-se de João Reis, sem que nenhum vereador tivesse explicado quem foi verdadeiramente o pintor e o que representa para a Figueira para que os figueirenses tenham de ser tão generosos ao ponto de lhe guardarem e preservarem o património artístico durante dez anos com os custos inerentes.

«O executivo camarário socialista aceitou deixar cair a possibilidade de ser o município a pagar molduras de quadros da exposição permanente de João Reis na Quinta das Olaias, e abdicou da possibilidade de a mostra poder ser transformada num museu dedicado ao pintor naturalista.

Estas cláusulas foram eliminadas do protocolo que será assinado pela autarquia com o neto do artista plástico, Carlos Reis.

As alterações introduzidas no protocolo ficaram a dever-se à  intervenção do vereador Miguel Babo, eleito pelo PSD. "O autarca da oposição defendeu que manter a exposição durante 10 anos é excessivamente longo."

Ricardo Silva, veio ao encontro da opinião de Miguel Babo: "os dois vereadores convergiram  que a longevidade da mostra condiciona a estratégia de futuros executivos camarários e artistas que queiram realizar ali exposições."

Por sua vez, o executivo de maioria socialista "defendeu que o protocolo visa o respeito por compromissos assumidos pelo anterior presidente da câmara João Ataíde."  Foi afirmado que, “segundo técnicos da autarquia”, os contactos da família de João Reis começaram nos mandatos do antecessor Duarte Silva. Carlos Monteiro, disse ainda que, até à data, “nenhum pintor conceituado ou outros” mostraram interesse em expor na Quinta das Olaias, imóvel que, garantiu, tem espaço disponível para mais exposições. 

Ricardo Silva afirmou que "o anterior vereador da Cultura” [António Tavares] lhe disse que João Ataíde havia desistido do protocolo, o que os socialistas desmentiram."

A maioria votou a favor da assinatura do documento. Carlos Tenreiro e Miguel Babo abstiveram-se. Ricardo Silva votou contra.»

Na edição hoje do Diário as Beiras pode ler-se: "A UC, segundo o seu reitor avançou ao DIÁRIO AS BEIRAS, pretende leccionar licenciaturas, mestrados e doutoramentos na Figueira da Foz em áreas como a economia azul, ambiente e turismo. 

A falta de instalações na cidade é um assunto que preocupa Pedro Santana Lopes, uma vez que no Sítio das Artes deverá ser instalado um centro de formação profissional.

O antigo terminal rodoviário, por sua vez, necessita de obras com custos elevados. Entretanto, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, a Quinta das Olaias poderá vir a ser utilizada para o arranque da actividade do polo universitário."

Ainda não passou 1 ano sobre a inauguração da exposição dedicada ao pintor João Reis (cujo contrato de depósito prevê um período de 10 anos de actividades).

Fica a pergunta  a quem de direito: em que termos vai a Universidade de Coimbra ocupar a Quinta das Olaias e como se vai conseguir conciliar os diversos compromissos em causa?

Os assadores de sardinhas devem regressar às ruas?

 Via Diário as Beiras

Arte xávega na Praia da Leirosa: ontem, foi o primeiro dia de faina

Ontem, na Praia da Leirosa, o dia esteve magnífico para os pescadores de actividade da "xávega" inaugurarem a safra: sol, ausência de vento e "mar de senhoras". O nevoeiro apareceu, mas só depois do barco que lançou a rede ao mar ter chegado à praia...

Foto António Agostinho

A arte xávega é um dos mais antigos e característicos processos de pesca artesanal, em toda a faixa litoral.
Os seus elementos identificativos são inúmeros, começando pela embarcação – fundo chato, proa em bico elevado, decoração simples. Também a rede possui características próprias, sendo constituída pelo saco (onde se acumula o peixe) e pelas cordas, cuja extensão varia conforme a dimensão da rede e dos lances. A companha, variável, era, na generalidade composta por 8 homens: o arrais, à ré; 3 remadores no banco do meio, os "revezeiros", os que "vão de caras p´ró mar", 2 no banco da proa e outros tantos no "banco" sobre a coberta; embora esta disposição não fosse rígida, labutavam, tantas vezes estoicamente, num remar vigoroso e cadenciado, a caminho dos lances dos lances que lhe davam o sustento.
Noutros tempos, quando a pesca era sustento de muitas famílias, a chegada do saco a terra era saudada com entusiasmo, se vinha cheio (“aboiado”), ou com tristeza, se vinha vazio (“estremado”). O peixe era posteriormente tirado para os xalavares (tipo de cesto), a fim de se proceder à sua venda. A lota era na praia. A licitação do peixe era feita com o tradicional “chui” – sinal que o peixe foi arrematado pela melhor oferta.
A rede era, assim, lançada de acordo com os sinais de terra e mar, a cerca de 300 braças da praia e ocupando uma extensão de cerca de 200 metros de largura. Cada lance, tinha a duração de hora e meia para a permanência da rede na água, e meia hora para a alagem (puxar a rede). Na borda d’água, estavam os camaradas de terra, para o alar da rede. Com um ritual próprio, lento e cadenciado, dois “cordões humanos” puxavam as cordas dos dois lados – mão esquerda agarrada à corda junto ao pescoço, braço direito estendido.
Agora tudo é diferente e menos penoso.
Os remos, que davam andamento ao barco, foram substituídos pelo motor fora de borda.. No areal, as redes vão sendo recolhidas com a ajuda de tractores. Antigamente este trabalho, penoso, estava reservado a junta de bois e aos homens.
A Arte de Pesca de Arrasto para Terra, modernamente designada legalmente pelas instituições administrativas e fiscais do Estado português com o nome oficial de "Arte-Xávega", tem ainda vivos e em actividade no concelho da Figueira da Foz, três companhas activas: na Cova, na Costa de Lavos e na Leirosa.
Em condições por vezes bastante difíceis, o que não foi o caso de ontem, estes antigos homens do mar, tentam amealhar alguns cobres que lhes melhorem a parca reforma que obtiveram depois de uma vida longa de trabalho e de sacrifícios noutras pescas e noutros mares.
Citando o Professor Alfredo Pinheiro Marques, um grande defensor e lutador desta causa, “a Arte de Pesca de Arrasto para Terra é um tipo de pesca muito específico, muito especializado e bastante diferente (pois, na sua aparente simplicidade, é muito mais heroico e muito mais difícil e perigoso do que julgam os que nada sabem de mar), e que por isso não pode ser comparado com qualquer outro tipo de pesca praticada em qualquer outro litoral oceânico do mundo inteiro. É mesmo muito diferente, e muito mais impressionante, em coragem e em esforço, do que os próprios modelos originais mediterrânicos da “Xávega”, islâmica, andaluza e algarvia, que lhe estiveram na origem há muitos séculos atrás, mas que entretanto já se extinguiram (ao longo do século XX), e que já não existem hoje em dia (no século XXI). A Arte de Pesca de Arrasto para Terra, característica dos litorais portugueses da Ria de Aveiro e da Beira Litoral (hoje, legalmente, dita “Arte-Xávega”), é uma arte que nos nossos dias ainda continua a ser praticada por muitas centenas de homens e mulheres, desde as praias de Espinho até à Praia da Vieira de Leiria, e actualmente com o coração na Praia de Mira (depois de, outrora, ter irradiado sobretudo a partir das praias do Furadouro, Torreira e Ílhavo), e é uma das realidades mais impressionantes, mais autênticas e mais simbólicas — e, por isso, mais importantes — daquilo que continua a ser, ainda hoje, Portugal: um país dividido entre o Passado e o Futuro, um país sempre adiado, e sempre sem conseguir descobrir o seu caminho, entre a tradição que não consegue manter e a modernidade que não consegue construir. Um país sempre mergulhado no seu subdesenvolvimento secular e na sua insustentabilidade económica. Mas que, nem por isso, pode ou deve sacrificar os mais autênticos e verdadeiros exemplos da sua identidade nacional e da sua cultura secular em nome de quaisquer cegas burocracias estatais normalizadoras, ou de quaisquer imbecis aculturações televisivas, ou de quaisquer bizantinismos “culturais” “modernizadores”, ignorantes das verdadeiras tradições e identidades locais.”

"O doutor Pedro Santana Lopes, no discurso de tomada de posse, deu logo esse sinal muito forte"...

 Via Diário as Beiras

Voluntários da Figueira da Foz realizam Congresso

 Via Diário as Beiras

domingo, 8 de maio de 2022

"Políticos acumulam pensões milionárias".

Em Portugal, há quem se tivesse reformado aos 62 anos de idade, com 43 anos de carreira contributiva completa. Foi "premiado" com mais de 30% de penalização.
E depois há os outros: os eleitos para quem há direitos adquiridos.

Muito dificilmente, gente que reza a Deus, ou joga no Euromilhões, para ser rica, consegue ser rica em Portugal.
Cada vez mais, porém, há gente que reza a Deus e vota nos partidos do regime dito "democrático", saído do 25 de Novembro, que constata que para se ser pobre, em Portugal, facilmente se obtém exactamente o que se pede...
E nem precisa de jogar no Euromilhões...

Resumo da semana em Portugal

sábado, 7 de maio de 2022

Nove anos depois da reforma administrativa para troika ver... (6)

Via Diário as Beiras

Junta de Freguesia contente com arranque de prova ciclista em Quiaios

 Via Diário as Beiras

Moção sobre a Serra da Boa Viagem foi aprovada na Assembleia Municipal

 Via Diário as Beiras

O "respeitinho" continua a ser muito lindo (andam por aí alguns políticos que até parece que herdaram o "negócio" do mentor...)

Os amigos do "respeitinho"

Patrícia Duarte,
Directora-adjunta
do 
Região de Leiria
"É provável que tenha passado despercebida e é uma pena que se fique por Lisboa.
“Proibido por inconveniente” é uma exposição de materiais das censuras do Estado Novo, construída a partir do arquivo de José Pacheco Pereira. Era digna de ser vista por quem hoje afirma que antigamente é que era bom porque havia educação, valores e respeitinho. 
A censura acompanhou os 48 anos de Estado Novo. Proibiu parcial ou totalmente um número infindável de notícias, condicionou o pensamento, impediu o debate, coartou as liberdades de reunião, associação e expressão. 
A censura funcionava à margem dos tribunais, mas tinha o poder de mandar prender. Era um instrumento poderosíssimo ao serviço do regime, eficaz no objetivo de impor uma leitura da realidade que não existia. 
Hoje, esta censura não existe em Portugal, mas existe noutros pontos do globo. Pense-se na Rússia e veja-se como é possível, sem liberdade de imprensa, construir uma realidade paralela e fazer um povo acreditar nela. 
Hoje não existe censura em Portugal, o que não quer dizer que não existam muitas tentativas de restringir a liberdade. A Internet a isso convida ao ser terreno fértil para a mentira e manipulação. A Internet, sem a qual as democracias já não vivem, é um espaço pouco democrático. E, embora pareça, também não é seguro nem livre. 
A Internet não gosta que se pense, que se perscrute e desmonte a complexidade do que nos rodeia. É um espaço onde se dão bem os “amigos do respeitinho”, que engolem à velocidade de um clique quem pensa diferente. 
Hoje não existe censura em Portugal, mas existem muitos aspirantes a censores, empenhados na construção de realidades paralelas. Não encontrariam na Internet o campo ideal para a sua empreitada se cada um de nós não abdicasse do seu quinhão de pensamento. Mas tudo seria pior se não houvesse liberdade de imprensa. 
Já não existe censura em Portugal, mas afirma-se demasiadas vezes que sim. E acusam-se os jornais de serem arautos dessa nova ordem censória. 
Na passada terça-feira, 3 de maio, assinalou-se o Dia da Liberdade de Imprensa. Este jornal não foi visado pela censura. Muitas das notícias são incómodas e há artigos inconvenientes, mas o leitor tem o direito de saber. Para ser autónomo, livre, capaz de pensar por si e de se defender dos abusos de poder."

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Tribunal manda repetir julgamento de António Paredes


«O Tribunal da Relação de Coimbra anulou o julgamento em que António João Paredes, presidente da Associação Goltz de Carvalho, tinha sido condenado a uma pena de cinco anos e seis meses de prisão efectiva.
A decisão foi tomada esta quarta-feira, pelos juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Coimbra que deram total provimento ao recurso apresentado pela defesa dos arguidos.»

A sorte de Gonçalo Cadilhe

 Via Diário as Beiras

Domingo há teatro nos Caras Direitas

 Via Diário as Beiras


Segundo o Diário as Beiras


"Anticomunismo primário: os anticomunistas gostam de confundir o que é o comunismo de hoje com as concretizações comunistas registadas na História"...

 Via Jornal Público

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André Ventura exonerou chefe de gabinete Nuno Afonso

Via CNN Portugal


"O presidente do Chega, André Ventura, exonerou ontem, quinta-feira, o chefe de gabinete Nuno Afonso. A decisão vai ser comunicada hoje, sexta-feira, ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva. 

Trata-se da segunda baixa no partido.Na semana passada, o pai da deputada Rita Matias demitiu-se do cargo de assessor do grupo parlamentar, na sequências da várias polémicas relativas à sua nomeação. Manuel Matias, que tinha sido nomeado por André Ventura, apresentou a demissão na última sexta-feira.

Apesar de serem amigos de longa data, a tensão entre André Ventura e Nuno Afonso começou a ser uma constante. O vereador na Câmara de Sintra e fundador do Chega já tinha dito publicamente, numa entrevista ao NOVO, que tinha ficado "desiludido e triste" por não ter integrado a lista de deputados. 

Antes deste episódio, já tinha deixado a vice-presidência do partido para ser vogal da direção."