Foram dele muitas das palavras sobre as portas que abril abriu. Foi sempre um Poeta empenhado, militante, apaixonado por causas e pessoas.
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
Ary dos Santos
Foram dele muitas das palavras sobre as portas que abril abriu. Foi sempre um Poeta empenhado, militante, apaixonado por causas e pessoas.
"O novo presidente da Junta do Paião, José Carvalho, defende que o nome da freguesia deveria incluir Borda do Campo, que foi agregada, em 2012, no âmbito da reforma administrativa"
Via Diário as Beiras
«“Não acho justo que a freguesia continue a chamar-se só Paião. Deveria ser União de Freguesia do Paião e Borda do Campo, como já é Buarcos e São Julião, mas também para isso caminharemos”.
Se, nas próximas Eleições Autárquicas, em 2025, a Borda do Campo já tiver recuperado a autonomia administrativa, garantiu José Carvalho, “a ser candidato”, será àquela junta de freguesia que se candidatará. Mas, salvaguardou, antes de avançar, tudo fará para “deixar uma candidatura ao Paião que corresponda à continuidade daquilo que vamos fazer, em termos de projetos (na freguesia)”.»
Afinal o que vai decidir Rio sobre "a meia dúzia de votos"?...
Rui Rio, presidente do PSD, e Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, já anunciaram publicamente a sua vontade de criar uma coligação pré-eleitoral |
O próprio Rio tem admitido que não é consensual uma coligação com o CDS-PP. E mantém-se assim até à Comissão Política de hoje, onde serão acertadas as propostas da Direcção para acordos pré-eleitorais e para as listas de candidatos, que serão votadas, à noite, em Conselho Nacional.
Em causa, a situação interna dos centristas, que muitos dirigentes sociais-democratas temem que penalize o PSD. Do outro lado da balança, a necessidade de se garantir que o CDS-PP não tenha um desaire eleitoral, que leve a uma redução no número de deputados, essencial no caso de uma vitória nas legislativas sem maioria absoluta.
Afinal o que vai decidir Rui Rio?
Aliança com a Iniciativa Liberal?
Parece que não. Será porque estes são meia dúzia de votos?
Aliança com CDS e PPM?
Talvez... Será por estes valerem milhares de votos?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Qual deve ser a principal prioridade do executivo camarário da Câmara Municipal da Figueira da Foz?
"Todos os programas eleitorais foram convergentes na identificação dos problemas estruturais do Concelho e por isso é fácil identificar quais devem ser as prioridades do novo Executivo Municipal...
Enfim, com o beneficio de ter encontrado as fundações já feitas para todas estas áreas, aliás, como se verificou com o recente anúncio relativo à instalação da Universidade de Coimbra, e tendo a liberdade de o fazer imprimindo o seu próprio cunho, não será difícil levantar as paredes e construir o castelo."
Doutora Malfalda Azenha, permita que lhe diga: há gente com sorte...
O Dr. Santana Lopes, como se viu em 26 de Setembro passado, é um poço de sorte. Foi sorte, demasiada sorte e, já agora, também demasiada incompetência da vossa parte, ter vencido as últimas autárquicas. Principalmente, nos últimos dois anos, depois da ida do Dr. João Ataíde para Lisboa.
E é à custa desta "sorte", desta intangibilidade que se sedimentam mitos e se ganham eleições.
Há muito a rever no Cabedelo
Quanto às infra-estruturas, «terão de ser melhoradas com a implementação das escolas de surf e do restaurante», sendo que o processo de levantamento das estruturas «já se iniciou». Além disso, Manuel Domingues quer «entender qual era a ideia para o surf-camping. O espaço não é muito grande, há necessidade de estruturas novas para acomodar os campistas, temos de nos debruçar sobre o processo»."
Desde que me recordo, olho para o Cabedelo de uma forma cúmplice e agradeço a força e o sorriso que traz, todos os dias, à minha vida.
Como sabemos, a vida custa a todos... Mas, a alguns em especial!
Como acontece em tudo na vida, é preciso estar-se no sítio certo no momento certo. O trabalho e o esforço são determinantes, mas um pouco de sorte ajuda muito. E ter tido a sorte de poder, sempre que o quisesse, encontrar-me com um local como o Cabedelo, mais do que sorte, na minha vida foi uma benção.
No inverno, tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias frios, como o de hoje, tenho a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma benção, em especial, para os fotógrafos. A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmite a necessidade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero.
A partir da primavera tudo é diferente. A sensação de êxtase dura mais - quase parece permanente.
Tirando o mês de Agosto, o Cabedelo rodeia-nos de uma atmosfera muito especial. Somos nós e o sol - isto, é a natureza.
O Cabedelo, por obra do anterior executivo camarário, fruto do atentando paisagístico de que foi alvo, ficou transformado em mais um mártir ambiental no nosso concelho.
A coberto das denominadas requalificações, sítios onde antes, e a pretexto da defesa da natureza, do meio ambiente e da protecção do ecosistema, nem sequer uma tenda de campismo selvagem se podia erguer, estão agora ocupados por impermeabilizações pacóvias e desnecessárias.
É disto que me vou lembrar quando pensar no Cabedelo de há 60 anos: da destruição do património natural comum para benefício de uns quantos.
Segundo supomos saber, a intervenção feita naquele local aconteceu no âmbito do Programa Portugal 2020. Temos para nós que, salvo raras e honrosas exceções, a grande maioria das intervenções deste Programa visam aquilo a que designamos como a obtenção do espectacular. Muitas vezes, porém, estas intervenções levam à perda da genuidade do lugar.
No Cabedelo isso nota-se a olho nu: a requalificação serviu para correr com a comunidade que ao longo das últimas décadas deu vida àquele lugar.
Na nossa opinião, não aconteceu ali uma intervenção urbana equilibrada, no pressuposto da “compreensão das diferentes escalas territoriais de inserção, nos processos de reestruturação, nos elementos arquitetónicos, na morfologia urbana existente e nas tradições” (Carla Narciso).
Uma intervenção urbana, como a que está a acontecer no Cabedelo, não deveria significar uma perda da genuidade do local, mas sim uma melhoria social e estética. Só que, deveria ter acontecido o que não aconteceu: na obtenção deste desiderato era necessária a participação da comunidade local nas discussões e intervenções a serem implementadas.
Não demos conta, para além dos mínimos que a lei estipula e prescreve, que tivesse sido implementado e levado a cabo de uma forma verdadeiramente participativa da discussão da desta requalificação do Cabedelo.
O que está em causa, dada a capacidade de ilusão que as obras provocam na sua passagem, desprendidas da vivência e do quotidiano das pessoas que aí vivem, é a liquidação do Cabedelo como o conhecemos.
Como dizem Borja & Forn, em Políticas da Europa e dos Estados para as Cidades, "o maior desafio do planeamento urbano contemporâneo é aumentar o potencial competitivo das cidades no sentido de responder às procuras globais e atrair recursos humanos e financeiros internacionais. Mas, de acordo com vários exemplos que temos assistido, o planeamento tem sido feito à margem da cidade, com total esquecimento das pessoas que ocupam e vivem nesses espaços."
O Cabedelo, como espaço público de eleição, não é uma mercadoria.
O poder municipal, é o principal impulsionador e gestor do espaço público, em especial nas cidades pequenas e médias, como é o caso da Figueira da Foz.
Há muito a rever no Cabedelo. Ao trabalho Senhor Vereador Manuel Domingues, ao trabalho.
domingo, 5 de dezembro de 2021
Crónica da edição do mês de Novembro na Revista ÓBVIA
OBVIAMENTE, APENAS UMA OPINIÃO...
Segundo veio a lume no Diário as Beiras, "os social-democratas figueirenses deverão ir a votos em breve, ao abrigo de eleições antecipadas, uma vez que Ricardo Silva, o presidente da concelhia, renunciou ao mandato".Foto ÓBVIA
Sobre o que está em causa (tornar-se "proprietário" de uma pequena "quinta", como é o PSD na Figueira), cito uma passagem dum artigo que escreveu no ínício deste mês Pacheco Pereira, na Revista Sábado.
"Possuir um grande partido, significa ter um grande património para distribuir pelos “seus”, lugares, empregos, oportunidades, estilos de vida acima das qualificações, possibilidade de mandar e corromper, poderes macros e micros, pose e pompa.
É parecido na sua acrimónia e violência com um conflito sobre marcos ou sobre o uso da água duma nascente, daqueles que historicamente são a fonte de assassinatos nos campos, animosidade de famílias por gerações, onde vinganças e ameaças são comuns. O que se passa é que o conflito é por um bem, e um bem escasso: a posse e o controlo sobre um partido político, numa democracia que deu muitos poderes aos partidos.
Significa ter um grande património para distribuir pelos "seus", lugares, empregos, oportunidades, estilos de vida acima das qualificações, possibilidade de mandar e corromper, poderes macros e micros, pose e pompa. Infelizmente, quanto maior é a degradação política e ideológica de um partido, maior é a competição por estes bens."
Numa cidade onde o “politicamente correto” sempre influenciou a maneira de se fazer política, esta citação é uma realidade inconveniente.
Contudo, o "politicamente incorreto" é fundamental numa sociedade democrática e pluralista!
Apesar das tentativas feitas, nunca ninguém me impediu de emitir opinião. Existiu (e isso foi notório e palpável ao longo de várias décadas), foi uma opinião de pessoas que quiseram controlar aquilo que eu devia, ou não, dizer publicamente.
Isso existiu. Em 1978, quando dei os primeiros passos no jornalismo, no extinto "Barca Nova", senti logo o que era a pressão duma sociedade civilizada, democrática, conservadora, provinciana, mesquinha, rasteirinha e de "brandos costumes, como era a Figueira dos meus 24 anos.
Sou o primeiro a tentar preservar a amizade. Isso não significa, porém, que não possa emitir opinião sobre o desempenho dos meus amigos, quando eles ocupam funções políticas e públicas. Tive amigos que confundiram o meu caráter com a minha opinião. Por exemplo, vereadores, presidentes de junta de freguesia, membros da assembleia municipal ou de freguesia...
Se começarmos a fazer auto censura, onde é que vai estar a discussão crítica sobre aquilo que afecta a vida de todos nós? Como é que vamos saber, para perceber, os vários pontos de vista existentes num concelho como o nosso? Como é que vamos evoluir enquanto sociedade?
O princípio do voto, directo e universal, é bonito. Contudo, pode levar à eleição dos maiores "canalhas" políticos. A democracia é mesmo isto: "o pior sistema, à excepção de todos os outros". (Winston Churchill)
Voltando ao início para terminar. Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais.
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD.
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes.
E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD...
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista.
Para o PSD Figueira, o comboio de amanhã já passou há semanas. Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021.
Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento?
Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?
Isto não é política
Isto é política
Não é, nem nunca foi, responder a ataques pessoais, tal como não passa por ser responsável por esses mesmos ataques. Isso, quanto muito, é a politiquice.
A política pura e dura são os assuntos do Estado.
As raízes da política encontram-se no poder e no seu exercício, na governação afinal de contas, assim como no discurso, nos argumentos usados com vista a alcançar o exercício do poder ou a justificar as opções defendidas.
sábado, 4 de dezembro de 2021
"Portugal regista, este sábado, mais 5649 casos de covid-19 e mais 22 mortes associadas à doença. Já não se registavam tantos casos desde 6 de fevereiro do ano passado, em que havia 6132 casos diários. A partir desse dia, nunca mais houve nenhum dia com mais de cinco mil infeções diárias"
"O boletim diário da Direção-Geral de Saúde dá conta este sábado de um aumento do número de novos casos de covid-19 em 5.649."
Rio de Janeiro cancela festas de passagem de ano
Esta decisão é o culminar de uma semana de debate entre as autoridades do Rio de Janeiro sobre as festas de passagem de ano, depois de a variante mais recente do vírus da covid-19 (Ómicron) ter chegado ao Brasil.