terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Que gostaria de ver concretizado no concelho em 2022?

Via Diário as Beiras

"Todos os anos repetimos o ritual dos 12 desejos. Precisamos de acreditar que o futuro nos vai compensar pelos investimentos pessoais que fizemos. Com a vida dos concelhos é igual. Desejamos que o futuro traga à luz do dia a concretização dos investimentos a que temos assistido. Na Figueira existem inúmeros projetos estruturantes em fase de começar a dar frutos e ainda tantas outras novas promessas recentemente feitas. Os figueirenses tem pois, muito para estar expectantes quanto a 2022. Combater a erosão costeira. Agora que sabemos que o bypass fixo é a solução mais eficaz, seria bom ver esse desígnio ganhar vida. Seria também bom verificar que aquilo que distingue a Figueira e a torna um destino único, não é desaproveitado ou deixado esmorecer. Ver o Cabedelo com a sua onda especial, que agora também é noturna, afirmar-se definitivamente como um destino do surf mundial, promover a Onda de Buarcos enquanto a direita mais longa da Europa ou começar a celebrar o Cabo Mondego, agora que o “reconquistámos” como o local único de atracão cientifica e paisagística que é, são apenas alguns dos desejos, com um grande potencial de retorno, que dependem em grande parte e apenas de promoção, e por isso alcançáveis num espaço de tempo razoável. Quanto ao resto, o desejo é que haja coesão do executivo municipal, capacidade de trabalho e de decisão diária, em tempo útil. Bom 2022 para todos"

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

A “presente" situação de insolvência dos Estaleiros Navais da Figueira da Foz...

5 de Dezembro de 2011:

O Tribunal Judicial da Figueira da Foz decretou ontem o encerramento dos Estaleiros Navais do Mondego (ENM), depois da empresa proprietária “Consta” ter desistido do plano de viabilização apresentado em Julho.
A insolvência dos ENM foi pedida, em Abril, pela administração dos estaleiros, liderados pela firma espanhola Contsa, que os adquiriu em 2006 à Fundação Bissaya Barreto pelo preço simbólico de um euro, assumindo o passivo da companhia naval.
Na Figueira da Foz já existiram quatro Estaleiros Navais - Mondego, Foznave, Carreira Naval e Virgilio Afonso.
Não resta nenhum.

O Partido Comunista Português emitiu um comunicado onde critica a a administração portuária (os comunistas acusam de cobrar à empresa uma renda mensal na ordem dos 30.000 euros) e a Câmara Municipal da Figueira da Foz (segundo o PCP, “está mais interessada em projectos de desenvolvimento urbanístico na margem sul, não sentindo que os estaleiros navais foram e poderão continuar a ser uma marca capaz de projectar o concelho quer no país, quer no estrangeiro”). 

Março de 2020:

"Reactivação dos estaleiros navais poderá acontecer em breve".


3 de Janeiro de 2022

domingo, 2 de janeiro de 2022

Estátua de Mestre José da Silva Ribeiro vandalizada

«Hoje, lamentavelmente, Tavarede acordou estupefata.
Depois de destruírem o nosso presépio, agora foi o busto do Mestre.
Sabemos que nenhum Tavaredense teria a coragem de o fazer e afirmamos perante quem o fez que não é com estes atos de pura estupidez que irão derrubar a nossa comunidade, ou a nossa memória.
Que se investigue, porque já estamos a ficar um bocadinho fartos.
Pelas nossas Tradições, pela memória do Mestre José da Silva Ribeiro e sobretudo por Tavarede, que se acabe rapidamente esta estupidez e se encontrem o(s) energúmeno(s) que tiveram a coragem de atentar contra um dos maiores símbolos Tavaredenses".»

Em 2022 a mudança só pode acontecer se começar em nós...

A maioria dos figueirenses não liga à política. 
A não ser que pense que pode vir a ganhar alguma coisa com tal esforço... 
De contrário, abomina e crucifica os que ousam ter ideias e manifestar opinião. 
Diga-se, em abono da verdade, que quase todos os partidos existentes em Portugal, por aquilo que conheço, também não ajudam. Quase todos só aparecem quando cheira a eleições e os políticos contentam-se com as palmadinhas nas costas dadas pelos indefectíveis, após as “missas”
Por sua vez, as Universidades, os meios de comunicação e alguns movimentos de cidadãos (como aconteceu em tempo na Figueira com os 100%) não são soluções duradouras, apenas representam uma alternativa ou esperança conjuntural. 
A culpa é de nós todos, enquanto colectivo. Estamos mais receptivos ao fácil, cómodo e confortável marasmo em que vamos apodrecendo, enquanto o concelho continua produtor de irrelevâncias a vários níveis e, naturalmente, também políticas. 
Sendo mais concrecto: conforme podemos verificar olhando, por exemplo, para o que se passa neste momento no nosso concelho, digam-me se se passa alguma coisa de relevante no debate político sobre o que se pensa para o futuro da Figueira, quando estamos no segundo dia do novo ano!.. 
Pelo que consigo observar – e procuro ser um cidadão atento- em vez de ideias, temos questiúnculas e fait divers a marcar a agenda política local... 
Imagem via Diário de Coimbra

Assim, como será possível mudar este estado de coisas? 
Começando, talvez, por pensar e cuidar de nós. Sim, de nós - que temos sido tão estúpidos graças a Deus...

Em 2022 o sonho continua...

É um sonho actual e ambicioso. É o sonho que continua a comandar a vida.

sábado, 1 de janeiro de 2022

A nova ponte deveria ter duas faixas de rodagem? (3)

Via Diário as Beiras

O que nos espera em 2022?

Para já, a não ser a garantia, que já temos, de que vai ser um ano de aumento generalizado de preços em várias áreas - bens essenciais, rendas, portagens, electricidade e telecomunicações são só alguns exemplos -, ninguém sabe...
Para ver melhor clicar na imagem

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Bom 2022


"Outro ano. Toda a gente excitada, e, de conhecido para conhecido, esta senha:

- Boas entradas! [...] E lá segue cada qual o seu caminho, com o supersticioso pé direito à frente, não vá o demo tecê-las [...] Mas como felizmente ninguém pode voltar atrás, nem saber antes de saber, vai de recomeçar vida nova cada novo ano. Cada novo ano que passa a velho logo que se fazem 365 tolices."

 (Miguel Torga, «Diário II»)

FAP, evolução natural...

 Via Diário as Beiras

As prioridades de Santana Lopes para a Figueira em 2022

Santana Lopes, até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -, a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes  assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso". Até ao momento, Santana Lopes está, na generalidade, a seguir o guião. Portanto, certamente que qualquer dia, quando chegar  “o devido tempo, serão conhecidos os resultados da auditoria às contas da câmara”.
Via Diário as Beiras, fica a última entrevista dada por Pedro Santana Lopes em 2021, onde perspectiva o 2022 que começa amanhã .

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, definiu a instalação de um polo de ensino superior na cidade como a principal prioridade para 2022. 
O autarca, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, adiantou ainda que suspendeu as obras na rua Direita de Quiaios, que “não vão continuar nos termos em que estavam previstas”. Por outro lado, afirmou que tem dúvidas se deve dar continuidade à requalificação da frente marítima de Buarcos e da Baixa figueirense. 
Pedro Santana Lopes acrescentou que o próximo ano deverá ser de “clarificação” para diversos dossiês que herdou do anterior executivo, apontando, por exemplo, a expansão da Zona Industrial e o areal urbano. “Há uma série de assuntos… Não gosto de perder tempo, os mandatos passam muito depressa. Portanto, em 2022, se Deus quiser, os figueirenses já verão vários resultados do trabalho que estamos a fazer”, adiantou o autarca. 
Todavia, Pedro Santana Lopes destacou um assunto que deverá marcar a sua gestão autárquica em 2022. “[É um desiderato] termos uma polo universitário a funcionar aqui como deve ser. É difícil, mas vou fazer tudo para ser possível começar já no próximo ano letivo”, afiançou. Entretanto, decorrem conversações entre o presidente da câmara e a reitoria da Universidade de Coimbra. 

Aposta na captação de empresas 

Outra das prioridades do autarca figueirense, que conquistou a presidência da câmara em setembro último, pela segunda vez – a primeira foi 1997, não se tendo recandidatado – é criar condições para a instalação de novas empresas no concelho. A Zona Industrial, situada na margem sul, já não tem lotes disponíveis. A solução para aumentar a capacidade de resposta para a instalação de novas indústrias, anunciou Pedro Santana Lopes, passa por preparar a futura Zona Industrial do Pincho, na margem norte. “E noutros casos, [há que] clarificar o regime de alguns terrenos do município, para termos uma bolsa de terrenos disponíveis para investidores”, acrescentou. 
De 2022, Pedro Santana Lopes disse esperar “que a Figueira, Portugal e o mundo vivam mais tranquilos e sem tanta ansiedade e angústia, como tanta gente sente”. E “que o país tenha estabilidade e que se trate a sério de assuntos sérios. Acho que precisamos de tino institucional e respeito; respeitar quem pensa diferente de nós e os que estiveram antes de nós; e que haja mais decência”
Aqueles são os projetos, processos e desejos que o autarca espera ver realizados em 2022. E o que é que os figueirenses podem esperar dele e da vereação que lidera? “Serviço. E servir, servir e servir. Isto [a atividade autárquica] é uma missão (…) e secundariza-se tudo o resto. É quase como ir para um convento”, garantiu Pedro Santana Lopes. 

“Quero continuar politicamente solteiro ou divorciado” 

Aquele será também o ano em que o PSD vai a votos na Figueira da Foz, para eleger novos dirigentes locais. Será que o antigo partido do autarca eleito pelo movimento independente Figueira A Primeira (FAP) se aproximará do executivo camarário? Isso dependerá, sobretudo, de quem vier a liderar a Concelhia. “Acho que é um pouco anacrónico [na votação do Orçamento do Município na Assembleia Municipal] o PSD ter votado contra [como já o havia feito na reunião de câmara]. Teve três votos contra do PSD e um da CDU. O BE absteve-se e o PS votou a favor. Espero que o PSD passe por cima daquilo que aconteceu e que haja normalidade. Sou independente, mas tenho uma ligação especial a este partido”, defendeu Pedro Santana Lopes. 
Uma vez que já não tem a Aliança (partido que fundou e do qual já se desvinculou) no dedo, na impossibilidade de não poder voltar a casar com o PSD, pelo menos enquanto for autarca independente, está disponível para uma união de facto? 
À “provocação”, Pedro Santana Lopes respondeu assim: “(Risos) Não, não! Quero continuar politicamente solteiro ou divorciado (risos)”

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A nova ponte deveria ter duas faixas de rodagem? (3)

Via Diário as Beiras

Zé Penicheiro não é um artista qualquer

Zé Penicheiro nasce na aldeia beirã de Candosa, Tábua, mas a partir dos 2 anos passa a viver na Figueira da Foz. Em 30 de Junho de 1978, em entrevista que na altura deu ao semanário “barca nova” dizia o artista: “ter nascido em Candosa foi um mero acidente. Considero-me figueirense de raiz, tão novo para aqui vim”.

Filho de um carpinteiro, de ascendência humilde, as dificuldades económicas impossibilitam-no de seguir qualquer curso de Artes Plásticas ou Belas Artes.
Como habilitações literárias “tenho apenas um diploma oficial: o da instrução primária. Frequentei é certo a Escola Comercial e a Academia Figueirense, mas quedei-me por aí, pela curta frequência. Tenho é uma larga experiência da Universidade da Rua, onde aprendi tudo quanto sei e onde conheci as figuras que têm inspirado toda a minha obra”, disse ainda Zé Penicheiro em discurso directo, em 1978, ao extinto semanário figueirense citado acima.
Inicia a sua carreira artística como caricaturista e ilustrador.
Colabora em diversas publicações: jornais do Porto, Lisboa e província, "Primeiro de Janeiro", "A Bola", "Os Ridículos", "O Sempre Fixe", "A Bomba" “barca nova” e outros, publicam os seus "cartoons" de humor.
Criador duma expressão plástica original, que denomina de "Caricatura em Volume", inicia o seu ciclo de exposições, nesta modalidade, a partir de 1948.
António Augusto Menano, Poeta e Escritor Figueirense, em artigo publicado em 18 de Outubro de 2001, no jornal Linha do Oeste traça um esboço escrito sobre o Zé:
“A arte é indivisível de quem a produz, da acção do artista, da sua invenção criadora. A obra de Zé Penicheiro, a sua forma, o modo como se desenvolve artisticamente, traduz o seu diálogo com a matéria”.
E mais adiante: “Zé Penicheiro é memoralista, um moralista, um comprometido. Faz-nos recordar tipos arquétipos de actividades quase desaparecidas numa escrita sobre a pureza estética, que estará patente em toda a sua obra. Compromete-se, está ao lado dos mais fracos, do povo, retrata-os, mostra-os como se de uma “missão” se tratasse, obrigação profunda de retorno às raízes, outra forma de pintar a saudade”.
E a terminar o artigo, escreve António Augusto Menano:
“Mas a arte de Zé Penicheiro não esquece o lugar. Os lugares: a infância, as praias, as planícies, as serras, e as cidades da sua vida, “diálogo” de que têm surgido algumas das sua melhores obras.
Nesta sociedade pós industrial, da informática e do virtual, Zé Penicheiro mantém-se fiel aos seus “calos”, que está na base de um percurso tão “sui generis”.
Zé Penicheiro, a Universidade da Rua na origem de um Artista.
Os bonecos, o nanquim, o guache, o óleo – uma vida inteira a retratar as alegrias e tristezas de um povo admirável.
Que é o nosso!

Não foi a manhã de nevoeiro que o trouxe, foi um submarino

Pedro Marques Lopes
"A nossa capacidade de nos desmerecermos já vem de longe, mas continua bem viva. Adoramos um herói, provavelmente mais porque ele prova que somos fracos do que pelas suas qualidades; e como fracos (os outros, claro, que eu cá sou muito trabalhador e tudo), precisamos de quem nos guie, de quem nos obrigue a trabalhar, de quem nos imponha disciplina. 
Continuamos a ter uma vontade de desprezar os sucessos obtidos como comunidade para atribuí-los a um herói que a tudo se deve, como se fôssemos incapazes de realizar as coisas em conjunto, como se tudo o que se alcança na comunidade fosse fruto de um ser inspirado e abençoado. E se ele nos falar grosso, mostrar que tem mão firme e se se puser num pedestal, acorremos todos a pedir para levarmos o andor. Se, além disso, disser mal dos nossos representantes, torna-se divino. 
Lá está, o vice-almirante é que nos conhece: queremos liderança. O problema é que não é, de facto, dessa liderança que nós precisamos, mas isso digo eu."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

A nova ponte deveria ter duas faixas de rodagem? (2)

 Via Diário as Beiras

Em Maiorca foi encontrado numa poça de sangue, o corpo de um homem"...

Via Correio da Manhã: "Homem morto à porta de casa em ajuste de contas na Figueira da Foz. PJ recolheu provas na casa e inquiriu vizinhos. Há vários cenários em aberto."

BE: no anterior mandato, «foi "muleta" autárquica, objectiva e sem pudor de ficar a constar em placas balofas de certas inaugurações»...

Na placa está bem visível o nome de Pedro Oliveira, eleito do BE nas eleições autárquicas de 2021 para Buarcos e São Julião.
O BE em Buarcos e São Julião, Marinhas das Ondas e Assembleia Municipal foi a "muleta" do PS entre 2017 e 2021.
Na campanha para as eleições de 26 de Setembro de 2021, o desempenho de Rui Curado da Silva, dispensa comentários: falou por si.

Ontem, numa postagem a propósito das iluminações de Natal coloquei esta questão:
BE Figueira vive num mundo à parte?
Este ano, diga-se em abono da verdade, em parte ainda por uma deliberação tomada pelo anterior executivo, o Município figueirense investiu, nas iluminações de Natal 120.276,65€ (IVA incluído), um acréscimo de 4.612,5€, comparativamente a 2020. 
Antes das eleições de 26 de Setembro de 2021, se bem lembro, já tinham tido início os trabalhos para instalar as iluminações do Natal de 2021.
Tudo isto é do conhecimento público. Pelos vistos, a acreditar o que li hoje no Diário de Coimbra, menos do BE na Figueira da Foz, aliás diga-se em abono da verdade, entre 2017 e 2021, compagnon de route do PS autárquico Figueira, nas freguesias da Marinha das Ondas e Buarcos e São Julião e Assembleia Municipal da Figueira da Foz...
Agora, fora do tempo e do espaço, vêm com isto para 2022!..

Sobre este assunto OUTRA MARGEM não tem lições a receber de ninguém, inclusivamente do Bloco de Esquerda na Figueira da Foz e, muito menos, do senhorito Rui Beja.
Em 6 de novembro de 2010, quando a Câmara Municipal da Figueira não tinha dinheiro nem para fazer cantar um cego - quem apoiava então o senhorito Rui Beja? - já OUTRA MARGEM questionava:
“No caso da Figueira da Foz, vai a sua Câmara Municipal continuar a pagar iluminações de Natal e Ano Novo?”.
Para não ser maçador, por exemplo em 3 de Dezembro de 2016, OUTRA MARGEM publicava:
João Ataíde, presidente da CM Figueira da Foz, inaugurou ontem à tarde, pelas 17horas e 30 minutos, a iluminação decorativa de Natal na cidade.
A rotunda da A14 (Pórtico), Rotunda dos Bombeiros Voluntários, Rua da República, Rua 5 de Outubro, Rua Bernardo Lopes, Rua Cândido dos Reis, Avenida 25 de Abril, praça do Forte, Praça de Santa Catarina, Muralhas de Buarcos, Torre do Relógio, Praça Ladesma Criado, Praça Luís Albuquerque, Rua da Liberdade e Jardim Municipal são os locais que vão estar iluminados nesta quadra festiva, um investimento que custou 38 mil euros à Câmara da Figueira da Foz, mais 19 mil do que o ano passado.

Mas, há sempre, quem sendo autarca, pense numa forma diferente de comemorar o Natal.
"Freguesia de Belém, em Lisboa,  troca luzes de Natal por ajuda a famílias carenciadas
Desde 2012 que a freguesia prescinde da iluminação de Natal para poupar 50 mil euros

A freguesia de Belém, em Lisboa, volta este ano a estar sem iluminações de Natal para prosseguir a ajuda anual a mais de 200 famílias carenciadas".

Em 24 de Novembro de 2016, OUTRA MARGEM alertava:
"Até meados de novembro, o portal base.gov já publicou 928 ajustes diretos das 17 autarquias do distrito de Coimbra.
Olhando para anos anteriores, o número de “contratos” deverá ser superior ao milhar quando acabar o ano, já que até agora ainda não foram publicados os contratos relativos, por exemplo, às iluminações de Natal nem às tradicionais animações de Fim de Ano em alguns dos concelhos.
Olhando para a sua dimensão, Coimbra e Figueira da Foz são os municípios onde se registam um maior número de contratos adjudicados e, consequentemente, um maior valor envolvido." - Via AS BEIRAS.

Em 23 de Outubro de 2020, OUTRA MARGEM postava.
Sou pouco de elogiar. Mas, de vez em quando lá vai: ainda bem que temos um executivo camarário que gosta de desafios verdadeiramente desafiantes e não é um mero apontador de problemas. Ainda bem que, com os meios escassíssimos que tem, labuta quotidianamente para fazer o seu melhor no campo da promoção da agitação e propaganda (não esquecer que em outubro de 2021 há eleições autárquicas...). 
Com mais alguns políticos, assim, e há muitos, em vários cantos do território figueirense, dá para resgatar um pouco de ânimo e de fé neste concelho.

Numa cidade onde é sempre Carnaval, que não tem transportes colectivos em condições durante todo o ano, mas  tem «o comboio de Natal e de São João, cuja utilização é gratuita, a circular por diversas artérias da cidade», não era de esperar do Bloco de Esquerda e do senhorito Rui Beja algo mais do que a mera prestação de espectadores comodamente instalados na bancada do poder socialista?
OUTRA MARGEM, conforme pode ser comprovado clicando aqui esteve sempre atento, crítico e actuante.
O Bloco de Esquerda e o senhorito Rui Beja podem provar o mesmo?


Perfeitos, nós?.. 
Claro que não... 
Mas, já fomos mais imperfeitos...
A sério. 
Que clima temos na Figueira! Que bem que se come! Que bom e barato é o vinho! Que bem escrevem os nossos prémios Leya! A quantidade de queijos franceses que já se podem comprar nos supermercados figueirenses!..
Estou a falar a sério!
As belezas da nossa terra!
As praias!.. Então o Cabedelo está maravilhosa!..
Que simpáticas são as pessoas! 
Desculpem, mas começa a ser inegável: é que não se está nada mal na Figueira.
Eu sei que já estive mais insatisfeito...
Na Figueira é sempre carnaval. Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!
Há muitos anos que percebi que rir é o melhor remédio. 
Mas, se porventura,  os prezados leitores notarem que vos estou a contagiar com esta doença, aconselho-vos a consultar um especialista.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Poupanças fofinhas à direita...

Jornal Público, edição de 28 de Dezembro de 2011

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A indústria do medo

by Carlos Garcez Osório 

"As notícias que compõem a imagem deste post não são muito fáceis de descobrir. Estão disponíveis, mas não fazem “parangonas”. Porquê?

O ano passado, muito mais importante que o número de infectados, eram os valores relativos a internados e a óbitos. Este ano, é exactamente o contrário.  Porquê? 

A quem convém manter um povo mal informado e em constante pânico? 
Parece óbvio que a variante dominante (omicron) é muito mais infecciosa, mas menos letal. Basta ver os números para perceber que a sua gravidade é bastante menor que a da gripe sazonal. E em tempos da mera gripe nunca ninguém se lembrou ou sequer imaginou impor este tipo de restrições à liberdade. 

Mas o pior de tudo é este medo propagandeado e quase unanimemente aceite. Quase toda a gente concorda com as restrições e (que jeito que dá à “pequenez” humana) sobe ao pedestal para exigir comportamentos aos outros. 

Tudo em nome de uma “responsabilidade” que ultrapassa muito a prudência e a consciência e se aproxima do zelotismo. Os paradigmas são o medo e a submissão.

Eu não peço que concordem comigo. Apenas peço que pensem. Por vós próprios."