segunda-feira, 28 de junho de 2021

Programa de Governo do Concelho da Figueira da Foz para o período de 2021 a 2025 do CDS: questões do AMBIENTE, da FLORESTA, das LAGOAS e dos RIOS

 Via Diário de Coimbra


Foz do Mondego Rádio nas mãos da empresa detentora do alvará da Rádio Popular de Soure

No dia 5 de Dezembro de 1985, com estúdios improvisados no Posto de Turismo de Buarcos, nasceu o Clube de Rádio da Figueira da Foz. 
Mesmo sem condições técnicas passou a emitir regularmente das 21 às 24 horas, em 106 MHZ. 
Foram fundadores da estação José Aroso Francisco, Rui Pedro, Manuel Adelino Pinto e Alexandre Coelho. A emissão abriu com a "Canção da Figueira", um tema composto por Carlos Nóbrega e Sousa e letra de António de Sousa Freitas, na voz da cantora Maria Clara.
Encerrou com a "Marcha do Vapor", oficialmente o hino da Figueira da Foz, um trecho musical assinado por Manuel Dias Soares com letra de António Pereira Correia, também na voz da cantora portuense, Maria Clara.
Hoje em dia a Foz do Mondego Rádio emite em 99.1.
Cerca de 36 anos depois, via Notícias de Coimbra ficamos a saber que "Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) autorizou recentemente a alteração do domínio societário Foz do Mondego – Meios de  Radiodifusão, Lda a favor da sociedade Publiline – Desenho e Publicidade, Lda., empresa detentora do alvará da Rádio Popular de Soure.

Após esta alteração, Rádio Foz do Mondego (99.1 FM), da Figueira da Foz, passa a ser controlada na totalidade pela dona da Rádio Popular de Soure (104.4 FM).
O capital social da Foz do Mondego – Meios de Radiodifusão, Lda.,  no valor de €150.000,00, era detido pelos sócios Fernando Lopes Cardoso (Litocar e Sorefoz), com três quotas de €70.900,00, €4.500,00 e €41.500,001; Publiline – Desenho e Publicidade, Lda., com uma quota de €20.100,00; Ricardo Manuel Mendes Rodrigues de Carvalho, José Manuel Caneira Iglésias, cada um com uma quota de €6.500,00 euros.
Foi agora autorizada a cessão das quotas detidas pelos sócios Fernando Lopes Cardoso, Ricardo Manuel Mendes Rodrigues de Carvalho e José Manuel Caneira Iglésias, a favor da sociedade Publiline – Desenho e Publicidade, Lda., passando esta a deter a totalidade do capital social.
O operador garante que a alteração da estrutura societária «não visa produzira lterações no serviço de programas, que se mantém generalista, garantindo-se o cumprimento de todos os requisitos legais a que estão sujeitos os operadores, bem como das exigências da respetiva licença».

A sociedade Publiline, que também detém  jornal O Popular de Soure,  integra o universo da Smart Family SGPS, com sede em Pombal. O grupo tem negócios em várias áreas, mas destaca-se na gestão e tratamento de residúos. Entre os seus clientes há autarquias, hospitais e organismos públicos e militares.
O outro alvára atribuido ao concelho da Figueira da Foz está nas mãos da Igreja Universal do Reino de Deus, para retransmitir a emissão da rede Record FM nos 92.4 da Maiorca FM."

Fica para sempre a memória de Paris


Fernando Santos não escondeu a enorme desilusão por uma derrota que considera injusta diante da Bélgica, nos oitavos de final do Europeu.

«Tenho os jogadores a chorar no balneário e, com certeza, muitos portugueses também. Estamos todos desiludidos, mas os jogadores deram tudo o que tinham, não há nada a apontar em relação a isso. Entrámos mal nos primeiros 10 minutos mas a partir daí pegámos jogo, criámos várias situações de golo mas o futebol é isto. A Bélgica fez seis remates, um na baliza, nós fizemos 29 e acertámos duas vezes nos ferros. Não tenho muitas palavras para isto, sinceramente», lamentou à TVI24.

«Tínhamos confiança nas nossas capacidades e acreditávamos que podíamos ganhar o Euro. Não aconteceu. No futebol não há justiça ou injustiça, há quem marca e quem não marca. Os jogadores estavam cansados mas encontraram energias para compensar o menor descanso. Mas isto agora é tudo conversa», completou Fernando Santos.

domingo, 27 de junho de 2021

"Os investidores brasileiros que queriam comprar a companhia aérea proprietária do avião apanhado com droga no Brasil - a OMNI - receberam a ajuda da deputada socialista Joana Lima para terem uma reunião com a Parvalorem"

PS E PSD DO MESMO LADO DOS NEGÓCIOS


O PS de António Costa e o PSD de Rui Rio estão de acordo com Joana Lima, que afirma: 

«Enquanto deputados, nós ajudamos as empresas. Procurei apenas o interesse público, desbloquear processos e arranjar reuniões. É para isso que somos eleitos»

A deputada socialista foi ilibada de quaisquer conflitos de interesse por ajudar a marcar reuniões entre a Aristropreference e a Parvalorem.

Recorde-se.

A deputada do PS, Joana Lima, conseguiu duas reuniões entre investidores brasileiros interessados em comprar a Omni e os técnicos da Parvalorem — a empresa pública a quem a Omni deve 17 milhões de euros, segundo o Correio da Manhã de 28 de Fevereiro do corrente ano.

O que andamos por aqui a fazer?...

Deve ainda estar para nascer a pessoa que falhou uma carreira ou um objectivo de vida e não se considere vítima do sistema. 
Ninguem aceita o óbvio: não se chegou onde se queria, no fundamental,  por culpa própria. 

Eu, só falhei uma vocação porque a minha Mãe não deixou: contrariou o meu desejo de ser padre.
Tirando esse pormenor familiar, falhei outras carreiras por uma razão simples: apenas porque o meu objectivo de vida foi sempre ser feliz à minha maneira.
Se quiserem, considerem-me presunçoso, convencido, vaidoso ou orgulhoso. 
A vaidade procura, no pouco que se consegue, um motivo de orgulho. 

Um tipo é pobre ou gordo?
Por mim, óptimo. Por acaso, até sou ambas as coisas.
Se não existir ego e um pouco de vaidade estamos sempre dependentes do elogio de terceiros. E aqui a coisa poderia descambar. Há muita gente desatenta neste mundo...

O narcisismo barato é muito frágil e não encontra suporte na justa vaidade por coisas pequenas: nem todos estamos destinados a cometer grandes feitos.
Eu só quis ser feliz à minha maneira. No essencial, consegui.
O segredo continua a ser o mesmo: tentar não desperdiçar as pequenas alegrias que a vida vai proporcionando.
Por exemplo, ler um livro, dar um passeio matinal de bicicleta, apreciar o cheiro do café acabado de fazer, ouvir o chilrear dos pássaros na natureza, apreciar um pôr-do-sol, tomar um fino numa esplanada, inalar o cheiro a maresia, rir, caminhar pela praia... E escrever um blog!
As coisas que nos podem tornar os dias mais felizes não custam dinheiro...
Alguém consegue comprar o amor ou a amizade?

Para quem não pensa assim, quando bate de frente com a realidade, a culpa é sempre dos outros.
Isto é, do sistema que eles próprios ajudam a preservar e manter.

Há 27 ex-autarcas a tentar o regresso ao Poder Local: Santana Lopes é um deles...

Arrancou no Poder Local na Figueira da Foz. “Concorri a Lisboa por solicitação do meu partido. Ficou sempre saudade da Figueira. O regresso nunca se proporcionou. Não iria concorrer contra quem foi meu vice-presidente”, explica Pedro Santana Lopes, que avança como independente à Figueira da Foz, Câmara gerida desde 2009 pelo PS.

Via Jornal de Notícias

sábado, 26 de junho de 2021

Que foto e que texto: para além da política, existe a beleza!..

Declaração de interesses:
1. Nas autárquicas 2021 não vou votar na candidatura do PSD.
2. Todavia, isso não me impede de constatar que, para já, Pedro Machado tem estado a fazer uma campanha fora do normal, surpreendendo pela positiva. 
"As pessoas são o património mais importante de uma cidade e de um concelho. E há pessoas que fazem parte de uma forma de estar muito própria da Figueira da Foz, como o Zé Petinga. Não há nada mais importante do que nunca nos esquecermos delas. Serei o presidente de todas."
Esta foto, demonstra que beleza e discurso podem ser realidades muito semelhantes. É impossível ficar indiferente a esta beleza argumentativa, transmitida pela foto e pelo texto.
A beleza argumentativa provoca geralmente, tal como a beleza física, reacções nos dois extremos: ou nos apaixonamos ou nos irritamos de morte com tanta argumentação ou com tanta beleza.
Em geral, e vamos ao que interessa, a pessoa normal não sabe argumentar. Foge com frequência para o conforto dos seus preconceitos, aninha-se nas miudezas curriculares de belo efeito e, não raro, escarafuncha nas partes perdendo completamente a noção do conjunto, ou ataca o conjunto esquecendo-se autisticamente das partes que o definem. 
Cada vez acredito mais na provocação como fonte de sobressalto.
E, esta foto, assim como o texto, sobressalta-nos.
Fazer uma boa fotografia é dificílimo. É preciso estar no controlo de tanta coisa... 
Até hoje não sei de onde vêm as boas fotografias. Se soubesse, fazia muitas. Talvez, ou apesar disso, eu, nunca consegui fazer uma. Já consegui algumas engraçadas, mas grandes fotografias, como esta, é de outro campeonato...
Na poesia é bom não saber de onde os versos vêm. Rende. Mas na fotografia nunca é assim. Há toda uma encenação complexa na realidade, nua e crua. Manipular essa realidade, ou não, é uma opção. A técnica fotográfica é a coisa de menor importância. Ninguém faz boas fotografias conscientemente. E raramente vejo uma fotografia, que foi totalmente pensada, que seja boa. Se isso acontecer, o que é um milagre, ficamos a pensar na mensagem, ou a admirar o virtuosismo da composição, a inteligência do autor, e lá se vai a emoção. 
Uma boa fotografia tem um dado qualquer de acaso. De anónimo e universal. De sorte. De emoção. De profundo e subjectivo.
Isto pode ser campanha política - e é. Mas, também é competência, profissionalismo, criatividade e talento.
A nível mundial, podemos usar apenas uma mão para contar os grandes fotógrafos. Como os poetas. São raríssimos.

Tudo começou há cerca de 23 anos...

Paço de Maiorca: um «charmoso» «crime financeiro» e «negócio ruinoso», que vem de longe e sem fim à vista...

Via Diário as Beiras


João Ferreira, candidato da CDU á presidência da Câmara Municipal de Lisboa

Via Diário de Notícias

"Se for eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, qual é a primeira coisa que muda na cidade?
Bom, há muita coisa a mudar em Lisboa. Eu diria que o essencial é construir uma visão estratégica e concretizá-la. Esta cidade foi deixada nas mãos do mercado – todo o seu desenvolvimento – e nós temos de fixar objetivos de aumento de habitação acessível, de melhoria da qualidade ambiental na cidade, de aumento da fruição e democratização da fruição da cultura, do desporto, do lazer, do recreio na cidade. Precisamos de mais e melhores serviços públicos. E, portanto, o conjunto de frentes em que se desenvolve o direito à cidade – é para isso que temos de olhar – mais do que para uma ou outra medida emblemática. Temos de construir essa visão estratégica que Lisboa perdeu. O desenvolvimento da cidade foi deixado nas mãos do especulador imobiliário e com isso todos perdemos. Precisamos diversificar a base económica de desenvolvimento da cidade. Percebemos hoje o prejuízo que foi uma aposta numa espécie de monocultura intensiva do turismo. Temos de ter uma base económica mais sólida, mais diversificada, que crie mais emprego e emprego de qualidade para aqueles que aqui vivem."

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Tempo de praia


Tenho andado a escrever menos, porque tenho tido outras ocupações.
Não escrevo mais, também para não dormir demasiado pouco. 
Sei bem que para evitar ter uma dor de cabeça amanhã de manhã, tenho que me poupar.
A Praia, em dias como o de hoje, está cheia, como é próprio da saison. 
Qualquer praia gosta de ser visitada. 
O pessoal chega, senta-se, começa a fazer barulho. A partir de certa altura é impossível não dar por eles. Dão uma certa alegria ao ambiente. Só depois começamos a ansiar pela hora de pegarem na lancheira e de irem até casa.
Há alturas em que quase não se consegue pensar nem escrever na praia com o pessoal todo a arrotar e a jogar raquetes. 
O que me tem valido é a bicicleta...

Imagem via Mário Martins

Transporte flexível

Via Notícias de Coimbra  

A Figueira faz parte de um Estado laico...


Em matéria política, sou como o Estado: laico. 
Por isso, não compreendo muito bem esta postagem numa página de campanha política.
Santana Lopes tem todo o direito de ir às missas que quiser. Acho, porém, que fica mal o aproveitamento político.
De igual modo não percebo que, por esse país fora, em determinadas inaugurações, ocorram bençãos.
Mas, o problem deve ser meu... Até António Costa um socialista, republicano, laico e não católico também já participou em procissões... 

Realidade...

 Imagem via Revista Visão

Texto: José Pacheco Pereira, via Revista Sábado

«Não sei se António Oliveira era um bom candidato...

Os partidos, onde existe um considerável acesso ao poder, logo uma distribuição de lugares, prebendas e poder, estão hoje muito condicionados na sua liberdade política pela degenerescência dos seus aparelhos.

….mas quem tenha experiência da vida partidária interna, quer no PS, quer no PSD, reconhece no que ele diz um retrato verdadeiro do que hoje se passa no interior dos grandes partidos. Os partidos, onde existe um considerável acesso ao poder, logo uma distribuição de lugares, prebendas e poder, estão hoje muito condicionados na sua liberdade política pela degenerescência dos seus aparelhos. É um processo conhecido e estudado, o da oligarquização dos partidos, e no PS e no PSD é um processo já muito avançado, igualmente muito negativo para a saúde da demo- cracia, com processos e efeitos muito semelhantes. Oliveira queixa-se de que:
"Ao longo de três meses fui sujeito a pressões, intimidações e ameaças. Tentaram impor-me o pior da mercearia partidária e envolver-me nas mais inacreditáveis negociatas de lugares. Quiseram obrigar-me a empregar os beneficiários do rendimento mínimo da política."»

Reforma eleitoral do PSD pode pôr pequenos em risco

Proposta deverá ser apresentada em julho. Partidos pequenos poderão ter mais dificuldade em eleger. PS não alinha

Rita Dinis, via Expresso

«É uma revolução no sistema eleitoral, mas sem ser preciso mudar a Constituição. 
O PSD está a finalizar uma proposta de revisão do sistema eleitoral que vai passar pela redução do número de deputados e por uma reconfiguração dos círculos eleitorais: os círculos maiores, como Lisboa e Porto, deverão ser divididos e irão perder deputados, enquanto os círculos mais pequenos deverão ganhar pelo menos um. 
O objetivo é, por um lado, manter a proporcionalidade e, por outro, aumentar a representatividade do interior e “aproximar eleitos de eleitores”. Mas pode prejudicar os partidos mais pequenos. A proposta já constava do programa eleitoral do PSD para as legislativas e, sabe o Expresso, deverá ser materializada até “meados de julho”
Uma versão intermédia foi já apresentada à Comissão Política Nacional do partido, e a ideia passa por pôr o projeto em discussão pública ainda antes de dar entrada na Assembleia da República. A redução do número de deputados é uma velha bandeira do PSD, e de Rui Rio em particular, tendo sido um dos pilares em que assentou o trabalho da comissão para a reforma do sistema político, coordenada pelo vice-presidente David Justino. Apesar de a comissão para a revisão constitucional também ter o trabalho avançado e se preparar para propor alterações em cerca de 10 artigos, a revisão do sistema eleitoral proposta pelo PSD não irá implicar qualquer alteração na lei fundamental — que prevê a existência de 180 a 230 deputados no Parlamento. 
Sem mexer no teto máximo nem no mínimo, a proposta de Rio irá no sentido da redução dentro desta margem. Estudos anteriores feitos pelo PSD têm apontado para vários modelos: 181, 191 ou 201 deputados, devendo o número ser ímpar para evitar empates em votações. Preocupação com o CDS A par da redução dos atuais 230 deputados, o PSD irá propor também uma redução dos círculos eleitorais. Lisboa deverá ser dividida em cinco, o Porto em quatro e Braga, Aveiro e Setúbal em dois. A ideia é que cada distrito não tenha menos do que três deputados nem mais do que 10 (atualmente Portalegre elege apenas dois, enquanto Lisboa elege 48 e o Porto 40). 
Tal como Rui Rio tinha avançado nas jornadas parlamentares do PSD que decorreram na semana passada em Portalegre, a proposta dos sociais-democratas deverá ainda passar por uma mudança no método de atribuição do número de eleitos por cada círculo. Em vez de se usar o método de Hondt, que, no entender do PSD, resulta numa sobrerrepresentação dos círculos maiores, passaria a atribuir-se um “deputado bónus” a cada um dos 20 círculos eleitorais e só depois se aplicaria o método de proporcio nalidade para a atribuição dos restantes. 
“O que é justo é que o primeiro e o segundo deputados de cada distrito possam ser atribuídos por igual, e depois então fazem-se as devidas correções de proporcionalidade”, disse Rio na altura. 
Ao que o Expresso apurou, o PSD não vai tão longe na atribuição de dois deputados bónus, ficando-se apenas por um. O resultado imediato é evidente: os partidos mais pequenos ficam com maior dificuldade em eleger
Para isso, o PSD admite criar um círculo nacional de compensação, à semelhança do que acontece nos Açores, mas o Expresso sabe que há alguma preocupação com as dificuldades que um modelo destes traria a um partido como o CDS. Ou até o PCP. É que os partidos que têm os votos mais concentrados em Lisboa e Porto, como o IL, não teriam tantas dificuldades em eleger, mas um partido como o CDS, que tem os votos mais dispersos pelo país, sim. Certo é que, além do combate à sub-representatividade do interior, o PSD também quer contrariar os fenómenos do excesso de representatividade de um partido que, por exemplo, só tem votos em Lisboa mas não tem expressão no resto do país. Em Portalegre, Rio dava o dossiê como semifechado: a “opção política está tomada”. Mas faltam pormenores. Sem ver a proposta redigida, o PS, essencial para que as medidas sejam aplicadas, rejeita comentar. 
Mas as dúvidas são muitas. Reduzir o número de deputados nunca fez parte das propostas dos socialistas, recorda ao Expresso o deputado Pedro Delgado Alves, e “o problema da representatividade do interior não se resolve a mexer na lei eleitoral”. Se o interior tem menos deputados é porque tem menos pessoas. E aí o problema é outro.»

quinta-feira, 24 de junho de 2021

A pandemia tem as costas largas...

Atraso do estudo do bypass de areias (sistema de transposição de material inerte de norte para sul da barra) já ultrapassou os limites? 
A culpa é da pandemia.
O estudo sobre os maus-cheiros que afeta localidades do sul do concelho, provenientes de unidades industriais está atarsado?
A culpa é da pandemia.

 Via Diário as Beiras


Só para mais tarde recordar...

Qualquer dia, ainda mais irão perceber que isto não passou de propaganda pró-monteirista autárquicas 2021...

Via Diário as Beiras

quarta-feira, 23 de junho de 2021

A BARRA, talvez o maior problema da Figueira...

«Segundo o que presidente da organização de produtores de peixe Centro Litoral, António Lé, afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS, os armadores decidiram utilizar o Porto de Pesca de Peniche “por falta de garantias de segurança” na costa da Figueira da Foz. O armador afiançou que ainda há troncos de madeira à deriva no mar, com a agravante de serem “invisíveis”
Pior cego é o que não quer ver. Em Abril de 2008, o Governo atacou o problema da barra da Figueira  como se não houvesse amanhã
A Figueira perdeu a bandeira do porto, pois este tornou-se o mais perigoso de Portugal para quem o demanda. A Figueira definha na definha na crise. O Governo na  resolução deste problema. É mau para todos...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. 
Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
Ninguém ligou...

O sonho de Isabel Oliveira, ex-autarca de Lavos continua adiado: a casa onde em 1808, Artur Wellesley montou o seu quartel general na luta contra Napoleão Bonaparte continua fechada...

O duque de Wellington, a título póstumo, foi premiado com a Medalha da Cidade da Figueira da Foz, por um facto que ocorreu há mais de duzentos anos.
A Junta de Freguesia de Lavos, em 2008, tinha a intenção de adquirir a casa particular onde ficou hospedado o general Arthur Wellesley, Duque de Wellington, aquando da Guerra Peninsular. A intenção era criar ali um museu. Tanto quanto se sabe, nada disso aconteceu. 
Mas, agora veio a medalha.

Imagens via Diversidades

Recordemos via publicações LAVOS.
O homenageado comandou as tropas aliadas que combateram as invasões francesas, tendo instalado o seu primeiro quartel-general em Portugal nos Armazéns de Lavos. 
Portugal encontrava-se invadido desde Dezembro de 1807 pelas tropas Francesas de Napoleão Bonaparte. Todo o povo estava à míngua, ameaçado, amedrontado e ultrajado. Por onde quer que passavam as Tropas Francesas, deixavam um rasto de pobreza, incêndios, pilhagens, e destruição. Todo o país estava sob o seu domínio e transformado a seu bel-prazer. 
Passamos então a ser uma colónia do Brasil, pois a Corte mudara-se entretanto para Terras de Vera Cruz; por cá restaram apenas cinco pessoas a governar o país. O General Jean-Andoche Junot era quem comandava o exército francês, e encarregou-se de as destituir e tomar a ele o governo de Portugal. 
No dia 1 de Agosto do ano 1808, as tropas inglesas, sob o comando do Tenente General Arthur Wellesley, iniciaram o desembarque em Portugal, escolhendo as praias do Cabedelo, então Lavos, com o intuito de expulsarem do País o exército Francês invasor.
Saídos do porto de Cork (Inglaterra) a 12 de Julho de 1808, o Tenente General Wellesley e as suas tropas sob o comando, coadjuvadas pelo exército de Jonh Moore e pelas brigadas Ackland, tinham como objectivo desembarcar na costa Portuguesa e surpreender o inimigo.
Fundeada a esquadra de Arthur Wellesley ao largo da Figueira da Foz, desde o dia 30 de Julho de 1808, o início do desembarque das suas tropas – um contingente que ultrapassava os 13.000 homens, é então agendado para o dia 1 de Agosto. 
O desembarque ocorreu nas praias do Cabedelo (na altura, terra de Lavos) enfrentando imensas dificuldades, dadas as adversas condições marítimas. Ainda assim, e com o auxílio e empenho de toda a população e das suas pequenas e frágeis embarcações, conclui-se o desembarque a 5 do mesmo mês, sem grandes dados de perdas, quer humanas quer materiais. Em Lavos providenciou-se ao abarracamento de homens, à guarda de armas, munições e animais.
Arthur Wellesley, tenente-general irlandês, mais tarde Duque de Wellington, desembarcou nas praias de Lavos (Cabedelo) e estabeleceu o seu 1º Quartel General da Península no lugar de Armazéns, no Paço de Lavos, casa do pároco António de Macedo Pereira da Horta, tendo como objectivo ajudar as tropas portuguesas contra a 1ª Invasão Francesa a Portugal, em 1808.
Aqui se iniciou uma perseguição ao Exército Napoleónico, derrotado nas batalhas de Roliça e Vimeiro, a 17 e 21 de Agosto desse ano. Aqui começou a derrota de Napoleão; o exército de Junot abandonou o país após a assinatura da Convenção de Sintra.
Em 16 de Outubro de 1932, uma Comissão de História Militar, Comissão Wellesley, formada por Mário dos Santos Alves, Dr. José Salinas Calado e António Mesquita de Carvalho, “com grande solenidade”, mandou colocar na casa entretanto restaurada uma lápide comemorativa do acontecimento. E o Povo Lavoense esteve presente!
Com muito orgulho, humildade e a dignidade que se impunha, no dia 3 de Agosto de 2008, a Junta de Freguesia de Lavos (Isabel Curado Oliveira, António José Gaspar e Eduardo Ramos Coronel) levou os Lavoenses a relerem esta página da nossa história, comemorando os 200 anos do acontecimento.